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Rede Metrologica j59 Importancia Calculo Incerteza

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Prévia do material em texto

Pág. 2Pág. 2Pág. 2Pág. 2Pág. 2
A importância de calcular
a incerteza de medição
Ano 8 – Março de 2007 – Edição número 59
Pág. 5Pág. 5Pág. 5Pág. 5Pág. 5
ABNT lança projeto de norma sobre segurança
de equipamentos eletromédicos.
Jornal da Metrologia entrevista o professor,
engenheiro e coordenador do programa
de ensaios de proficiência em análises
ambientais da Rede Metrológica RS.
Projeto Prumo oferece às micro e pequenas
empresas mais acesso à tecnologia e inovação.
SEBRAE desenvolve programa
financiado pela Finep.
Rede Metrológica é a maior provedora
da América do Sul cadastrada no site
da EPTIS, disponibilizando
13 programas interlaboratoriais.
Confira a programação de Cursos para
o I Semestre de 2007.
Não calcular e não apresentar a incerteza
pode comprometer a análise crítica
do resultado de ensaio.
Pág. 3Pág. 3Pág. 3Pág. 3Pág. 3
Pág. 4Pág. 4Pág. 4Pág. 4Pág. 4
Pág. 6Pág. 6Pág. 6Pág. 6Pág. 6
Pág. 7Pág. 7Pág. 7Pág. 7Pág. 7
22222 Jornal da Metrologia
Nova versão para norma sobre
segurança de equipamento eletromédico
m abril, será levada a Consulta Na-
cional um projeto de norma essen-
cial para o setor. O ABNT/CB-26 –
cia da ABNT NBR IEC 60601 para o setor é imen-
sa, pois constitui um documento normativo de
referência obrigatório para certificação da
conformidade de todos os equipamentos ele-
tromédicos a serem comercializados no Brasil,
de acordo com Resolução da Anvisa e Ministé-
rio da Saúde”, salienta.
Embora não tenha participado das reu-
niões internacionais da IEC, o ABNT/CB-26
contribuiu na revisão da última edição da nor-
ma IEC 60601-1:2005, enviando por meio ele-
trônico as sugestões da Comissão de Estudo.
“A participação presencial nas reuniões
da IEC em nosso caso é perfeitamente possível
tecnicamente e constitui uma antiga reivindi-
cação de nossa Comissão, mas o problema sem-
pre é o aporte financeiro”, justifica o coorde-
nador. “A Diretoria da ABNT ficou de estudar
formas de viabilizar financeiramente essa nos-
sa participação em nível internacional”.
Comitê Brasileiro Odonto-médico-hospitalar
trata-se da segunda edição da ABNT NBR IEC
60601-1 – Equipamento eletromédico – Par-
te 1 - Prescrições gerais para segurança, cuja
elaboração está a cargo da Comissão de Es-
tudo de Aspectos Comuns da Segurança para
Equipamentos Eletromédicos – CE 26:020.01.
A publicação da norma está prevista para o
mês de julho.
Esta segunda edição da norma geral da sé-
rie ABNT NBR IEC 60601 corresponde à terceira
versão da norma publicada pela IEC em dezem-
bro de 2005. A novidade desta edição, em rela-
ção à anterior, é que inclui em profusão prescri-
ções de gerenciamento de risco. As principais
alterações referem-se ainda ao formato total-
mente diferente, a atualização e complementa-
ção de exigências incluídas na versão anterior.
Segundo José Carlos Teixeira de Barros
Moraes, professor da Universidade de São Paulo
e coordenador da Comissão, a preparação do
projeto de norma em português com base no
texto da IEC foi paga pela Associação Brasilei-
ra de Normas Técnicas (ABNT) com a colabo-
ração da Agência Nacional de Vigilância Sani-
tária (Anvisa). “Este organismo federal é en-
carregado de promover a proteção da saúde
da população por meio do controle da produ-
ção e da comercialização de produtos e servi-
ços, incluindo ambientes, processos, insumos
e tecnologias a eles relacionados. A importân-
NorNorNorNorNormas que se complementammas que se complementammas que se complementammas que se complementammas que se complementam - A
série de normas técnicas ABNT NBR IEC
60601 é constituída por uma norma ge-
ral aplicável a todos os equipamentos
eletromédicos indistintamente. E, por nor-
mas particulares que se aplicam a tipos
específicos de equipamento eletromédi-
co, sendo que esta norma particular pode
modificar, acrescentar ou eliminar se-
ções e/ou subseções da norma geral e
é prioritária em relação a anterior. 
