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Biometria Florestal 133 11 RELASCOPIA 11.1 Introdução Os estudos de relascopia tiveram início com o Engenheiro Florestal austríaco Dr. Walter Bitterlich em 1947. Após, outros autores, como Keen e Grosenbauch realizaram vários trabalhos a partir desses conceitos iniciais (Husch et al.1982). O Método é conhecido com as denominações de ponto amostral, ângulo de contagem cruzada, ponto de amostragem horizontal, prova de numeração angular e amostra de contagem angular. A Amostra de Contagem Angular (ACA) baseia-se no postulado de Bitterlich e diz o seguinte: “O numero de árvores (N) de um povoamento, cujos dap’s, a partir de um ponto fixo, aparecem superior a um dado valor angular alfa constante, é proporcional à área basal (G) em 2m por hectare”. 11.2 Relascópio de Bitterlich Basicamente o relascópio de Bitterlich é apresentado nas versões banda estreita, banda larga e o telerelascópio. Aqui, abordar-se-á apenas o relascópio de banda estreita por ser a versão básica e mais utilizada no meio florestal. O emprego dos demais segue o mesmo princípio, alterando apenas as escalas de medição. O relascópio de espelho de Bitterlich (Figura 56) é um aparelho pequeno, com dimensões de 13 x 6,5 cm, pesando cerca de 400 g, versátil e de múltiplas utilidades práticas no meio florestal. Basicamente é constituído pelas seguintes partes: a) placa metálica para sombreamento; Biometria Florestal 134 b) objetiva: orifício de pontaria; c) ocular: orifício de visada; d) janelas de iluminação; e) botão para liberar e prender o movimento das escalas. O aparelho destina-se à determinação da área basal do povoamento, em 2m /ha, alturas, diâmetros, distâncias horizontais, declividade etc. As principais medições que podem ser realizadas com o aparelho são apresentadas na Tabela 33, a qual ilustra a sua versatilidade de emprego. FIGURA 56 - Relascópio de espelho de Bitterlich. Durante a medição, o operador do instrumento deve segurá-lo com a mão direita, procurando não cobrir as janelas de iluminação, e acionar o botão, que prende e libera as escalas, com o dedo médio. Nesta posição aproxima-se o olho direito da ocular e coloca-se a mão esquerda sobre a direita, a fim de dar firmeza e estabilidade. O olho esquerdo deve permanecer aberto durante a medição para controlar a observação e medição dos objetos. Efetuando a mira deve observar internamente um campo de visão Biometria Florestal 135 circular, dividido em duas partes por uma linha horizontal, denominada de linha de pontaria, ou linha de mira (Figura 57a). Através do semicírculo superior, observar os objetos, enquanto, na parte inferior, aparecem as escalas formadas por um conjunto de faixas brancas e pretas, cortadas pela linha horizontal de pontaria. TABELA 33 - Medições realizadas com relascópio de espelho de Bitterlich. TIPO DE MEDIÇÃO DESCRIÇÃO Medição-B Determinação da área basal: a) Ao nível do dap; b) A níveis superiores. Medição-a Medição ótica das distâncias: a) Com base horizontal; b) Com base vertical. Medição-h Medição da altura: a) Para distâncias fixas 15, 20, 25 e 30m; b) Outras distâncias horizontais. Medição-b Determinação dos diâmetros a níveis superiores ao dap, a partir de distâncias fixas. Medição - h/d Medições combinadas das alturas e das larguras das bandas de contagem (diâmetro). Medição - f h/d Medição da altura formal: a) Altura formal absoluta (fh); b) Altura formal relativa (fh/d) c) Fator forma artificial (f); d) Volume de árvores individuais. Medição - H Determinação da altura média do povoamento através do método de Hirata. Medição-D Determinação da declividade do terreno em percentagem. Biometria Florestal 136 Comprimido o botão destinado a soltar e fixar as escalas provoca-se o movimento oscilatório dessas, que será freado logo que o botão for liberado. Para a leitura, todos os valores devem