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Verminoses

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ENTEROBIUS VERMICULARIS 
-É conhecido pelo homem desde a 
Antiguidade, quando em comparação com 
outros parasitas. Isso tudo é favorecido pelas 
características do verme. 
-Popularmente é conhecido como oxiúros. 
MORFOLOGIA 
-Apresenta dimorfismo sexual, mas há 
características comuns aos dois sexos→ cor 
branca, corpo filiforme, cutícula finamente 
estriada em sentido transversal. 
-Boca pequena com 3 lábios retráteis 
-Esôfago relativamente musculoso, que 
termina em um bulbo cardíaco. 
-Possui asas cefálicas, lateralmente a boca, 
que são expansões vesiculares da cutícula, 
muito finas 
Fêmea: 
-Mede cerca de 1 cm de comprimento e 0,4mm 
de diâmetro 
-Cauda longa e pontiaguda 
- Uma única fêmea pode abrigar até 16 mil 
ovos 
Macho: 
-Menor que a fêmea, mede de 0,3 e 0,5cm e 
0,3mm de diâmetro. 
-Cauda recurvada em sentido ventral 
Ovo: 
- Mede de 50 a 60um de comprimento e 20um 
de largura. 
- O livro aborda o aspecto de letra D 
- Quando deixam o corpo da fêmea, já 
apresentam no seu interior uma larva formada, 
ainda em desenvolvimento. 
CICLO BIOLÓGICO 
❖ É do tipo monoxênico, ou seja, possui apenas 
hospedeiro definitivo. 
❖ Após a cópula os machos são eliminados 
com as fezes e morrem. As fêmeas repletas 
de ovos se desprendem do ceco e dirigem-
se para o ânus. Alguns autores suspeitam 
que elas fazem deposição dos ovos na região 
perianal, mas a maioria afirma que a fêmea 
não é capaz de fazer postura de ovos, os 
mesmos seriam eliminados por rompimento 
das fêmeas. 
❖ Os ovos eliminados, já embrionados, se 
tornam infectantes em poucas horas e são 
ingeridos pelo hospedeiro. 
❖ No intestino delgado as larvas rabditóides 
eclodem e sofrem duas mudanças no trajeto 
até o ceco. Quando no ceco, ele vira verme 
adulto. 
❖ Depois de um a dois meses as fêmeas são 
encontradas na região perianal. Se não houver 
reinfecção, o parasitismo para por aí. 
TRANSMISSÃO 
Heteroinfecção: Ovos presentes em alimentos, 
poeira ou outros fômites(meios de transmissão) 
alcançam um novo hospedeiro. 
Indireta: Ovos presentes em alimentos, peoira ou 
outros fômites alcançam o mesmo hospedeiro 
que os eliminou. 
Autoinfecção externa ou direta: O próprio 
indivíduo parasitado, após coçar a região 
perianal, leva os ovos infectantes até a boca. É 
mais comum em crianças. 
Autoinfecção interna: As larvas eclodem ainda 
dentro do reto e depois migra até o ceco, 
transformando eles em vermes adultos. 
Retroinfecção: As larvas eclodidas na região 
perianal do hospedeiro readentram o sistema 
digestivo pelo ânus e descem pelo intestino 
grosso, até chegar ao ceco, onde se transformam 
em vermes adultos. 
PATOGENIA 
-O paciente normalmente só nota o verme 
quando sente um prurido anal (à noite, 
principalmente) ou quando vê o verme nas 
fezes. O ceco apresenta-se inflamado e, 
às vezes, o apêndice também é atingido. 
-Alterações mais intensas e mais 
frequentes é o prurido anal e o ato de coçar 
a região anal pode lesar ainda mais o local, 
possibilitando infecção bacteriana 
secundária. Esse prurido ainda provoca 
perda de sono e nervosismo. A presença de 
vermes nos órgãos genitais femininos pode 
levar à vaginite, metrite, salpingite e ovarite. 
DIAGNÓSTICO 
Clínico: 
-O caso de assintomáticos é comum, mas se 
tiver sintomas facilita muito. Daí o médico 
deve observar os sintomas que falei acima, 
aprofundando na anamnese, e 
correlacionando informações 
epidemiológicas próximas, como sintomas 
parecidos em famíliares ou outras pessoas 
de convívio. 
-Em crianças, os pais podem relatar 
vermes ativos no ânus, que chamam 
popularmente de lagartinhas. Também tem 
gente que observa esses oxiurídeos nas 
fezes ou papel higiênico. 
Na mulher, o acometimento da vagina é 
comum. 
Complementar: 
-O exame de fezes não funciona para essa 
verminose intestinal pois, como a 
eliminação do Enterobius vermicularis 
pelas fezes pode não apresentar um 
calendário regular ou previsível, o exame 
parasitológico de fezes comum não 
costuma ser positivo para o verme ou seus 
ovos. O melhor método é o da fita adesiva 
ou método de Graham: é cortado um 
pedaço de 8 cm de fita adesiva 
transparente, coloca a mesma com a parte 
adesiva para fora, sobre um tubo de ensaio ou 
dedo indicador (esse último é menos indicado 
por risco de contaminação). Aplica várias 
vezes a fita na região perianal, coloca a fita 
sobre uma lâmina e, por fim, leva ao 
microscópio e examina com aumento de 10 e 
40x. Essa técnica deve ser feita ao 
amanhecer, antes do banho, e repetida em dias 
sucessivos, caso dê negativo. 
TRATAMENTO 
-É medicamentoso, para o paciente e pessoas do 
convívio 
-O tratamento anti-helmíntico deve ser repetido 
por no mínimo 2x, com intervalo de 14 dias entre 
as doses, até que cesse a contaminação. 
 
