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Enterobius vermicularis Agente etiológico da enterobíase (ou oxiuríase) parasitose intestinal peculiar à espécie humana e frequente, em crianças. - Ovo: 50 m X 20 m • Características gerais: – Provoca parasitismo com manifestações intestinais discretas; – Prurido anal. •Biologia: – Morfologia •Larva: – Aspecto vermiforme e presença de asas cefálicas; – Tamanho: Fêmeas ~1cm; machos ~0,5 cm; •Ovo: – Mede cerca de 50 μm. Ovóide com uma face mais plana e outra mais abaulada (aspecto de “D”), membrana dupla lisa e transparente. Larva formada. – Hospedeiro: homem A fêmea: cilíndrica e com extremidades afiladas (A) mede cerca de 1 cm. A cutícula lisa forma 2 expansões cervicais (a). O macho: tem a extremidade posterior enrolada ventralmente. O habitat dos vermes adultos é a região cecal do intestino grosso humano e suas imediações, onde vivem aderidos à mucosa. Fisiologia e ciclo do Enterobius São mais achatados de um lado e, além de sua dupla casca, contêm uma larva L 2; Os ovos só se tornam infectantes após contato com o O 2 no períneo ou no meio ambiente. Na temperatura da pele (30ºC) essa maturação faz-se em 4 a 6 horas. Quando ingeridos, eclodem no intestino delgado do novo hospedeiro (ou do próprio paciente: é a auto-infecção), Desenvolvendo- se as larvas até vermes adultos, enquanto migram lentamente até o ceco. Não há ciclo pulmonar. No hábitat definitivo copulam e as fêmeas começam a produzir ovos. •Biologia: –Ciclo (Monoxênico): • Ovos larvados são eliminados com a morte das fêmeas na região perianal, ficando aderidos à pele; • Os ovos, com larvas infectantes podem ser ingeridos diretamente pelo indivíduo infectado ou eliminados no ambiente; • Após o ovo ter sido ingerido, ocorre a eclosão e a larva penetra na mucosa do intestino delgado, migrando até o ceco onde completam a maturação sexual; • Acasalamento e migração das fêmeas repletas de ovos larvados para a região perianal. • Patologia – Ação mecânica • Erosão da mucosa intestinal; – Ação irritativa (grande infestação) • Inflamação do tipo catarral (exsudativa mucosa); – Congestão anal • Vermes fazem a escarificação da mucosa intestinal e epiderme perianal; – Vaginite e cistite: Em mulheres, às vezes pode-se encontrar na vagina, útero e bexiga. Diagnóstico da enterobíase Parasitismo: Irritabilidade, distúrbios do sono ou insônia; No parasitismo intenso: Instala-se uma colite crônica, com fezes moles ou diarréia e inapetência. Em conseqüência, há um emagrecimento do paciente. Pensa-se em enterobíase nos casos de prurido anal que se agrava à noite, com eosinofilia ligeira (4 a 15% de eosinófilos) e sem outras causas. O exame de fezes só revela 5 a 10% dos casos. O diagnóstico é fácil quando as pessoas que cuidam das crianças encontram os vermes no períneo, na roupa íntima ou de cama. Fêmeas adultas de Enterobius (com 1 cm) en- contradas no períneo ou na roupa íntima. • Diagnóstico: – Anamnese pode ser sugestiva; – Visualização dos parasitos pelo paciente ou à inspeção; – Raspagem anal • Métodos de Graham ou Hall – EPF: • Pouco sensível Epidemiologia da enterobíase Mecanismo de transmissão: Acumúlo de ovos no períneo, sobretudo durante a noite, passando daí para os lençóis, pijamas e a roupa íntima. Circulação de ovos de Enterobius. São facilmente suspendidos no ar, como as poeiras. E são então aspirados. Fato semelhante ocorre, também, quando os pacientes vão ao toalete. A escola constitui lugar de fácil transmissão. A população escolar é a mais parasitada, seguida da pré-escolar e das pessoas que cuidam das crianças. Tratamento e controle Nenhuma medida isolada é suficiente para interromper a transmissão desta helmintíase. Tem que ser