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DEPARTAMENTO DE ECONOMIA / PUC-Rio Microeconomia II Prof. Marcos Antonio C. da Silveira Lista de Exercícios: Equilíbrio Geral com Produção Questão 1: Tecnologia das firmas (ambas com rendimentos constantes de escala) y1 = F1 (L1) = γL1; γ > 0 y2 = F2 (L2) = φL2; φ > 0 • Fronteira de produção: y1 = γL1 =⇒ L1 = y1 γ y2 = φL2 =⇒ L2 = y2 φ L1z}|{ y1 γ + L2z}|{ y2 φ = LA + LB =⇒ y2 = − φy1 γ + φ (LA + LB) — Taxa marginal de transformação: TMT = −∂y2 ∂y1 = φ γ ∂TMT ∂y1 = 0 =⇒ função de transformação linear • Eficiência de Pareto — Condição de factibilidade: L1z}|{ y1 γ + L2z}|{ y2 φ = LA + LB y1 = x1A + x 1 B y2 = x2A + x 2 B — Condições marginais de eficiência de Pareto: TMgSAz }| { α 1− α x2A x1A = TMgSBz }| { β 1− β x2B x1B = TMTz}|{ φ γ 1 • Equilíbrio Walrasiano — Suponha que trabalho é o numerário da economia: w¯ = 1 — Preços relativos dos bens determinados unicamente pelo lado da oferta: p¯1 = CMg1 = w¯ γ = 1 γ =⇒ π¯1 = 0 p¯2 = CMg2 = w¯ φ = 1 φ =⇒ π¯2 = 0 ∗ π¯1 : lucro da firma 1 em equilíbrio ∗ π¯2 : lucro da firma 2 em equilíbrio ∗ Com rendimentos constante de escala, custo marginal é constante e igual ao custo médio. Logo, em equilíbrio, preço = custo marginal e lucro da firma é nulo — Demanda dos indivíduos pelos bens: ∗ Indivíduo A: x¯1A = α (w¯LA + α1Aπ¯1 + α 2 Aπ¯2) p¯1 = αγLA x¯2A = (1− α) (w¯LA + α1Aπ¯1 + α 2 Aπ¯2) p¯2 = (1− α)φLA ∗ Indivíduo B: x¯1B = β (w¯LB + α1Bπ¯1 + α 2 Bπ¯2) p¯1 = βγLB x¯2B = (1− β) (w¯LB + α1Bπ¯1 + α 2 Bπ¯2) p¯2 = (1− β)φLB — Produção e demanda das firmas pelo fator: ∗ Firma 1: y¯1 = x¯1Az }| { αγLA + x¯1Bz }| { βγLB =⇒ L¯1 = y¯1 γ = αLA + βLB ∗ Firma 2: y¯2 = x¯2Az }| { (1− α)φLA + x¯2Bz }| { (1− β)φLB =⇒ L¯2 = y¯2 γ = (1− α)LA + (1− β)LB Em equilíbrio, preço de cada firma é igual ao seu custo marginal constante, de forma que o lucro é zero para qualquer nível de produção. Assim, a firma é indiferente entre qq nível de produção, a qual fica determinada pela demanda total pelo seu bem 2 — Observe que a demanda por trabalho é igual a ofeta de trabalho: L¯1z }| { αLA + βLB + L¯2z }| { (1− α)LA + (1− β)LB = LA + LB — Observe que o equilíbrio walrasiano independe da distribuição do lucro das firmas entre os indivíduos. Isto acontece porque, com rendimentos constantes de escala, o lucro da firma em equilíbrio é sempre nulo. 3 Tecnologia distintas: y1 = F1 (L1) = p L1 (rendimento decrescente de escala) y2 = F2 (L2) = 1 2 L2 (rendimento constante de escala) • Fronteira de produção: y1 = p L1 =⇒ L1 = y21 y2 = 1 2 L2 =⇒ L2 = 2y2 L1z}|{ y21 + L2z}|{ 2y2 = LA + LB =⇒ y2 = − 1 2 y21 + 1 2 (LA + LB) — Taxa marginal de transformação: TMT = −∂y2 ∂y1 = y1 (1) ∂TMT ∂y1 = 1 > 0 =⇒ função de transformação côncava • Eficiência de Pareto — Condição de factibilidade: L1z}|{ y21 + L2z}|{ 2y2 = LA + LB y1 = x1A + x 1 B y2 = x2A + x 2 B — Condições marginais de eficiência de Pareto: eq. (1) =⇒ TMgSAz }| { α 1− α x2A