Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ECA Estatuto da Criança e do Adolescente Direitos fundamentais- criança e adolescente Faculdade Processus Curso de Direito Evolução dos direitos fundamentais o Esses direitos são fundamentais pelo seu caráter de fundamentalidade, sua substância o As dimensões dos dir. Fundamentais o Constituem-se como concretizações das exigências do principio da dignidade da pessoa humana. CF-Direitos fundamentais o nem todos os direitos previstos na constituição são materialmente fundamentais. o O direito precisa atingir os campos das liberdades, das justiças sociais ou da solidariedade Dir. Fundamentais- 1a dimensao o A FORMA DE EXERCÍCIO É individual, SINGULAR o Deve haver proteção jurídica para que o Estado não atue de forma a proibir a fruição dos direitos fundamentais. o Restriçoes: caso de guerra Dir. Fundamentais- 2a dimensao o 2ª geração – direitos coletivos/sociais - o titular é a coletividade (bem estar social), desde que identificável por um vínculo jurídico comum, ex: grupos, entidades, categorias, etc. o Chamadas liberdades positivas: exigem do Estado uma atividade de prestação, satisfazendo necessidades mínimas da pessoa (dig. Pess. Hum). Ex: Direito ao trabalho, ao amparo à doença, seguridade social, de greve… Dir. Fundamentais- 3a dimensao o é um direito coletivo- não é necessário que haja um vínculo jurídico ente os integrantes desta coletividade, que é a humanidade. o É um direito que consagra o princípio da sol idariedade, por garantir a distribuição dos avanços tecnológicos, científicos e de qualidade de vida a todos os indivíduos-pessoas de modo indeterminado. Dir. Fundamentais- 3a dimensao o Direito ao meio ambiente equilibrado o Direito à paz o Direito de acesso à tecnologia o Direito à pesquisa científica o Direitos de autodeterminação dos povos Comando constitucional o Art. 227 da CF/88: “… é dever de todos assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” Direitos fundamentais especiais o Podem ser organizados dentro dos direitos fundamentais sociais (2a. dimensão), lembrando especificidade dos sujeitos a que se destinam. o Art. 227, caput CF/88 (rol genérico) o Art. 4o., caput, ECA (rol genérico) Dir Fundamentais e o ECA o A lei 8069 refere-se aos direitos fundamentais da pessoa em desenvolvimento e aos orgaos protetivos, estando ali determinadas as sanções para estes sujeitos quando cometem atos infracionais, quais orgaos devem prestar assistencia, além da tipificação de crimes contra criança. o ECA - g r ande s a van ço s n o s d i r e i t o s fundamentais, especialmente o reconhecimento de crianças e adolescentes como sujeitos de direitos. Com relação a isso, ainda… o Sociedade deve garantir também a proteção integral dos direitos individuais, como saúde, educação, alimentação, cultura e dignidade… o Criação de estrutura voltada para a fiscalização e efetivação destes direitos, centrada principalmente na atuação dos conselhos tutelares e tambem dos conselhos nacional, estaduais e municipais dos direitos da criança e do adolescente. Disposição dos direitos fundamentais no ECA o Direito à vida, à saúde e à alimentação (Arts. 7o. ao 14o., ECA- atençao às atualizaçoes: 2016 e 2017 leis 13257 e 13436) o Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade (Arts. 15 ao 18, ECA) o Direito à convivência familiar e comunitária (Arts. 19 a 52-D) (!) – adoção e colocação em família substituta Disposição dos direitos o Direito à vida, à saúde e à alimentação: Mediante políticas sociais públicas que permitam nascimento e desenvolvimento dignos de existência n Art. 7o. Proteção à vida, à saúde da criança, bem como existência digna (planos físico, psíquico). n Art. 8o. Proteção ao nascituro diante assistência à saúde da gestante, inclusive aspecto psicológico (períodos pré e pós natal) Direito à vida o Art. 7o.Pessoas em desenvolvimento- deverao ter oportunidades para potencializarem o seu estado físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. o