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Os gêneros de Leguminosae estão reunidos em cerca de 700 gêneros e 19.300 spp. As espécies de Leguminosae com interesse agronômico, na região Sul do Brasil, são nativas, cultivadas e/ou adventícias (subespontâneas). Número de gêneros e espécies de Leguminosae LEGUMINOSAE - Morfologia RAÍZES: Axiais ou pivotantes,tuberosas, xilopódios, adventícias ou caulinares. * Ocorrência de simbiose com bactérias dos gêneros Rhizobium e Bradirhizobium. CAULES: Herbáceos ou lenhosos: estolões, eretos, decumbentes ou prostrados, procumbentes, volúveis e escandentes. * Pode ocorrer a presença de acúleos, espinhos ou gavinhas caulinares. TIPOS DE FOLHAS EM LEGUMINOSAE IMPARIPINADA PARIPINADA DIGITADA BIPINADA DIGITADO-TRIFOLIOLADA PINADO-TRIFOLIOLADA * Presença de estípulas e, eventualmente, de estipelas. TIPOS DE INFLORESCÊNCIAS RACEMO Lupinus spp. Desmodium spp. CAPÍTULO Mimosa spp. ESPIGA Acacia bonariensis PANÍCULA Cassia spp. Tipuana tipu ESPIGA CILINDRICO-CÔNICA Tr. incarnatum UMBÉLULA Calliandra spp. CORIMBO Trifolium spp. Fórmula floral e prefloração nas subfamílias de Leguminosae SUBFAMÍLIA MIMOSOIDEAE: Fórmula floral: K(5) C(5) A5+5, (5-∞), 5 G1* Prefloração: Valvar SUBFAMÍLIA CAESALPINIOIDEAE: Fórmula floral: K5 C5 A2-10-12; estam. G1% Prefloração: Imbricada ascendente SUBFAMÍLIA FABOIDEAE: Fórmula floral: K(5) C5 A(5)+(5), (10), (9)+1, 10 G1% Prefloração: Imbricada descendente estandarte ou vexilo alas ou asas quilha ou carena “estandarte” M I M O S O I D E A E C A E S A L P I N I O I D E A E F A B O I D E A E TIPOS DE FRUTOS Legume ou vagem Vicia spp. Legume com deiscência elástica Phaseolus spp. Legume espiralado Medicago spp. Legume inflado Crotalaria spp. Legume bacóide Enterolobium spp. Legume samaróide (sâmara) Tipuana tipu Lomento Desmodium spp. Craspédio Mimosa spp. Hemicraspédio Adesmia spp. Utrículo Melilotus spp. Trifolium spp. Folículo Trifolium repens Geocarpo Arachis spp. Aquênio Stylosanthes spp. FAMÍLIA LEGUMINOSAE - FABOIDEAE • Distribuição: praticamente cosmopolitas • 36 tribos • Principais gêneros: Indigofera (700 spp.), Crotalaria (600 spp.), Tephrosia (400 spp.), Desmodium (300 spp.), Trifolium (250 spp.), Adesmia (230 spp.), Lupinus (200 spp.), Rhynchosia (200 spp.) DISTRIBUIÇÃO DA FAMILIA LEGUMINOSAE (FABACEAE) As Fabáceas podem ser mega, meso e microtérmicas, sendo bem representadas em áreas temperadas ou temperado-cálidas - Megatérmicas – plantas que ocorrem em regiões com altas temperaturas, acima de 16°C (tropicais) - Mesotérmicas – plantas que ocorrem em regiões com temperatura intermediária, entre 15-20°C (subtropicais) - Microtérmicas – plantas que ocorrem em regiões com temperatura entre 0- 15°C (temperadas) Font Quer (1979) TRIBOS MICROTERMICAS (representantes de regioes temperadas, mais frias) Dabergieae – Adesmia Vicieae – Medicago, Melilotus e Trifolium Trifolieae – Vicia, Lathyrus, Lens e Pisum Genisteae – Ulex, Spartium, Lupinus TRIBO DALBERGIEAE Adesmia psoraleoides Foto: C. Mondin TRIBO DALBERGIEAE TRIBO TRIFOLIEAE Medicago