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Introdução a Histologia e Embriologia. TATIANA M. F. CASARINO CORDEIRO Desenvolvimento Humano Se inicia quando um ovócito da mulher é ferti l izado por um espermatozoide do homem. A partir desse acontecimento se inicia uma série eventos sucessivos que culminam com a formação do zigoto e finalmente um ser multicelular. Esses eventos são: Divisão celular Migração celular Morte celular programada Diferenciação celular Crescimento e rearranjo celular Fases do desenvolvimento humano § Período pré-natal: antes do nascimento. § Período pós-natal: após o nascimento. Período pré-natal: § Período embrionário – terceira à oitava semana de desenvolvimento. § Período fetal – a partir da nona semana de desenvolvimento. O período embrionário é o período em que ocorre a maioria das modificações visíveis. Fases do desenvolvimento humano Fases do desenvolvimento humano Os nove meses da gestação podem ser divididos em 3 trimestres, sendo que o primeiro trimestre – período embrionário e início do fetal – abrange a fase mais crítica do desenvolvimento. • Grande parte dos abortos espontâneos. • Vulnerabilidade do embrião aos fatores do meio ambiente. • Malformações mais graves durante esse período. Fases do desenvolvimento humano O que é embriologia? • Estudos sobre o embrião e feto remontam ao ano de 3000 antes de Cristo, no antigo Egito. • A E m b r i o l o g i a é a c i ê n c i a q u e e s t u d a o desenvolvimento pré-natal de embriões e fetos – m u d a n ça s e st r u t u ra i s q u e o co r re m d e s d e a fecundação até a formação do feto. • Teratologia – divisão da embriologia que estuda o desenvolvimento anormal – estudo dos defeitos do nascimento. Importância da embriologia: Ponte entre o desenvolvimento pré-natal e a obstetrícia, medicina perinatal, pediatria, e anatomia clínica. § Desenvolve conhecimentos sobre o início da vida e as modificações que ocorrem durante o desenvolvimento pré-natal. § Auxilia a compreensão das causas de variações na estrutura humana. § Evidencia a anatomia e explica como as relações normais e anormais se desenvolve. § Apoia pesquisas e aplicação de células-tronco para tratamento de doenças crônicas. Desenvolvimento humano Teoria celular e embriologia (1839): 1. O corpo é composto por células e produtos celulares. 2. O embrião se desenvolve a partir de uma célula – o zigoto. 3. O zigoto passa por várias divisões celulares, formando então o embrião. Desenvolvimento humano Envolvimento da genética: • Os Seres humanos possuem 46 cromossomos dispostos em 23 p a re s . D e ste s , 2 2 p a re s s ã o semelhantes morfologicamente e p o r t a n t o s ã o c h a m a d o s d e autossomos. • O último par possui diferenças morfológicas e forma o par de cromossomos sexuais. Desenvolvimento humano Padrão do número de cromossomos: • As espécies mantêm sempre o mesmo número de cromossomos – esse número não sofre alterações ao longo da vida. • Nos seres humanos são 46 cromossomos – 2 conjuntos (2n) – um conjunto materno (n) e outro conjunto paterno (n). • As células de um indiv íduo são chamadas de s o m á t i c a s p o r p o s s u í r e m 2 c o n j u n t o s d e cromossomos – todas são 2n. Desenvolvimento humano Padrão do número de cromossomos: • Para manter esse número constante, as células germinativas (ovócito e espermatozoide) somente possuem metade do número, isto é, um conjunto (n). • Durante sua formação, as células que dão origem às células germinativas passam por várias divisões celulares em que o número de cromossomos é reduzido a um conjunto. O nome dessa divisão é meiose. Desenvolvimento humano • Quando o espermatozoide (n) fertiliza o ovócito (n) o padrão é reestabelecido – 2n. • A partir daí, outro tipo de divisão celular se inicia – a mitose – que será responsável pelo crescimento em número de células do embrião e do feto. O que é Histologia? § É o estudo dos tecidos do corpo e como se organizam para formar os órgãos. § Os tecidos são constituídos por células e matriz extracelular (MEC) que elas próprias produzem. § Há intensa interação entre as células e a MEC que, apesar de ser produzida pelas células, influenciam nestas direta e intensamente. § A M E C é c o n s t i t u í d a p o r f i b r a s p r o t e i c a s e polissacarídeos. Histologia Histologia • As moléculas da matriz se ligam a receptores específicos na membrana celular e se conectam a moléculas no citoplasma das células. • As células e a matriz extracelular (MEC) funcionam em conjunto e respondem às necessidades do organismo. Histologia As células são microscópicas: • O pequeno tamanho das células e da matriz torna o estudo dependente de microscópio. 