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Aula 4 Química medicinal Gabriela Chianca Conversem sobre a aula passada! O que vocês aprenderam? Perguntas importantes • Defina, diferencie e exemplifique fármacos estruturalmente específicos e fármacos estruturalmente inespecíficos. • Qual a relevância do modelo chave-fechadura na compreensão da importância da conformação de um fármaco? • Quais os dois principais aspectos do modelo chave-fechadura? • Quais as principais interações intermoleculares envolvidas na ligação do fármaco com o seu receptor? • Quais os principais tipos de forças eletrostáticas? • As forças de dispersão e interações hidrofóbicas são sempre fracas e pouco influenciam na interação fármaco-biomacromolécula. Procede? • Por que as interações de H são tão importantes para a manutenção da vida? • Exemplifique uma interação fármaco-receptor “irreversível” por ligação covalente. Perguntas importantes • Quais são os 3 fatores essenciais na compreensão da interação micromolécula e biomacromolécula? • Por que o modelo chave-fechadura é considerado limitado quando se considera a interação fármaco/biomacromolécula? • O que é a teoria do encaixe induzido? • Defina estereoisômeros, enantiômeros, diastereoisômeros, eutômero e distômeros. Perguntas importantes Perguntas importantes • Um receptor quiral apresenta alta especificidade, por que? • Quais as principais diferenças entre enantiômeros e diastereoisômeros? Objetivos da aula de hoje • Bioisosterismo • Minha apresentação de seminário • Estudo dirigido Bioisosterismo Conceito • Refere-se a compostos ou subunidades estruturais de compostos bioativos que apresentem volumes moleculares, formas, distribuições eletrônicas e propriedades físico-químicas semelhantes capazes de apresentar atividades biológicas similares • É uma estratégia de modificação molecular de um composto protótipo baseada na troca de determinados fragmentos moleculares, por exemplo, um grupamento funcional por outro que apresente propriedades físico-químicas similares Objetivos • Melhora de propriedades farmacocinéticas (absorção, distribuição, metabolismo e eliminação; solubilidade, estabilidade química) ou farmacodinâmica (afinidade, eficácia e especificidade e reduzir efeitos colaterais/toxicidade) para otimizar ação de um fármaco Objetivos • Melhoria do perfil farmacodinâmico de uma substância a partir de um screening cego robotizado in vitro (HTS) de coleções de milhares de substâncias (quimiotecas), visando transformá-lo em um candidato a novo composto-protótipo mais promissor e atraente em termos terapêuticos Objetivos • Para ultrapassar barreiras patentárias de determinada substância de interesse terapêutico – usado na indústria para buscar compostos estruturalmente análogos a um fármaco inovador de indústria concorrente Parâmetros importantes Bioisosterismo permite variação • Tamanho da molécula • Forma da molécula (ângulo de ligação, hibridização) • Distribuição eletrônica (polarizabilidade, dipolo, carga, efeitos indutivos) • Lipossolubilidade (logP) / Hidrofilicidade (dissolução) • Pka – grau de ionização • Reatividade química dos grupos funcionais ou subunidades estruturais bioisostéricas (antecipar alterações na biotransformação - alteração na toxicidade relativa dos principais metabólitos) • Fatores conformacionais (capacidade de fazer ligações de H inter e intramoleculares) Como fazer direito • Conhecimento minucioso das contribuições farmacofóricas de suas subunidades moleculares • Elucidação das vias de inativação metabólica • Principais fatores estruturais determinantes das propriedades físico- químicas que regulam sua biodisponibilidade e seus efeitos adversos diretos ou não (p/ permitir uma previsão abrangente quando da definição da relação bioisostérica a ser empregada na modificação molecular pretendida) Histórico • 1919 – Langmuir: isosterismo; átomos ou grupos de átomos com estrutura eletrônica e propriedades físico-químicas similares; comparava substâncias contendo átomos com mesmo número de elétrons de valência: isoeletrônicos Flashback Histórico • 1925 – Grimm e a regra do hidreto: a adição de um átomo de H com um par de elétrons (hidreto) a um átomo fornece um pseudo-átomo apresentando as mesmas propriedades físicas daqueles presentes na coluna imediatamente posterior da tabela periódica do átomo inicial Histórico • 1932 – Erlenmeyer e Hinsberg ampliaram o conceito de isosterismo: • Isósteros são átomos, íons e moléculas nos quais a camada periférica de elétrons pode ser considerada idêntica 4 – tetra 5 – tri 6 – di 7 – mono Histórico • 1951 – Friedman introduziu o conceito de BIOisosterismo: • Fenômeno observado entre substâncias estruturalmente relacionadas que apresentam propriedades biológicas similares ou antagônicas em um mesmo sítio receptor Histórico • 1970 – Burger classificou e subdividiu o Bioisosterismo em duas categorias: clássico e não-clássico • Bioisosterismo clássico: • átomos com valência, grupamentos ou radicais, incluindo anéis aromáticos ou não, equivalentes; • átomos mono, di, tri e tetravalentes e anéis equivalentes; • atendem, de maneira geral, às exigências preconizadas pelas definições de Grimm e Erlenmeyer. Bioisosterismo clássico Exemplo de bioisosterismo clássico na natureza AAS essenciais Bases pirimidínicas Xantinas Protótipos de AINES Salicilatos e ácidos mefenâmicos Histórico • Bioisosterismo não-clássico: • São compostos ou grupos que possuem forma e volume molecular quase idênticos, aproximadamente a mesma distribuição de elétrons e exibem propriedades físico-químicas similares • Não atende as regras eletrônicas e estéricas dos bioisosteros clássicos, mas produzem atividade biológica similar • Inclui-se nesta categoria: grupos funcionais com características estruturais equivalentes, retroisomerismo, subunidades estruturais com sítios de interação com biorreceptores (bióforos ou pontos estruturais), introdução ou abertura de anéis Bioisosterismo não-clássico Exemplo do bioisosterismo não-clássico na natureza Clássico x não-clássico EXEMPLOS IMPORTANTES Bioisóstero clássico • Isomerismo clássico de fragmentos monovalentes (OH→ NH2) • Grande diferença nas propriedades ácido- base entre fenol e anilina → perfil farmacocinético distinto • Diferença no pka, logP e reatividade química • Capacidade de detoxicação hepática dos xenobióticos pode ser diferente após substituição isostérica Bioisosterismo não-clássico • Substituição monovalente regioequivalente no anel aromático • Bioisosterismo funcional • Pka 9,1 e 9,6 – mesmas ligações iônicas com biorreceptor Derivado com fragmento metilsulfonamida funcionalizada Dopamina Bioisosterismo funcional • Ácido carboxílico → difluorofenol • Potência inibitória 4x maior no 6.25 (IC50 3,96 x 19,7μM) • Descoberta de novo bioisóstero da função ácido carboxílico IMPORTANTE • Apesar dos biosósteros apresentarem potencial de afinidade por um biorreceptor e atividade biológica similares, quando as substituições isostéricas são realizadas em grupamentos funcionais farmacofóricos as alterações físico-químicas podem ser suficientes para modificarem drasticamente, atenuando ou abolindo as respostas farmacodinâmicas • Mesmo em regiões não farmacofóricas isso pode ocorrer alterando de forma indesejável o perfil do novo derivado IMPORTANTE • Uma substituição isostérica bem-sucedida em uma molécula que atue em determinado biorreceptor, não obrigatoriamente terá o mesmo êxito em outra molécula que atue em outro sítio de ligação (propriedades de reconhecimento molecular são distintas) Pontos bioisostéricos •Fragmentos similares (bióforos) capazes de interagir identicamente com sítios de reconhecimento molecular de biorreceptores • Ex: aceptores de ligação de H Exemplo de bióforo - guanidina • É frequente em muitos fármacos e está associada à baixa biodisponibilidade • Com a introdução de grupamentos puxadores de e-→ reduz basicidade → otimização da biodisponibilidade dos protótipos modificados Bioiósteros funcionais de ésteres e amidas • Prevenção da metabolização plasmática (pelas enzimas hidrolíticas) das funções éster e amida – esterases e amidases Bioisósteros de átomos tetravalentes • Usada na indústria cosmética para otimização de propriedades organolépticas de compostos empregados em fragrâncias • Bioisosterismo clássico C x Si x Ge → similaridade conformacional e eletrônica Bioisosterismo de anel • Possibilita diversidade molecular muito grande Exemplo de Bioisosterismo de anel tenoxicampiroxicam benzotiazínico tienotiazínico isoxicam metilisoxazólico Pacyl – Warner- Lambert Retirado do mercado por reações dermatológicas que causava Tilcodil – Hoffman LaRoche • Melhora nas propriedades farmacodinâmicas, mas piora na biodisponibilidade Exemplo de Bioisosterismo de anel Anel pirazolo Anel pirazolo- pirimidina Exemplo de Bioisosterismo de anel Bioisosterismo