polymorpha (Trevo-de-carretilha) Flores amarelas e pequenas Fruto provido de ganchos Melilotus albus (trevo-de-cheiro) Flores brancas (numerosas) Planta aromática (cumarina) Infesta lavoura de cereal de inverno, jardins Trifolium repens (trevo branco) Trifolium repens (trevo-branco) Trifolium subterraneum (trevo subterrâneo) Trifolium pratense (trevo- vermelho) Melilotus TRIBO FABEAE Vicia sativa (ervilhaca) Vicia sativa (ervilhaca) Vicia faba (fava) Pisum sativum (ervilha) TRIBO GENISTEAE Lupinus TREMOÇO Lupinus (L. angustifolius) tremoço-azul (L. albus) tremoço-branco (L. luteus) tremoço-amarelo Ulex europaeus (tojo) Ramos espinhosos Flores amarelas Floresce durante o outono e primavera Spartium junceum (giesta) TRIBO LOTEAE Lotus corniculatus (cornichão) TRIBOS MEGATÉRMICAS COM REPRESENTANTES NA REGIÃO SUL Desmodieae - Desmodium (ca. de 17 spp.) Dalbergieae - Aeschynomene (8 spp.), Arachis (1 sp.), Poiretia (2 spp.), Stylosanthes (6 spp.), Zornia (13 spp.) Phaseoleae - Vigna (8 spp.), Macroptilium (3 spp.), Phaseolus (*), Lablab (*), Erythrina (2 spp.), Cajanus (*), Glycine (*), Neonotonia (*) Crotalarieae - Crotalaria (*) representantes cultivados TRIBO DESMODIEAE Desmodium incanum Planta nativa, perene, cespitosa, ereta, estolonífera na base, com flores lilases e frutos do tipo lomento. Uma das espécies mais comuns do gênero. Ocorre em campos graminosos, campos sujos, campos arbustivos, capoeiras e beira de estradas. Tribo Desmodieae Desmodium uncinatum Desmodium incanum Desmodium intortum Desmodium Desmodium tortuosum TRIBO DALBERGIEAE Arachis hypogea (amendoim) Arachis pintoi (amendoim-forrageiro) Arachis hypogaea TRIBO AESCHYNOMENAE Stylosanthes guyanensis (alfafa-do-nordeste) Stylosanthes Zornia sp. TRIBO CROTALARIEAE CROTALARIEAE - Ervas anuais ou perenes ou arbustos - Folhas digitado-trifolioladas, as vezes simples (ou unifolioladas) - Legumes típicos ou inflados, com muitas sementes, deiscentes ou indeiscentes - 16 gêneros, a maioria na África. Crotalaria sp. “guizo-de-cascavel” - forrageiras - fixadoras de nitrogênio - adubo verde - recuperadora de ambientes antropizados C. juncea guizo-de-cascavel C. mucronata Crotalaria TRIBO PHASEOLEAE Plântula 1 par de folhas simples Planta adulta Folhas Trifolioladas pinadas Phaseolus vulgaris Macroptilium atropurpureum (siratro) Lablab Macroptilium atropurpureum Macroptilium lathyroides Macroptilium atropurpureum Vigna unguiculata ( feijão-miúdo, caupi) Prostrada ou trepadeira Glabra Tamanho da semente = soja TRIBO PHASEOLEAE Glycine max - Soja - Origem (leste asiático - China) – planta cultivada na China desde 1.000 anos a.c. - Área de domesticação (Ásia para a América). área de origem área de cultivo IMPORTÂNCIA ECONÔMICA - ALIMENTAÇÃO HUMANA (proteína glicinina se aproxima da proteína animal, óleos, leite de soja, iogurtes, doces, chocolates, bebidas, queijos, molhos, leite, farinhas, etc...) - INDÚSTRIA – óleo de soja é usado em sabonetes, lubrificantes, etc. - ADUBAÇÃO VERDE - FORRAGEIRA Introduzida na Europa e na América no século passado. Os países