 
Pamoato de pirantel: 
Líquido ou comprimido, 10mg/kg em dose única. 
Albendazo: 
Líquido, em crianças com idade maior que 2 anos 
deve usar 100mg em dose única. 
Ivermectina: 
200ug/kg 
 
SCHISTOSOMA MANSONI 
 
- É o agente da esquistossomose mansoni, e 
ocorre na África, Antilhas e América do Sul. 
- Aqui no Brasil ela é conhecida como “barriga 
d’água”, ou “mal do caramujo”. 
- Chegou aqui durante o tráfico de escravos, e se 
fixou muito bem por causa das condições 
ambientais semelhantes ás da região de origem. 
MORFOLOGIA 
Machos: 
- Medem cerca de 1 cm, e tem cor esbranquiçada 
 
Fêmas: 
- Medem cerca de 1,5 cm, e tem cor mais escura. 
 
Ovo: 
-Mede cerca de 150 uM de comprimento. O ovo 
maduro é encontrado geralmente nas fezes. 
 
Miracídio: 
-Tem forma cilíndrica 
 
Cercária: 
-Possui duas ventosas, uma oral e uma 
ventral, sendo que essa última é maior e 
apresenta musculatura mais desenvolvida. 
Nessa ventosa que geralmente a cercária se 
fixa na pele do hospedeiro durante a 
penetração. 
CICLO BIOLÓGICO 
❖ A natureza do ciclo do Schistosoma é 
bastante variável perpassando pela água 
e pelo organismo dos hospedeiros 
intermediário (Caramujo) e hospedeiro 
definitivo (Homem). 
 