Como exemplo, podemos citar o
caso das incubadoras utilizadas como
neonatais que devem observar a nor-
ma técnica geral ABNT NBR IEC 60601-
1 e suas colaterais, e a norma técnica
particular ABNT NBR IEC 60601-2-19.....
Conselho DeliberConselho DeliberConselho DeliberConselho DeliberConselho Deliberatiatiatiatiativvvvvooooo
PrPrPrPrPres idente :es idente :es idente :es idente :es idente : Deomedes Roque Taliini • VVVVVice-ice-ice-ice-ice-
PrPrPrPrPresidente:esidente:esidente:esidente:esidente: Paulo Presser • Demais IntegrDemais IntegrDemais IntegrDemais IntegrDemais Integrantes:antes:antes:antes:antes: João
Alziro Herz da Jornada – Maria Tereza Raya-Rodriguez
– Naira Lobraico Libermann – Nilo Custódio Ardais –
Assis Piccini – João Carlos Guimarães Lerch
Comitê ExComitê ExComitê ExComitê ExComitê Executiecutiecutiecutiecutivvvvvooooo
CoorCoorCoorCoorCoordenadordenadordenadordenadordenadora:a:a:a:a: Maria Teresa Raya-Rodriguez • DemaisDemaisDemaisDemaisDemais
IntegrIntegrIntegrIntegrIntegrantes:antes:antes:antes:antes: Adieci Vigannico da Silva – Álvaro M. F.
EEEEE
Av. Assis Brasil, 8787 – CEP 91140-001 - Porto Alegre - RS – Fone/Fax: (51) 3347.8745 – redemetrologica@terra.com.br – www.redemetrologica.com.br
Theisen – Àtila Mentz – Boaz ungaretti – Carlos A.
Scolari – Clóvis Masiero – Egon Carlos Seitz – Johan
Limbacher – José Carlos Bignetti – Luiz Henrique
Ferreira – Manuel Luiz Leite Zurita – Morgana Pizzolato
– Paulo Renato Souza • SecrSecrSecrSecrSecretáretáretáretáretário Exio Exio Exio Exio Executiecutiecutiecutiecutivvvvvo:o:o :o :o :
João Carlos Guimarães Lerch
JorJorJorJorJornalista Responsávnalista Responsávnalista Responsávnalista Responsávnalista Responsável:el:el:el:el: Aline Barilli Alves • PrPrPrPrProjetoojetoojetoojetoojeto
GráfGráfGráfGráfGráfico e Diaico e Diaico e Diaico e Diaico e Diagrgrgrgrgramação:amação:amação:amação:amação: L3 Design Editorial • FFFFFotos:otos:otos:otos:otos:
Arquivo da Rede Metrológica • ComerComerComerComerComercialização:cialização:cialização:cialização:cialização:
Liana Bazanela
Jornal da Metrologia 3
Há quanto tempo vHá quanto tempo vHá quanto tempo vHá quanto tempo vHá quanto tempo você trocê trocê trocê trocê trabalha na árabalha na árabalha na árabalha na árabalha na área de Metrea de Metrea de Metrea de Metrea de Metrologia?ologia?ologia?ologia?ologia?
Sou colaborador da Rede há oito anos, sempre dentro do Comi-
tê Temático de Meio Ambiente.
Qual o seu enQual o seu enQual o seu enQual o seu enQual o seu envvvvvolvolvolvolvolvimento com a Rede Metrimento com a Rede Metrimento com a Rede Metrimento com a Rede Metrimento com a Rede Metrológica?ológica?ológica?ológica?ológica?
Nos dois últimos anos fui coordenador do Comitê, mas com a
reformulação que ocorreu no final do ano passado fiquei como co-
ordenador do sub-comitê de físico-química, sendo responsável pelo
Programa Interlaboratorial de Meio Ambiente.
O que vO que vO que vO que vO que você acha do trocê acha do trocê acha do trocê acha do trocê acha do trabalho da Rede Metrabalho da Rede Metrabalho da Rede Metrabalho da Rede Metrabalho da Rede Metrológica RS?ológica RS?ológica RS?ológica RS?ológica RS?
