Buscar

APOSTILA CONTABILIDADE AVANÇADA

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

APOSTILA 
CONTABILIDADE AVANÇADA 
 
 
 
 
VOTUPORANGA – SP 
 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
1 MÉTODO DE CUSTO E DO VALOR JUSTO - AVALIAÇÃO DE 
INVESTIMENTOS ............................................................................................................ 6 
1.1 Participações societárias em outras sociedades ....................................... 8 
1.2 Propriedade para investimento ................................................................ 11 
1.3 Método do valor justo .............................................................................. 13 
1.4 Método de Custo ..................................................................................... 13 
1.5 Perdas estimadas .................................................................................... 14 
2 EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL ................................................................... 15 
2.1 Operações com o Exterior ....................................................................... 16 
2.2 Realização da Equivalência Patrimonial.................................................. 16 
2.3 Registro do Resultado da Equivalência Patrimonial (REP) ..................... 19 
2.4 Amortização do Ágio e Deságio da Equivalência Patrimonial ................. 19 
2.5 Influência Significativa ............................................................................. 22 
2.6 Lucros ou dividendos distribuídos pela sociedade coligada ou controlada
 24 
2.7 Jurisprudência ......................................................................................... 25 
3 INSTRUMENTOS FINANCEIROS ................................................................. 26 
3.1 Definições de instrumentos financeiros ................................................... 27 
3.2 Classificação e reconhecimento .............................................................. 28 
3.3 Mensuração ............................................................................................. 29 
3.4 Evidenciação (divulgação) ....................................................................... 31 
4 RESULTADO FINANCEIRO E RESULTADO ECONÔMICO ........................ 32 
4.1 Diferenças entre Financeiro e Econômico ............................................... 32 
 
 
 
 
3 
 
4.2 O que é Resultado Financeiro? ............................................................... 35 
4.3 Por que o Resultado Financeiro é importante? ....................................... 35 
4.4 O que é Resultado Econômico? .............................................................. 36 
4.5 Por que o Resultado Econômico é importante? ...................................... 37 
4.6 Diferenças entre Resultado Financeiro e Resultado Econômico ............. 38 
5 APURAÇÃO DO RESULTADO ...................................................................... 39 
5.1 O lucro ou o prejuízo ............................................................................... 40 
5.2 Como deve ser feita a apuração dos resultados? ................................... 42 
5.3 A diferença entre custo e despesa .......................................................... 43 
5.4 O modelo de DRE ................................................................................... 44 
5.5 Exemplo de DRE ..................................................................................... 45 
5.6 As contas transitórias .............................................................................. 48 
6 REGIME DE COMPETÊNCIA CONTÁBIL ..................................................... 50 
6.1 Apuração do resultado ............................................................................ 51 
6.2 Regime de caixa ...................................................................................... 52 
6.3 Regime de competência .......................................................................... 53 
6.4 Divisões do regime de competência ........................................................ 54 
7 ESTRUTURA CONCEITUAL BÁSICA DA CONTABILIDADE: REFLEXÃO 
HISTÓRICA .................................................................................................................... 54 
7.1 Estrutura Conceitual Básica: Modelo Americano .................................... 57 
7.2 Definição de Postulados, Princípios e Convenções ................................ 58 
7.3 Princípios Contábeis no Brasil ................................................................. 60 
7.4 Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade – Modelo 
IPECAFI/IBRACON/CVM ............................................................................................ 62 
7.5 Resoluções CFC 750/93 e 774/94 .......................................................... 66 
 
 
 
 
4 
 
7.6 Comparação entre Estrutura Conceitual e Resoluções do CFC ............. 67 
8 BALANÇOS SUCESSIVOS ........................................................................... 76 
8.1 Operações ............................................................................................... 76 
9 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO DO LIVRO RAZÃO ................................... 80 
9.1 Exemplo 1 ............................................................................................... 81 
9.2 Exemplo 2 ............................................................................................... 82 
10 DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA ................................................ 83 
10.1 Método Direto ....................................................................................... 84 
10.2 Método Indireto .................................................................................... 85 
10.3 Diferença entre o DRE e o DFC ........................................................... 85 
11 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS 
(DOAR) 86 
11.1 Forma de apresentação ....................................................................... 87 
11.2 Origens de recursos ............................................................................. 87 
11.3 Aplicações de recursos ........................................................................ 88 
11.4 Capital circulante líquido ...................................................................... 90 
11.5 Transações que não afetam o capital circulante líquido ...................... 90 
11.6 Ocorrência de prejuízo ......................................................................... 92 
12 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR AGREGADO E NOTAS EXPLICATIVAS . 93 
12.1 Demonstração do valor adicionado – DVA .......................................... 93 
12.2 Notas Explicativas ................................................................................ 95 
13 ÁGIO E DESÁGIO NA AQUISIÇÃO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS
 96 
13.1 Desdobramento do custo de aquisição ................................................ 96 
13.2 Fundamento econômico do ágio ou deságio........................................ 98 
 
 
 
 
5 
 
13.3 Mudança da avaliação do investimento pelo custo de aquisição para o 
valor de patrimônio líquido .......................................................................................... 98 
14 ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR ...................................................... 100 
14.1 Natureza jurídica ................................................................................ 101 
14.2 Associações ....................................................................................... 101 
14.3 Fundações ......................................................................................... 105 
14.4 Organizações religiosas ..................................................................... 107 
15 ÓRGÃOS SOCIAIS INTERNOS DAS INSTITUIÇÕES DO TERCEIRO
SETOR 110 
15.1 Assembleia geral ................................................................................ 110 
15.2 Conselho diretivo ............................................................................... 110 
15.3 Conselho fiscal ................................................................................... 111 
15.4 Registro de constituição ..................................................................... 111 
15.5 Principais órgãos de registro que antecedem o funcionamento das 
organizações do Terceiro Setor ................................................................................ 112 
16 ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS, ONGS ............................. 113 
16.1 OSCIP (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público) ....... 113 
16.2 A importância da contabilidade no terceiro setor ............................... 114 
16.3 Como funciona a contabilidade no terceiro setor ............................... 114 
16.4 Apresentação das demonstrações contábeis no terceiro setor .......... 115 
17 BIBLIOGRAFIA .............................................. Erro! Indicador não definido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1 MÉTODO DE CUSTO E DO VALOR JUSTO - AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS 
Os investimentos de caráter permanente classificados no ativo não circulante no 
grupo de investimentos são destinados a produzir benefícios pela sua permanência, e 
não mantidos para venda são avaliados pelo método de custo (CFC nº 1.282/10, artigo 
183 da Lei 11.941/09 e Decreto 3.000/99) ou pelo método de equivalência patrimonial 
(CPC 18, CVM nº 696/12, IAS 28, CFC nº 1.424/13 e Decreto 3.000/99). 
 
 
Fonte: www.sescapldr.com.br 
Participações 
 Participações Societárias em outras Sociedades; 
 Participações em Sociedades Coligadas e Controladas; 
 Perdas estimadas (conta credora). 
Propriedade para investimentos 
 Terrenos mantidos para valorização; 
 Terrenos para futura utilização; 
 Edifícios arrendados; 
 Edifícios desocupados; 
 
 
 
 
7 
 
 Edifícios em construção para futura utilização como propriedade para 
investimento; 
 Perdas Estimadas (conta credora). 
Outros investimentos permanentes 
 Obras de arte; 
 Marcas e patentes não utilizadas pela empresa; 
 Perdas Estimadas (conta credora). 
Classificação de Investimentos como não circulantes (permanentes) 
Os investimentos com intenção de permanência e que não se destinem à 
manutenção da atividade operacional devem ser registrados contabilmente no ativo não 
circulante conforme o artigo nº179 da Lei 6.404/76, a seguir: 
O art. 179 da Lei 6.404/76, determina: 
Art. 179 – As contas serão classificadas do seguinte modo: 
[…] 
III – em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os 
direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se 
destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa. 
A intenção de permanência se manifesta no momento em que se adquire a 
participação: 
 Ativo Circulante: caso exista a intenção de alienar o investimento no 
exercício seguinte. São as aplicações destinadas à negociação ou 
disponíveis para venda e devem ser avaliadas pelo valor justo. 
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago 
pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do 
mercado na data de mensuração. (Ver Pronunciamento Técnico CPC 46 – Mensuração 
do Valor Justo). 
 Investimentos: caso exista o interesse de permanência são as aplicações 
em instrumentos patrimoniais de outras sociedades como ativo financeiro 
que serão mantidos para outra finalidade que não sua realização. As 
participações em outras sociedades que não coligadas ou controladas 
 
 
 