ser tomados sobre a linha de pontaria. Pequenos movimentos do aparelho junto ao olho poderão fornecer a adaptação da visão às escalas e à linha de pontaria. Em medições mais exigentes ou operações demoradas, deve-se manter o aparelho com firmeza, a fim de evitar oscilações, sendo aconselhável o uso de um tripé ou de um bastão cravado ao solo para servir de apoio. As escalas do aparelho podem ser classificadas em: a) Escalas hipsométricas: usadas para determinar alturas das árvores às distâncias de 15, 20, 25 e 30 m. Escalas de distâncias: usadas na determinação das distâncias horizontais de 15, 20, 25 e 30 m. b) Escalas de numeração: contêm as bandas de numeração 1, 2 e 4, que permitem as avaliações de diâmetro e área basal. 11.2.1 Escalas do Relascópio de banda estreita O perfil e a largura de cada uma das escalas do relascópio são calculados de modo que, a cada uma, corresponda um determinado fator de área basal (FAB = K), independente do ângulo de pontaria ou declividade do terreno no qual o aparelho é usado. As bandas de contagem (numeração) são automaticamente reduzidas pelo cosseno do ângulo de inclinação, ao mesmo tempo em que as distâncias horizontais são corrigidas para a projeção horizontal através da variação na largura das bandas (Figura 57b). Biometria Florestal 137 FIGURA 57 - Escalas do relascópio de banda estreita. Vista através da ocular (a) e em projeção plana (b) (Bitterlich e SILVA, s.d.). Por isso o relascópio possibilita o trabalho em qualquer declividade do terreno sem necessidade de correção de distância. As escalas de distância gravadas no relascópio permitem determinar as distâncias horizontais, isto é, sem necessidade de correção. Os fatores de contagem “K” iguais a 1 e 2 estão gravados sobre a respectiva banda branca: banda 1 e banda 2. À direita da banda 1 aparecem, alternadamente, duas faixas pretas e duas brancas cuja largura total das faixas corresponde exatamente à largura da banda 1. Tomando-se o conjunto formado pela banda 1 mais as quatro bandas estreitas, obtém-se a banda 4, cujo fator de contagem K é 4. As escalas de contagem, além da determinação da área basal, são empregadas em: Biometria Florestal 138 a) Medição a: determinação de distâncias com base horizontal ou com base vertical; b) Medição b: determinação de diâmetros a níveis superiores ao dap com distâncias fixas; c) Medição h/d: medição combinada das alturas e diâmetros; d) Medição fh/d: medição da altura formal. As escalas de tangentes ou de alturas são usadas para: a) Medição h: medição de altura; b) Medição h/d: medição combinada de altura e diâmetro; c) Medição fh/d: medição da altura formal; d) Medição H: altura média de Hirata. Essas escalas são expressas no sistema métrico e referidas a distâncias fixas no aparelho. As leituras sobre as escalas das tangentes podem ser realizadas com precisão de meio metro. Para medidas mais exigentes, deve-se efetuar estimativas em frações das unidades. Nesses casos, deve-se segurar o aparelho com firmeza e evitar oscilações, sendo aconselhável o uso de um tripé ou bastão para apoio do instrumento. 11.3 Desenvolvimento matemático de uma ACA Para fins de demonstração, será considerada, inicialmente, a seleção de apenas uma árvore na ACA. Considerando-se o esquema apresentado na Figura 58, tem-se: l → largura da banda do relascópio ou mira; L → comprimento da barra de Bitterlich*; D → diâmetro da árvore; R → distância radial do observador à árvore. *A barra de Bitterlich possui a mira com largura ( l ) igual a 2 cm e comprimento( L ) igual a 1 m. No relascópio corresponde à distância focal do aparelho. Biometria Florestal 139 FIGURA 58 - Esquema de medição no método da relascopia. Sendo verdadeira a relação R/dL/l = e, 4/d.g 2i � = e 2R.S �= , respectivamente, a área basal da árvore “i” e a superfície do círculo com raio R em um giro de 360°, então a área basal