na construção de uma série congênere • Derivados do NAH (N- acilarilidrazônicos) • O protótipo foi consecutivamente modificado introduzindo núcleos isostéricos, mantendo caráter hidrofóbico • As modificações permitem determinar a importância de grupos funcionais para atividade analgésica • Alguns derivados mostraram-se muito mais ativos que o composto original, inclusive em protocolos in vivo – caracterizando-se como novos compostos-prototipos Bioisosterismo na construção de uma série congênere Anelação (Bioisosterismo não-clássico) • 6.146 – mais ativo com maior restrição conformacional Anelação/restrição conformacional Protótipo com atividade mais seletiva para 5HT-1A Protótipo com atividade mais seletiva para 5HT-1D SELETIVIDADE INVERSA Modificação da basicidade → em aprovação pelo FDA (enxaqueca) Anelação e farmacocinética • A farmacocinética também pode ser afetada pelo processo de anelação: Amina terciária susceptível à ação das enzimas metabólicas hepáticas Proteção da amina pela anelação – aumento significativo da vida média do F Importância da anelação • 95% dos F possuem anéis ou pontos farmacofóricos cíclicos correspondendo a mais da metade de seu peso molecular → anelação tem a maior aplicação na química medicinal moderna • A maioria dos F atualmente possui uma diversidade molecular estrutural singela Bioisosterismo e os fármacos me-too • O Bioisosterismo tem sido empregado com sucesso pelas grandes indústrias farmacêuticas na busca por novos F de uma mesma classe a partir de um F inovador descoberto por uma empresa concorrente • Esse novo F que atua pelo mesmo mecanismo do protótipo inovador é chamado de me-too (eu também ou cópia terapêutica) Ranitidina – 1º me-too bilionário Cimetidina – antagonista seletivo receptores histamínicos H2 Ranitidina Outros me-too • Fluoxetina → inspirada na paroxetina Outros me-too • Vardenafil→ inspirado no sildenafil (inibidores da fosfodiesterase 5) Vardenafil – muito mais seletivo p/ PDE-5 (↓ efeitos colaterais) Sildenafil – tbm possui ação PDE-6 (efeitos colaterais) Retroisomerismo • É um dos tipos de Bioisosterismo não-clássico • Inversão de um determinado grupo funcional presente no protótipo • Com objetivo de melhorar o perfil farmacocinético do protótipo Minha amostra de seminário Antichagásicos potenciais: estudos sobre a síntese de pró-fármacos recíprocos de bioisósteros do hidroximetilnitrofural e de liberador de óxido nítrico Renato Augusto Massarico Serafim, USP, 2011 Universidade Estácio de Sá Faculdade de Farmácia Disciplina: Química Medicinal Docente: Gabriela Ceccon Chianca Objetivos • Abordar a relevância do artigo em relação à disciplina de Química medicinal • Introdução • Materiais e métodos • Resultados e discussão • Conclusão • Perspectivas Histórico/definição • Languimir, 1919 – isósteros são grupos de átomos ou moléculas orgânicas e inorgânicas que contêm o mesmo número e/ou arranjo eletrônico, caracterizando-se por possuírem semelhanças em suas propriedades físicas • Erlenmeyer – isósteros são átomos, moléculas ou íons que apresentam o mesmo número de elétrons na camada de valência • Atualmente – isósteros são grupamentos que apresentam semelhança nas camadas eletrônicas mais externas; ou moléculas de tamanho e conformação semelhantes que contenham grupos com regiões de densidade eletrônica análogas Definição • Refere-se a compostos ou subunidades estruturais de compostos bioativos que apresentem volumes moleculares, formas, distribuições eletrônicas e propriedades físico-químicas semelhantes capazes de apresentar atividades biológicas similares • É uma estratégia de modificação molecular de um composto protótipo baseada na troca de determinados fragmentos moleculares, por exemplo, um grupamento funcional por outro que apresente propriedades físico-químicas similares Objetivos • Melhora de propriedades farmacocinéticas (absorção, distribuição, metabolismo e eliminação; solubilidade, estabilidade química) ou farmacodinâmicas (afinidade, eficácia e especificidade e reduzir efeitos colaterais/toxicidade) para otimizar ação de um fármaco • Para ultrapassar barreiras patentárias de determinada substância de interesse terapêutico – usado na indústria para buscar compostos estruturalmente análogos a um fármaco inovador de indústria concorrente Bioisosterismo permite variação: • Tamanho da molécula • Forma da molécula (ângulo de ligação, hibridização) • Distribuição