 
8 
 
devem ser avaliadas pelo método de custo, já as participações em 
coligadas e controladas devem ser avaliadas pelo método da equivalência 
patrimonial. 
1.1 Participações societárias em outras sociedades 
O art. 183 da Lei nº 6.404/76, estabelece os critérios de avaliação dos 
investimentos permanentes: 
Art. 183 – No balanço, os elementos do ativo são avaliados segundo os seguintes 
critérios: 
[…] 
III – Os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, 
ressalvado o disposto nos arts. 248 e 250, pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão 
para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada 
como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para 
a companhia, de ações ou quotas bonificadas; 
IV – Os demais investimentos, pelo custo de aquisição deduzido de provisão para 
atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de 
aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior. 
Muito embora a Lei 6.404/76 determine o reconhecimento da provisão para perdas 
prováveis na realização de investimentos, quando comprovadas como permanentes, a 
adequação às Normas Internacionais de Contabilidade, através do CPC 01 – Redução 
ao Valor Recuperável de Ativos, a expressão “comprovadas como permanentes” tende a 
desaparecer. De acordo com este CPC, deve-se constituir perdas sempre que o valor 
contábil exceder o valor de recuperação. De acordo com este CPC a nomenclatura 
também foi alterada. A nomenclatura adequada a ser utilizada é Perdas Estimadas por 
Valor Não Recuperável. 
De acordo com a Lei nº 6.404/76, as participações em outras sociedades devem 
ser avaliadas pelo método de custo. Esta forma de avaliação está em desacordo com as 
normas internacionais que determina a utilização do método de custo somente quando 
não existir preço de mercado cotado em um mercado ativo, ou quando o seu valor justo 
 
 
 
 
9 
 
não puder ser mensurado com confiabilidade. Portanto, estas participações serão 
avaliadas pelo custo se, e somente se não tiverem preço de cotação em mercado ativo e 
seu valor justo não puder ser mensurado com confiabilidade. 
Caso essas participações sejam, então, avaliadas pelo custo deverá ser aplicado 
o disposto no item 46 (c) do CPC 38 – Instrumentos Financeiros: 
(c) investimentos em instrumentos patrimoniais que não tenham preço de mercado 
cotado em mercado ativo e cujo valor justo não possa ser confiavelmente medido e 
derivativos que estejam ligados a e devam ser liquidados pela entrega desses 
instrumentos patrimoniais não cotados, os quais devem ser medidos pelo custo (ver o 
Apêndice A itens AG80 e AG81). 
 
Fonte: www.economia.culturamix.com 
Custo de aquisição 
O custo de aquisição é o valor efetivamente despendido na transação, podendo 
ocorrer mediante subscrição relativa a aumento de capital, ou o preço total pago pela 
compra de ações de terceiros. Representam, portanto, todos os gastos realizados para a 
sua aquisição, inclusive os encargos de corretagem. 
Perdas estimadas 
Constituída para cobrir as perdas prováveis na realização do valor dos 
investimentos. Para determinar se uma empresa investidora tem perdas com seus 
 
 
 
 
10 
 
investimentos em outras sociedades, é necessário saber qual a situação dessas 
investidas. Para tanto, deve-se obter as demonstrações contábeis e apurar o valor 
registrado na conta de investimentos da investidora. Se as investidas estiverem operando 
com prejuízo, seu Patrimônio Líquido fica reduzido e a comparação indicará a 
necessidade de se contabilizar as Perdas sofridas por esse investimento. 
Dentre as situações que evidenciam perdas em investimentos, podemos destacar: 
 Investimentos em sociedades operando com prejuízos; 
 Investimentos em sociedades falidas e em má situação financeira; 
 Investimentos em
sociedades que possuem projetos não viáveis ou 
abandonados. 
Observação.: As perdas não são dedutíveis para fins de Imposto de Renda e 
Contribuição Social sobre o Lucro. (Lei Nº 9.249/95 – art. 13°) 
Dividendos nas participações societárias 
Na data do encerramento do balanço, as empresas estão obrigadas a contabilizar 
as destinações do lucro líquido conforme proposta apresentada pelos órgãos da 
administração, o que inclui a distribuição de dividendos. A empresa investidora deverá 
obter, junto à empresa investida, informações sobre os dividendos propostos 
contabilizados em seu balanço e efetuar o lançamento dos dividendos proporcionais à 
sua participação, como Resultados Operacionais, conforme estabelece o Art. 379 do 
RIR/99. 
Dividendos recebidos após 6 meses: 
D = Caixa/Dividendos a Receber 
C = Receita de Dividendos (Receitas Operacionais) 
Dividendos recebidos até 6 meses 
Porém, por determinação da legislação do imposto de renda, (art. 380 do RIR/99) 
os lucros ou dividendos recebidos em decorrência de participação societária avaliada 
pelo método de custo de aquisição, adquirida até 6 meses antes da data da respectiva 
percepção devem ser registrados como diminuição do valor do custo de aquisição, sem 
afetar o resultado. 
Presume-se, então, que o valor dos dividendos recebidos até 6 meses a partir da 
data de aquisição do investimento esteja embutido no valor da participação. 
 
 
 
 
11 
 
D = Caixa/Dividendos a Receber 
C = Participações em Outras Sociedades 
1.2 Propriedade para investimento 
CPC 28 (IAS 40) – Propriedades para Investimento 
CVM = Deliberação CVM nº 584/09 
CFC = NBC TG 28 – Resolução CFC nº 1.178/09 
O CPC 28 – Propriedade para Investimentos, cujo objetivo é estabelecer o 
tratamento contábil de propriedade para investimento e respectivos requisitos de 
divulgação, apresenta a seguinte definição: 
 Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de 
edifício – ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário em arrendamento 
financeiro) para auferir aluguel ou para valorização do capital ou para ambas, e não para: 
(a) uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou para finalidades 
administrativas; ou 
(b) venda no curso ordinário do negócio. 
São exemplos de Propriedade para Investimento, de acordo com item 8 do 
pronunciamento 
(a) terrenos mantidos para valorização de capital a longo prazo e não para venda 
a curto prazo no curso ordinário dos negócios; 
(b) terrenos mantidos para futuro uso correntemente indeterminado (se a 
entidade não tiver determinado que usará o terreno como propriedade ocupada pelo 
proprietário ou para venda a curto prazo no curso ordinário do negócio, o terreno é 
considerado como mantido para valorização do capital); 
 
 
 
 
12 
 
 
Fonte: www.pcss.no 
(c) edifício que seja propriedade da entidade (ou mantido pela entidade em 
arrendamento financeiro) e que seja arrendado sob um ou mais arrendamentos 
operacionais; 
(d) edifício que esteja desocupado, mas mantido para ser arrendado sob um ou 
mais arrendamentos operacionais; 
(e) propriedade que esteja sendo construída ou desenvolvida para futura 
utilização como propriedade para investimento. 
Para reconhecer uma propriedade para investimento como ativo, é necessário 
que: 
 Seja provável o fluxo de benefícios econômicos futuros associados a essa 
propriedade 
 O custo da propriedade para investimento possa ser mensurado 
confiavelmente. 
Caso uma propriedade tenha uma parte destinada a investimento e outra parte 
destinada a imobilizado, somente se não for possível classificar, no seu todo, como 
imobilizado ou quando for mínima a parte que estiver sendo utilizada pela 
 
 
 
 
13 
 
empresa, (imobilizado) cada parte deve ser classificada separadamente e ser tratada 
contabilmente de forma separada. 
Os custos da propriedade para investimento devem ser reconhecidos a partir do 
momento em que a entidade a reconhece como uma propriedade para investimento e 
devem incluir os custos inicialmente incorridos para adquiri-la e os custos incorridos 
subsequentemente para adicionar, substituir partes, ou prestar manutenção à 
propriedade. 
Avaliação de propriedade para investimento 
Uma Propriedade para Investimento deve ser inicialmente mensurada pelo seu 
custo. Após o seu reconhecimento a entidade deve escolher o método do valor justo ou 
o método de custo e deve aplicar essa política a todas as propriedades para investimento. 
1.3 Método do valor justo 
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago 
pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do 
mercado na data de mensuração. 
As variações do valor justo são reconhecidas diretamente no resultado de cada 
período. 
Em determinadas situações em não é possível mensurar o valor justo com 
confiabilidade e quando não estão disponíveis estimativas alternativas confiáveis de valor 
de uso, utiliza-se o método de custo até que o valor justo possa ser utilizado. 
1.4 Método de Custo 
Se a entidade escolher o método de custo para registro contábil deve, de qualquer 
forma, divulgar o valor justo da sua propriedade de investimento em cada balanço 
patrimonial, no corpo da própria demonstração ou em nota explicativa. 
A entidade deve, ainda, divulgar os métodos de depreciação usados; o prazo de 
vidas úteis ou taxas de depreciação utilizadas; valor contábil bruto e a depreciação 
acumulada (com as perdas estimadas por impairment). 
 