para a ACA (unidade de amostra) será: ( )22 2 a.u R/d4/1R.. 4/d.S/GG === � � A mesma relação para um hectare é dada por: ( )24 R/d4/1.10G = . Como só existiu uma árvore na superfície “S”, obtém-se a constante instrumental “K”: ( )24 R/d4/1.10K = . Realizando-se uma ACA, encontra-se, na realidade, não apenas uma árvore, mas várias árvores dentro da superfície “S” (Figura 59). Nesse caso, a área basal será dada por: Biometria Florestal 140 2 i 2 i 2 3 2 3 2 2 2 2 2 1 2 1 R. 4/d. .......... R. 4/d. R. 4/d. R. 4/d. a.u/G � � � � � � � � ++++= , ( ) ( ) ( ) ( )2ii233222211 R/d4/1R/d4/1R/d4/1R/d4/1a.u/G +++= . Sendo o número de árvores contadas igual a N, tem-se: ( ) N.R/d4/1a.u/G 2= . Expressando-se a área basal por hectare, tem-se: ( ) N.R/d4/1.10G 24= . onde : ( ) KR/d4/1.10 24 = → constante instrumental Portanto, a área basal em m2/ha é dada por: N.KG = , onde: K = fator de numeração ou área basal; N = número de árvores contadas. Biometria Florestal 141 FIGURA 59 - Seleção de árvores, usando um ângulo constante a partir de um ponto central fixo. 11.4 Escolha dos fatores de área basal Os fatores de área basal ou de contagem angular estão relacionados com a largura das bandas de contagem. Sua fórmula genérica é dada, como foi visto anteriormente, por: ( )24 R/d4/1.10K = . Sendo R/d a relação entre o dap e a distância radial, tem-se, para as bandas 1, 2 e 4, respectivamente: ( ) 50/1R/dtotanpor,R/d4/1.101 24 == ( ) 50/2R/dtotanpor,R/d4/1.102 24 == ( ) 25/1R/dtotanpor,R/d4/1.104 24 == Quando se trabalha com frações da banda de quatro quartos, como, por exemplo, com uma banda estreita (1/4 da banda 1), o valor de K será igual a 1/16, pois: 50/1R/d = para a banda 1. Biometria Florestal 142 Para uma banda estreita: 50 4/1R/d = , portanto, 200/1R/d = . Substituindo-se, na equação geral, encontra-se o valor da constante K para uma (1) banda estreita. ( ) .16/1 200/14/1.10 24 = = K K , De forma inversa, calculando-se o valor de R/d a partir do valor de K, tem- se: ( ) ( ) ( ) ./200/1 ;/000.40/1 ;/500.216/1 ;/4/1.1016/1 2 2 24 Rd Rd Rd Rd = = = = Com o mesmo procedimento, são determinados os fatores de numeração para diferentes combinações de faixas, como, por exemplo, para três faixas estreitas. Nesse caso, o K pode ser calculado com base na banda 1, onde 50/1R/d = , uma vez que sua largura é equivalente a quatro faixas estreitas. Portanto: 50 4/3R/d = → 200/3R/d = . Substituindo-se, na equação geral, tem-se: ( ) ;200/34/1.10 24=K .16/9=K Biometria Florestal 143 Para cinco faixas estreitas, o K pode ser calculado com base na banda 4, que possui largura equivalente a oito faixas estreitas e 200/5R/d = . Portanto: 25 8/5R/d = → 200/5R/d = . Substituindo, na equação geral tem: ( ) ;200/54/1.10 24=K .16/25=K Na Tabela 35, são apresentadas diversas combinações de bandas de contagem, ângulos críticos e respectivos fatores de contagem obtidos no relascópio de banda estreita. O uso de uma banda estreita em relação a outra mais larga provocará o aumento do número de árvores contadas na amostra de contagem angular (ACA) e, com isso, maior será a probabilidade de encontrar árvores pouco visíveis, muito finas, ou duvidosas, exigindo, assim, maior controle das distâncias. Normalmente 20 ou 30 árvores são consideradas suficientes em uma amostra de contagem angular. Por outro lado, para Husch et al.