Sem dúvida é um trabalho de altíssimo nível, com um enorme
mérito no desenvolvimento da Metrologia, não só no nosso Estado
mas em todo o país. Na minha área de atuação, especificamente,
antes da Rede, a metrologia era um verdadeiro mistério, com seus
princípios sendo aplicados de maneira não sistematizada e muito
superficialmente. 
Na sua vNa sua vNa sua vNa sua vNa sua visãoisãoisãoisãoisão,,,,, de que f de que f de que f de que f de que forororororma a RMRS contrma a RMRS contrma a RMRS contrma a RMRS contrma a RMRS contribui paribui paribui paribui paribui para a qualifa a qualifa a qualifa a qualifa a qualifi-i-i-i-i-
cação das emprcação das emprcação das emprcação das emprcação das empresas em que atua?esas em que atua?esas em que atua?esas em que atua?esasem que atua?
A contribuição da Rede é muito grande, pois propicia um maior
conhecimento dos processos que levam a uma maior confiabilidade
dos resultados dos ensaios. Para aqueles que estejam procurando
um desenvolvimento sério nesta área, os cursos oferecidos são de
um valor inestimável, não somente pelo seu conteúdo, mas principal-
mente pelo nível muito elevado dos instrutores. Os eventos que são
promovidos, as oficinas analíticas e o ELAM - Encontro de Laborató-
rios Ambientais propiciam a oportunidade de trocas de conhecimen-
“A metrologia era um verdadeiro mistério,
com seus princípios sendo aplicados
de maneira não sistematizada e muito
superficialmente” José Bignetti
tos e experiências que são extremamente importantes. Os programas
de ensaios de proficiência são pela sua complexidade e importância
os maiores serviços prestados pela Rede, permitindo de uma forma
muito objetiva que os laboratórios conheçam o seu desempenho e
busquem uma melhoria constante.
A contribuição é essencial para uma correta aplicação da
Metrologia nas empresas. Fico um pouco decepcionado por não
ver dentro das universidades em geral uma atenção maior com
este assunto.
Quais os prQuais os prQuais os prQuais os prQuais os principais ganhos dos principais ganhos dos principais ganhos dos principais ganhos dos principais ganhos dos profofofofofissionais que fissionais que fissionais que fissionais que fissionais que fazazazazazem parem parem parem parem partetetetete
da Rede?da Rede?da Rede?da Rede?da Rede?
Quem colabora com a Rede na verdade não busca um ganho pro-
fissional, mas é claro que conviver neste ambiente altamente técnico
melhora muito os conhecimentos de todos e propicia o conhecimento
de novas experiências e a troca constante de conhecimentos.
Particularmente estou buscando me tornar um auditor da 17025
para poder conhecer muito mais a fundo não apenas a norma, mas
também as várias maneiras como ela pode ser aplicada para a rea-
lidade de cada laboratório.
Qual a prQual a prQual a prQual a prQual a principal dica que vincipal dica que vincipal dica que vincipal dica que vincipal dica que você darocê darocê darocê darocê daria paria paria paria paria para quem ainda nãoa quem ainda nãoa quem ainda nãoa quem ainda nãoa quem ainda não
fffffaz paraz paraz paraz paraz parte da RMRS?te da RMRS?te da RMRS?te da RMRS?te da RMRS?
Eu diria que é absolutamente irreversível a exigência da 17025
em laboratórios de calibração e ensaio e quem não buscar ajuda vai
perder muito tempo e muitos recursos. E a RMRS é indiscutivelmen-
te essencial para este processo.
HojeHojeHojeHojeHoje,,,,, que tema está sendo mais abor que tema está sendo mais abor que tema está sendo mais abor que tema está sendo mais abor que tema está sendo mais abordado no setor dedado no setor dedado no setor dedado no setor dedado no setor de
MetrMetrMetrMetrMetrologia no país?ologia no país?ologia no país?ologia no país?ologia no país?
Posso responder somente pela minha área de conhecimento, e
diria que sem dúvidas a estimativa de incerteza de medição é o as-
sunto do momento. Entretanto não se pode deixar de mencionar que
a dificuldade de obtenção de padrões rastreáveis e o seu elevado
custo são uma grande preocupação.
