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Universidade Federal De Sergipe Discente: Daiene Francielli Santos Docente: Anabel Aparecida De Mello As mudanças climáticas e a interferência da Engenharia Florestal As mudanças climáticas são transformações a longo prazo nos padrões de temperatura e clima. Essas mudanças podem ser naturais, como por meio de variações no ciclo solar. Mas, ultimamente as atividades humanas têm sido o principal impulsionador das mudanças climáticas, principalmente devido à queima de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás. A queima de combustíveis fósseis gera emissões de gases de efeito estufa que agem como um grande cobertor em torno da Terra, retendo o calor do sol e aumentando as temperaturas. As emissões de gases de efeito estufa que estão causando mudanças climáticas incluem dióxido de carbono e metano. O desmatamento de terras e florestas também pode liberar dióxido de carbono. Aterros para lixo são uma das principais fontes de emissões de metano. Energia, indústria, transporte, edificações, agricultura e uso da terra estão entre os principais emissores. A Terra está agora cerca de 1,1 °C mais quente do que no final do século XIX. A última década (2011-2020) foi a mais quente já registrada. Muitas pessoas pensam que as mudanças climáticas significam principalmente temperaturas mais altas. Mas o aumento da temperatura é apenas o começo da história. Como a Terra é um sistema, onde tudo está conectado, mudanças em uma área podem influenciar mudanças em todas as outras. As consequências das mudanças climáticas agora incluem, secas intensas, escassez de água, incêndios severos, aumento do nível do mar, inundações, derretimento do gelo polar, tempestades catastróficas e declínio da biodiversidade. As mudanças climáticas podem afetar nossa saúde, capacidade de cultivar alimentos, habitação, segurança e trabalho. Condições como a elevação do nível do mar e a intrusão da água salgada avançaram ao ponto de comunidades inteiras terem que se mudar, e secas prolongadas estão colocando as pessoas em risco de fome. No futuro, o número de “refugiados do clima” deverá aumentar. Em uma série de relatórios da ONU, milhares de cientistas e analistas de governos concordaram que limitar o aumento da temperatura global a não mais que 1,5 °C ajudaria a evitar os piores impactos climáticos e a manter um clima habitável. No entanto, com base nos atuais planos climáticos nacionais, o aquecimento global deverá atingir cerca de 3,2 °C até o final do século. Muitas soluções de mudança climática podem oferecer benefícios econômicos, ao mesmo tempo em que melhora a vida humana e protege o meio ambiente. Também temos acordos https://www.ipcc.ch/report/sixth-assessment-report-cycle/ globais para orientar o progresso, como a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e o Acordo de Paris. Três grandes categorias de ação são: redução das emissões, adaptação aos impactos climáticos e financiamento dos ajustes necessários. Mudar os sistemas de energia de combustíveis fósseis para renováveis, como solar ou eólica, reduzirá as emissões que impulsionam as mudanças climáticas. Mas tem que começar agora. Enquanto uma coalizão crescente de países está se comprometendo com emissões líquidas zero até 2050, cerca de metade dos cortes de emissões devem estar em vigor até 2030 para manter o aquecimento abaixo de 1,5 °C. A produção de combustíveis fósseis deve diminuir cerca de 6 por cento ao ano entre 2020 e 2030. A ação climática requer investimentos financeiros significativos por parte de governos e empresas. Mas a inação climática é muito mais cara. Países estão fazendo compromissos nacionais para reduzir emissões e fazendo mais para apoiar comunidades na adaptação aos efeitos das mudanças climáticas. O problema é que isso ainda não é o suficiente. E se o planeta ficar muito mais quente, poderemos ver mudanças irreversíveis para alguns ecossistemas ao redor do mundo, o que seria catastrófico para as pessoas e toda a biodiversidade que dependem deles. É preciso compromissos globais de clima mais robustos, e precisamos deles rápidos para poder fazer uma transição para energia limpa e alcançar o zero líquido em emissões o mais rápido possível. Nós não precisamos só cortar emissões, temos também que remover parte do carbono que já está na atmosfera. E por sorte, a natureza criou uma tecnologia poderosa que faz isso, a fotossíntese. As plantas absorvem carbono do ar naturalmente e o armazenam em suas raízes e no solo. Interferência da Engenharia Florestal nas mudanças climáticas As possíveis estratégias, a partir das atividades florestais, para diminuir as consequências que as mudanças climáticas podem causar até então são: - Aumentar a área florestal por meio do reflorestamento. - Aumentar a densidade de carbono das florestas, por isso a produtividade deve ser também uma prioridade. - Expandir o uso de produtos florestais, o que leva ao uso múltiplo e o manejo sustentável das florestas. - Reduzir o desmatamento e a degradação ambiental. A vegetação é intimamente dependente do clima. As Mudanças climáticas, principalmente no que se refere à alteração do balanço hídrico de regiões, ou ainda, à variação de temperatura fora dos padrões normais, podem causar grandes modificações não só nos limites dos biomas, mas também na distribuição e sobrevivência de espécies dentro destes. O clima também é influenciado pela vegetação (principalmente as formações florestais), uma vez que esta é capaz de contribuir para a precipitação em uma região, atuar na descarbonização atmosférica, https://www.nature.org/en-us/magazine/magazine-articles/forest-carbon-101/ realizando a mitigação do efeito estufa e ainda oferecer diferentes micro-climas para manutenção da biodiversidade de fauna, flora e microrganismos. Referencias O que são as mudanças climáticas? Disponível em: <https://brasil.un.org/pt- br/175180-o-que-s%C3%A3o-mudan%C3%A7as-clim%C3%A1ticas>. Acesso em: 28 ago. 2023. MARÇO. O último relatório do IPCC: O que é e por que ele é importante? Disponível em: <https://www.tnc.org.br/conecte-se/comunicacao/noticias/ipcc- report-climate- change/?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=ipcc- 23&gclid=Cj0KCQjw6KunBhDxARIsAKFUGs_UFb-kGaL- VtQNjbZ1KljxxmXVsEa3wmBJybUFFDh3imjj2_nr_ooaAsVFEALw_wcB>. Acesso em: 28 ago. 2023. Disponível em: <http://www.faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/2T0JKMF6c ik5SBf_2013-4-26-17-17-52.pdf>. Acesso em: 28 ago. 2023.
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