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Relacionamento e Comunicação Terapêutica Profª WILMA VARJÃO Comunicação Terapêutica É a competência do profissional de saúde em usar o conhecimento sobre comunicação humana para: Ajudar o outro a descobrir e utilizar sua capacidade e potencial para solucionar conflitos; Reconhecer as limitações pessoais, ajustar-se ao que não pode ser mudado, procurando aprender a viver da forma mais saudável possível, tendo como meta encontrar um sentido para viver com autonomia. Relacionamento terapêutico entre Enfermeiro - Cliente O relacionamento terapêutico entre enfermeira e paciente é uma experiência de aprendizado mútuo e uma experiência emocional corretiva para o paciente. É o desenvolvimento de ações recíprocas entre enfermeiro e cliente, as quais permitem a esses indivíduos influenciar e ser influenciados na elaboração de objetivos para promoção, manutenção e restabelecimento da sua saúde. A comunicação e a Enfermagem É o eixo integrador entre assistência, ensino e pesquisa; Permite ao enfermeiro exercer a profissão como ciência e arte, de forma integral; Favorece a integração do ser pessoa com o ser profissional; É fundamental na educação em saúde; É essencial à saúde. Pressupostos Básicos para a Comunicação Terapêutica O ser humano não existe sem se comunicar; A comunicação é um processo contínuo e não se repete do mesmo modo; A comunicação entre as pessoas exige que a mensagem tenha um significado comum; Empatia, confiança e respeito mútuo são elementos chave do processo comunicativo; As pessoas agem de acordo com o significado que as coisas têm para elas; Componentes básicos nas relações : Auto Estima Aprenda a ouvir com empatia - tenha a capacidade de se colocar no lugar do outro e a buscar a participação dos seus amigos no seu dia a dia. Empatia Aceitar o Outro “Relacionar-se é olhar para o outro” Bom Humor Confiança Inclui respeito, honestidade, consciência, fé e esperança; Esse sentimento permite à pessoa aprender a lidar com o mundo e resolver os problemas. Autoconhecimento: Desenvolver a consciência; Reconhecer necessidades, desejos, emoções e ações; Assumir responsabilidades; Acompanhar os sistemáticos processos de mudança da vida. Evita a baixa autoestima, a inquietude, a frustração, a ansiedade, a instabilidade emocional e outros problemas Aceitação do outro: Reconhecer semelhanças e diferenças; Aceitar seu modo de ser; Compreender seu comportamento; Dar e receber afeto; Identificar quando cuidar ; Criar vínculos de confiança. Autenticidade É a característica daquilo que é real, verdadeiro e legítimo. É referente à particularidade daquilo em que se pode confiar, pois está em conformidade com o que se considera adequado. Uma pessoa é tão mais autêntica quanto maior for sua fidelidade em relação a suas próprias emoções, necessidades, desejos, preferências ou crenças. Relacionamento terapêutico entre Enfermeiro - Cliente Objetivos: Auto realização, auto – aceitação, e auto respeito; Senso claro de identidade pessoal e da integração pessoal melhorada; Capacidade de formar relacionamentos íntimos, interdependentes e interpessoais com capacidade de dar e receber amor; Melhoria da função e capacidade aumentada de satisfazer as necessidades e alcançar objetivos pessoais realistas. FASES DO RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO 1- PRÉ-INTERAÇÃO É a preparação para o primeiro contato com o cliente. Inclui: Coletar informações no prontuário por meio do contato com acompanhantes e familiares ou com outros profissionais da equipe de saúde. Preparar-se para o contato, principalmente se o cliente apresentar condições físicas ou emocionais que tragam conflito para o enfermeiro. FASES DO RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO 2- ORIENTAÇÃO Caracteriza-se pelo contato direto com o cliente e o conhecimento mútuo entre este e o enfermeiro. INCLUI: Proporcionar um ambiente acolhedor e propício ao estabelecimento de confiança. Confirmar as informações coletadas anteriormente e colher outras de importância para a intervenção proposta. Identificar as potencialidades e as limitações do cliente que podem interferir na eficácia do cuidado de enfermagem proposto na intervenção. Formular diagnósticos de enfermagem,; Estabelecer metas satisfatórias para o cliente e o enfermeiro A fase de pré-interação e a de orientação oferecem subsídios para a elaboração do Plano de Cuidados de Enfermagem. FASES DO RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO 3- Trabalho: consiste na etapa de intervenção. Representa a ação, ou seja, a execução do Plano de Cuidados de Enfermagem com objetivo de alcançar os resultados esperados. Inclui: Implementar as ações propostas para resolver os problemas identificados nas fases anteriores. Manter a confiança estabelecida na fase de orientação. Avaliar continuamente os resultados obtidos a partir das ações implementadas e o progresso no alcance das metas definidas na fase de orientação. FASES DO RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO 4-Término: ocorre quando a assistência de enfermagem já não se faz necessária, seja pela consciência de que o cliente está pronto para o autocuidado na promoção ou no restabelecimento da sua saúde, seja em virtude de, em situações mais graves, a condição do cliente ter culminado em óbito. TÉCNICAS DA COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA: GRUPO DE EXPRESSÃO Ouvir reflexivamente; Usar terapeuticamente o silêncio; Verbalizar aceitação e interesse; Colocar em foco a ideia principal; Realizar esclarecimentos; Dizer não; Usar terapeuticamente o humor; entre outras. TÉCNICAS DA COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA: GRUPO DE CLARIFICAÇÃO ESTIMULAR COMPARAÇÕES; SOLICITAR ESCLARECIMENTOS DE TERMOS INCOMUNS; DESCREVER OS EVENTOS EM SEQUÊNCIA LÓGICA; TÉCNICAS DA COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA GRUPO DE VALIDAÇÃO Repetir a mensagem do cliente Pedir ao cliente para repetir o que foi dito Resumir ou recapitular o conteúdo da interação ATITUDES NÃO TERAPÊUTICAS Não saber ouvir; Dar conselho; Usar jargões técnicos ou linguagem científica; Julgar o comportamento; Induzir respostas; Manter-se na defensiva; Mudar de assunto subitamente;