x1A = TMgSBz }| { β 1− β x2B x1B = TMTz}|{ y1 4 • Equilíbrio Walrasiano — Suponha que trabalho é numerário da economia: w = 1 — Preços relativo de equilíbrio do bem 2 determinado unicamente pelo lado da oferta: p¯2 = CMg2 = 2w¯ = 2 =⇒ π¯2 = 0 ∗ Com rendimentos constante de escala, custo marginal é constante e igual ao custo médio. Logo, em equilíbrio, preço = custo marginal e lucro da firma π¯2 é nulo — Problema da firma 1: dado um vetor de preços qq q = (p1, p2, w), a demanda por trabalho L1 (q) é o valor de L1 que maximiza o lucro π1, dado por π1 = p1 p L1 − wL1 ∗ Condição marginal de 1 ordem: p1 2 L1 (q) − 1 2 − w = 0 =⇒ L1 (q) = 1 4 ³p1 w ´2 (2) ∗ Função oferta da firma 1: y1 (q) = p L1 (q) = 1 2 ³p1 w ´ (3) ∗ Função lucro máximo da firma 1, como função de q = (p1, p2, w) : π1 (q) = p1 y1(q)z }| { 1 2 ³p1 w ´ − w L1(q)z }| { 1 4 ³p1 w ´2 = 1 4 p21 w (4) 5 — Demanda dos indivíduos pelos bens: ∗ Ind. A: x1A (q) = α [wLA + α1Aπ1 (q) + α 2 Aπ2 (q)] p1 (5) x2A (q) = (1− α) [wLA + α1Aπ1 (q) + α 2 Aπ2 (q)] p2 (6) ∗ Ind. B: x1B (q) = β [wLB + α1Bπ1 (q) + α 2 Bπ2 (q)] p1 (7) x2B (q) = (1− β) [wLB + α1Bπ1 (q) + α 2 Bπ2 (q)] p2 (8) ∗ No vetor de preço de equilíbrio q¯ = (p¯1, p¯2, w¯), lucro da firma 2 é nulo, enquanto lucro da firma 1 segue de (4), ou seja, π1 (q¯) = 1 4 p¯21 w¯ (9) ∗ Substituindo (9) em (5)-(8) p/ q = q¯, as demandas individuais em equilíbrio dadas por: x1A (q¯) = α h w¯LA + 14α 1 A p¯21 w¯ i p¯1 (10) x2A (q¯) = (1− α) h w¯LA + 14α 1 A p¯21 w¯ i p¯2 (11) x1B (q¯) = β h w¯LB + 14α 1 B p¯21 w¯ i p¯1 (12) x2B (q¯) = (1− β) h w¯LB + 14α 1 B p¯21 w¯ i p¯2 (13) — No vetor de preço de equilíbrio q¯ = (p¯1, p¯2, w¯) , oferta do bem 1= demanda total pelo bem 1: y1(q¯)z }| { 1 2 ³ p¯1 w¯ ´ = x1A(q¯)z }| { α h w¯LA + 14α 1 A p¯21 w i p¯1 + x1B(q¯)z }| { β h w¯LB + 14α 1 B p¯21 w i p¯1 Multiplicando ambos os lados da eq. acima por p¯1 e fazendo w¯ = 1 (trabalho é o numerário): 1 2 p¯21 = α · LA + 1 4 α1Ap¯ 2 1 ¸ + β · LB + 1 4 α1Bp¯ 2 1 ¸ Resolvendo a eq. acima, encontra-se o preço de equilíbrio p¯1 do bem 1 6 — Alocação de equilíbrio: ∗ Para achar as demandas individuas pelos bens, substitui-se q¯ = (p¯1, p¯2, w¯) em (10)-(13) ∗ Para achar a produção da firma 1, substitui-se q¯ = (p¯1, p¯2, w¯) em (3) ∗ Para achar a demanda por trabalho da firma 1, substitui-se q¯ = (p¯1, p¯2, w¯) em (2) ∗ A produção da firma 2 em equilíbrio é dada por: y¯2 = x2A (q¯) + x 2 B (q¯) Em equilíbrio, preço da firma 2 é igual ao seu custo marginal constante, de forma que seu lucro é zero para qualquer nível de produção. Assim, a firma é indiferente entre qq nível de produção, a qual fica determinada pela demanda total pelo seu bem ∗ A demanda da firma 2 por trabalho é dada por: L¯2 = 2y¯2 7 Tecnologia das firmas com rendimentos decrescentes de escala: y1 = F1 (L1) = p L1 (rendimento decrescente de escala) y2 = F2 (L2) = p L2 (rendimento decrescente de escala) • Fronteira de produção: y1 = p L1 =⇒ L1 = y21 y2 = p L2 =⇒ L2 = y22 L1z}|{ y21 + L2z}|{ y22 = LA + LB =⇒ y2 = q LA + LB − y21 — Taxa marginal de transformação: TMT = −∂y2 ∂y1 = −1 2 (−2y1) ¡ LA + LB − y21 ¢−1 2 = y1p LA + LB − y21 (14) ∂TMT ∂y1 > 0 =⇒ função de transformação côncava • Eficiência de Pareto — Condição de factibilidade: L1z}|{ y21 + L2z}|{ y22 = LA + LB y1 = x1A + x 1 B y2 = x 2 A + x 2 B — Condições marginais de eficiência de Pareto: eq. (14) =⇒ TMgSAz }| { α 1− α x2A x1A = TMgSBz }| { β 1− β x2B x1B = TMTz }| { y1p LA + LB − y21 8 • Equilíbrio Walrasiano — Suponha que trabalho é numerário da economia: w = 1 — Problema da firma 1: dado um vetor de preços qq q = (p1, p2, w), a demanda por trabalho L1 (q) é o valor de L1 que maximiza o lucro π1, dado por π1 = p1 p L1 − wL1 ∗ Condição marginal de 1 ordem: p1 2 L1 (q) − 1 2 − w = 0 =⇒ L1 (q) = 1 4 ³p1 w ´2 (15) ∗ Função oferta da firma 1: y1 (q) = p L1 (q) = 1 2 ³p1 w ´ (16) ∗ Função lucro máximo da firma 1, como função de q = (p1, p2, w) : π1 (q) = p1 y1(q)z }| { 1 2 ³p1 w ´ − w L1(q)z }| { 1 4 ³p1 w ´2 = 1 4 p21 w (17) — Problema da firma 2: dado um vetor de preçosqq q = (p1, p2, w), a demanda por trabalho L2 (q) é o valor de L2 que maximiza o lucro π2, dado por π2 = p2 p L2 − wL2 ∗ Condição marginal de 1 ordem: p2 2 L2 (q) − 1 2 − w = 0 =⇒ L2 (q) = 1 4 ³p2 w ´2 (18) ∗ Função oferta da firma 2: y2 (q) = p L2 (q) = 1 2 ³p2 w ´ (19) ∗ Função lucro máximo da firma 2, como função de q = (p1, p2, w) : π2 (q) = p2 y2(q)z }| { 1 2 ³p2 w ´ − w L2(q)z }| { 1 4 ³p2 w ´2 = 1 4 p22 w (20) 9 — Demanda dos indivíduos pelos bens: ∗ Ind. A: x1A (q) = α [wLA + α1Aπ1 (q) + α 2 Aπ2 (q)] p1 (21) x2A (q) = (1− α) [wLA + α1Aπ1 (q) + α 2 Aπ2 (q)] p2 (22) ∗ Ind. B: x1B (q) = β [wLB + α1Bπ1 (q) + α 2 Bπ2 (q)] p1 (23) x2B (q) = (1− β) [wLB + α1Bπ1 (q) + α 2 Bπ2 (q)] p2 (24) ∗ Nos preços de equilíbrio q¯ = (p¯1, p¯2, w¯), lucro das firmas 1 e 2 seguem de (17) e (20): π1 (q¯) = 1 4 p¯21 w¯ (25) π2 (q¯) = 1 4 p¯22 w¯ (26) ∗ Substituindo (25) e (26) em (21)-(24) p/ q = q¯, as demandas individuais em equilíbrio são dadas por: x1A (q¯) = α h w¯LA + 14α 1 A p¯21 w¯ + 1 4 α2A p¯22 w¯ i p¯1 (27) x2A (q¯) = (1− α) h w¯LA + 14α 1 A p¯21 w¯ + 1 4 α2A p¯22 w¯ i p¯2 (28) x1B (q¯) = β h w¯LB + 14α 1 B p¯21 w¯ + 1 4 α2B p¯22 w¯ i p¯1 (29) x2B (q¯) = (1− β) h w¯LB + 14α 1 B p¯21 w¯ + 1 4 α2B p¯22 w¯ i p¯2 (30) 10 — No vetor de preço de equilíbrio q¯ = (p¯1, p¯2, w¯) , oferta do bem= demanda total pelo bem: y1(q¯)z }| { 1 2 ³ p¯1 w¯ ´ = x1A(q¯)z }| { α h w¯LA + 14α 1 A p¯21 w¯ + 1 4 α2A p¯22 w¯ i p¯1 + x1B(q¯)z }| { β h w¯LB + 14α 1 B p¯21 w¯ + 1 4 α2B p¯22 w¯ i p¯1 (31) y2(q¯)z }| { 1 2 ³ p¯2 w¯ ´ = x2A(q¯)z }| { (1− α) h w¯LA + 14α 1 A p¯21 w¯ + 1 4 α2A p¯22 w¯ i p¯2 + x2B(q¯)z }| { (1− β) h w¯LB + 14α 1 B p¯21 w¯ + 1 4 α2B p¯22 w¯ i p¯2 (32) Multiplicando ambos os lados de (31) por p¯1 e fazendo w¯ = 1 (trabalho é o numerário): 1 2 p¯21 = α · LA + 1 4 α1Ap¯ 2 1 + 1 4 α2Ap¯ 2 2 ¸ + β · LB + 1 4 α1Bp¯ 2 1 + 1 4 α2Bp¯ 2 2 ¸ (33) Multiplicando ambos os lados de (32) por p¯2 e fazendo w¯ = 1 (trabalho é o numerário): 1 2 p¯22 = (1− α) · LA + 1 4 α1Ap¯ 2 1 + 1 4 α2Ap¯ 2 2 ¸ + (1− β) · LB + 1 4 α1Bp¯ 2 1 + 1 4 α2Bp¯ 2 2 ¸ (34) Resolvendo o sistema dado pelas eqs.