Art. 6o da Convençao sobre os direitos da Criança, determina que os Estados-Partes reconhecem que toda criança tem o direito inerente à vida e que, portanto, assegurarão ao máximo sua sobrevivência e desenvolvimento. Direito à vida o Casos: Antecipação terapêutica do parto de anencéfalo-não se submete aos tipos de aborto. o Julgamento da ADPF 54- 2012: não há vida a ser protegida (garantiu a interrupção terapêutica da gestação de feto anancéfalo). Reduçao da mortalidade materna o ODM- 2015 o Nao atingimento da meta para diminuiçao da mortalidade materna o Setembro/2000 (início do terceiro milênio)-‐ 190 países-‐membros da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovaram oito metas fundamentais para a diminuição da pobreza no planeta até 2015 ODM ODM o Duas metas globais a serem atingidas até 2015: o A) reduzir a mortalidade materna a três quartos do nível observado em 1990; o e B) universalizar o acesso à saúde sexual e reprodutiva Mortalidade Materna Brasil o O principal indicador da meta A do ODM 5 foi a razão de mortalidade materna (RMM). o A razão de mortalidade materna (RMM) estima o risco de morte de mulheres ocorrida durante a gravidez, o aborto, o parto ou até 42 dias após o parto; o morte atribuída a causas relacionadas ou agravadas pela gravidez, pelo aborto, pelo parto ou pelo puerpério ou por medidas tomadas em relação a elas. www.pnud.org.brDocs5_RelatorioNacionalAcompanhamentoODM.pdf Mortalidade Materna o Entre 1990 e 2015 a redução na razão de mortalidade materna no Brasil foi de 143 para 62 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos, o que representou uma diminuição de 56%. o Aumento em 2018: hemorragias, infecçoes pos parto e hipertensão. o A adoção de intervenções adequadas requer a disponibilidade de informações confiáveis a respeito de razões e tendências de mortalidade materna-‐-‐-‐ notificações.à Ética médica Mortalidade Materna o meta de redução seria 35 óbitos maternos por grupo de 100 mil nascidos vivos. o Apesar de apresentar redução o índice continua muito acima do que a OMS considera aceitável, que é de 20 mortes maternas para cada100.000 nascidos vivos. https://globoplay.globo.com/v/6732945/ Mortalidade materna o Alta demanda por leitos obstétricos: Cerca de 220 mil mulheres internadas em decorrência do aborto inseguro Disposição dos direitos o Direito ao regular aleitamento da criança (art. 5o, I, CF; art. 83, LEP reafirma-o, dando o direito às detentas para amamentação durante a reclusão; art. 63, lei 12594/Sinase- adolescente; arts. 389, p. 1o., 396 e 400, CLT- conferindo direitos à mãe trabalhadora; art. 209, lei 8.112/90- servidores públicos da União o Abordagem sistematizada com outras leis é para que não se esqueça dessa implicação legal com outros ramos do direito. Direito à saúde o Direito social que se materializa pelas prestações positivas do Estado por meio de políticas públicas. o Art. 24 da convençao dos dir. da criança: determina que a criança tem o direito de gozar do melhor padrão possível de saúde e dos serviços destinados ao tratamento das doenças e à recuperação da saúde. Direito a saúde o Alteraçoes pela Lei 13257/2016: 7o ao 14o e 13436/2017 o Inovaçoes acertadas e alinhadas com o direito à vida. o Acompanhamento psicológico não deveria estar restrito à genitora, devendo englobar integrantes do grupo que tenham papel de destaque no contexto afetivo a fim de garantir a continuidade sadia do grupo familiar natural. Disposição dos direitos o Art. 10o. – estabelecimentos de saúde devem documentar os atendimentos e procedimentos, como emitir a DNV (declaração de nascido vivo): hospital, maternidade, centro de saúde deve conferir documento para que pais possam dirigir-se ao cartório e registrar a criança. Direito à saúde o Do descumprimento das obrigações impostas aos hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde das gestantes e aos profisisonais de saúde: o Cf. arts. 228 e 229- configura-se ilícito