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Enterobius vermicularis Professora: Tania Ferraz de Sousa Mariano Curso: Enfermagem e Farmácia Disciplina: Parasitologia Enterobius vermicularis • Este nematelminto (outrora denominado Oxiurus vermicularis) é agente etiológico da enterobíase (ou oxiuríase), parasitose intestinal peculiar à espécie humana e frequente em crianças. • A infecção costuma ser benigna, mas incomoda, pelo intenso prurido anal que produz e por suas complicações, sobretudo em crianças. Classificação • Classe: Nematoda • Ordem: Oxyurida • Família: Oxyuridae • Gênero: Enterobius • Espécie: Enterobius vermicularis Morfologia • A fêmea cilíndrica e com extremidades afiladas (A) mede cerca de 1 cm. A cutícula lisa forma 2 expansões cervicais (a). • O macho (B), muito menor, tem a extremidade posterior enrolada ventral-mente. Habitat • O hábitat dos vermes adultos é a região cecal do intestino grosso humano e suas imediações, onde vivem aderidos à mucosa. Morfologia • Os enteróbios têm um esôfago com bulbo posterior (flexa) e um intestino simples. • Ovário, oviduto e útero são duplos, e a vagina abre-se no limite entre os terços anterior do corpo e médio; o ânus fica no início do terço posterior. • A fêmea fecundada, quando cheia de ovos no útero, relaxa sua inserção e é arrastada para fora do intestino, sendo exprimida no ânus, razão pela qual expulsa grande quantidade de ovos na pele em torno. • A morte da fêmea, ao fim de 35-50 dias, também libera ovos. Morfologia • Os ovos são característicos, medindo 50 a 60 µm de comprimento por 20 a 30 µm de largura. • São mais achatados de um lado e, além de sua dupla casca, contêm uma larva L2 já formada por ocasião da postura. • Os ovos só se tornam infectantes após contato com o O2 no períneo ou no meio ambiente. • Na temperatura da pele (30ºC) essa maturação faz-se em 4 a 6 horas. Infecção • Quando ingeridos, eclodem no intestino delgado do novo hospedeiro (ou do próprio paciente: é a autoinfecção), desenvolvendo-se as larvas até vermes adultos, enquanto migram lentamente até o cécum. • No hábitat definitivo copulam e as fêmeas começam a produzir ovos. Infecção • A infecção é pela deglutição dos ovos. Estes podem sobreviver várias semanas no pó, concentrando-se em cima das portas e em outros locais raramente limpos. • Os ovos também podem ser espalhados pelo ar e por outros mecanismos, incluindo alimentos contaminados. Além disso os ovos são pegajosos e aderem a objetos como brinquedos, permanecendo viáveis por várias semanas. Patologia • A ação patogênica é, principalmente, de natureza mecânica e irritativa, ao produzirem os vermes pequenas erosões na mucosa onde se fixam. • Ou ao provocarem uma inflamação catarral quando o parasitismo for intenso. • Só em casos extremos estão presentes milhares de vermes, pois, geralmente, eles são muito poucos. Sintomas • O principal sintoma é o prurido na região anal, que leva o paciente a coçar-se e chega, mesmo, a produzir escoriações. • O períneo fica vermelho e congesto, podendo dar lugar a infecções. • Também podem surgir lesões na mucosa retal. • Irritabilidade, distúrbios do sono ou insônia podem resultar do parasitismo. Sintomas • No parasitismo intenso, instala-se uma colite crônica, com fezes moles ou diarreia e inapetência. • Em consequência, há um emagrecimento do paciente. Transmissão • Heteroinfecção (ovos na poeira) • Autoinfecção externa (oral) ou direta(ovos são levados à boca) • Autoinfecção interna (retal, – larvas eclodem no reto e migram ao ceco. ) • Autoinfecção externa, anal ou retroinfecção. (larvas externas ao ânus, sobem) Diagnóstico • Casos de prurido anal que se agrava à noite, • O exame de fezes (com enriquecimento) só revela 5 a 10% dos casos. • O diagnóstico é fácil quando as pessoas que cuidam das crianças encontram os vermes no períneo, na roupa íntima ou de cama. • Pela técnica da fita adesiva Tratamento O tratamento é feito com um dos medicamentos seguintes, de largo espectro, que agem também contra outros helmintos intestinais: • Albendazol, dose única (400 mg), por via oral, a repetir 2 semanas depois. • Mebendazol, 100 mg duas vezes ao dia, durante 3 dias. • Pamoato de pirantel, dose única (10 mg/kg) por via oral, a repetir após 15 dias. • Piperazina (50 mg/kg), to-mar durante uma semana • O mecanismo de transmissão é explicado por acumularem-se os ovos no períneo, sobretudo durante a noite, passando daí para lençóis, pijamas e roupa íntima. • De manhã, ao movimentarem-se os lençóis, onde os ovos se haviam acumulado, ao despir ou trocar de roupa (puxando-a pela cabeça), eles são facilmente suspensos no ar, como as poeiras. • E são então aspirados. • Fato semelhante ocorre, também, quando os pacientes vão ao toalete. • A escola constitui lugar de fácil transmissão. • A população escolar é a mais parasitada, seguida da pré-escolar e das pessoas que cuidam das crianças. Mecanismo de transmissão • Além da transmissão por via aérea, ela pode dar-se pelas mãos sujas de outras ou da mesma pessoa, ou pela contaminação de alimentos e objetos que vão à boca. • Crianças que chupam dedo e pessoas que roem unha são as mais expostas. Profilaxia • Nenhuma medida isolada é suficiente para interromper a transmissão desta helmintíase; • Mas, quando aplicada a todos os membros de uma família ou de um grupo, a terapêutica é a mais eficaz; • Ela deve ser repetida a curtos intervalos – cerca de 20 dias – para que não se complete o ciclo biológico do parasito. Medidas que devem acompanhar a quimioterapia são: • Banhos matinais diários de chuveiro. • Lavagem cuidadosa das mãos depois de defecar, antes de comer e de preparar alimentos. Profilaxia • Manter as unhas curtas e limpas com escova. Impedir a coçagem, com pomada antipruriginosa; • Mudar frequentemente a roupa de cama, a de dormir e a de baixo, lavando-as com aquecimento a 55ºC ou fervendo-as; • Evitar superlotação dos quartos, arejá-los bem e remover a poeira (se possível com aspirador); • Manter os sanitários limpos, aplicar desinfetantes e promover a educação sanitária dos usuários. Dúvidas ????
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