❖ O verme ao atingir a fase adulta no sistema 
vascular alcança as veias mesentéricas 
migrando contra corrente circulatória. Cada 
fêmea adulta é capaz de eliminar em 
média 400 ovos por dia na parede de 
capilares e vênulas, com tempo de vida 
médio de 5 anos, embora alguns casais 
conseguem viver cerca de 30 anos no 
organismo do ser humano. Nesse caso, os 
ovos demoram cerca de uma semana para 
tornarem-se miracídios na submucosa e 
depois migram para a luz intestinal. Alguns 
fatores que facilitam a passagem desses 
ovos para a luz são: resposta inflamatória, 
bombeamento de ovos pelo acúmulo, 
enzimas proteolíticas que são produzidas 
pelos miracídio, como também a perfuração 
da parede venular. Os ovos podem ficar 
presos na mucosa intestinal ou serem 
arrastados para o fígado. 
❖ Os ovos que conseguirem chegar à luz 
intestinal vão para o exterior junto com o 
bolo fecal e têm uma expectativa de vida de 
24 horas (fezes líquidas) a cinco dias 
(fezes sólidas). 
❖ Alcançando a água, os ovos liberam o 
miracídio, estimulado pelos seguintes 
fatores: temperaturas mais altas, luz 
intensa e oxigenação da água. 
❖ Logo após todo esse processo o 
miracídio, segundo alguns pesquisadores, 
possuem uma afinidade maior pelo corpo 
dos moluscos envolvidos no ciclo 
(caramujos), a partir de substâncias 
liberadas quimioatraentes (miraxone) que é 
produzida pelo molusco. Até que há a 
penetração do miracídio nos moluscos. 
Logo, a capacidade de penetração é 
notadamente em torno de 8 horas e é 
influenciada pela temperatura. 
❖ Em terceira instância, após a penetração, o 
agente vai perder as características de 
miracídio e passará a ser chamado de 
esporocisto ainda no organismo dos 
caramujos, esses esporocistos se 
desenvolvem em cercárias (forma infectante). 
❖ Apesar de as cercárias podem viver por 36 a 
48 horas, sua maior atividade e capacidade 
infectiva ocorremnas primeiras oito horas de 
vida. Nadam ativamente na água, não sendo, 
entretanto, atraídas pelo hospedeiro preferido 
(aliás, podem penetrar em vários mamíferos, 
aves etc., mas se desenvolve no hospedeiro 
correto). 
 
 
TRANSMISSÃO 
-Se dá pela penetração ativa das cercárias na 
pele e mucosa. 
-Elas penetram geralmente os pés e pernas, por 
serem áreas do corpo mais expostas ao contato 
com águas contaminadas. 
-Valas de irrigação de hortas, açudes e pequenos 
córregos que lavadeiras e crianças frequentam 
são locais de contante transmissão. 
PATOGENIA 
-Ligada à cepa do parasito, carga 
parasitária adquirida, idade, estado 
nutricional e resposta imunitária da 
pessoa. De todos estes fatores os dois 
mais importantes são a carga parasitária 
e a resposta do sistema imunológico de 
cada paciente. Estudos comprovam que 
uma exposição com alta carga de ovos do 
parasito ocasionam a forma 
hepatoesplênica e pulmonares, já as 
infecções cutâneas, como as dermatites, 
e algumas hepáticas são ocasionadas por 
fatores de respostas imunológicas aos 
ovos e vermes. 
-O processo de patogenia está ligado às 
ação das fases do parasito: 
 