 
 
 
14 
 
1.5 Perdas estimadas 
De acordo com o item 79 do CPC 28 – Propriedade para Investimento, a entidade 
deve reconhecer a depreciação e as perdas por impairment. 
(v) a quantia de perdas por impairment reconhecida e a quantia de perdas 
por impairment revertida durante o período de acordo com o Pronunciamento Técnico 
CPC 01; 
A Lei nº 6.404/76, não faz menção à depreciação de edifícios classificados como 
investimentos, porém, o RIR/99 (Regulamento do Imposto de Renda) em seu art. 307, 
parágrafo único e seus incisos determina que não será admitida quota de depreciação 
referente a: 
 
I – Terrenos, salvo em relação aos melhoramentos ou construções; 
II – prédios ou construções não alugados nem utilizados pelo proprietário na 
produção dos seus rendimentos ou destinados a revenda; 
III – bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como obras de arte 
ou antiguidades; 
IV – bens para os quais seja registrada quota de exaustão. 
Portanto, entende-se que, os edifícios, fora de uso nas atividades da companhia, 
mas que estejam alugados, estão sujeitos a depreciação. 
Outros investimentos permanentes 
 Obras de arte 
 Marcas e patentes não utilizadas pela empresa 
 Perdas Estimadas (conta credora) 
Tais investimentos devem ser avaliados pelo método de custo, deduzidos das 
perdas estimadas por impairment, quando necessário.1 
 
1 Texto extraído: www.cfmc.com.br 
 
 
 
 
 
15 
 
 
Fonte: www.wilsontavares.com.br 
2 EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 
O instituto da equivalência patrimonial se deu com o advento do art. 21 do Decreto-
Lei n. º 1.598/77, onde declarava que o contribuinte deveria avaliar em cada balanço o 
investimento pelo valor do patrimônio líquido da coligada ou controlada, conforme 
disposição do art. 248 da Lei das Sociedades Anônimas (Lei 6.404/76). 
Em outras palavras, a equivalência patrimonial é o método que consiste em 
atualizar o valor contábil do investimento ao valor equivalente à participação societária 
da sociedade investidora no patrimônio líquido da
sociedade investida, e no 
reconhecimento dos seus efeitos na demonstração do resultado do exercício. 
Sendo assim, o valor do investimento, será determinado mediante a aplicação da 
porcentagem de participação no capital social, sobre o patrimônio líquido de cada 
sociedade coligada ou controlada. 
 
 
 
 
16 
 
2.1 Operações com o Exterior 
A Instrução Normativa SRF no 213/2002, em seu art. 7o, § 1º, dispõe que os 
valores relativos ao resultado positivo da equivalência patrimonial, não tributados no 
transcorrer do ano calendário, deverão ser considerados no balanço levantado em 31 de 
dezembro do ano calendário para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo 
da CSLL, já os resultados negativos decorrentes da aplicação do método da equivalência 
patrimonial deverão ser adicionados para fins de determinação do lucro real trimestral ou 
anual e da base de cálculo da CSLL, no levantamento dos balanços de suspensão e/ou 
redução do imposto de renda e da CSLL. 
A pessoa jurídica que estiver no regime de apuração trimestral poderá excluir o 
valor correspondente ao resultado positivo da equivalência patrimonial no 1º, 2º e 3º 
trimestres para fins de determinação do lucro real e da base de cálculo da CSLL ou a 
pessoa jurídica que optar pelo regime de tributação anual não deverá considerar o 
resultado positivo da equivalência patrimonial para fins de determinação do imposto de 
renda e da CSLL apurados sobre a base de cálculo estimada; e ainda a pessoa jurídica 
optante pelo regime de tributação anual que levantar o balanço e/ou balancete de 
suspensão e/ou redução poderá excluir o resultado positivo da equivalência patrimonial 
para fins de determinação do imposto de renda e da CSLL. 
2.2 Realização da Equivalência Patrimonial 
Equivalência Patrimonial corresponde ao valor do investimento determinado ao 
final de cada exercício, mediante a aplicação da porcentagem da participação da 
investidora no capital social da coligada ou controlada sobre o patrimônio líquido de tais 
investidas. 
O valor do patrimônio líquido da investida deverá ser idêntico ao que consta em 
seu balanço patrimonial levantado na mesma data do balanço da investidora ou no 
máximo dois meses antes dessa data. 
No instante em que for realizar a equivalência patrimonial, a investidora deverá 
antes de tudo verificar se os critérios contábeis adotados pela coligada ou controlada são 
 
 
 
 
17 
 
os mesmos por ela adotados. Se não ocorrer a uniformidade na equivalência, a 
participante deverá fazer no balanço da coligada ou controlada os ajustes necessários 
para eliminar as diferenças de grau elevado, decorrentes da diversidade de critérios 
praticados por ambas. 
Da relevância da Equivalência Patrimonial 
a) Critério Fiscal 
O investimento deve ser relevante e aplicado em empresas controladas e 
coligadas. A relevância é dada pelo comprometimento relativo do patrimônio líquido da 
investidora nestes investimentos - 10% em cada investida ou 15% no conjunto das 
investidas. Todavia, mesmo sendo relevante, tratando-se de investimento em coligada, 
há que se observar se: a participação no capital da investida é igual ou superior a 20%, 
ou, estando na faixa de 10% a 20%, se a investidora tem influência na investida. A 
influência pode decorrer, por exemplo, da possibilidade de nomeação do diretor 
presidente. 
O dever de avaliar pela equivalência patrimonial, está no artigo 384 do Decreto no 
3.000/99 (RIR/99), onde determina que serão avaliados os investimentos relevantes: 
a) em sociedades controladas; 
 b) em sociedades coligadas, quando a participação for de 10 a 19,99% do capital 
da investida, sendo que se deve ter influência na administração da investida; 
 c) em sociedades coligadas, representando 20% ou mais do capital da investida. 
Também previsto no Parecer Normativo CST n. º 78/78, dispõe que os 
investimentos relevantes e influentes em sociedades coligadas ou controladas devem ser 
avaliados pelo valor de patrimônio líquido: 
- nas sociedades anônimas, 
 - nas demais sociedades quando devam refletir-se no balanço de sociedade 
anônima e 
 - nas sociedades em que o exija lei especial. 
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) exige das companhias abertas a 
obediência a algumas regras particulares, no que se refere à execução da equivalência 
patrimonial, conforme consta na Instrução CVM no 247/96. 
 
 
 
 
18 
 
 
Fonte: www.valortributario.com.br 
b) Critério societário, de acordo com a Lei 11.638/07 
A regra fiscal não sofreu alterações em decorrência das alterações da adequação 
às normas internacionais de contabilidade. Para tanto, o leitor deve observar o 
detalhamento no item VII, deste comentário, cujo regramento é válido a partir de 2008. 
Da Contabilização do Resultado da Equivalência 
O resultado a que se chegar, quer positivo ou negativo, deve ser contabilizado 
para efeito de ajuste do valor apresentado na contabilidade da investidora. 
Com base em balanço levantado pela empresa da qual se comprou as ações, 
preferencialmente na mesma data da compra ou até dois meses antes, apurar a 
equivalência patrimonial. 
Apurado o valor patrimonial das ações, o contribuinte deverá contabilizá-lo 
diretamente contra a conta de Investimentos e a diferença encontrada - ágio ou deságio 
- deve ser contabilizada em subconta própria. 
 
 
 
 
19 
 
2.3 Registro do Resultado da Equivalência Patrimonial (REP) 
D - Participação na Empresa "A" (Investimento - Não Circulante) 
 C – Equivalência Patrimonial Positiva (Receita) 
Histórico: Contabilização do Resultado da Equivalência Patrimonial realizada com 
base no Patrimônio Líquido de 31.12.XX da coligada "A" 
Legislação do Imposto de Renda 
O artigo 389 do RIR/99 (Decreto n. 3.000/99) afirma que o ajuste contábil 
decorrente da equivalência patrimonial não será computado na determinação do lucro 
real, ou seja, se o resultado da equivalência for negativo (Despesa), não será aceito como 
dedutível do Imposto de Renda, devendo ser adicionado na Parte A do LALUR - Livro de 
Apuração do Lucro Real, e se, ao contrário, o resultado da equivalência for positivo 
(Receita), não será considerado como receita tributável, devendo em relação a este valor 
excluir na Parte A do LALUR para efeito de base de cálculo do Imposto de Renda. 
No que tange aos lucros e dividendos, o Parecer Normativo CST n. º 16/83 dispõe 
que quando distribuídos pela coligada ou controlada somente devem ser diminuídos do 
valor de permanente da empresa investidora, quando nesse valor estiverem computados 
em virtude de avaliação pelo método da equivalência patrimonial. 
Não há impedimento na legislação fiscal relativamente e apropriação contábil de 
lucros ou dividendos pela investidora, mediante a constituição de provisão para sua 
distribuição pela investida, quando analisamos dispositivos legais, como o artigo 177 da 
Lei n. º 6.404/76 o artigo 389 e ss., do RIR/99 (Decreto 3000/99). 
2.4 Amortização do Ágio e Deságio da Equivalência Patrimonial 
A amortização do ágio ou deságio na aquisição do investimento não é computável 
na determinação do lucro real do período-base da amortização, qualquer que tenha sido 
o fundamento econômico na constituição. 
Será computado na apuração do lucro real no período-base da alienação ou baixa 
do investimento, ainda que tenha sido amortizado na escrituração comercial, salvo os 
 
 
 
 
20 
 
computados na determinação do lucro dos exercícios financeiros de 1979 e 1980, 
conforme art. 391 do RIR/99 (Decreto 3000/99). 
Quando o contribuinte amortizar o ágio ou deságio na escrituração comercial, sem 
que o
investimento tenha sido alienado ou baixado deverá controlar o montante 
amortizado no livro de apuração do lucro real (LALUR). 
O ágio na aquisição de investimento avaliado pelo método da equivalência 
patrimonial, não decorrente da diferença entre o valor de mercado de parte ou de todos 
os bens do ativo da coligada e controlada, bem como o não decorrente de expectativa de 
resultado futuro, deverá ser reconhecido imediatamente como perda, no resultado do 
exercício, esclarecendo-se as razões de sua existência. 
Nos casos de extinção de investimento avaliado pelo método da equivalência 
patrimonial, a baixa há que ser precedida do ajuste da equivalência. 
As alterações procedidas pelos arts. 10 e 11 da Lei n° 9.718/98, suprimiram o limite 
temporal de 10 anos para a amortização do ágio, inicialmente previsto no art. 7°, inciso 
III, da Lei n° 9.532/97. 
O ágio resultante do desdobramento do custo de aquisição de participação 
societária avaliada pelo Patrimônio Líquido deve estar precisamente fundamentado. As 
contrapartidas da amortização do ágio de que trata o art. 385 do RIR/99, decorrente de 
desdobramento do custo de aquisição de participação societária avaliada pelo Patrimônio 
Líquido, não serão computadas na apuração do lucro real e na apuração da base de 
cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido. 
 