O Jornal da Metrologia conversou com
José Carlos Bignetti
44444 Jornal da Metrologia
Sebrae/RS disponibiliza Projeto Prumo
Projeto Unidades Móveis Prumo é um programa desenvolvido
pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Com ativida-
des desde 2004, o projeto tem o objetivo de viabilizar a pres-OOOOO
tação de serviços tecnológicos para as micro e pequenas empresas. A
Finep e o Sebrae Nacional são parceiras neste projeto, o que facilitou o
acesso de pequenos negócios que utilizam tecnologia e inovação. O
Sebrae/RS passa agora a oferecer o Prumo em três setores: alimentos,
calçados e plásticos. Tudo isto a partir de unidades móveis alocadas em
instituições parceiras que servirão como executoras.
São elas: Fundação de Ciência e Tecnologia – Cientec, para a área
de Alimentos, Centro Tecnológico do Calçado – Senai, para o setor
calçadista e CEFET-RS/UNED, para o segmento de Plásticos.
O Prumo possibilita o acesso das MPE´s a serviços tecnológicos,
tornando viável o atendimento no ambiente de produção da empresa por
meio das unidades móveis. Com isto, o projeto tenta solucionar gargalos
tecnológicos mediante ensaios, análises e consultoria nos setores cita-
dos acima, no Estado do Rio Grande do Sul.
Segundo o técnico da área de Gestão de Soluções do Sebrae/RS,
Carlos Eduardo Aranha, “A metodologia desta nova solução da entidade
será repassada para todas as regionais para que possamos atender a
maior quantidade de empresas no Estado”.
A metodologia conta com cinco postos:
– Captação de clientes, que poderá ser realizada pelo Sebrae/RS ou
pelas entidades executoras;
– Diagnóstico, a ser realizado na empresa para a identificação da
demanda tecnológica;
– Atendimento Tecnológico;
– Visitas agendadas para a realização dos ensaios, análises e
consultorias visando eliminar gargalos do setor de produção da
empresa por meio das unidades móveis;
– Relatório, análise dos resultados e pós-venda onde serão aferidos
os resultados dos últimos três meses após o atendimento.
Todas as empresas gaúchas enquadradas nos critérios de numero
de funcionários ou de faturamento dos três setores podem participar do
projeto. O valor total do atendimento é de R$ 2.500,00, sendo que 80%
do custo do Prumo é subsidiado pela Finep e pelo Sebrae/RS, o restante
é pago pela empresa, com o valor de R$ 500,00 por atendimento. Mais
informações podem ser obtidas na Central de Atendimento, pelo telefone
(51) 3216-5006 ou em uma Unidade de Atendimento do Sebrae da re-
gião mais próxima.
Artigo fornecido SEBRAE/RS
Jornal da Metrologia 5
Calcular a incerteza em ensaios
é realmente importante?
incerteza de medição consiste em um
parâmetro associado ao resultado de uma
medição, seja ela uma calibração ou um
FFFFFigurigurigurigurigura 1.a 1.a 1.a 1.a 1. Incerteza e limites de especificação
FFFFFonte:onte:onte:onte:onte: ISO (1998)
PPPPPororororor::::: Daniel H. da Jornada
AAAAA
ensaio que caracteriza a dispersão dos valores que
podem ser atribuídos ao mensurando (INMETRO,
2003). A incerteza pode ser entendida como um grau
de dúvida inerente ao processo de medição no qual
já não é mais possível a aplicação de correções para
que a mesma seja eliminada por completo.
A incerteza na área de calibração é um concei-
to amplamente difundido e praticado pelos laborató-
rios. Entretanto, na área de ensaios, o cálculo de in-
certeza ainda não é uma prática totalmente adotada.
Não calcular e não apresentar a incerteza pode com-
prometer a análise crítica do resultado de ensaio e,
eventualmente, torná-lo inválido.
A rastreabilidade é necessária e pode ser conceituada como uma
propriedade do resultado de uma medição ou do valor de um padrão
relacionado a referências estabelecidas, geralmente a padrões nacio-
nais ou internacionais, através de uma cadeia contínua de comparações,
todas tendo incertezas estabelecidas. Para se ter rastreabilidade de um
resultado de medição estabelecida é imprescindível que a sua incerteza
seja estimada.
Em alguns casos pode-se dizer que a incerteza é um indicador quan-
titativo da qualidade da medida. Assim, o nível de incerteza pode ser
considerado como um parâmetro de diferenciação de laboratórios no
mercado.