(33)-(34), obtem-se os preços de equilíbrio p¯1 e p¯2 — Alocação de equilíbrio: ∗ P/ achar as demandas dos indivíduos pelos bens, substitui-se q¯ = (p¯1, p¯2, w¯) em (27)-(30) ∗ P/ achar as produções das firmas, substitui-se q¯ = (p¯1, p¯2, w¯) em (16) e (19) ∗ P/ achar as demandas por trabalho das firmas, substitui-se q¯ = (p¯1, p¯2, w¯) em (15) e (18) 11 Questão 2: a) Firma 1 apresenta retornos crescentes de escala. Logo, equilíbrio competitivo não existe. b) Fronteira de produção: y1 = L21 =⇒ L1 = √ y1 y2 = L2 L1z}|{√ y1 + L2z}|{ y2 = LA + LB =⇒ y2 = LA + LB − √ y1 Taxa marginal de transformação: TMT = −∂y2 ∂y1 = 1 2 y − 1 2 1 ∂TMT ∂y1 = −1 4 y − 3 2 1 < 0 =⇒ função de transformação convexa Eficiência de Pareto: • Condição de factibilidade: L1z}|{ y21 + L2z}|{ y22 = LA + LB y1 = x 1 A + x 1 B y2 = x2A + x 2 B • Condições marginais de eficiência de Pareto: eq. (14) =⇒ TMgSAz }| { α 1− α x2A x1A = TMgSBz }| { β 1− β x2B x1B = TMTz }| { 1 2 y − 1 2 1 12 Questão 3: Se as duas firmas possuem rendimentos decrescentes de escala, os preços e a alocação de equilíbrio de- pendem de todos os parâmetros do modelos. No entanto, quando pelo menos uma firma tem rendimento constante de escala, dois fatos podem ser observados: 1) O preço relativo de uma firma com rendimento constante de escala depende apenas da tecnologia de produção 2) Em equilíbrio, o lucro de uma firma com rendimento constante de escala é nulo. Logo, a partic- ipação dos indivíduos no lucro desta firma não influencia nem os preços nem a alocação de equilíbrio competitivo. Questão 4: É exatamente o modelo desenvolvido nas notas de aula 17, 18 e 19. Confira! Questão 5: Economia de Robinson Crusoe (a) Trata-se de uma economia com rendimentos constante de escala na produção de pesca e cocos. Sejam LP e LC as horas gastas na pesca e na coleta de cocos respectivamente. Então, a quantidade de peixe e coco são dadas por P = LP (35) C = 2LC (36) Dado que trabalha no máximo 8 horas diárias, então LP + LC = P + C 2 ≤ 8 Logo, o conjunto das possibilidades de produção são todos os vetores (P,C) tais que P + C 2 ≤ 8 enquanto a equação da fronteira de produção é dada por P + C 2 = 8 A taxa marginal de transformação de peixe em coco é 1 2 (b) O problema de Robinson é max PC sujeito à restrição P + C 2 = 8 (37) Observe que a equação (37) pode ser vista como uma restrição orçamentária com renda 8 e preços da pesca e do coco iguais a 1 e 1 2 respectivamente. Isto faz todo sentido. Afinal de contas, a taxa marginal de transformação de peixe em coco é 1 2 , ou seja, a economia precisa sacrificar meia unidade de peixe 13 para produzir uma unidade adicional de coco. Logo, o