eletrônica (polarizabilidade, dipolo, carga, efeitos indutivos) • Lipossolubilidade (logP) / Hidrofilicidade (dissolução) • Pka – grau de ionização • Reatividade química dos grupos funcionais ou subunidades estruturais bioisostéricas (antecipar alterações na biotransformação - alteração na toxicidade relativa dos principais metabólitos) • Fatores conformacionais (capacidade de fazer ligações de H inter e intramoleculares Como fazer direito • Conhecimento minucioso das contribuições farmacofóricas de suas subunidades moleculares • Elucidação das vias de inativação metabólica • Principais fatores estruturais determinantes das propriedades físico- químicas que regulam sua biodisponibilidade e seus efeitos adversos diretos ou não (p/ permitir uma previsão abrangente quando da definição da relação bioisostérica a ser empregada na modificação molecular pretendida) Classificação • Clássicos: • igualdade na camada de valência; • adotam definição de Erlenmeyer e regra de hidreto de Grimm; • átomos com valência, grupamentos ou radicais, incluindo anéis aromáticos ou não, equivalentes; • átomos mono, di, tri e tetravalentes e anéis equivalentes • Não-clássicos: • São compostos ou grupos que possuem forma e volume molecular quase idênticos, aproximadamente a mesma distribuição de elétrons e exibem propriedades físico- químicas similares • Não atende as regras eletrônicas e estéricas dos bioisosteros clássicos, mas produzem atividade biológica similar • Inclui-se nesta categoria: grupos funcionais com características estruturais equivalentes, retroisomerismo, subunidades estruturais com sítios de interação com biorreceptores (bióforos ou pontos estruturais), introdução ou abertura de anéis Introdução • Doença de Chagas ou tripanossomíase• É uma antropozoonose frequente na América latina • Agente etiológico é o Trypanosoma cruzi • Sinal de Romaña – diagnóstico de quadro agudo da doença • Chagoma – picada na pele que origina nódulos ou furúnculos • Formas de infecção: pelo vetor; por transfusão sanguínea; congênita; transplante de órgãos; via oral • Fases da doença: indeterminada (silenciosa/assintomática – até 10-30 anos) e crônica (complicações cardíacas, cardiovasculares, neuromusculares) • Prevenção – eliminação dos vetores; melhoras na limpeza das regiões afetadas; triagem sorológica de doações de sangue Introdução • Tratamento • Atualmente são só dois F – nifurtimox e benznidazol • São ativos na fase aguda, mas mais de 80% dos pacientes na fase crônica tratados não obtém cura parasitológica; muitos efeitos colaterais • Fs em estudo: inibidores da cisteíno-protease; inibidores da tripanotiona redutase; inibidores da síntese dos esteróis; compostos liberadores de óxido nítrico Introdução • Bioisosterismo – já elucidado previamente • Latenciação – modificação molecular de um composto biologicamente ativo com objetivo de originar uma nova estrutura isenta de atividade (a qual sofre biotransformação metabólica in vivo liberando o composto inicial no seu sítio de ligação) = pró-fármaco • Prófármacos clássicos; bioprecursores, mistos e recíprocos Objetivos • Ampliar o número de Fs disponíveis • Propor quimioterapia mais eficaz (alvos múltiplos) p/ tratamento da doença Materiais e métodos 1. Síntese tradicional do nitrofural e seus bioisósteros • Aldeído nitro-heterocíclico + etanol → solubilização → HCl conc → + carbazida → precipitado→ agitação por 2 horas e acompanhamento por CCD → filtra→ armazenamento em cápsula de porcelana→ RMN Materiais e métodos 2. Síntese solvente-free do nitrofural (NF) e seus bioisósteros • Aldeído + carbazida + acetato de sódio catalítico + sílica gel em almofariz → homogeinização 10 minutos → lavado com metanol → filtra → capsula de porcelana→ RMN Materiais e métodos 3. Síntese do hidroximetilnitrofural (NFOH) e seus bioisósteros • Compostos não hidroximetilados (NH) + carbonato de potássio + água deionizada + formol → 3,5hs → +formol → acompanha com CCD → filtra → lava com metanol a frio p/ remover formaldeído → cápsula de porcelana → RMN Materiais e métodos 4. Tentativas de síntese dos pró-fármacos recíprocos • Método direto: composto hidroximetilado em DMSO/DMF → ácido nítrico + anidrido acético → +água para forçar precipitação → filtra → cápsula de porcelana→ RMN Materiais e métodos 4. Tentativas de síntese dos pró-fármacos recíprocos • Método indireto: inserção de um halogênio como intermediário para depois formar o