Os critérios de decisão para aprovação e rejeição de um resulta-
do de medição envolvem diretamente a análise da incerteza associa-
da. Para que o resultado seja considerado aprovado frente a uma
especificação o seguinte critério é recomendado (SOMMER e KOCHSIEK,
2002; ISO, 1998):
(a) O valor y medido no ensaio deve ser menor ou igual à diferença
entre o valor máximo ou mínimo permitido MPE e a incerteza expan-
dida U associada ao resultado doensaio, conforme equação (1):
y = MPE – Uy = MPE – Uy = MPE – Uy = MPE – Uy = MPE – U
(b) A incerteza expandida associada ao resultado y do ensaio deve ser
pequena quando comparada ao intervalo de especificação (dife-
rença entre o valor máximo e mínimo permitido). Geralmente assu-
me-se que essa diferença não possa ser superior a 1/3.
Para análises ambientais, o cliente do laboratório usualmente com-
para o resultado do ensaio frente a um limite legal. Tomar uma decisão
de aprovar ou rejeitar o resultado implica sempre em uma análise de
risco. Quanto menor a incerteza, menor será o risco de errar na decisão.
A figura apresenta esta situação:
A incerteza em laboratórios de ensaios pode ser utilizada para iden-
tificar potenciais reduções de custos com calibrações de instrumentos.
Ao mapear todas as fontes de incerteza e identificar aquelas que real-
mente afetam o resultado da medição, o método do GUM acaba fornecendo ao
laboratório uma excelente ferramenta para que melhorias sejam introduzidas
nos métodos de ensaios. Desta forma, o cálculo da incerteza em ensaios
também deve ser entendido como uma ferramenta para o aprimoramento de
sistemas de medição, o que, justamente vem ao encontro das novas exigênci-
as da ISO/IEC 17025 (ABNT, 2005) com respeito à melhoria contínua.
FFFFFigurigurigurigurigura 2.a 2.a 2.a 2.a 2.
Incerteza na tomada de decisão
Jornal da Metrologia 5
66666 Jornal da Metrologia
Comparações Interlaboratoriais
Cooperação Interamericana de Acreditação (IAAC) passou
a integrar o banco de dados EPTIS sobre provedores de
ensaios de proficiência, com o objetivo de facilitar o acesso
Para cadastrar os programas, o provedor deverá preencher um ques-
tionário, composto por duas partes, que está disponível no site do EPTIS
(www.eptis.bam.de/provider). As instruções para o preenchimento es-
tão disponíveis no site. Mais informações através do e-mail: eptis-
iaac@inmetro.gov.br
Os provedores de ensaios de proficiência também podem ser
visualizados no site da EPTIS, bem como suas áreas de atuação. A
Rede é a maior provedora da América do Sul que está neste cadastro,
disponibilizando 13 diferentes programas interlaboratoriais nas áre-
as de combustíveis, produtos petroquímicos, névoa salina, vinhos,
saneantes, medicamentos, análises ambientais, microbiológicas,
ecotoxicológicas, calibração de balança, equipamentos de medição
dimensional, termômetros, multímetros e ensaios de dureza em metais.
Fonte: INMETRO
à informações sobre ensaios de proficiência.
O EPTIS é uma base de dados estabelecida em 2000,
na Europa, reunindo inicialmente provedores de ensaios
de proficiência de 16 países da região. Desde então, os
coordenadores do EPTIS têm procurado ampliar seu cam-
po de atuação para outros países e regiões. A iniciativa
conta com o apoio de importantes instituições internacio-
nais representativas dos laboratórios de ensaios e
calibração, bem como da International Laboratory
Accreditation Cooperation (ILAC) e outras cooperações de
acreditação.
Por meio de um projeto da IAAC, financiado, liberado e presidi-
do com recursos do Physikalisch-Technische Bundesanstalt (PTB) e
liderado pelo Subcomitê de Laboratórios da IAAC, presidido pela Co-
ordenação Geral de Credenciamento (Cgcre) do Inmetro, os prove-
dores de ensaios de proficiência do Canadá, Caribe, América Cen-
tral e da América do Sul serão integrados ao EPTIS. O projeto visa
facilitar aos laboratórios o acesso à informações sobre os progra-
mas disponíveis na região.
A Coordenação Regional da IAAC para o EPTIS será gerenciada
pela Diretoria de Metrologia Científica e Industrial (Dimci) do Inmetro.
Esta Coordenação Regional será composta por um coordenador, M.Sc.
Paulo Roberto da Fonseca Santos, da Dimci/Inmetro, pela secretaria, e
será apoiado por representantes nacionais em cada um dos países da
região, responsáveis pelo cadastro dos provedores de ensaio de pro-
ficiência em seu país. A Dimci/Inmetro será ainda responsável pelo
cadastro dos provedores de ensaios de proficiência no Brasil.
