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Semente e Embrião MSc. Karen Marinho Maciel Guedes UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CAMPUS CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA Ciências Naturais - Biologia Desenvolvimento da Semente Maturação; Embriogênese ou histodiferenciação; Dessecação. Maturação O processo de maturação inicia-se com a fertilização do óvulo e se estende até o ponto em que a semente atinge a maturidade fisiológica, isto é, quando cessa a transferência de nutrientes da planta para a semente. Expansão Celular; Alocação de substâncias (proteínas, lipídios e carboidratos) para os tecidos de reserva, sejam os cotilédones ou endosperma; Crescimento do embrião por meio do alongamento celular, resultante da captação de água e acúmulo de reservas. Qual é a origem da semente? É o resultado do desenvolvimento de um óvulo fertilizado. Constituição da semente Embrião: originado a partir do zigoto diplóide pela fusão de um núcleo espermático com a oosfera; Endosperma: tecido nutritivo triplóide originado pela fusão dos núcleos polares com o segundo núcleo espermático; Tegumento ou testa: originado das membranas que envolvem o óvulo (origem materna). Embriogênese Parte do desenvolvimento da planta que ocorre no saco embrionário do óvulo/semente imatura; Durante a embriogênese, alguns aspectos básicos do corpo primário da planta são estabelecidos em uma forma rudimentar (se formam o eixo embrionário e um ou dois cotilédones). O eixo embrionário contém os meristemas que irão originar o corpo da planta após a germinação. Embriogênese • Zigoto sofre divisões celulares intensas; • Estágio globular, cordiforme e torpedo; • Formação dos tecidos; • O DNA e a Divisão mitótica cessam suas atividades. • Diferenciação celular; Embriogênese Divisão do zigoto transversalmente; Polaridade do embrião: fixa o eixo estrutural do corpo vegetativo onde os apêndices laterais estarão dispostos: Polo superior (calazal): cél. Apical - crescimento. Polo inferior (micropilar): cél. Basal - suspensor – ancorar na região micrópila. Meristemas primários Meristemas: constituídos por células meristemáticas – repetidas divisões → crescimento. Protoderme → Epiderme; Meristema fundamental → Tecido fundamental; Procâmbio → Tecido vascular. Depressão Estágios de desenvolvimento do Embrião Precede a formação dos cotilédones; Estágio Globular; Estágio Cordiforme; Estágio de Torpedo. (Cordiforme) A, B: Globular C, D: Cordiforme E, F, G: Torpedo Arabdopsis Embriogênse Padrão apical-basal → eixo principal; Padrão radial → arranjo concêntrico dos sistemas de tecidos. Eixos Embrionários Epicótilo: folhas e meristema apical acima dos cotilédones; Plúmula. Hipocótilo: eixo caulinar abaixo dos cotilédones; Radícula. Epicótilo Hipocótilo Epicótilo Hipocótilo Plúmula Monocotiledôneas Gramíneas; Escutelo: cotilédone maciço; Coleóptilo: bainha protetora que envolve a plúmula; Coleorriza: bainha protetora que envolve a radícula. Plúmula Meristema apical caulinar Dessecação Acentuado aumento na taxa de desidratação e ruptura de suas conexões tróficas com a planta; 5 a 20% do peso de água na maioria das sementes. O metabolismo cai acentuadamente, podendo entretanto persistir no embrião; Ao final da dessecação, a semente atinge o estágio ótimo para colheita e o beneficiamento, bem como para dispersão. * ABA: ácido abscísico (hormônio). Semente Ao final do período de desenvolvimento, as sementes podem ser: Semente quiescente: possui aptidão para germinar sob condições favoráveis do meio ambiente; Semente dormência primária: necessita de estímulos ambientais específicos para iniciar o processo de germinação; * Viviparidade ou Germinação precoce Ocorre quando não há restrição da germinação, permitindo o crescimento do embrião com a semente ainda ligada a planta–mãe. Germinação Germinação Retomada do desenvolvimento do embrião, originando uma plântula, compreendendo uma sequência ordenada de atividades metabólicas iniciadas a partir da embebição. Processos que transformam a semente em uma entidade relativamente inerte em outra ativa, em crescimento. (Heydecker,1980) Germinação Embebição