aplicada a todos os membros de uma família ou de um grupo, a terapêutica é a medida mais eficaz. Ela deve ser repetida a curtos intervalos – cerca de 20 dias – para que não se complete o ciclo biológico do parasito. Mebendazol e Albendazol são as drogas mais recomendadas, nas doses usuais, devendo repetir-se o tratamento aos 20º e 40º dias. Além disso... – Banhos matinais diários de chuveiro. – Lavagem cuidadosa das mãos depois de defecar, antes de comer e de preparar alimentos. • Profilaxia: Limpeza do ambiente domiciliar; Fervura da roupas; Tratamento de doentes e contatos familiares; Higiene pessoal. Trichuris trichiura TRICURÍASE • MORFOLOGIA Possui a parte anterior afilada, quase 2/3 maior que a posterior, dando um aspecto de chicote, de cor esbranquiçada ou rósea. MACHO Mede cerca de 3 cm; 1 testículo, canal deferente e canal ejaculador. FÊMEA Mede cerca de 4 cm. Ovário, oviduto, útero e vagina. OVO Mede cerca de 50 μm X 22 μm cor castanha, casca formada por uma camada vitelínea externa, uma quitinosa intermediária e uma lipídica interna. Tem forma de barril. TRICURÍASE • HÁBITAT Vermes adultos vivem no intestino grosso Poucos vermes (ceco e colo ascendente) Muitos vermes (colo descendente, reto e até no íleo) Longevidade: mais de 5 anos. TRICURÍASE • TRANSMISSÃO Ingestão de ovos maduros CICLO EVOLUTIVO Tipo monoxênico • OVIPOSIÇÃO Alcança o número de 7.000 ovos por dia por fêmea. Trichuris trichiura: o parasito Cada fêmea fecundada elimina entre 3.000 e 7.000 ovos por dia. Os ovos têm forma muito característica, elíptica, com casca tripla, de tonalidade castanha; Nos extremos do ovo, há 2 tampões polares de aspecto hialino, por onde se dará a eclosão da futura larva. Os ovos não embrionam enquanto no interior do intestino A formação de uma larva tem lugar no meio exterior, ao fim de 11 dias em temperatura de 35ºC; De 3-4 semanas a 26ºC e só ao fim de 4 a 6 meses se a 15ºC. Tricuríase No laboratório os ovos permanecem infectantes cerca de 5 anos. Em condições naturais devem resistir, pelo menos, durante vários meses. Quando ingeridos, chegam diretamente ao intestino DELGADO, Aí, as larvas deixam o ovo por um de seus pólos e se fixam à mucosa, Tornam-se vermes sexualmente maduros ao fim de 1 a 3 meses. Trichuris trichiura – Sinais e Sintomas Período de incubação – 60 – 90 dias • Assintomáticos (maioria das infecções) Acima de 10.000 ovos/g de fezes • Cefaléia • Dor abdominal • Diarréia (presença de muco e sangue) • Espoliação nutricional • Náusea • Vômito • Prolapso retal Tricuríase Em crianças, pode haver apenas nervosismo, insônia, inapetência e eosinofilia. Podem ocorrer diarréias, dor abdominal, tenesmo e perda de peso. Em crianças pequenas, a produção de diarréia persis- tente tende a gerar um quadro de desidratação. E uma irritação intestinal intensa, por elevada carga parasitária, chega a produzir prolapso retal. Diagnóstico Qualquer método de exame de fezes é adequado para o diagnóstico, dada a abundância de ovos nas fezes dos pacientes e sua forma característica. Para se avaliar a carga parasitária utilizam-se técnicas de Kato-Katz. Nas infecções leves há menos de 5.000 ovos por grama de fezes. Nas pesadas, há mais de 10.000 ovos/grama. Tratamento da tricuríase Vários anti-helmínticos são eficazes para o tratamento da tricuríase. As preferências atuaissão: Mebendazol – A dose é de 100 mg, duas vezes ao dia, durante 3 dias (600 mg no total). Albendazol – 400 mg/dia durante 3 dias. TRICURÍASE • PROFILAXIA Educação sanitária Construção de fossas sépticas Lavar as maõs antes de tocar os alimentos Tratamento das pessoas parasitadas Proteção dos alimentos contra moscas e baratas.
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