 
 
 
21 
 
 
Fonte: www.mercadocontabil.com 
Regramento previsto a partir de 01.01.2008 
Por força da Lei no. 11.638/2007, a partir de 01.01.2008, a obrigatoriedade de 
avaliar pelo método da equivalência patrimonial atinge os investimentos em coligadas 
sobre cuja administração tenha influência significativa, ou de que participe com 20% 
(vinte por cento) ou mais do capital votante, em controladas e em outras sociedades que 
façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum. 
Para as sociedades de capital aberto, a Comissão de Valores Mobiliários – CVM, 
regula a sistemática para este tipo societário através da Instrução CVM no. 469/2008, 
cujas principais alterações elencamos a seguir: 
a) os saldos das Reservas de Capital extintas oriundas de prêmio recebido na 
emissão de debêntures e de doações e subvenções para investimento, que poderão ser 
mantidos nas respectivas contas; 
b) a manutenção do saldo da Reserva de Reavaliação até a sua efetiva 
realização ou estorno, devendo, no caso de estorno, retroagir ao início do exercício social; 
 
 
 
 
22 
 
c) destinação do saldo da conta de lucros acumulados para reservas de lucro 
e/ou distribuição de dividendos; 
d) proceder o ajuste a valor presente, aplicado às operações de longo prazo, em 
qualquer situação, e às operações de curto prazo, quando houver efeitos relevantes, com 
base em taxas de desconto específicas aos riscos dos ativos e passivos; 
e) efetuar a divulgação em nota explicativa das remunerações baseadas em 
ações nas informações trimestrais e nas demonstrações financeiras, enquanto não for 
emitida norma específica sobre sua contabilização; e, 
f) conforme já mencionado, a mudança nos critérios para cálculo da equivalência 
patrimonial de coligadas, que passa a considerar o percentual de 20% ou mais do capital 
votante em lugar de 20% do capital total, como na regra anterior. 
Ainda, cumpre esclarecer que a conversão das demonstrações contábeis de 
empresas sediadas no exterior para a moeda de apresentação das demonstrações 
contábeis no País, tem seu tratamento delineado no Pronunciamento Técnico do Comitê 
de Pronunciamentos Contábeis (CPC) n°. 02 – Mudanças das Taxas de Câmbio, bem 
como o IAS 21 (IASB) – The Effects of Changes in Foreign Exchange Rates, 
relativamente às Normas Internacionais de Contabilidade. 
2.5 Influência Significativa 
Considera-se que há influência significativa quando a investidora detém ou exerce 
o poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, 
sem controlá-la. 
É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% ou mais 
do capital votante da investida, sem controlá-la. 
Deverão ainda ser avaliados pelo método da equivalência patrimonial os 
investimentos em sociedades coligadas ou em controladas que façam parte do mesmo 
grupo ou que estejam sob controle comum, ou seja, os investimentos controlados por 
uma mesma pessoa jurídica ou física, ou por um conjunto de pessoas físicas 
 
 
 
 
23 
 
Por fim, o resultado negativo de equivalência patrimonial terá como limite o valor 
contábil do investimento, que compreende o custo de aquisição mais a equivalência 
patrimonial, o ágio e o deságio não amortizados e a provisão para perdas. 
Legislação Societária e a Norma Internacional 
O artigo 248, da Lei das S/A (Lei no. 6.404/76), que regulava o conceito de 
relevância em sociedades coligadas, teve sua redação alterada pela Lei no. 11.638/07. 
Assim, o conceito anterior de relevância foi alterado para o conceito de influência 
significativa. 
Pela norma internacional, o parágrafo 4º, do IAS 28 (International Accounting 
Standards - Accounting for Investiments in Associates) já contemplava esse conceito em 
seu teor, inclusive quanto à relação percentual de participação sobre o capital votante. 
Assim, nesse sentido, a legislação brasileira está em conformidade com as normas 
internacionais. 
 
Fonte: www.codificar.com.br 
De acordo com o parágrafo 5º, do IAS 28, a existência de influência significativa 
por um investidor é geralmente evidenciada em uma ou mais das seguintes modalidades: 
 
 
 
 
24 
 
a) Representação na diretoria ou órgão societário equivalente à direção da 
investida; 
b) Participação nos processos de elaboração de políticas; 
c) Transações materiais entre o investidor e a investida; 
d) Intercâmbio de pessoal na gerência; 
e) Fornecimento de informações técnicas gerenciais. 
 
Nas normas brasileiras, especificamente emanadas pela CVM – Comissão de 
Valores Mobiliários, a influência significativa tem seu regramento previsto no art. 5º, da 
Instrução CVM no. 247/96. 
Ainda, de acordo com o parágrafo 1º, do IAS 28, essa norma deve ser aplicada à 
contabilização, pelo investidor, dos investimentos em entidades associadas. O termo 
"associada", é equivalente ao termo coligada utilizado nas normas brasileiras. 
Importa destacar que as seguintes interpretações SIC (Stading Interpretations 
Committee) referem-se ao IAS 28: 
a) SIC-3 – Elimination of unrealized profits and losses on transactions with 
associates: dispõe sobre a eliminação de lucros e perdas não realizados nas transações 
com associadas; 
b) SIC-20 – Equity accounting method – recognition of losses: trata a respeito do 
reconhecimento sobre perdas no método de equivalência patrimonial; 
c) SIC-33 –Consolidation and equity method (consolidação e método da 
equivalência patrimonial): potencial de direitos a voto e alocação das participações dos 
proprietários. 
Por fim, frise-se que o tratamento contábil dos investimentos relevantes e do 
método de equivalência patrimonial nas normas internacionais para investimentos em 
subsidiárias está disposto no IAS 27 – Consolidated Financial Statements and Accounting 
for Investiments in Subsidiaries. 
2.6 Lucros ou dividendos distribuídos pela sociedade coligada ou controlada 
Os lucros ou dividendos distribuídos pela sociedade coligada ou controlada 
deverão ser registrados pela sociedade investidora como diminuição do valor do 
 
 
 
 
25 
 
patrimônio líquido do investimento e não influenciarão as contas de resultado (§ 1º do art. 
388 do RIR/99). 
Assim, quando a sociedade investidora recebe lucros ou dividendos da sociedade 
coligada ou controlada, a contrapartida do valor recebido será a própria
conta de 
investimentos da sociedade investidora. 
Contrapartida do ajuste do valor do investimento em sociedade coligada ou 
controlada com sede no exterior 
Os resultados da avaliação dos investimentos em sociedade coligada ou 
controlada com sede no Exterior, pelo método da equivalência patrimonial deverão ser 
computados na determinação do lucro real (art. 25 da Lei nº 9.249/95). 
De igual forma se aplica, à contrapartida da amortização do ágio ou deságio na 
aquisição e os ganhos de capital derivados de investimentos, em sociedades coligadas 
ou controladas com sede no Exterior. 
Destaque-se que os prejuízos e perdas decorrentes dessas operações não 
poderão ser compensados com os lucros auferidos no Brasil (§ 4º do art. 25 da Lei nº 
9.249/95). 
2.7 Jurisprudência 
Avaliação de investimentos em sociedades controladas dever de avaliar pelo 
valor do patrimônio líquido 
 À luz do artigo 258, inciso I, do RIR/80, os investimentos em sociedades 
controladas devem ser avaliados pelo valor do patrimônio líquido (método da 
equivalência patrimonial), incorreto o procedimento do contribuinte que corrigiu o 
investimento pelo valor de aquisição com base no artigo 349, § 3º do RIR/80. 1º Conselho 
de Contribuintes / 3a. Câmara / ACÓRDÃO 103-20.306 em 06.06.2000. Recurso 
parcialmente provido. Publicado no DOU em: 11.08.2000. 
Equivalência patrimonial - erro por inobservância do percentual de 
participação no patrimônio líquido da coligada 
 O erro na apuração da equivalência patrimonial por inobservância da relação 
percentual no patrimônio líquido da coligada tem efeitos tributários. Se o erro acarretou 
 
 
 
 
26 
 
exclusão do lucro líquido, para apuração do lucro real, maior que a devida, a diferença 
deve ser adicionada. 1º Conselho de Contribuintes / 1a. Câmara / ACÓRDÃO 101-92.967 
em 27.01.2000 - Publicado no DOU em: 14.03.2000 
Ajuste contábil do valor do investimento 
 Lucros ou dividendos não nascem de ajuste da equivalência patrimonial para se 
creditarem à conta de investimentos, se antes não tiverem constado da última avaliação 
do patrimônio líquido da coligada ou controlada (Ac. 1º CC 101-79.258/89 
Resenha Tributária, IR - Jurisprudência Administrativa 12.6, pág. 49). 
 