mais importantes para o cultivo são: os da América do Norte, da América do Sul e a China. DISTRIBUIÇÃO: Glycine wightii Glycine max Phaseolus lunatus Phaseolus vulgaris Erythrina falcata Erythrina crista-galli (corticeira-do-banhado) (corticeira-da-serra) Erythrina speciosa Ornamental TRIBO PHASEOLEAE TRIBO PHASEOLEAE Vigna longifolia TRIBO PHASEOLEAE Canavalia rosea - típica de restingas Phaseolus vulgaris TRIBO INDIGOFEREAE Indigofera tinctoria (anileira) TRIBO ROBINIEAE Sesbania punicea (angiquinho, acácia de flores vermelhas)Ateleia glazioveana (timbó) Andira fraxinifolia Benth. Ocorrência: SC e PR Foto: P. Backes Foto: P. Backes (angelim) FLORESTA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL Foto: H. Lorenzi Mirocarpus frondosus Erythrina crista-galli Erythrina crista-galli Erythrina facata Fotógrafo: Juliano Pörsch Centrolobium microchaete (araribá) Platymiscium floribundum Vogel Pterocarpus rohrii Vahl Foto: R. A. Camargo Foto: R. A. Camargo (pau-sangue) Ateleia glazioviana Baill. Foto: P. Backes Ocorrência: RS, SC e PR (timbó) Lonchocarpus nitidus Foto: S. A. Bordignon (rabo-de-bugio) Lonchocarpus cultratus Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. Foto: R. A. Camargo Ocorrência: RS, SC e PR (rabo-de-macaco) FABACEAE = LEGUMINOSAE CAESALPINIOIDEAE LEGUMINOSAE: CAESALPINIOIDEAE GLEDITSIA G. amorphoides (assucará, sucará, açucará-faveiro) - flores: setembro - frutos: dezembro, janeiro e março - ocorrência: espécie rara, Floresta Estacional Decidual Gleditsia amorphoides ▲ Pterogyne nitens Gledtisia amorphoides PTEROGYNE Gênero monotípico, exclusivo da América do Sul (Burkart, 1952). Pterogyne nitens É a única espécie do gênero. Para Santa Catarina não há registros em materiais de herbários, mas é provável a sua ocorrência no oeste do Estado. Peltophorum dubium (Spreng.) Taub. (canafístula) SCHIZOLOBIUM S. parahyba var. parahyba (guapuruvu, garapuvu, ficheira, etc.) Peltophorum dubium ▲ S. parahyba var. parahyba - No Brasil, ocorrem espécies nativas pertencentes a duas subtribos: Cassiinae (Cassia, Chamaecrista e Senna) e Dialiinae (Androcalymma, Apuleia, Dialium, Dicorynia e Martiodendron). - Em Santa Catarina, Cassieae está representada por quatro gêneros: Apuleia, Cassia, Chamaecrista e Senna. TRIBO II. CASSIEAE - flores: agosto - frutos: dezembro a abril - ocorrência: Florestas Estacional Decidual e Ombrófila Mista (300- 800 m de altitude) - encontra-se na lista de espécies ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul (Baptista & Longhi- Wagner, 1998). APULEIA A. leiocarpa (grapiapunha, grápia, guarapiapunha) Apuleia leiocarpa Apuleia leiocarpa FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL (Mata da Bacia Paraná/Uruguai) Foto: J. L. Waechter Apuleia leiocarpa Cassia leptophylla Vogel (bolão-de-ouro) - flores e frutos: setembro,outubro, dezembro, janeiro e março - ocorrência: restingas, beira de estradas, ruderais CHAMAECRISTA C. desvauxii var. desvauxii ▲ var. latistipula var. molissima C. desvauxii var. latistipula C. desvauxii var. molissima SENNA S. neglecta (fedegoso) S. neglecta SENNA S. multijuga var. lindleyana ▲ var. lindleyana var. peregrinatrix (pau-cigarra, aleluia, amarelinho) - Cercideae é monofílética (Doyle et al., 1997). Estudos moleculares e morfológicos têm demonstrado que essa tribo é quase basal na filogenia da família Leguminosae (Lewis & Polhill, 1998; Doyle et al., 2000). - Consiste de cinco gêneros e cerca de 312 espécies (Wunderlin & Lersten, 1981; Vaz, 2003), com distribuição tropical e subtropical (Wunderlin et al., 1981). - No Brasil, Cercideae está representada pelo gênero Bauhinia L. com cerca de 100 espécies nativas (Vaz, 2003). TRIBO III. CERCIDEAE BAUHINIA B. forficata subsp. forficata subsp. pruinosa (pata-de-vaca) ▲ subsp. forficata subsp. pruinosa - flores: agosto, dezembro a abril/dezembro a maio - frutos: janeiro a junho/março a abril - ocorrência: florestas Ombrófilas Densa e Mista (10- 600 m de altitude/em todas as formações vegetais (10- 300) 600-900 (1450) m de altitude BAUHINIA B. microstachya (escada-de-macaco; cipó-escada) - flores: fevereiro a abril - frutos: janeiro a setembro - ocorrência: Florestas Ombrófilas Densa, Mista e Estacional Decidual B. angulosa PHANERA P. angulosa var. angulosa (escada-de-macaco, pata-de- vaca) - flores: novembro e dezembro - frutos: a partir de janeiro - ocorrência: Floresta Ombrófila Densa (400-650 m de altitude) fotos: C e D - R. A. Camargo - P. angulosa var. angulosa é ainda pouco conhecida. Apresenta a morfologia foliar distinta em diferentes estádios de desenvolvimento (vegetativo e reprodutivo) A B C D Bauhinia forficata Link ssp. forficata (pata-de-vaca) Bauhinia affinis Vogel - Detarieae ainda pouco definida, sendo considerada um complexo taxonômico - O conjunto Detarieae/Amherstieae possui cerca de 81 gêneros com distribuição pantropical - No Brasil, Detarieae está representada por cerca de 20 gêneros - Em Santa Catarina ocorrem os gêneros Copaifera (C. trapezifolia) e Tamarindus (T. indica). TRIBO IV. DETARIEAE COPAIFERA C. trapezifolia (copaíba, pau óleo, pau-de-óleo) - flores: fevereiro a março - frutos: julho, agosto e setembro - ocorrência: Floresta Ombrófila Densa [(50-150) 750-800] m de altitude C. trapezifolia Copaifera langsdorfii Parkinsonia aculeata L. Fotos: H. Lorenzi Ocorrência: RS (cina-cina) Gleditsia amorphoides (Griseb.) Taub. Ocorrência: RS, SC e PR Fotos: J. L. Waechter (assucará, sucará) FABACEAE= LEGUMINOSAE MIMOSOIDEAE LEGUMINOSAE MIMOSOIDEAE Mimosa regnelli Benth. Ocorrência: SC e PR (juquiri) Paraptadenia rigida Angico-vermelho Parapiptadenia rigida – angico vermelho Foto: H. Lorenzi Mimosa scabrella Benth. Foto: P.Backes (bracatinga) Inga sessilis (Vell.) Mart. Foto: R. A. Camargo Ocorrência: RS, SC e PR (ingá-macaco, ingá-ferradura) Piptadenia gonoacantha (Mart.) Macbr. Ocorrência: RS, SC e PR (pau-jacaré) Prosopis affinis Spreng. Foto: J. .L. Waechter Ocorrência: RS (nhanduvá, nhanduvaí) Acacia caven (Mol.) Mol. Ocorrência: RS Foto: S. A. Bordignon (espinilho) PARQUE DO ESPINILHO Foto: J. L. Waechter
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