éster nitrato e, na sequencia o nitrato de prata (como agente nitrante) Materiais e métodos 5. Modelagem molecular • Docking com programa GOLD 3.1 utilizando a estrutura cristalográfica da cruzaína • OBS: docking é uma técnica computacional que objetiva encontrar a conformação correta do ligante no interior do sítio ativo do receptor, gerando um ranking de conformações de acordo com a estabilidade formada pelo complexo ligante-receptor Resultados e discussão Síntese tradicional do NF e seus bioisósteros • NS – 50-70% • NFS – 79-84% • NOS – 80-85% • A análise dos espectros de RMN foram consistentes com a literatura, mostrando eficácia do processo de síntese Resultados e discussão • Síntese tradicional x solvent free • Baixo tempo reacional • Suporte reacional inadequado • Baixa concentração do catalisador Resultados e discussão • Síntese dos pró-fármacos pelo método direto levou a formação de alguns, mas não todos os derivados hidroximetilados. Além disso, foram observados muitos sinais que são associados a impurezas, o que sugere a formação de derivados secundários ainda não pesquisados. • Síntese pelo método indireto não foi possível obtenção dos derivados almejados Resultados e discussão • Modelagem molecular – docking • O grupo éster nitrato e os grupos carbonila/tiocarbonila apresentaram distância que variou de 2,8-2,9 A e 3,0- 3,7 A, respectivamente, em relação à Cys25 • Outra observação importante foi o posicionamento dos anéis nitro- heterocíclicos no bolso S2 do sítio ativo da cruzaína, descrito como bolso de interação hidrofóbica Conclusões • Os sinais obtidos nos espectros de RMN relativos aos compostos intermediários são semelhantes ao da literatura • Metodologia solvent free ainda precisa ser otimizada (para melhorar pureza e rendimento) • Mesmo com a utilização de métodos distintos (direto e indireto) e variações nas condições reacionais, a síntese dos ésteres nitrato não conduziu aos resultados esperados, mostrando a baixa reatividade da hidroxila e a fácil degradação dos derivados nitro-heterocíclicos hidroximetilados perante os meios reacionais utilizados Conclusões • Isso sugere que modificações moleculares em outras regiões das moléculas (núcleo aromático, por exemplo) podem ser alternativa plausível para obtenção de novos pró-fármacos liberadores de NO • O estudo de docking mostrou possível preferência de ataque nucleofílico da Cys25 ao grupo éster nitrato em relação à carbonila/tiocarbonila, devido à maior proximidade entre esses grupos • Isso sugere possível inativação preferencial da cruzaina pela formação de S- nitrosotiol Perspectivas • Explorar nova metodologia com ácido nítrico fumegante para aumentar muito a concentração do agente nitrante, favorecendo a formação do éster com o grupo hidroxila de baixa reatividade dos compostos hidroximetilados obtidos Referências bibliográficas • BARREIRO, E.J., FRAGA, C.A.M. Química medicinal: as bases moleculares da ação dos fármacos. 2 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2008. • SERAFIM, R. A. M. Antichagásicos potenciais: estudos sobre a síntese de prófármacos recíprocos de bioisósteros do hidroximetilnitrofural e de liberador de óxido nítrico. 2011. 76p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, 2011. ED 1 OBS IMPORTANTE!!! • O empilhamento π é um fenômeno físico que ocorre devido à polarização das nuvens eletrônicas em sistemas cíclicos que apresentam elétrons π ou, por vezes, na atração eletrostática entre os elétrons π do anel aromático com uma carga + σ de um átomo contido na estrutura de um anel • Complexos entre grupos ricos em elétons (doadores) e grupos pobres em elétrons (aceptores) • Doadores: alcenos, alcinos ou aromáticos com substituintes doadores de elétrons, oxigênio, nitrogênio, etc... • Aceptores: alcenos, alcino e aromáticos com grupos retiradores de elétrons OBS IMPORTANTE Referências bibliográficas • BARREIRO, E.J., FRAGA, C.A.M. Química medicinal: as bases moleculares da ação dos fármacos. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2008. • LEMKE, T.L., WILLIAMS, D.A. Foye´s principles of medicinal chemistry. 7.ed. Baltimore: Lippincott Williams & Wilkins, 2013. • https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/804198/mod_resource/con tent/1/Intera%C3%A7%C3%B5es%20moleculares.pdf • https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/17339/1/d.pdf
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