Fonte: www.confirp.com.br 
3 INSTRUMENTOS FINANCEIROS 
Os instrumentos financeiros são tratados nos seguintes pronunciamentos 
técnicos, emitidos pelo CPC: 
– CPC 14 – Instrumentos financeiros: reconhecimento, mensuração e 
evidenciação; 
 
 
 
 
27 
 
– CPC 38 – Reconhecimento e mensuração; 
– CPC 39 – Apresentação; 
– CPC 40 – Evidenciação. 
O CPC 14 é um resumo dos pronunciamentos técnicos nº 38, 39 e 40, contendo 
as principais regulamentações (existem omissões, mas não incoerências). Com as 
emissões dos três novos pronunciamentos, o CPC 14 foi transformado em orientação 
(OCPC 03) e continua sendo útil para as empresas que possuem instrumentos 
financeiros simples ou não muito complexos. 
Para compreensão do assunto, dividimos este texto em quatro tópicos: definições, 
classificação e reconhecimento, mensuração e evidenciação. 
3.1 Definições de instrumentos financeiros 
As definições são de fundamental importância para o entendimento. 
Instrumento financeiro: é um contrato que dá origem a um ativo financeiro, a um 
passivo financeiro ou a um instrumento patrimonial. 
Ativo financeiro: é um ativo que contém as seguintes características: 
 – Caixa; 
 – Um instrumento patrimonial de outra entidade. Por exemplo: investimento, 
participação no patrimônio líquido, tais como: ações, quotas, bônus e subscrições de 
ações; 
 – Direito contratual de receber caixa ou outro ativo financeiro de outra entidade ou 
de trocar ativos ou passivos financeiros com outra entidade em condições potencialmente 
favoráveis; 
 – Um contrato que pode ser liquidado em títulos patrimoniais da própria entidade. 
Em resumo, um instrumento financeiro ativo não é um bem de uso (como máquina 
e equipamento ou imóvel) e sim um instrumento de troca. 
Passivo financeiro: é um passivo que estabelece: 
 – Uma obrigação contratual de entregar caixa ou outro ativo financeiro a outra 
entidade; 
 – Trocar ativos ou passivos financeiros em condições que são potencialmente 
 
 
 
 
28 
 
desfavoráveis; 
 – Um contrato que pode ser liquidado em ações da própria empresa. 
Instrumento patrimonial: deve obedecer duas condições: 
a) O instrumento não possuir obrigação contratual de: 
– Entregar caixa ou outro ativo financeiro à outra entidade; 
– Trocar ativos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade sob 
condições potencialmente desfavoráveis ao emissor. 
b). Se o instrumento será ou poderá ser liquidado por instrumentos patrimoniais 
do próprio emitente, é: 
– Um não derivativo que não inclui obrigação contratual para o emitente de 
entregar um número de seus próprios instrumentos patrimoniais; 
– Um derivativo que será liquidado pelo emitente por meio da troca de um 
montante fixo de caixa ou outro ativo financeiro por número fixo de seus instrumentos 
patrimoniais. 
Em resumo, um instrumento patrimonial não pode implicar em a entidade ter que 
entregar caixa ou outro ativo financeiro a outra entidade. 
Instrumento financeiro derivativo: possui três características simultâneas: 
– Investimento inicial nulo ou muito pequeno; 
– Está baseado em um ou mais itens subjacentes (que não se manifesta, mas está 
oculto ou submetido); 
– Será liquidado por diferença (pelo líquido) em data futura. 
3.2 Classificação e reconhecimento 
Quanto à classificação, existem as seguintes categorias: 
– Ativo financeiro ou passivo financeiro mensurado pelo valor justo por meio de 
resultado – VJMR; 
– Investimentos mantidos até o vencimento – MAV; 
– Ativos financeiros disponíveis para a venda – DPV; e 
– Empréstimos e recebíveis – ER. 
Para atender as categorias acima, devem satisfazer as seguintes condições: 
 
 
 
 
29 
 
 
3.3 Mensuração 
Na mensuração inicial, os instrumentos financeiros devem ser mensurados pelo 
seu valor justo (o que normalmente coincide com seu valor de aquisição) mais os custos 
 
 
 
 
30 
 
incorridos para a sua obtenção (caso dos instrumentos financeiros mantidos até o 
vencimento). 
A mensuração subsequente dos instrumentos financeiros irá depender de sua 
classificação, da seguinte forma: 
 
Redução do valor recuperável de ativos: 
 Assim como os demais ativos, a entidade deve avaliar em cada balanço se 
existe prova objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros está 
sujeito à perda no valor recuperável e, consequentemente, contabilizar a perda 
estimada do ativo. 
 
 
 
 
31 
 
3.4 Evidenciação (divulgação) 
As entidades devem fornecer informações suficientes para que os usuários 
possam avaliar: 
 – A importância na posição patrimonial e a performance da entidade; 
 – A natureza e a extensão dos riscos oriundos das operações com instrumentos 
financeiros e a maneira pela qual a entidade administra esses riscos. 
É fundamental que esses objetivos sejam cumpridos pela política de evidenciação 
da entidade. 
 
Fonte: www.agkcorretora.com.br 
Deve-se evidenciar, no balanço patrimonial ou em notas explicativas, o valor 
contábil de seis categorias, conforme CPC 38: 
1. Ativos financeiros mensurados pelo valor justo através do resultado; 
2. Investimentos mantidos até o vencimento; 
3. Empréstimos e recebíveis; 
4. Ativos financeiros disponíveis para a venda;
32 
 
5. Passivos financeiros mensurados pelo valor justo através do resultado; 
6. Passivos financeiros mensurados pelo custo amortizado. 
Por exemplo, se um passivo financeiro foi mensurado pelo valor justo através do 
resultado, a entidade deve evidenciar o impacto de variações no risco de crédito. 
Para atingir o objetivo da avaliação da natureza e extensão dos riscos oriundos 
dos instrumentos financeiros, a entidade deve realizar uma série de evidenciações, 
quantitativas e qualitativas, a respeito dos riscos de crédito, liquidez, mercado e outros. 
No que tange a análise de sensibilidade, a Instrução Normativa CVM 475/08 obriga 
as entidades a apresentarem de forma prospectiva, as perdas que a entidade poderá 
sofrer advindas de suas operações com derivativos considerando três cenários: 
 1º cenário: perdas esperadas no caso de cenário considerado como provável; 
 2º cenário: a entidade deve supor uma variação adversa de 25% em torno do valor 
estimado no cenário 1; 
 3º cenário: situação que haveria movimento adverso de 50% em relação ao cenário 
original.2 
4 RESULTADO FINANCEIRO E RESULTADO ECONÔMICO 
4.1 Diferenças entre Financeiro e Econômico 
Uma empresa XYZ realizou uma venda na qual o cliente deveria pagar R$ 
12.000,00 durante quatro meses. A imagem abaixo ilustra o exemplo: 
 
No entanto, o cliente atrasou os dois primeiros pagamentos. No terceiro mês ele 
acertou as contas e pagou as três parcelas. No quarto o pagamento de R$ 12.000,00 foi 
realizado conforme o acordado. A imagem abaixo ilustra o exemplo: 
 
2 Texto de: Remerson Galindo de Souza. Extraído: www.blbbrasil.com.br 
 
 
 
 
 
33 
 
 
O Resultado Financeiro e o Resultado Econômico da empresa XYZ foi o seguinte: 
 
A primeira linha, “Competência”, refere-se ao registro do valor no mês em que 
a venda ocorreu. Veja que regime de competência não tem relação com quando e como 
o produto será pago. Isso representa um fato econômico. 
Nas segunda e terceira linhas temos uma visão de regime de caixa (previsto e 
realizado). Sendo o previsto o acordo de pagamento firmado com o cliente (ou seja, 
pagamento de quatro parcelas no valor de R$ 12.000,00 nos meses 01, 02, 03 e 04) e o 
realizado que é quando efetivamente o cliente realizou o pagamento (ocorrido nos meses 
03 e 04). Nesse caso estamos falando de atos financeiros. 
Resumindo: o contrato firmado e a compra efetuada originaram imediatamente 
um ato econômico, independentemente de ter ou não recebimento de dinheiro. No nosso 
exemplo, nos dois primeiros meses nenhuma movimentação no fluxo de caixa ocorreu 
com relação aos pagamentos do cliente, mas no terceiro mês a empresa teve seu 
recebimento. Foi a partir do terceiro mês, portanto, que ocorreu um ato financeiro. 
Assim, entendemos que enquanto uma compra ou venda são fatores econômicos, 
o recebimento ou o pagamento são fatores financeiros. Exatamente por isso dizemos 
que o econômico origina o financeiro. 
Seguindo adiante, outra diferença entre econômico e financeiro está nas 
informações que cada um transmite: 
O financeiro apresenta a informação do caixa e é controlado pelo Demonstrativo 
de Fluxo de Caixa (DFC). O econômico traz informações sobre eficiência, por meio do 
lucro. A eficiência é apurada pelo Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE). 
 
