Diagnóstico Cinesioterapêutico

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Diagnóstico Cinesiológico 
Prof. Carlos Melo
Pós-graduado em Fisioterapia Esportiva,
Consultor Esportivo – InternationalSchool Sport Nutrition and Human Perfomance
Mestrando em Saúde, Educação e Ambiente –UNIPLI.
2015.2
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Definições 
O Fisioterapeuta é provavelmente aquele que, diante de um diagnóstico, é o mais indicado para apresentar propostas ao médico. É necessário fazer que as mentalidades evoluam progressivamente (J.F. Mattei).
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Conduta de Diagnóstico 
Corresponde a uma conduta ao mesmo tempo refletida e planejada.
O diagnóstico é a complexa operação que permite relacionar fatos relatados, mensurações provenientes de testes e exames e os conhecimentos adquiridos com a experiência que constituem o senso clínico.
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A metodologia 
Classificar o paciente em uma categoria clínica principal (ccp),
Aplicar testes pertinentes e validados,
Ouvir as opiniões do paciente com relação à sua condição,
Mensurar as deficiências e incapacidades o mais precisamente possível,
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Fazer uma lista das deficiências e incapacidades por ordem de importância decrescente,
Fazer uma lista dos objetivos a serem alcançados,
Escolher a melhor terapia para atenuar as disfunções,
Fazer a lista de critérios de fim de tratamento (que permita mostrar que os objetivos foram atingidos).
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Categorias clínicas principais (CCP)
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Definições e uso
Sahrman em 1988 definiu o diagnóstico fisioterapêutico.
 	Diagnóstico – É o termo que designa a disfunção essencial para a qual o fisioterapeuta dirige seu tratamento. A disfunção é identificada pelo fisioterapeuta com base nas informações obtidas a partir da história da doença, dos sinais, sintomas, exames e testes que ele executa ou solicita.
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Definição generalista de diagnóstico
Segundo a Associação Francesa de Normatização(AFNOR) é a seguinte:
	 “Evidenciação de pontos fortes e fracos de elementos que podem ser observados para formular objetivos de evolução”.
	O fisioterapeuta se encontra nessa curta frase.
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A função do médico é coletar parâmetros abstratos, frequentemente traduzidos em números. Em primeiro lugar, interessa-se pelas perturbações biológicas e fornece um diagnóstico que é a descrição dos problemas do paciente, dentre os quais, alguns não são da competência da fisioterapia.
	O fisioterapeuta procura parâmetros visíveis e concretos da atividade funcional, em geral mensuráveis, como o de segurar um objeto, deambular, inclinar-se, levantar-se etc...
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Exames, organização de dados e diagnóstico fisioterapêutico
A definição de palavras polissêmicas como “diagnóstico” e “avaliação” vai além da simples explicação de um dicionário. Tornar claro o vocabulário técnico é evitar uma utilização abusiva.
Diagnóstico médico- processo de triagem entre as doenças com o objetivo de orientar o tratamento conveniente.
Exame(s) fisioterapêutico(s)- constatação(ôes) concreta(s) e transformada(s) em números, com objetivo de chegar a uma avaliação.
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Avaliação – processo de coleta de informações subjetivas e objetivas – a soma das observações e medições recolhidas que serve para apoiar a etapa seguinte ou para reformular os objetivos do tratamento.
Organização de dados – soma dos exames clínicos das diferentes funções.
Diagnóstico fisioterapêutico – apresentação de pontos fortes(as capacidades) e fracos(as incapacidades), a partir de elementos que podem ser observados, para formular objetivos terapêuticos. É aqui que se da o processo de decisão.
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Segundo Boris Dolto 1988.
“A fisioterapia não é um tratamento pelo movimento, mas o tratamento do movimento”.
A disfunção é a conseqüência da doença ou do traumatismo; é essa conseqüência que são dirigidos os atos terapêuticos.
O estudo da disfunção do movimento constitui a base essencial do diagnóstico fisioterapêutico.