(1982), o número de árvores a ser contado em uma ACA deve ficar em torno de dez árvores. Quando não se sabe a banda a ser usada, é conveniente realizar uma ACA piloto e verificar o número de árvores medidas com a banda selecionada. O uso de uma ou outra banda vai depender das seguintes características: a) homogeneidade do povoamento; b) densidade do povoamento; c) variação dos diâmetros; d) acuidade visual do operador; e) firmeza e prática do operador. Em geral, o levantamento efetuado com a banda 1, em termos de área, é duas vezes maior que o realizado com a banda 2 e, aproximadamente, quatro vezes maior que o efetuado com a banda 4. Biometria Florestal 144 Se em vez de uma ACA com banda 1 forem tomadas duas com a banda 2, obter-se-á melhor recobrimento da área. Com o mesmo raciocínio, melhores resultados serão obtidos se, em vez de duas ACA com banda 2 forem tomadas quatro ACA com a banda 4, regularmente distribuídas pelo povoamento. Assim, se em uma ACA forem contadas vinte e sete árvores com a banda 1, nesta mesma área serão encontradas treze árvores se o levantamento for efetuado com a banda 2. O mesmo raciocínio é válido para a banda 4 e as bandas de quatro quartos. TABELA 35 - Fatores de contagem K e ângulo crítico para diferentes combinações de bandas. BANDA ÂNGULO CRÍTICO K 1 estreita 1:200 1/16 2 estreitas 1:100 1/4 3 estreitas 1:66,66 9/16 4 estreitas (banda 1) 1:50 1 5 estreitas (banda 1+ 1 estreita) 1:40 25/16 6 estreitas (banda 1+ 2 estreitas) 1:33,33 9/4 7 estreitas (banda 1+ 3 estreitas) 1:28,57 49/16 8 estreitas (banda 4) 1:25 4 Banda 2 1:50/ 2 2 11.5 Determinação da área basal - medição B A amostra de contagem angular resulta da determinação do número de árvores (N) de um povoamento, cujo dap, a partir de um ponto fixo, é superior a um dado valor angular constante. Esses valores constituem a medida básica para determinar a área basal em m2/ha. Biometria Florestal 145 A distância do observador ao centro do objeto (árvore) é “R” (corresponde à distância crítica do fator K considerado) e a largura do objeto é “d”. A circunferência que contém as árvores contadas para um ângulo especificado é denominado círculo crítico da banda “x”. A área basal expressa em m2/ha é determinada multiplicando-se o fator de contagem “K” pelo respectivo número de árvores (N) contadas na ACA: N.KG = . Desse modo, para realizar uma ACA, basta fazer um giro de horizonte, no sentido anti-horário, em torno de um ponto fixo, onde se situa o operador, visar e contar todos os dap’s das árvores, classificando-os segundo o ângulo de visada da seguinte forma: a) árvore com dap maior que o ângulo alfa (Figura 59 a); b) árvore com dap menor que o ângulo alfa (Figura 59 b); c) árvore com dap igual ao ângulo alfa (Figura 59 c). FIGURA 59 - Representação esquemática da classificação de árvores segundo o ângulo de visada. As árvores com dap maior que o ângulo alfa são contadas e recebem o valor 1 (um). As árvores limites devem ter suas distâncias horizontais controladas. As árvores com dap menor que o ângulo alfa são desconsideradas ou recebem o valor zero. Biometria Florestal 146 Caso uma árvore não possa ser visualizada por se encontrar exatamente atrás de outra, deve-se mediro diâmetro da mesma com a suta e, após, colocá-la com a abertura igual ao diâmetro medido em posição onde possa ser visualizada, conservada a distância do observador à árvore (centro da árvore), como ao lado da árvore, sendo então definida a inclusão ou não desta pela visada na suta. Na Figura 60, estão representadas as situações de contagem das árvores durante a execução de uma ACA com a banda 4 (bandas 1 e 4/4 tomadas em conjunto), segundo a classificação apresentada na Figura 59 a, b, c. FIGURA 60 - Situações da numeração das árvores em uma ACA. Durante a execução da ACA, ocorrem freqüentemente situações em que o operador fica indeciso sobre a contagem ou exclusão de determinada árvore, que parece ter dap igual a largura do ângulo crítico. Nesses casos, mede-se o diâmetro da árvore com suta e a distância radial com fita métrica. Essa medida deve ser realizada com acurácia, determinando-se a distância do aparelho (centro da ACA) ao centro da árvore considerada. A distância radial calculada, também conhecida como distância ótica, deve ser maior que a distância horizontal medida com a fita para a árvore ser incluída na ACA. Também pode ser dito que o diâmetro crítico calculado