de natureza penal Disposição dos direitos fundamentais no ECA o Art. 11- prevê atendimento integral à saúde da criança e do adolescente, com acesso integral e igualitário, e tratamento especializado para as pessoas com deficiência: traz atendimento amplo, sem diferenciação por grupos… Disposição dos direitos fundamentais no ECA o Art. 12- Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente. Comunicação de maus tratos o Art. 13- Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais. o Aqui: A omissão configura infração administrativa, o direito da criança ou adolescente estará sendo violado (art. 245, ECA) Disposição dos direitos fundamentais no ECA o Art. 14- programas preventivos de saúde e de promoção de vacinação (obrigação). Colocarão à disposição desse público os programas preventivos, evitando problemas de saúde nas crianças Disposição dos direitos o Art. 16- rol de direitos relacionados à liberdade. 16, IV- Trata sobre infância, a vivência com brincadeiras, prática de esportes e diversão para o melhor desenvolvimento da criança e adolescente- estabelecimento de amizades saudáveis que podem consolidar valores morais e éticos Disposição dos direitos o Art. 17- ECA cuida da defesa do conjunto de direitos inerentes à personalidade (integridade física, psíquica e moral): tratamento diferenciado sobre a personalidade, esta que já é protegida pela CF/88 e pelo Direito Civil. ECA não deixa restar dúvidas. Disposição dos direitos o Art. 18- dever geral de zelo para com a dignidade humana: cláusula geral da CF/88 (art. 1o, III, CF) que aqui é aplicado aos sujeitos específicos. o Lei da Palmada (13.010/2014) trouxe desdobramento do art. 18 Direitos fundamentais o 1988: princípios da doutrina da proteção integral à criança e ao adolescente o 1990: ECA o Hoje: ainda faltam dados sobre a situação de crianças em abrigos- carecendo dos direitos de convivência familiar e comunitária. Do direito à convivencia familiar e comunitária o Art. 19: Regra é que criança desenvolva no seio da família chamada natural. Excepcionalmente vai para a família substituta. Repúdio aos entorpecentes (?) Atualização 2016. Direitos fundamentais o Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável: o I- encaminhamento a serviços e programas oficiais… (2016) o II- inclusão em programa para trto. Alcoolatras (atenção:famílias em que alguém é dependente não quer dizer que de imediato se perca a guarda, mas como situação não é saudável, a determinação adequada é de que temporariamente as crianças e adolescentes sejam encaminhados para família substituta enquanto passam por recuperação. Não havendo comprometimento com a recuperação, as crianças não voltam para a família. Direitos fundamentais o III- trtos psicológico ou psiquiátrico o IV- cursos ou programas de orientação o V- matrícula em escolas e frequencia o VI – tratamento especializado o VII- advertência- pais que permitem que crianças perambulem, pedindo esmolas… pais são advertidos, acontecendo novamente, perda da guarda Direitos fundamentais o VIII- perda da guarda: sem condições para cuidar dos filhos. Comprometimento. Miserabilidade: pais não perdem guarda por causa de pobreza- são encaminhados para programas assistencialistas, programas oficiais comunitário de proteção à família. Se mesmo assim não cumprir com diretrizes do programa, não renova sua participação: negligência? Desinteresse no desenvolvimento?perda da guarda. Direito a convivencia fam o Programa de acolhimento familiar (art. 101 VIII): medida protetiva, aplicável pelo juiz da Vara da Infancia e Juventude. Determina a retirada da criança ou adoles ente de sua familia, para entrega em familia acolhedora. o Caract principal da familia acolhedora: previamente cadastrada no programa o Obs: familia acolhedora poderá assumir a situaçao de guardiã do assistido. (34, p.2o) Do direito à convivencia familiar e comunitária o Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do pátrio poder poder familiar. o