preço relativo (taxa de troca) do coco em termos do peixe é 1 2 . Como a utilidade é Cobb-Douglas, segue que P = 0, 5 µ 8 1 ¶ = 4 C = 0, 5 µ 8 1/2 ¶ = 8 Observe que esta alocação é Pareto-eficiente, uma vez que é impossível aumentar a utilidade de Robson através de uma outra alocação factível c,d) Sejam LP e LC as horas gastas na pesca e na coleta de cocos. O lucro da firma, em função de LP e LC , é dado por Π (LP , LC) = LP + pc2LC − wLP − wLC onde pc e w são os preços relativos (em relação ao peixe) do coco e da hora trabalhada (salário-hora). O peixe é o numerário, de forma que seu preço é 1. Derivando o lucro com respeito a LP e LC, segue que ∂Π (LP , LC) ∂LP = 1− w ∂Π (LP , LC) ∂LC = 2pc − w Se w<1, o lucro marginal da firma na produção de peixe é sempre positivo e assim a firma deseja ofertar uma quantidade infinita de peixe (demandando uma quantidade infinita de trabalho para pro- dução de peixe). Por outro lado, se w>1, o lucro marginal da firma na produção de peixe é sempre negativo e a firma deseja ofertar uma quantidade nula de peixe (demandando uma quantidade nula de trabalho para produção de peixe). Desta forma, a firma deseja ofertar uma quantidade positiva e finita de peixe quando w = 1. O mesmo raciocínio vale para o item "d". Se 2pc−w > 0, o lucro marginal da firma na produção de coco é sempre positivo e assim a firma deseja ofertar uma quantidade infinita de coco (demandando uma quantidade infinita de trabalho para produção de coco). Por outro lado, 2pc − w < 0, o lucro marginal da firma na produção de coco é sempre negativo e a firma deseja ofertar uma quantidade nula de coco (demandando uma quantidade nula de trabalho para produção de coco). Desta forma, a firma deseja ofertar uma quantidade positiva e finita de coco quando 2pc − w = 0 , ou seja, quando pc = w2 = 1 2 . e) Como consumidor, Robson resolve o seguinte problema: max PC sujeito à restrição P + pcC = 8w (38) onde pc e w são os preços relativos (em relação ao peixe) do coco e da hora trabalhada. Observe que Robson é dotado de 8 horas de trabalho, que ele oferta para a firma ao preço w por hora trabalhada. Como a utilidade é Cobb-Douglas, segue que as demanda walrasianas por peixe e coco são dadas por P = 0, 5 (8w) C = 0, 5 µ 8w pc ¶ 14 Como gerente da firma, Robson comporta-se como nos itens (c) e(d) acima. Consequentemente, no equilíbrio competitivo, os preços relativos são detarminados unicamente pelas tecnologias das firma e são dados por w = 1 pc = 1 2 Substituindo estes resultados nas demandaa walrasianaa de Robson, segue que, em equilíbrio, P = 4 C = 8 Segue de (35) e (36) que as demandas da firma por trabalho para produção de pesca e coco são dadas por LP = 4 LC = 4 Observe que a produção de pesca e coco quando Robson se comporta "descentralizamente" é a mesma que quando ele se comporta-se como no item (b). Logo, ela é Pareto-eficiente. 15
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