1. Cercárias - As dermatites cercarianas ou 
dermatite do nadador pode ocorrer quando 
há a penetração desses parasitos, ocasiona 
lesão da pele e favorece uma resposta 
imunológica intensa, gerando eritemas, 
prurido, edema, pequenas pápulas e dor, 
com cerca de 6 horas até mesmo 24 horas, 
esses processos geram uma reação de 
hipersensibilidade ao corpo que ativam 
mastócitos, eosinófilos, sistema 
complemento e IgE. 
2. Esquistossômulos - São os vermes que 
acabam sendo ingeridos no consumo de 
água e acabam sobrevivendo ao meio 
ácido do estômago, se adaptando ao pH 
ácido e conseguindo migrar 
posteriormente para a corrente 
sanguínea. Cerca de 3 dias após a 
perfuração das cercárias são 
encontrados esses tipos de parasitos nos 
pulmões, regiões de veia porta e regiões 
do fígado. Os sintomas nessa fase são de 
febre, aumento volumétrico das regiões 
afetadas, linfonodomegalia generalizada e 
sintomas respiratórios. 
3. Vermes adultos - Os vermes adultos são 
aqueles que se fixam nas regiões de circulação 
hepática, eclodindo e produzindo ovos para as 
regiões próximas, os vermes permanecem 
nesses locais por anos sem ocasionar lesões, já 
quando morrer geram várias lesões 
circunscritas, principalmente no fígado, pois são 
levados para lá pela circulação. Estudo feitos 
observam que o S. mansoni consome muitos 
substratos importantes para a fisiologia do 
corpo. 
4. Ovos - Vai depender da quantidade que 
consegue atingir a região de intestino, pelo 
fato de quanto maior, maior será a lesão, 
ocasionando hemorragias, edemas na 
submucosa, ulcerações degenerativas e 
algumas superficiais. Já os ovos que 
atingem o fígado lá permanecem e são as 
principais ocorrências de análise da 
esquistossomose. 
DIAGNÓSTICO 
Clínico: 
Anamnese detalhada(origem, hábitos, contato 
com água, pescarias, banhos, trabalhos, lazer). 
Parasitológico ou Direto: 
Exames de fezes- Usa o método de sedimentação 
ou centrifugação em éter sulfúrico, que precisa 
de alta densidade dos ovos. Se tiver carga 
parasitária baixa, deve se repetir. 
Biópsia ou raspagem de mucosa retal- É 
desconfortável. É uma técnica de maior 
sensibilidade. 
Ultrassonografia- Usada na fase crônica da 
doença principalmente. 
Métodos Imunológicos ou Indiretos: 
Esses métodos não indicam a certeza 
absoluta do parasitismo como os anteriores, 
pois podem ocorrer tanto reações cruzadas 
dando resultados falso-positivos, quanto os 
falso-negativos. 
Imunoenzimático ou ELISA- É um padrão ouro. É 
realizado principalmente com o uso do 
antígeno do verme adulto. 
Reação em cadeia de Polimerase (PCR)- 
Usado principalmente nos casos de 
controle de cura após quimioterapia e em 
infecções de baixa carga parasitária. 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
-É usado o tratamento quimioterápico através 
das drogas mais modernas, oxamniquina e 
praziquantel. Esse tratamento demonstrou 
eficácia na prevenção de formas graves da 
doença, e a faixa etária mais favorecida é de 
jovens até 20 anos. 
 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
 