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Fase aguda ou conseqüências permanentes 
A clientela que procura a fisioterapia se divide em duas categorias: pessoas que poderão retornar sua vida anterior(fraturas, conseqüências de intervenções cirúrgicas, episódios dolorosos passageiros) e aquelas cuja condição só poderá se deteriorar.
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Obs: 
Conforme a prescrição médica é importante saber:
Trata-se da fase aguda de uma afecção que deixará seqüelas permanentes e significativas, com probabilidade de recidivas;
Trata-se da fase aguda de uma afecção, cuja evolução ainda não se pode prever;
Trata-se da fase subaguda de uma afecção que vai regredir sem deixar traços ou deixar perturbações pouco pronunciadas;
Trata-se de uma afecção crônica conhecida por seu caráter evolutivo e cujas fases estabilizadas são breves e imprevisíveis 
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Testes pertinentes
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Escutar o paciente
A regra de Kipling:
Mostre com um dedo onde sente dor.
 Quando esta dor apareceu pela primeira vez?
 Como (por qual mecanismo) ela se produziu?
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Regra das cinco etapas
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A patologia 
Trata-se da fase aguda de uma afecção que deixará seqüelas permanentes e significativa, com probabilidade de recidivas;
Trata-se da fase aguda de uma afecção, cuja evolução ainda não se pode prever;
Trata-se da fase subaguda de uma afecção que vai regredir sem deixar traços ou deixar perturbações pouco pronunciadas;
Trata-se de uma afecção crônica conhecida por seu caráter evolutivo e cujas fases estabilizadas são breves e imprevisíveis.
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 A fisioterapia de qualidade
Exames: necessidade de efetuar exames comparativos e regulares, agrupados em uma soma sintética:
a) Conhecer o impacto exato da ação aplicada no paciente (por questionamento ou por repetição de testes durante as sessões seguintes);
b) Dar ao paciente um grau de autonomia, explicando os objetivos que se quer atingir;
c) Respeitar os prazos de um prognóstico;
d) Interromper a agravação do estado geral nas patologias crônicas. 
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Cont.
2. Entender o diagnóstico médico,
3. Construção do programa de tratamento a partir de objetivos claros:
-Adaptação permanente às capacidades do paciente.
-Bem-estar do paciente:
-Cooperação do paciente.
- Escuta,
- Especificidade,
4. Contato e adaptação:
As ações e a prescrição devem ser adaptadas e relacionada com as expectativas do paciente,
O fisioterapeuta deve se adaptar às particularidades de cada paciente,
São consideradas a idade do paciente e as multipatologias.
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Observar:
Os objetivos – são o alvo em direção do qual nos dirigimos (“capacidade de realizar o gesto... Sem ajuda externa”).
Critérios: são pontos de referência que permitem incluir ou excluir uma classe de pacientes, anunciando um proposição(“tenho medo de não recuperar as capacidades que eu tinha antes do acidente”) ou emitindo um julgamento (“ ausência de capacidade para realizar o gesto de ...”).
Indicadores, são elementos individualizados cujo agregados pode constituir um critério. O indicador faz referência a um único critério, mas um critério pode conter vários indicadores.
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Caso clínico ex:
Paciente pós operado de cirurgia de Ombro:
Objetivo:
A curto prazo retirar a dor do paciente,
A médio prazo – tornar o paciente suficientemente móvel e sem dor, para permitir-lhe viver sem ajuda,
A longo prazo – permitir a retomada do seu trabalho.
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Critérios:
Deve conhecer os gestos modificados que lhe dão autonomia,
Não deve buscar incessantemente a amplitude de movimento, atualmente doloroso,
Deve poder transportar uma carga com o lado operado.
Indicadores de sucesso:
O paciente dorme uma noite inteira sem ser despertado pela dor,
O paciente é capaz de se vestir sozinho vestindo as roupas por cima,
O paciente é capaz de fazer sua higiene sem ajuda, utilizando as duas mãos,
O paciente é capaz de levantar e transportar uma panela cheia de água,
O paciente é capaz de atingir um objeto colocado numa estante acima da cabeça.