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Alometria

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Universidade Federal De Sergipe 
Docente: 
Discente: 
Alometria 
O termo alometria foi definido em 1936 por Huxley e Teissier como as relações encontradas 
em situações nas quais alterações em proporções relativas de um corpo se refletiam em 
alterações nas dimensões totais do organismo. 
Em 1979 Mosimann e James redefiniram alometria como sendo a associação entre o tamanho 
e a forma dos organismos de uma dada população. Em 1985, Bookstein et al. definiram 
alometria como o estudo das consequências do tamanho sobre a forma. 
Já em 1988 Levinton simplifica ainda mais o conceito, definindo alometria como sendo a 
interrelação entre alterações das dimensões totais do organismo. Tornando a definição 
amplamente aplicável e passível de ser usada em diversos âmbitos, de estudos 
interespecíficos à análise de um único indivíduo. 
Relações alométricas com a engenharia florestal 
As plantas são submetidas a um aumento de diversas forças mecânicas, com o aumento da 
parte aérea ao longo do desenvolvimento. Este contexto ontogenético (refere-se a mudanças 
de proporção que ocorrem durante o desenvolvimento do organismo) impõe à planta uma 
crescente necessidade de investimentos em biomassa destinada à sustentação. 
O investimento em biomassa também deve compreender um aumento em área 
fotossintéticamente ativa, pois a planta necessita manter um balanço energético positivo entre 
fonte e dreno. O aumento em área fotossintética gera, novamente, um aumento estrutural e, 
conseqüentemente, uma intensificação das forças mecânicas às quais estes ramos estão 
submetidos. 
Da mesma forma, a eficiência reprodutiva também está associada ao aumento das forças de 
tração às quais os ramos são submetidos. Isso porque, a arquitetura da copa influencia 
diretamente a eficiência reprodutiva, uma vez que, um maior tamanho, assim como uma 
maior área, facilita a dispersão e captação de pólen e a dispersão das sementes 
O equilíbrio delicado entre o aumento do ganho energético, eficiência reprodutiva e o 
consequente aumento das forças mecânicas se agravou ao longo da história evolutiva das 
plantas desde a saída destas para o ambiente terrestre. 
Muitas relações alométricas foram definidas objetivando estimar a massa total da árvore, 
principalmente utilizando diâmetro e altura. 
As árvores resistem a sua própria massa e as forças do vento adotando um design mecânico 
adequado. Modelos que foram desenvolvidos para quantificar o design mecânico de árvores 
baseados no tamanho, alometria e propriedades da madeira. Esses modelos descrevem as 
relações alométricas entre altura (h) e diâmetro de caules (D) considerando vários aspectos 
relacionados à capacidade dos caules manterem-se de pé. Três modelos são propostos para 
árvores de gimnospermas e dicotiledôneas: similaridade elástica, similaridade de estresse 
constante e similaridade geométrica. 
O modelo de similaridade elástica assume que a deflexão do lado livre de um caule deve 
permanecer constante em relação ao comprimento (altura) e que os troncos são colunas auto-
suportantes que diminuem de diâmetro com a altura. 
O modelo de similaridade de estresse assume que um nível de estresse máximo, constante, é 
mantido através de um comprimento L de um ramo ou tronco de uma árvore, esta suposição 
requer que a altura (h) ou comprimento do tronco (L) seja proporcional ao quadrado do 
diâmetro (D) para que a árvore se mantenha de pé sob esses níveis de estresse. 
A hipótese nula para os modelos acima é a similaridade geométrica, onde a relação altura x 
diâmetro é constante ao longo da ontogenia, o modelo prevê altura (h) aumentando em 
proporção direta ao diâmetro. 
 
Referências 
SALLES, I.; BUCKERIDGE, M. Alometria e arquitetura de árvores. Revista da Biologia, v. 
12, n. 1, p. 17–20, 2014. 
 
DA COSTA, R. C. VARIAÇÕES NAS RELAÇÕES ALOMÉTRICAS EM ESPÉCIES 
LENHOSAS TROPICAIS1. Disponível em: 
<http://www2.ib.unicamp.br/profs/fsantos/nt238/2004/Monografias/Monografia-Rafael.pdf>. 
Acesso em: 19 jun. 2023.

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