Ativação do Metabolismo Crescimento do Eixo Embrionário Embebição Do latim imbibere = beber: é o movimento de moléculas de água para o interior de materiais que incham como resultado do acúmulo de água. A ocorrência da embebição necessita que os tecidos que envolvem o embrião sejam permeáveis à água. Existem sementes com envoltórios impermeáveis, parcialmente permeáveis e totalmente permeáveis. Na disponibilidade de água, a embebição apresenta em muitos casos , uma curva trifásica: Fase I, Fase II e Fase III. Embebição Fase I: Rápida: depende do potencial matricial da semente. Fase II: Nível de água constante ou com pequeno aumento; Alterações metabólicas. Fase III: Concetração dos solutos na célula; Conteúdo de água; Expansão do embrião – protusão da radícula. Embebição Teor de água na semente aumenta rapidamente; Ativam-se mecanismos de reparo, permitindo a recuperação da permeabilidade seletiva e reduzindo ou impedindo a liberação de exsudados; A liberação de exsudatos pode diminuir consideravelmente a germinação e o vigor, além de aumentar muito a taxa de plântulas anormais. Mudanças de fase das membranas durante a dessecação e a embebição da semente. Embebição Captação de água por diferentes partes de sementse de soja (A) e de aveia (B) durante a germinação. (Burch & Delouche, 1995) Embebição Embebição Drástica redução da velocidade de embebição e estabilização no conteúdo de água; Ativação dos processos metabólicos necessários para o início do crescimento do embrião. A duração dessa fase e a quantidade de água na semente são dependentes do potencial de água no meio, da temperatura e da presença ou não de dormência. Metabolismo Reativado pela embebição e por intermédio de substâncias e estruturas preservadas após a fase de dessecação; Reações são catalisadas por enzimas preservadas na semente e ativadas pela hidratação; Reinício da síntese de enzimas; Aumento da atividade respiratória, em função do consumo do oxigênio por parte da semente. Metabolismo Digestão de reservas: Endosperma e cotilédones perdem massa rapidamente; Carboidratos, proteínas e lipídios. Translocação: difusão para pontos de crescimento do embrião; Assimilação: formação de novos tecidos. Metabolismo Translocação e Assimilação Alterações no peso da matéria seca do eixo embrionário e dos cotilédones de Vigna sp. Durante a germinação (Mayer & Polijakoff-Mayber, 1975, apud Marcos Filho, 2005). Germinação Principais eventos metabólicos que caracterizam a germinação de sementes (Bewlew,1997). Crescimento do Eixo Embrionário Culmina com a emergência ou a protrusão da radícula através das estruturas envoltóriasda semente; A nível fisiológico marca o final da germinação e o início do crescimento da plântula; Intolerante à dessecação. Crescimento do Eixo Embrionário Germinação Epígea: os cotilédones ou endosperma ficam acima do solo e podem se tornar verdes e fotossintetizantes; Dicotiledônea; O hipocótilo se alonga e fica encurvado → gancho; Quando alcança a superfície projeta os cotilédones e plúmula para o ar; Crescimento do Eixo Embrionário Crescimento do Eixo Embrionário Germinação Hipógea: os cotilédones ou o grão permanecem sob o solo e não se tornam fotossintetizantes; Dicotiledônea; O epicótilo forma o gancho. Crescimento do Eixo Embrionário Germinação Hipógea: milho (Zea mays) Monocotiledônea; Coleorriza cresce e é seguida pela radícula que logo a atravessa; O coleóptilo é empurrado para cima e alcança a superfície e em seguida a plúmula emerge. Fatores que afetam a Germinação Água: Controlada pela permeabilidade do tegumento, pela disponibilidade de H2O e pela composição química das reservas da semente. Amolecer o tegumento; Síntese de enzimas; Respiração; Favorecer digestão, mobilização, assimilação de reservas; Estrutura das membranas; Crescimento da plântula. Crescimento do Eixo Embrionário Oxigênio: Rompimento do tegumento; Necessário para a respiração, que gera energia; Na maioria das espécies, a redução de O2 inibe a germinação. Temperatura: Velocidade das reações metabólicas; Mínima: 0° a 5°C; Máxima: 45° a 48°C; Ótima: 25° a 30°C. BONS ESTUDOS!
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