Não existindo motivo para aplicação da medida- criança permanece familia natural o A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar, exceto na hipótese de condenação por crime doloso, sujeito à pena de reclusão, contra o próprio filho ou filha Direitos fundamentais o Ideia de chamar atenção dos pais para que estes mantenham o poder familiar com comprometimento. o Família natural- pais e descendentes. Art. 25 o Família extensa ou ampliada- 2009 o Art. 25: formação por parentes próximos, podem até ser vizinhos, vínculos de afetividade e afinidade. o No caso de perda de guarda- família ampliada Direitos fundamentais o Programas: de acolhimento familiar- famílias inscrevem-se a fim de ajudar crianças e adolescentes que estão vulneráveis. ECA, 2009. o Acolhimento familiar tem preferência sobre acolhimento institucional: é importante que, em um primeiro momento, estes vão para situação de seio familiar. As famílias quefazem parte desse programa tem total responsabildade (psicológico, educação…), recebem guarda temporária: incentivos fiscais, subsídios para famílias que acolhem Direitos fundamentais o Acolhimento institucional- 101, VII Permanencia de crianca ou adolescente junto a entidade de atendimento, governamental ou nao gov. Determinacao tb é judicial. Na vara da infancia: acompanhamento deve ser individualizado, com cadastro dos jovens em acolhimento inst., informacoes sobre as providencias para reintegracao familiar ou colocacao em fam. substituta Acolhimento familiar e institu. o programas em que estes tem situação reavaliada a cada 3 meses por uma equipe multidisciplinar. Relatório é enviado para juiz para que decida se volta para a família natural ou substituta. Em acolhimento institucional, até 18 meses. Art. 19, p.2 o Ausencia de disposicao legal expressa sobre prazo max acolhimento familiar: analogia limitacao de 18 meses (sao medidas excepcionais e transitorias) Colocação em família substituta o Motivos: o Pais alcoolatras ou toxicômanos o Doação da criança pelos pais o Falecimento dos pais o Descumprimento de orientação judicial o Negligência com a educação e o desenvolvimento dos filhos o … Colocação em família substituta o Art.28 Procedimentos o Criança e adolescente são previamente ouvidos pela equipe interdisciplinar o Respeito ao estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações das medidas o Para >12 anos, é necessário consentimento, o qual é colhido em audiência o Irmãos devem ser colocados sob adoção, tutela ou guarda mesma família substituta: se juiz entender que não é benéfico, não ficam na mesma. Impte não romper laços: ir para escola, lazer… Formas de colocação em família substituta o Guarda Arts. 33-35 o Obrigação de prestação moral, material e educacional- quem tem guarda, cuida como se fossem os pais; podem opor-se a terceiros, desde que trabalho educacional seja positivo; guarda como regularização da posse de fato; deferida nos procedimentos de tutela e adoção; revogação da guarda a qqer tempo: juiz o faz, com a oitiva do MP. Formas de colocação em família substituta o Tutela arts. 36-38 o Deferida à pessoa de até 18 anos incompletos o Diferença para guarda: pressupõe a prévia decretação da perda ou da suspensão do poder familiar. Na guarda, não perdeu o poder familiar previamente. Na tutela, sim. o Implica o dever de guarda: proteção moral, material… mantém-se aqui. Quem tem a tutela, sempre tem a guarda. Formas de colocação em família substituta o Adoção (ECA arts. 39-52): medida excepcional, já que em último caso – ideal sempre é o próprio seio familiar, e irrevogável. o Mesmos direitos e deveres dos filhos naturais (incluindo sucessórios) Classificação trinária de famílias do ECA * ECA comentado, Rossato et. al, 2015 Família natural Pais ou qualquer deles (monoparental) e seus descendentes Família extensa ou ampliada parentes proximos- vinculo de afinidade e afetividade. Família substituta Formada em razao da guarda, tutela e adoçao.
Compartilhar