Vive no intestino grosso de humanos ou 
animais. 
MORFOLOGIA 
Trofozoito 
-Mede de 20 a 40um, chegando a 60um nas 
formas invasivas 
Pré-cisto 
-Fase intermediária entre trofozoito e cisto 
- É oval, menor que o trofozoito. 
Metacisto 
- Forma multinucleada, que emerge do cisto 
no intestino delgado. 
Cisto 
- São esféricos ou ovais, e medem de 8 a 
20um de diâmetro. 
CICLO BIOLÓGICO 
❖ É um ciclo bem simples e monoxênico 
(possui apenas um hospedeiro), 
encontramos todas as fases citadas na 
morfologia, daí o ciclo se inicia a partir da 
ingestão dos alimentos ou água 
contaminada com os cistos maduros. 
❖ O cisto ingerido passa pelo estômago, 
resistindo à acidez, percorre o intestino 
delgado e quando chega no final dele e no 
início do intestino grosso, surge uma 
pequena fenda no cisto e ocorre a 
desencistamento, com a saída do metacisto. 
Quando o metacisto é liberado sofre 
sucessivas divisões, divide-se em 4 e depois 
em 8 trofozoítos metacísticos, os quais irão 
migrar para o restante do intestino grosso 
onde se colonizam. A maioria fica aderida a 
parede do intestino e convive se 
alimentando de bactérias e nutrientes (ciclo 
biológico), daquele local. 
❖ Após um determinado tempo esse 
trofozoíto se desprende e libera 
substâncias nutritivas e se transformam 
em pré-cistos. Em seguida se 
transformam em cistos que são 
excretados nas fezes do hospedeiro e 
retorna todo o ciclo. 
TRANSMISSÃO 
-Ocorre pela ingestão de cistos maduros em 
alimentos. Consumo de água sem tratamento e 
contaminada por dejetos humanos também é um 
meio. Outra coisa é ingestão de alimentos 
contaminados(verduras cruas, frutas). Então, 
vamos praticar o que mandei do Dr. Bactéria no 
Instagram. Ah, falta de higiene em casa também 
facilita a disseminação de cistos. Então, deixem 
de fazer “coisa de gente preguiçosa”- oi, Clara. 
→Oh que nojo: ocorre também com a 
disseminação nas patas de baratas ou 
moscas que venham a ter o contato com 
esses cistos maduros, em fezes por 
exemplo, além disso a não higienização da 
família que esteja contaminada pelo agente 
da amebíase pode facilitar a proliferação dos 
cistos e não responder a uma cura coerente. 
PATOGENIA 
-A amebíase é uma doença que pode ser 
As técnicas de fixação do complemento, 
reação de hemaglutinação indireta, 
radioimunoensaio e de reação de 
imunofluorescência, de modo geral, não 
possuem tanta aplicação por questões de 
complexidade e logística. 
 