 
 
 
34 
 
O financeiro considera as datas em que os recebimentos e pagamentos 
ocorreram. O econômico considera quando o fato de compra ou venda foram realizados, 
ou seja, importa-se com o regime de competência. 
Outra grande diferença entre os dois termos é o tempo. Ao analisarmos o escopo 
econômico veremos que tudo ocorre em um mesmo período. Em nosso primeiro exemplo, 
assim que a venda foi realizada a contabilidade já fez o registro dos recebimentos. 
Se fizermos a mesma análise, mas pelo escopo financeiro, veremos que os fatos 
são provenientes de períodos diferentes. O nosso segundo exemplo ilustra isso melhor, 
pois os valores só foram registrados pelo financeiro quando a empresa efetivamente 
recebeu o valor da venda. 
Por esse motivo é que podemos dizer que uma empresa tem uma ótima situação 
econômica, mas uma situação financeira negativa. Isso acontece com aqueles negócios 
cujos clientes que compraram a prazo são inadimplentes. Nesse caso, a empresa pode 
ter direitos a receber, mas não consegue ter saldo em caixa suficiente para cumprir com 
suas obrigações. 
 
Fonte: www.capitalsocial.cnt.br 
 
 
 
 
35 
 
4.2 O que é Resultado Financeiro? 
O Resultado Financeiro está ligado ao Regime de Caixa. Nesse 
caso, o financeiro registra as entradas e saídas de caixa quando elas realmente 
aconteceram (contabilizando as Receitas, Custos, Despesas e Investimentos dentro do 
mês onde foram pagos ou recebidos). O demonstrativo utilizado para o Resultado 
Financeiro é o Demonstrativo de Fluxo de Caixa, ou DFC. 
Por se tratar de um regime de caixa as operações serão registradas quando 
ocorrem movimentações monetárias. Por exemplo, a empresa XYZ adquiriu 3 
computadores em junho, mas o pagamento foi acertado para julho. A transação será 
registrada em julho, pois para o Resultado Financeiro não importa a aquisição do bem, 
mas sim a movimentação do dinheiro. 
Podemos ainda dizer que o Resultado Financeiro apresenta os resultados 
operacionais atuais e as mudanças no balancete, tais como aumentos ou diminuições 
em contas a receber ou contas a pagar. Depreciação e amortização não podem ser 
observados pelo regime de caixa. 
Como o Resultado Financeiro é analisado e avaliado pelo Demonstrativo de Fluxo 
de Caixa, vamos aproveitar e deixar claro sua definição. O DFC é uma peça contábil 
fundamental para análise da empresa. Ele evidencia a posição financeira da organização 
em um determinado período de tempo. 
4.3 Por que o Resultado Financeiro é importante? 
Como o nome sugere, o fluxo de caixa apresenta o dinheiro que a empresa 
realmente possui em caixa. Essa informação é de extrema importância especialmente 
para gerenciar a liquidez do negócio (a capacidade que a organização tem de honrar com 
seus compromissos). Além disso, tendo essa informação em mãos a diretoria 
financeira consegue avaliar se a empresa tem capital de giro suficiente para pagar todas 
as suas contas. 
Uma demonstração do fluxo de caixa é usada para determinar a viabilidade e 
liquidez a curto prazo de uma empresa, especificamente se ela é bem posicionada para 
 
 
 
 
36 
 
pagar suas contas e fornecedores. Justamente por fornecer informações de curto prazo 
o Resultado Financeiro pode ajudar a Diretoria Financeira a responder a perguntas como: 
 A empresa consegue pagar suas contas? 
 Há dinheiro suficiente para reparos não planejados? 
 A empresa tem dinheiro em caixa para financiar a folha de pagamento? 
4.4 O que é Resultado Econômico? 
O Resultado Econômico surge do regime de competência, ou seja, o registro do 
evento se dá na data em que aconteceu. A contabilidade define o Regime de 
Competência como sendo o registro do documento na data do fato gerador (na data do 
documento, não importando quando vai ser pago ou recebido). 
Em outras palavras, quando a contabilidade toma conhecimento de um 
recebimento deve imediatamente fazer o seu lançamento, não importando 
o recebimento em si. O demonstrativo contábil que apresenta o Resultado Econômico de 
uma empresa é o Demonstrativo de Resultado de Exercício, ou DRE. 
Isso significa que o resultado econômico foca na hora em que as transações 
ocorreram. Vamos utilizar o exemplo da empresa XYZ que adquiriu 3 novos 
computadores no
mês de junho. Por se tratar de um regime de competência, para fins de 
resultado econômico não interessa se os equipamentos serão pagos no próprio mês ou 
no seguinte. A operação será registrada pela contabilidade em junho, pois é a aquisição 
dos bens que importa. 
Quando falamos de lucro ou prejuízo também estamos nos referindo ao resultado 
econômico. O lucro aumenta o patrimônio líquido, mas não a disponibilidade de dinheiro. 
Ou seja, a organização pode estar em uma boa situação econômica com relação aos 
equipamentos, imóveis e investimentos, mas não ter dinheiro para pagar as dívidas. 
Observe que para o Resultado Econômico itens como depreciação são levados em 
consideração. 
O Resultado Econômico, possui indicadores relevantes, entre eles a participação 
do capital próprio e ou Retorno sobre o Investimento (ou rentabilidade). 
 
 
 
 
37 
 
Como o Resultado Econômico é analisado e avaliado pelo Demonstrativo de 
Resultado de Exercício, vamos aproveitar e deixar claro sua definição. O DRE é um 
relatório que oferece uma síntese econômica completa das atividades operacionais e não 
operacionais de uma empresa em um determinado período de tempo, demonstrando 
claramente se há lucro ou prejuízo. 
 
 
Fonte: www.educacao.cc 
4.5 Por que o Resultado Econômico é importante? 
Analisando o demonstrativo contábil que apresenta o Resultado Econômico, ou 
seja, o DRE, é possível verificar se os produtos e serviços da organização são viáveis e 
se geram lucro suficiente para pagar custos e despesas (sem ter que levar em 
consideração quando as receitas entrarão efetivamente em caixa e quando os gastos 
serão pagos). 
Trocando em miúdos, com o Resultado Econômico é possível visualizar a 
estrutura financeira da empresa e verificar se o modelo de negócio é ideal. Isso acontece 
porque ele contabiliza fatores que vão além do fluxo de caixa, como depreciação, e 
 
 
 
 
38 
 
permite que o departamento financeiro observe tendências de gastos e ganhos em longo 
prazo. 
Uma vez que sua empresa já tenha um DRE bem elaborado, pode dar o próximo 
passo e começar a trabalhar em sua Projeção de DRE, antecipando problemas e 
principalmente oportunidades. Neste post você pode conferir mais sobre o tema. 
4.6 Diferenças entre Resultado Financeiro e Resultado Econômico 
 O Resultado Financeiro está relacionado com a liquidez. Ele diz respeito à 
adequada administração do Fluxo de Caixa, Capital de giro, pagamentos 
financeiros e o tempo de recebimento dos valores de vendas a prazo são 
questões relacionadas ao Resultado Financeiro. 
 O Resultado Econômico está relacionado com a maximização de receitas e 
redução de gastos, ou seja, tem a ver com o quanto se recebe e o quanto 
se gasta (créditos x débitos, entradas x saídas). Em outras palavras, tem 
tudo a ver com o processo produtivo e operacional, ou com gastos e receitas 
dos produtos/serviços produzidos e vendidos. Ele também contextualiza a 
empresa no mercado, mostrando suas relações e posicionamento perante 
a concorrência. 
 Com o Resultado Financeiro é possível saber que resultado teve cada uma 
das movimentações financeiras da empresa (investimentos, recebimentos, 
gastos). Além disso, é possível avaliar também onde foram aplicados os 
recursos financeiros, o que possibilita uma gestão muito melhor das 
entradas e saídas. 
 Com o Resultado Econômico a empresa consegue avaliar sua capacidade 
de geração de riqueza (lucro) e quando necessário, realizar modificações 
na administração para melhorar os resultados. Por retratar a real situação 
da empresa, o Resultado Econômico fornece aos administradores e 
gestores elementos fundamentais para tomada de decisão. 
 Resultado Financeiro é a disponibilidade momentânea do dinheiro. 
 
 
 
 
39 
 
 Resultado Econômico é o lucro ou prejuízo em termos de ativos.3 
5 APURAÇÃO DO RESULTADO 
A demonstração ou apuração do resultado do exercício (DRE) é uma 
demonstração contábil que cruza receitas, custos e resultados com o objetivo de 
determinar o resultado líquido em um período de tempo. De forma simplificada, é um 
resumo financeiro que aponta se a empresa teve lucro ou prejuízo. 
O termo “resultado” representa as contas de receita (dinheiro que entra) e de 
gastos (despesas e custos). O DRE é elaborado anualmente para prestação de contas, 
mas pode ser feito mensalmente pela administração da empresa para acompanhar os 
resultados. 
Segundo a legislação brasileira, a apuração do resultado do exercício apresentada 
anualmente deve detalhar: 
 A receita bruta das vendas de produtos e serviços, as deduções (descontos) 
das vendas, os abatimentos e os impostos; 
 A receita líquida das vendas de produtos e de serviços, o custo das 
mercadorias vendidas ou dos serviços prestados e o lucro bruto; 
 Todas as despesas operacionais, como as despesas com as vendas, as 
financeiras, as deduzidas das receitas, as despesas gerais e as 
administrativas; 
 O lucro ou o prejuízo operacional, as outras despesas e as receitas; 
 O resultado do exercício antes do Imposto de Renda e a provisão para o 
imposto; 
 As participações de empregados, debêntures, partes beneficiárias e 
administradores mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de fundos 
ou instituições de assistências e previdência de empregados; 
 
3 Texto: Renata Freitas de Camargo. Extraído: www.treasy.com.br 
 
 
 
 
40 
 
 O lucro ou o prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do 
capital social. 
Finalidade da DRE 
A DRE representa um desafio até mesmo para os profissionais de contabilidade, 
já que é uma bastante complexa. Porém, o 1º passo para tornar tudo mais claro é 
entender a finalidade da apuração do resultado do exercício. 
 