AAAAA
Jornal da Metrologia 7
Cursos abertos programados para o I Semestre de 2007
Para informações sobre cursos e eventos da Rede Metrológica RS, entre em contato com a área de eventos através do
telefone (51) 3347-8745(51) 3347-8745(51) 3347-8745(51) 3347-8745(51) 3347-8745, do e-mail eeeeevvvvventos@rentos@rentos@rentos@rentos@redemetredemetredemetredemetredemetrologica.com.brologica.com.brologica.com.brologica.com.brologica.com.br ou acesse o site wwwwwwwwwwwwwww.r.r.r.r.redemetredemetredemetredemetredemetrologica.com.brologica.com.brologica.com.brologica.com.brologica.com.br.....
Todos os cursos oferecidos pela Rede Metrológica do RS podem ser realizados in company , conforme a necessidade da sua empresa. Consulte-nos.
Março
Sistema da Qualidade para Laboratórios de
Calibração e Ensaios ISO IEC 17025:2005
Sistema de Indicadores de Desempenho
Auditoria Interna segundo a ISO IEC
17025:2005
12, 13 e 14 de Março
26, 27 e 28 de Março
29 e 30 de Março
Daniel Jornada
Filipe Albano
Daniel Jornada
20h/aula
12h/aula
16h/aula
Assoc: R$ 460,00
Não:R$ 550,00
Assoc: R$ 310,00
Não:R$ 370,00
Assoc: R$ 350,00
Não:R$ 420,00
Das 9 às 18h e
das 9 às 13h
Das 18 às 22h
Das 9 às 18h
Everest Hotel
Everest Hotel
Everest Hotel
Abril
Elaboração de Documentos da Qualidade
Confiabilidade Metrológica- Sitema de
Gestão da Medição
Auditoria Interna segundo a ISO IEC
17025:2005
Técnicas de Coleta e Preservação de
Amostras Ambientais
03 de Abril
16 de Abril
17 e 18 de Abril
25 de Abril
Rafael Lerch
Morgana Pizzolato
Daniel Jornada
Bignetti
8h/aula
8h/aula
16h/aula
8h/aula
Assoc: R$ 190,00
Não:R$ 230,00
Assoc: R$ 190,00
Não:R$ 230,00
Assoc: R$ 350,00
Não:R$ 420,00
Assoc: R$ 190,00
Não:R$ 230,00
Das 09 às 18h
Das 09 às 18h
Das 09 às 18h
Das 09 às 18h
Everest Hotel
Everest Hotel
Everest Hotel
Everest Hotel
Maio
Tratamento de Não-Conformidades
Estatística Aplicada à Incerteza
de Medições
Interpretação de Resultados de Ensaios de
Toxicidade no Monitoramento Ambiental
07 de Maio
14 e 15 de Maio
24 de Maio
Daniel Jornada
Morgana Pizzolato
Alexandre Arenzon
8h/aula
16h/aula
8h/aula
Assoc: R$ 190,00
Não:R$ 230,00
Assoc: R$ 350,00
Não:R$ 420,00
Assoc: R$ 190,00
Não:R$ 230,00
Das 09 às 18h
Das 09 às 18h
Das 09 às 18h
Everest Hotel
Everest Hotel
Everest Hotel
Junho
Validação de Resultados de Ensaios
Laboratoriais
Estimativa da Incerteza de Medição para
laboratórios de ensaios e de calibração
04 e 05 de Junho
12, 13 e 14 de Junho
Mayte
Daniel Jornada
16h/aula
20h/aula
Assoc: R$ 350,00
Não:R$ 420,00
Das 09 às 18h
Das 09 às 18h
e das 09 às 12h
Everest Hotel
Everest HotelAssoc: R$ 460,00
Não:R$ 550,00
Julho
Estimativa da Incerteza de Medição para
laboratórios de ensaios e de calibração
LEAD ASSESSOR NBR ISO IEC
17025:2005
Técnicas estatísticas de gasrantia da
Qualidade
04,05 e 06 de Julho
09,10,11,12 e 13
de Julho
17 e 18 de Julho
Daniel Jornada
Daniel Jornada e
Filipe Albano
Filipe Albano
20h/aula
40h/aula
16h/aula
Assoc: R$ 460,00
Não:R$ 550,00
Assoc: R$ 1.350,00
Não:R$ 1.560,00
Assoc: R$ 350,00
Não:R$ 420,00
Das 9 às 18h e
das 9 às 12h
A ser definido
Das 09 às 18h
Everest Hotel
Everest Hotel
Everest Hotel
necessidade de medir é muito antiga e remota, desde a
origem das civilizações. Uma das mais antigas criações
humanas, na pré-história, é a comparação de volume e
Uma Breve História da Metrologia
“Sempre afirmo que se você puder medir
aquilo de que estiver falando e conseguir
expressá-lo em números, você conhece
alguma coisa sobre o assunto – mas quando
você não pode expressá-lo em número seu
conhecimento é pobree insatisfatório...”.
