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Tratamento pós-exodôntico

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TRATAMENTO PÓS EXODÔNTICO 
 
DIEGO MARDEGAN 
TRATAMENTO PÓS-EXODÔNTICO DO ALVÉOLO 
 
MANOBRA DE CHOMPRET 
 O objetivo da manobra de Chompret é aproximar as paredes vestibular e lingual, avaliar a 
integridade de ambas e auxiliar na hemostasia. 
 
AVALIAÇÃO DOS SEPTOS INTER RADICULARES 
 Retentivo: segura a raiz e dificulta a exodontia 
 Expulsivo: ocorre geralmente nos molares 
 Filiforme 
 Supra alveolar: típico em dentes com doença periodontal e deve ser rebaixado 
 
CURETAGEM INTRA-ALVEOLAR 
 Presença de lesão apical e periodontal 
 Osteotomia, alveolectomia e seccionamento radicular 
 Estar atento ao seio maxilar e nervo alveolar e inferior 
 
SUTURA 
 Fio de seda 
 Multifilamentar, trançado, pouco estirado, embebe-se pelos fluidos bucais e adere indutos 
alimentares 
 Poliglactina (Vicryl) 
 Multifilamentar, absorvido em 60 dias por hidrólise, não adere indutos, não desencadeia 
reação inflamatória ao redor 
 Nylon 
 Monofilamentar, não absorvível, reação inflamatória pouco intensa por tempo limitado, 
proliferação fibroblástica precoce 
 
ORIENTAÇÕES PÓS OPERATÓRIAS 
 Evitar alimentação quente e dura 
 Evitar atividades intensas 
 Utilizar medicação adequada (analgésico e antisséptico) 
 Realizar bochecho no dia seguinte e que não seja vigoroso 
 
TRATAMENTO PÓS EXODÔNTICO 
 
DIEGO MARDEGAN 
PROCESSO DE REPARO ALVEOLAR 
 Proliferação fibroblástica 
 Os fibroblastos que invadem o coágulo são oriundos do ligamento periodontal 
 
 Desenvolvimento do tecido conjuntivo 
 Ocorre revascularização e há sangramento ao retirar os pontos 
 
 Mineralização alveolar 
 Ocorre maturação, diminuição das células e aumento de fibras 
 
 Remodelação alveolar 
 Ocorre diferenciação óssea e deposição na parede e fundo do alvéolo 
 
 Este processo ocorre em aproximadamente 64 dias, ao passo que a epitelização ocorre em 21 
dias. 
 
FATORES QUE INTERFEREM NO REPARO 
 Irrigação intra alveolar 
 Curetagem 
 Fragmentos dentários 
 Fratura da crista óssea e parede óssea alveolar 
 Fios de sutura – ALGODÃO 
 Anestésicos locais dentro do alvéolo 
 Doenças sistêmicas: insuficiência renal crônica, diabetes e menopausa 
 Administração de drogas: contraceptivos, anticoagulantes, anticonvulsivos, 
imunossupressores, corticoides, anabolizantes e hormônios sexuais 
 Condições gerais: estresse, gestação, desidratação, deficiências nutricionais e etilista crônico 
 
COMPLICAÇÕES E ACIDENTES NA EXODONTIA 
 FRATURA RADICULAR 
 Infectada: remover 
 Não infectada, mas luxada: remover 
 Não infectada, mas não luxada: sepultar 
 Observar a proximidade com estruturas anatômicas 
TRATAMENTO PÓS EXODÔNTICO 
 
DIEGO MARDEGAN 
 
 FRATURA DE TÚBER DA MAXILA 
 Causa: força excessiva na extração de 2º e 3º molares superiores 
 
 Luxação da mandíbula 
 Causa: abaixamento amplo da mandíbula durante extração 
 Tratamento: manobra de Nelaton e bandagem mentoneira 
 
 FRATURA DA MANDÍBULA 
 Causa: exodontia de 3º molares inclusos e uso inadequado de extratores 
 Tratamento: medicação e encaminhamento para o cirurgião bucomaxilofacial 
 Não deixar o paciente sem amparo 
 
 LESÃO DO NERVO ALVEOLAR INFERIOR 
 Tratamento: ETNA (6/6 ou 12/12 horas – 2 a 4 cápsulas/dia) 
 Dexacitoneurin (6/6 horas) 
 Complexo B (8/8 ou 12/12 horas – 1 drágea) 
 
 PENETRAÇÃO DOS DENTES NAS VIAS RESPIRATÓRIAS E DIGESTIVAS 
 
 FRATURA E DEGLUTIÇÃO DE INSTRUMENTOS 
 
 ALVEOLITE 
 Forma de osteíte oriunda da cortical óssea alveolar, que já apresentava comprometimento 
inflamatório antes da exodontia 
 Diagnóstico: 3 a 4 dias após a exodontia, dor severa, pulsátil, não controlada por 
analgésicos, alvéolo vazio ou coberto por membrana amarelo-acinzentada, cortical óssea 
alveolar exposta. 
 Tratamento: pasta de alveolite, irrigação com soro e antibiótico por 4 dias 
 1ª opção: pasta a base de metronidazol (lidocaína 2%, metronidazol 400 mg 10%, 
lanolina (veículo), plastibase R, menta (aroma), 6 meses de validade) 
 2ª opção: Alveosan 
 3ª opção: Alveoliten 
 
TRATAMENTO PÓS EXODÔNTICO 
 
DIEGO MARDEGAN 
 
 
 HEMORRAGIA 
 Tratamento: aspirar a região, identificar o local, fazer compressão com gaze por 5 minutos, 
anestesiar e curetar cuidadosamente e realizar compressão e medidas locais (esponja de 
gelatina ou fibrina, cera óssea e sutura) 
 
 EQUIMOSE 
 Tratamento: compressas úmidas e mornas e pomada urodoide. 
 
 EDEMA 
 Tratamento: anti-inflamatórios (dose única no pré-operatório – Celestone 2mg – 2 
comprimidos 1 hora antes do procedimento) 
 Gelo nas primeiras 12 horas (15’ e intervalo de 30’) 
 Calor após 72 horas da intervenção 
 O tratamento com gelo não é realizado em edemas decorrentes de drenagem de infecções 
 
 ALERGIA 
 Leve/moderada: Fenergan VO 12/12 horas + decadron 
 Severa: Adrenalina 0,3/0,5 ml IM + anti-histamínico + corticoide + oxigênio 
 
 COMUNICAÇÃO BUCOSINUSAL 
 Observar se a raiz está em íntimo contato com o seio maxilar 
 Diagnóstico clínico: manobra de Valsalva 
 Diagnóstico radiográfico: descontinuidade do assoalho do seio maxilar 
 Tratamento da comunicação bucosinusal recente: 
 Pequena – seio sadio (diâmetro do ápice dental): cuidados trans e pós operatórios 
 Grande: fechamento primário da ferida e por meio da confecção de retalhos 
 Cuidados pós operatórios: não assoar o nariz, não sugar, não fumar, não fazer pressão na 
cavidade nasal, evitar o espirro. 
 Tratamento com antibiótico e descongestionante nasal sistêmico: 7/10 dias (Fluimicil 600 
mg 1/dia)

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