 
Fonte: www.galloro.com.br 
5.1 O lucro ou o prejuízo 
O objetivo da DRE é determinar se uma empresa está obtendo lucros ou prejuízos 
a partir das suas atividades, listando as operações que alteram o patrimônio líquido 
contábil, tanto positivamente (receitas) como negativamente (despesas). 
Tudo parece bastante simples se pensarmos que é só pegar o valor das receitas 
e subtrair as despesas. Entretanto, a empresa pode vender um produto neste mês e só 
receber o pagamento daqui alguns meses, da mesma forma que existem vendas 
parceladas. 
 
 
 
 
41 
 
Quando a empresa faz um investimento (por exemplo, a compra de produtos para 
o estoque), é difícil determinar quanto esse investimento trouxe de resultado, já que os 
produtos não são vendidos no mesmo mês — e, mesmo que sejam, o pagamento nem 
sempre entra de imediato. 
O mesmo vale para as despesas, que muitas vezes são difíceis de identificar, pois 
nem sempre são provenientes apenas da compra de mercadorias. Existem itens como 
aluguel, refeições, horas extras e diversos outros. 
Por todas essas questões, a DRE é uma ferramenta capaz de demonstrar com 
exatidão qual foi o resultado líquido (lucro) obtido por uma empresa dentro de um 
determinado período. 
Os tributos 
Empresas pagam impostos como o Imposto de Renda da pessoa jurídica e a 
Contribuição Social sobre o lucro líquido. Esses tributos são calculados em cima do lucro 
apurado pela DRE. 
Ou seja, se houver algum erro na apuração, consequentemente existirá um erro 
no pagamento dos impostos. Nesse caso, a empresa sempre sairá perdendo. Se o erro 
na apuração do lucro for para menos, o imposto pago também será menor e a empresa 
estará sujeita a uma multa da Receita Federal ou qualquer outro órgão fiscal. Se o erro 
for para mais, a empresa acabará desperdiçando dinheiro, o que também
é totalmente 
indesejado. 
O fluxo de caixa 
Muitos empreendedores acreditam que o lucro da empresa é identificado no fluxo 
de caixa, mas esse é um equívoco. 
O fluxo de caixa registra as movimentações financeiras, mostrando se a empresa 
pagou todas as contas do período e se faltou ou sobrou dinheiro. Porém, fechar o caixa 
no vermelho — ou seja, faltar dinheiro para pagar as contas — não quer dizer que a 
empresa não dá lucro. A organização pode ter altos valores em direitos a receber, por 
exemplo. 
Muitas vezes, a ausência de dinheiro no caixa pode acontecer devido ao aumento 
do volume de compra (para abastecer o estoque, digamos) devido a um aumento nas 
vendas. Pode ser que a empresa esteja vendendo a prazo, mas comprando à vista. 
 
 
 
 
42 
 
Daí a importância de analisar a situação por meio da apuração do resultado do 
exercício. Só ela vai mostrar se a empresa está efetivamente operando com lucro, 
ajudando a encontrar falhas de gestão que podem ir desde a precificação até os custos 
e despesas variáveis. 
5.2 Como deve ser feita a apuração dos resultados? 
Antes de entrarmos em um exemplo de apuração do resultado do exercício, é 
importante compreender alguns conceitos e definições básicas das variáveis que estarão 
contidas na própria DRE. 
 Ativo: representa todos os bens, os direitos e os valores a receber de uma 
entidade. Por exemplo: dinheiro em caixa, mercadorias e depósitos 
bancários; 
 Passivo: representa todas as obrigações financeiras de uma empresa junto 
a terceiros, ou seja, todas as dívidas contraídas, contas a pagar, 
fornecedores etc.; 
 Patrimônio líquido: representa o registro de valor que os proprietários de 
uma empresa têm aplicado no negócio; 
 Receita: são os grupos de contas que registram as operações que levam 
ao aumento do patrimônio, como aumento de dinheiro ou de direitos, como 
contas a receber; 
 Custos: são grupos de contas que registram as operações que causam uma 
redução no patrimônio. Vale lembrar que os custos estão sempre 
diretamente associados às vendas, ou seja, um custo ocorre quando há 
diminuição de um ativo por meio de uma venda (por exemplo: a diminuição 
do número de mercadorias); 
 Despesas: são grupos de contas que registram as operações que levam a 
uma redução no patrimônio. É importante se atentar para o fato de que as 
despesas não estão diretamente associadas às vendas, diferenciando-se 
 
 
 
 
43 
 
dos custos por essa característica. Ainda assim, também representam a 
diminuição de um ativo, geralmente dinheiro. 
5.3 A diferença entre custo e despesa 
O custo 
Ao vender uma mercadoria, a empresa faz a entrega e tem a diminuição de um 
ativo (mercadorias). Em contrapartida, recebe dinheiro pela venda. Ou seja, nessa 
operação há um custo de mercadoria vendida, já que a saída da mercadoria está 
diretamente associada à venda que foi feita. 
 A despesa 
Por outro lado, o pagamento de uma conta (aluguel, por exemplo) também causa 
a diminuição de um ativo (dinheiro), mas não está associada a uma venda. Afinal, a conta 
do aluguel será paga mesmo que a empresa não efetue nenhuma venda. 
 
 
Fonte: www.calculandodividas.com.br 
 
 
 
 
44 
 
5.4 O modelo de DRE 
São 5 etapas para a apuração do resultado do exercício, sendo que o Resultado 
Líquido do Exercício é o valor que deve ser identificado ao final do processo. Acompanhe: 
Passo 1: conhecer a Receita Operacional Líquida 
Receita Operacional Líquida = Receita Operacional Bruta – Deduções da Receita 
Bruta 
Sendo que: 
 A Receita Operacional Bruta é formada por: Vendas de Produtos + Vendas 
de Mercadorias + Prestação de Serviços; 
 E as Deduções da Receita Bruta são formadas por: Devoluções de Vendas 
+ Abatimentos + Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas. 
Passo 2: conhecer o Resultado Operacional Bruto 
Resultado Operacional Bruto = Receita Operacional Líquida – Custos das Vendas 
Sendo que: 
 Os Custos das Vendas são formados por: Custo dos Produtos Vendidos + 
Custo das Mercadorias + Custo dos Serviços Prestados 
Passo 3: conhecer o Resultado Operacional Antes do Imposto de Renda e da 
Contribuição Social sobre o Lucro 
Resultado Operacional pré-IR/Contribuição Social = Resultado Operacional Bruto 
– Despesas Operacionais – Despesas Financeiras Líquidas – Outras Receitas e 
Despesas 
Sendo que: 
 As Despesas Operacionais são formadas por: Despesas Com Vendas + 
Despesas Administrativas; 
 As Despesas Financeiras Líquidas são formadas por: (Despesas 
Financeiras – Receitas Financeiras) + (Variações Monetárias e Cambiais 
Passivas – Variações Monetárias e Cambiais Ativas); 
 As Outras Receitas e Despesas são formadas por: (Resultado da 
Equivalência Patrimonial) + (Venda de Bens e Direitos do Ativo Não 
Circulante – Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante). 
 
 
 
 
45 
 
Passo 4: conhecer o Lucro Líquido Antes das Participações 
Lucro Líquido Antes das Participações = Resultado Operacional pré-
IR/Contribuição Social – Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o 
Lucro 
Passo 5: conhecer o Resultado Líquido do Exercício 
Resultado Líquido do Exercício = Lucro Líquido Antes das Participações – 
Empregados, Partes Beneficiárias, Participações de Administradores, Debêntures, 
Fundos de Previdência e Assistência para Empregados. 
5.5 Exemplo de DRE 
Uma empresa tenha o seguinte balanço: 
Ativo 
Caixa R$ 4.000,00 
Mercadorias R$ 6.000,00 
Soma do Ativo R$ 10.000,00 
Passivo 
Fornecedores R$ 2.000,00 
Patrimônio Líquido e Capital Social R$ 8.000,00 
Soma do Passivo R$ 10.000,00 
 
 Suponha que a empresa comercializou todo o seu estoque de mercadorias e 
recebeu por essas vendas a quantia de R$ 10.000,00 à vista. A apuração do resultado 
foi feita logo após a venda. 
Atualmente temos os seguintes saldos: 
Caixa (-) R$ 4.000,00 
Mercadorias (-) R$ 6.000,00 
Capital Social (+) R$ 8.000,00 
Fornecedores (+) R$ 2.000,00 
 
 
 
 
 