deve ser menor que o medido. Biometria Florestal 147 Considerando-se, como exemplo, uma árvore limite que apresente dap de 40,0 cm e distância medida do observador ao centro da árvore de 9,85 m, tem-se: - dap = 40,0 cm; - banda = 4; - ângulo crítico = 1:25; - distância de controle = 986 cm. Através da relação d/R, calcula-se a distância ótica como: d/R = 1/25; para a banda 4 isolando R, tem-se: .0,10000.12540 ;25. mcmR dR ==×= = Conclui-se que a árvore deve ser incluída na ACA, pois a distância do centro da mesma até o observador é maior que a distância de controle. Isto implica que, à distância de 10,0 m tem-se uma abertura de 40,0 cm para o ângulo da banda 4. Como a árvore tem 40,0 cm de dap e se encontra exatamente a 9,86 m, nesta posição o diâmetro da árvore é maior que o ângulo. Assim, pode ser afirmado que a distância ótica (obtida pelo produto do ângulo crítico e o dap) é a distância na qual a abertura do ângulo crítico é igual ao diâmetro; e, para qualquer distância menor, o dap será maior que a abertura do ângulo, satisfazendo o critério de seleção. Com a mesma relação d/R, é possível calcular o diâmetro que corresponde ao ângulo de visada da banda em questão a uma distância igual a distância no terreno. Assim: 25/1R/d = ; 25/186,9/d = ; cm44,39d = . Assim, evidente que o diâmetro que corresponde ao ângulo a uma distância de 9,86 m é menor que o diâmetro da árvore. Biometria Florestal 148 Em resumo, sempre que aos olhos do observador uma árvore se apresentar como árvore limite, ela pode estar sob as seguintes situações: a) Árvore com o diâmetro ligeiramente superior à largura da banda: nesse caso, ao determinar a distância ótica obtém-se um valor maior que a distância de controle; portanto, a árvore deve ser contada. O exemplo anterior retrata esta situação. Verificou-se que a largura da banda correspondente a esta distância de controle (986 cm) é de 39,44 cm, ou seja, o diâmetro da árvore é maior que a largura da banda, determinando, assim, a contagem da mesma na ACA (Figura 59 a). b) Árvore com diâmetro ligeiramente inferior a largura da banda: neste caso, ao determinar-se a distância ótica obtém-se um valor menor que a da distância de controle, pois, de maneira inversa ao anterior, o diâmetro da árvore será menor que a largura da banda e não será contada (Figura 59 b). Modificando-se o exemplo anteriormente citado, tem-se: dap = 39,0 cm; banda = 4; ângulo crítico = 1:25; distância de controle = 986 cm; distância ótica = cm975250,39 =× . c) Árvore com diâmetro igual à largura da banda: nesse caso, ter-se-ia a distância ótica igual à distância de controle, logo o diâmetro da árvore será igual ao diâmetro crítico (Figura 59 c) e, portanto, segundo o postulado de Bitterlich, a árvore é desconsiderada. Essa situação não é freqüente nos trabalhos de campo. 11.6 Determinação da distância horizontal - medição a A determinação da distância horizontal constitui uma vantagem do relascópio, pois ela é automaticamente corrigida para a projeção horizontal plana. Essa distância pode ser realizada com base horizontal ou com base vertical. Biometria Florestal 149 11.6.1 Distância com base horizontal Na determinação da distância com o auxílio de uma base horizontal, usa-se exclusivamente a banda 4. O procedimento de medição das distâncias é também baseado na relação entre largura do objeto (d) e a distância radial (R). Ao verificar que a banda 4 cobre toda a largura da base utilizada, a distância ao objeto corresponderá a 25 vezes a largura desta base, pois o ângulo crítico, relação d/R, é igual a 1/25 na banda 4. Como base horizontal, usa-se geralmente a suta ou qualquer escala semelhante cuja abertura considerada possa ser facilmente lida e multiplicada por 25, como mostra a Figura 61. A precisão das leituras não deverá exceder a casa dos centímetros.
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