0 75 150 225 300 nm BACTERIÓFAGO MS2 (24 nm) Bacteriófago T4 (50 nm x 225 nm) Vírus mosaico do tabaco (15 nm x 300 nm) Células vermelhas do sangue (10,000 nm) E. coli (1000 nm x 3000 nm) Histologia Microscópio óptico ou de luz ou fotônico. • A imagem é formada após um feixe de luz atravessar alguma estrutura: camada delgada de tecido; células vivas; • Material sofre preparação para melhor observação – maior parte dos tecidos são espessos. MICROSCÓPIO Ou mesa Tambor ou Tubo ou canhão Ou Coluna Ou lente Foco grosso Foco fino MICROSCÓPIO Microscópio simples Usa uma lente ou conjunto de lentes para ampliar um objeto através de ampliação angular sozinho dando ao espectador uma imagem virtual ampliada ereto. Ex.: lupa, e oculares como telescópios e microscópios. Possui um conjunto de lentes que aumenta o objeto 1.000 a 1.500 vezes e permite sua visualização com um poder de resolução de 0,2µm Microscópio composto É constituído por três sistemas de lentes: o condensador, a objetiva e a ocular. MICROSCÓPIO MICROSCÓPIO § A diferença básica entre o microscópio óptico e o eletrônico é que o eletrônico não é utilizada a luz, mas sim feixes de elétrons. § No microscópio eletrônico não há lentes de cristal e sim bobinas, chamadas de lentes eletromagnéticas. § Não é possível observar material vivo neste tipo de microscópio. O material a ser estudado passa por um complexo processo de desidratação. MICROSCÓPIO Existem três tipos de microscópio eletrônico básico: De transmissão - usado para a observação de cortes ultrafinos; De varredura (ou M.E.V.) - capaz de produzir imagens de alta ampliação para a observação de superfícies. Forma imagem tridimensional. De tunelamento (ou M.E.V.T.) - para visualização de átomos. MICROSCÓPIO ELETRÔNICO aumento de até 500.000 vezes, como a membrana plasmática e as organelas celulares. MICROSCÓPIO DIGITAL HISTOLOGIA Processo de preparo do material para microscopia: • Fixação – retirada do tecido do corpo (fragmentos) – química ou física. • Desidratação – banhos sucessivos em soluções de diferentes concentrações de etanol. • Clareamento – banho em xilol – torna o material transparente ou translúcido. Retira os lipídeos. • Inclusão – material é embebido em parafina – confere consistência rígida ao material. • Coloração – uso de corantes para marcar as estruturas celulares. Corantes basófilos e acidófilos. HISTOLOGIA • A amostra do tecido depois de fixada é colocada em parafina, formando um bloquete. Esse pequeno bloco de parafina com a amostra será “fatiada” no aparelho chamado de micrótomo. • O micrótomo faz cortes de tecidos muito finos o que permite a passagem da luz através da amostra. HISTOLOGIA HISTOLOGIA Depois de cortado, omaterial será corado – cada corante possui afinidade por estruturas determinadas. A afinidade, na maioria dos casos, é dada pelo pH do corante e das estruturas celulares: • Corantes basófilos – pH básico – coram estruturas ácidas como: ácidos nucleicos; glicoproteínas ácidas. • Corantes acidófilos – pH ácido – coram estruturas básicas como: mitocôndrias, grânulos de secreção; proteínas citoplasmáticas e colágeno. HISTOLOGIA Hematoxilina e eosina (HE): • Hematoxilina – azul ou violeta. É um corante basófilo. • Eosina – cor-de-rosa. É um corante acidófilo. HISTOLOGIA Núcleos – roxos (hematoxilina) Citoplasma – cor- de-rosa (eosina) HISTOLOGIA Curiosidades • O olho humano tem poder de resolução de 0,1 mm (100µm); • O poder de resolução dos microscópios variam conforme o tipo de microscópio Décimo de milímetro: 0,1 mm Milésimo de milímetro 0,001mm- 1 MÍCRON OU MICROMETRO Referências Moore K L., Persaud T. V. N. Embriologia Clínica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. Moore, K. Embriologia Básica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Sadler, T. W. Langman: Embriologia Médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. Junqueira, L. C.; Carneiro, J. Histologia Básica. 11. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan., 2008.
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