sintomática ou não, e tem alto poder 
patogênico e diferença de virulência. Sua 
maior explicação para a formação de uma 
patogenia é a forte interação que esse 
agente (trofozoíto) tem de adentrar e invadir 
as células e tecidos, isso faz com que tenha 
uma forte adesão com as membranas 
celulares a partir de lectinas, as quais 
facilitam a aderência desses seres. 
-Logo após a entrada, rompimento das 
barreiras físicas, os trofozoítos começam 
a liberar substâncias proteolíticas 
(hialuronidase, proteases…) que causam a 
destruição dos tecidos. Sendo assim, 
estudos demonstram que a E. histolytica 
não se adere a tecidos intactos e sim os 
que estão em processo de lesão, com isso 
a proliferação desses trofozoítos são 
intensas e a formação de 
microulcerações também são 
demasiadas. 
-Ademais, as amebas também podem 
adentrar o tecido sanguíneo, de maneira 
mais rara, através da circulação porta 
atinge primeiramente o fígado, mas 
também pode atingir pulmão e mais ainda 
raro o cérebro em casos de extrema 
ignorância sintomatológica e falta de uma 
saúde de qualidade, como também pode 
até mesmo região anal e vagina. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Formas assintomáticas: 
É muito frequente.A infecção é detectada 
quando encontra-se cistos no exame de 
fezes. No centro-sul do Brasil ela 
prevalece. 
Formas sintomáticas: 
Diarreica- Duas a quatro evacuações por 
dia, com fezes moles ou pastosas e pode 
conter muco. É raro a febre. 
Disentérica(Colites Amebianas)- A 
amebiana aparece de modo agudo, 
acompanha muco ou sangue, cólicas 
intestinais, náuseas e vômitos. As 
evacuações variam de oito a dez. Em casos 
mais graves há febre elevada e persistente, 
além de dor abdominal e desidratação. 
Amebíase Extraintestinal- Muito frequente 
no fígado. Quando ocorre a presença de 
abscesso hepático constitui uma grande e 
grave complicação por amebíase, com 
principais sintomas dor, febre e 
hepatomegalia. 
DIAGNÓSTICO 
Clínico: 
É um pouco errônea, pois é comum à 
várias doenças intestinais. Na fase aguda pode 
ser confundida com salmoneloses, cólon 
irritado, etc. 
Laboratorial: 
Feito com fezes, soros e exsudatos, sendo 
o primeiro mais usado, e identifica trofozoítos ou 
cistos. 
Imunológico: 
 ELISA, imunofluorescência indireta e 
hemaglutinação indireta. Tem limitação, por 
exemplo, geralmente dá resultado negativo em 
casos assintomáticos. 
Retossigmoidoscopia: 
Visualiza ulcerações e identifica o agente 
etiológico com o material das lesões. 
Radiologias, tomografias e USG, além de 
ressonância magnética também são métodos 
auxiliares. 
TRATAMENTO 
1) Amebicidas que atuam diretamente na 
luz intestinal→ ação direta à parede ou na 
luz do intestino. 
2) Amebicidas tissulares→ atuam na 
submucosa do intestino e do fígado 
3) Amebicidas que atuam tanto na luz 
intestinal como nos tecidos. 
TRICHURIS TRICHIURA 
-O gênero Trichuris trichiura são nematódeos 
e possuem a parte anterior afilada que 
contém o esôfago e a posterior dilatada que 
contém os demais órgãos dos tratos 
digestório e genital. O homem é o único 
hospedeiro, sendo assim monóxeno. 
MORFOLOGIA 
-No geral medem de 3 a 5 cm de 
comprimento. Machos são maiores que a 
fêmea. 
CICLO BIOLÓGICO 
❖ Estima-se que cada fêmea coloque por 
dia de 1000 a 5000 ovos. Os ovos, os quais 
tem parede dupla de cor castanha, são 
postos pela fêmea no lúmen intestinal são 
lançados no meio exterior onde evoluem de 
acordo com as condições ambientais. 
Quando há ambiente úmido, permeável, 
sombra e temperatura de 24 a 30 graus, 
eles vão evoluir entre 2 e 3 semanas, 
formando o embrião dentro do ovo que pode 
ser consumido em água e alimentos 
contaminados ou ainda pela poeira 
levantada de solos infectados. 
❖ No trato digestório, pela ação dos 
fermentos, a larva infectante se liberta do ovo 
e entra nas vilosidades do ceco. Permanece 
ali por alguns dias para só depois retornar ao 
lúmen intestinal, e sefixar definitivo pela 
mucosa. 
❖ No corpo humano, a larva passa por uma 
evolução por quase 1 mês, até a fase adulta do 
verme, que tem mais liberação de ovos nas 
fezes. 
PATOGENIA 
-Há uma relação diretamente 
proporcional entre as reações e a 
quantidade de parasitos dessa espécie, 
assim, encontrar ovos desse verme nas 
fezes não é diagnóstico sólido para 
tricuríase. O verme é responsável por 
causar traumas e infecções na mucosa 
intestinal e possui uma ação tóxica nessa e 
no corpo todo pois há passagem de algumas 
substâncias produzidas por ela pela 
corrente sanguínea e também liberação de 
outras como as citocinas decorrentes dos 
processos inflamatórios nos pontos de sua 
fixação. Isso ocorre pois seu modo de fixação 
causa uma trauma suficiente para permitir a 
invasão de bactérias. 
-Reações inflamatórias por conta parasito se 
instalam na porção terminal do íleo, no 
apêndice, no ceco e no cólon ascendente e em 
alguns casos há um parasitismo intenso no 
reto, resultando até no prolapso retal 
(exteriorização do reto através do orifício 
anal). 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
-Geralmente é assintomático. Os sintomas são 
dor na região inferior direita do abdome, com 
constipação e acúmulo de gases no T.D, causando 
inchaço, desconforto e distensão abdominal, e as 
vezes diarréia. Nas crianças muito infestadas 
pode ter febre moderada, perda de apetite, 
vômitos... 
-A anemia também pode estar presente pela 
ação tóxica das excretas do helminto. Vamos 
observar também aumento de eosinófilos e 
secreção de linfócitos Th2 respondendo a esse 
helminto. Lembrem de MAD!

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