Lord Kelvin , físico inglês.
uma clara percepção das vantagens científicas e econômicas
de um sistema decimal de medidas. Posteriormente, muitos outros
países adotaram o sistema, inclusive o Brasil, aderindo à “Conven-
ção do Metro”.
No BrNo BrNo BrNo BrNo Brasilasilasilasilasil
Até 1862, o Brasil utilizava as unidades e medidas de Portu-
gal. No mesmo ano, o Sistema Métrico francês foi adotado em todo
o Império através da Lei nº 1.175, assinada pelo Imperador Consti-
tucional, Dom Pedro II. Mas somente em 1872 foi aprovado o regu-
lamento do Sistema adotado.
Em 1875, D. Pedro II enviou representantes à Conferência In-
ternacional do Metro. O Brasil foi um dos 20 países que assinou,
em Paris, o Tratado do Metro, ramificando o uso oficial do sistema,
mas como esse ato não foi ratificado, deixamos de manter ligações
com essa entidade. Mas em outubro de 1921, o Brasil aderiu nova-
mente à Convenção do Metro, iniciando em 1935 a elaboração de
um projeto de regulamentação do seu sistema de medidas.
Com o advento do Estado Novo, com Getúlio Vargas, foram fixa-
das as bases para adoção definitiva do sistema de massa e medi-
das, o que culminou em 1953 com a adesão do Brasil à Conferên-
cia Geral em Pesos e Medidas (CGPM). Esse sistema foi oficializa-
do e aceito universalmente, mesmo pelos países de língua inglesa.
Em 1960, o Brasil participou da 11ª CGPM que criou o Siste-Siste-Siste-Siste-Siste-
ma Interma Interma Interma Interma Internacional de Unidades – (SI)nacional de Unidades – (SI)nacional de Unidades – (SI)nacional de Unidades – (SI)nacional de Unidades – (SI). Em conseqüência disso, foi
criado em 1961 o Instituto Nacional de Pesos e Medidas, hoje de-
signado como Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial – INMETRINMETRINMETRINMETRINMETROOOOO. A este órgão cabe a responsabili-
dade de manter atualizado o quadro geral de unidades e resolver
as dúvidas que possam surgir da sua aplicação ou interpretação.
O sistema SI SI SI SI SI foi adotado oficialmente pelo Decreto Nº 63.233,
de 12 de setembro de 1968, tornando-se de uso obrigatório em
todo o Território Nacional. Apesar do pioneirismo, o sistema métri-
co não é absoluto no país até hoje.
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massa, sem medi-los. Na época, qualquer evento dessa natureza
servia para marcar o tempo. Nos textos da Antiguidade clássica e
nas Sagradas Escrituras, foram registradas discussões relativas à
massa, tempo, medidas e valores monetários.
Até o final do século XVI, todo o sistema de medidas existente
era consuetudinário e antropomórfico, ou seja, baseado nos costu-
me, nas tradições e nas dimensões humanas. Com o tempo, cada
civilização definiu seus padrões e fixou suas próprias unidades de
medidas, no cenário descrito como babel de medidas.
Com o crescimento demográfico das cidades, cada país, cada
região, teve o seu próprio sistema de medidas baseados em unida-
des arbitrárias e imprecisas.
Em 1789, numa tentativa de resolver o problema, o Governo
Republicano Francês pediu à Academia de Ciências da França que
criasse um sistema de medidas baseado numa “constante natural”,
que tivesse uniformidade de identidade e de proporção. Esta ação
fez parte das reformas desencadeadas pela Revolução Francesa. A
comissão incluía nomes famosos como Borda, Lagrange e Laplace,
este como criador do Sistema Decimal de Medidas. Na época, havia
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