46 
 
Registro do passo a passo da operação 
Em 1º lugar, deve ser registrado o valor da venda, que foi de R$ 10.000,00 à vista. 
Ou seja, entrou dinheiro no caixa da empresa, havendo um débito na conta caixa. 
Fazendo um débito de R$ 10.000,00 na conta caixa, temos que fazer um crédito 
de R$ 10.000,00 em outra conta. Chamaremos essa outra conta que registrará o crédito 
de Receita de Venda. 
O novo saldo fica assim: 
Caixa (-) R$ 4.000,00 
(-) R$ 10.000,00 
Mercadorias (-) R$ 6.000,00 
Receita de Vendas (/) R$ 10.000,00 
Capital Social (+) R$ 8.000,00 
Fornecedores (+) R$ 2.000,00 
 
 
Fonte: www.sicoobexecutivo.com.br 
Após o registro da venda, precisa-se fazer o registro da saída da mercadoria, já 
que a empresa vendeu todo o seu estoque. Dessa forma, precisamos também saber 
quanto a empresa tinha em estoque, o que nesse caso pode ser facilmente descoberto 
olhando o item “Mercadorias”, identificando que havia R$ 6.000,00. 
Assim, faremos uma diminuição na conta de estoque. Por ser um ativo, 
registraremos de R$ 6.000,00 a crédito nessa conta. Como estamos fazendo um registro 
 
 
 
 
47 
 
a crédito, teremos também um registro a débito em uma nova conta, chamada de Custo 
da Mercadoria Vendida (CMV). 
Chegamos ao seguinte: 
 
Caixa (-) R$ 4.000,00 
(-) R$ 10.000,00 
Mercadorias (-) R$ 6.000,00 
(+) R$ 6.000,00 
Receita de Vendas (+) R$ 10.000,00 
Capital Social (+) R$ 8.000,00 
Fornecedores (+) R$ 2.000,00 
Custo de Mercadoria Vendida (CMV) (-) R$ 6.000,00 
 
Definidos os novos saldos, está contabilizada a operação da venda. Portanto, até 
aqui, a conta de Receita
foi credita e a conta de Custo foi debitada. Vamos analisar a 
situação. 
A venda ocorreu a R$ 10.000,00, porém, teve um custo de R$ 6.000,00 em 
mercadorias, gerando assim um lucro de R$ 4.000,00. Esse valor de lucro (R$ 4.000,00) 
será registrado no Patrimônio Líquido por meio de uma conta chamada de Lucros 
Acumulados. 
É importante entender por que o Lucro Acumulado faz parte do Patrimônio Líquido 
da empresa. O lucro não precisa ser devolvido ou pago a ninguém por não ser uma 
obrigação ou dever, portanto, não pertence ao passivo. Por outro lado, também não é um 
direito ou bem da empresa (até porque não é tangível ou material), não sendo também 
um ativo. 
Além disso, o valor não pode ser registrado no caixa ou receita de vendas, por 
exemplo, porque esses R$ 4.000,00 já estão no caixa da empresa. Afinal, foi feita a venda 
de um estoque de R$ 6.000,00 pela qual a empresa recebeu R$ 10.000,00. Assim, o 
valor que sobre faz parte do Patrimônio Líquido. Em outras palavras, o lucro é um valor 
em dinheiro que a empresa conquistou e que será distribuído aos sócios no futuro. 
 
 
 
 
48 
 
5.6 As contas transitórias 
As contas de Receitas, Despesas e Custos são contas transitórias ou temporárias, 
ou seja, elas não aparecerão no balanço. Essas contas só possuem saldo enquanto 
queremos apurar o resultado, porém quando fazemos a apuração os saldos são 
transferidos para outra conta, zerando as Receitas, Despesas e Custos. 
Assim, para apurar o resultado do exercício será aberta uma nova conta chamada 
de Apuração do Resultado do Exercício ou DRE. Assim nosso saldo vai conter os 
seguintes valores: 
Caixa (-) R$ 4.000,00 
(-) R$ 10.000,00 
Mercadorias (-) R$ 6.000,00 
(+) R$ 6.000,00 
Receita de Vendas (+) R$ 10.000,00 
Apuração do Resultado do Exercício — 
Capital Social (+) R$ 8.000,00 
Fornecedores (+) R$ 2.000,00 
Custo de Mercadoria Vendida (CMV) (-) R$ 6.000,00 
 
Em seguida, é hora de identificar entre as contas acima aquelas que são de 
Receita, Despesa e Custo. 
As contas Caixa, Mercadorias, Capital Social e Fornecedores são respectivamente 
contas de ativo, ativo passivo e patrimônio líquido. Assim, sobram as contas Receita de 
Vendas e Custo das Mercadorias Vendidas, que são contas de resultados. Essas contas 
de resultado deverão ser zeradas, e seu saldo será transferido para a conta de Apuração 
do Resultado do Exercício, resultando no seguinte: 
 
Caixa (-) R$ 4.000,00 
(-) R$ 10.000,00 
Mercadorias (-) R$ 6.000,00 
 
 
 
 
49 
 
(+) R$ 6.000,00 
Receita de Vendas (+) R$ 10.000,00 
(-) R$ 10.000,00 
Apuração do Resultado do Exercício (-) R$ 6.000,00 
(+) R$ 10.000,00 
Capital Social (+) R$ 8.000,00 
Fornecedores (+) R$ 2.000,00 
Custo de Mercadoria Vendida (CMV) (-) R$ 6.000,00 
(+) R$ 6.000,00 
 
Foi feito um débito na conta de Receita de Vendas para zerá-la, e o crédito 
correspondente foi inserido na conta DRE. O mesmo se aplica para zerar a conta de 
Custo de Mercadoria Vendida. 
Todas as contas que tiveram seu resultado zerado não precisarão aparecer no 
balanço do DRE. No saldo da Apuração do Resultado do Exercício acima, o resultado foi 
um lucro de R$ 4.000,00 no período. Esse valor será representado como Lucro do 
Exercício. 
O balanço patrimonial da empresa ficará da seguinte forma:4 
Ativo 
Caixa R$ 14.000,00 
Soma do Ativo R$ 14.000,00 
Passivo 
Fornecedores R$ 2.000,00 
Patrimônio Líquido e Capital Social R$ 8.000,00 
Lucro do Exercício R$ 4.000,00 
Soma do Passivo R$ 14.000,00 
 
4 Texto de: Geordânia Oliveira. Extraído: www.blog.fortestecnologia.com.br 
 
 
 
 
50 
 
6 REGIME DE COMPETÊNCIA CONTÁBIL 
O reconhecimento das receitas e gastos é um dos aspectos básicos da 
contabilidade que devem ser conhecidos para poder avaliar adequadamente as 
informações financeiras. 
O regime de competência é um princípio contábil, que deve ser, na prática, 
estendido a qualquer alteração patrimonial, independentemente de sua natureza e 
origem. 
 
 
Fonte: www.blog.contaazul.com 
Efeitos financeiros 
 
Sob o método de competência, os efeitos financeiros das transações e eventos 
são reconhecidos nos períodos nos quais ocorrem, independentemente de terem sido 
recebidos ou pagos. 
Isto permite que as transações sejam registradas nos livros contábeis e sejam 
apresentadas nas demonstrações financeiras do período no qual os bens (ou serviços) 
 
 
 
 
51 
 
foram entregues ou executados (ou recebidos). É apresentada assim uma associação 
entre as receitas e os gastos necessários para gerá-las. 
As demonstrações financeiras preparadas sob o método de competência informam 
aos usuários não somente a respeito das transações passadas, que envolvem 
pagamentos e recebimentos de dinheiro, mas também das obrigações a serem pagas no 
futuro e dos recursos que representam dinheiro a ser recebido no futuro. 
Portanto, proporcionam o tipo de informações sobre transações passadas e outros 
eventos, que são de grande relevância aos usuários na tomada de decisões 
econômicas. 
6.1 Apuração do resultado 
As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do 
período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, 
independentemente de recebimento ou pagamento. 
O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é 
consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração. 
Para todos os efeitos, as Normas Brasileiras de Contabilidade elegem o regime de 
competência como único parâmetro válido, portanto, de utilização compulsória no meio 
empresarial. 
Reconhecimento das receitas 
As receitas consideram-se realizadas: 
1. nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou 
assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de 
bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição de serviços por esta 
prestados; 
2 – Quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o 
motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior; 
3 - Pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de 
terceiros; 
4 – No recebimento efetivo de doações e subvenções. 
 
 
 
 
52 
 
Reconhecimento dos gastos 
Consideram-se incorridas os gastos: 
1 – Quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua 
propriedade para terceiro; 
2 – Pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; 
3 – Pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. 
6.2 Regime de caixa 
Sob o regime de caixa, os recebimentos e os pagamentos são reconhecidos 
unicamente quando se recebe ou se paga mediante dinheiro ou equivalente. 
Este método é frequentemente usado para a preparação de demonstrações 
financeiras de entidades públicas. Isto é devido ao fato de que o objetivo principal da 
contabilidade governamental é identificar os propósitos e fins para os quais se tenham 
recebido e utilizados os recursos, e para manter o controle orçamentário da citada 
atividade. 
Alguns aspectos da legislação fiscal permitem a utilização do regime de caixa, para 
fins tributários. Porém, de modo algum o regime de competência pode ser substituído 
pelo regime de caixa numa entidade empresarial, pois se estaria violando um princípio 
contábil. 
Se a legislação fiscal permite que determinadas operações sejam tributadas pelo 
regime de caixa, isto não significa que a contabilidade deva, obrigatoriamente, seguir 
seus ditames. Existem livros fiscais (como o Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR),

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando