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Aula_6.1-Esporozoários_e_coccideos[1]

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Esporozoários e 
coccídeos 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior 
Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Esporozoários e coccídeos 
Filo Apicomplexa - Esporozoários 
• Classe Sporozoea 
– Todos parasitos obrigatórios 
 
• Homogeneidade 
– Alternam entre reprodução sexuada e reprodução assexuada 
– Morfologia 
• Estrutura do aparelho apical de um esporozoário 
– Micronemas 
– Róptrias 
– Conóide 
– Grânulos densos 
• Apicoplasto 
– Origem endossimbiótica 
– Essencial à sobrevivência do parasita 
– Biossíntese de aas e ácidos graxos 
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Grânulos densos 
Remodelação do vacúolo parasitóforo: 
Compartimento metabolicamente ativo para o 
crescimento do parasito 
- Complexo apical (formação do vacúolo 
parasitóforo) 
- Conóide (estrutura móvel) 
- Roptrias (proteínas de invasão) 
- Micronemas (proteínas adesivas) 
Apicoplastos (plastídeo): 
Organelas especiais (síntese 
de DNA e proteínas) 
Micronemas 
Reconhecimento 
Adesão inicial do parasito aos 
receptores da superfície 
adequada da cél hospedeira 
Conóide 
Estrutura móvel que se 
desloca acima e abaixo do 
anel polar posterior 
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Ciclo vital dos esporozoários 
(monoxeno/heteroxeno) 
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Famílias e Gêneros de interesse médico 
Ordem 
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Isosporíase 
Agente etiológico Isospora belli 
Transmissão Ingestão de oocistos procedentes de contaminação fecal em água e 
alimentos contaminados 
Ciclo Monoxeno 
Patogenia e 
Patologia 
Infecções benignas 
Invasão células epiteliais e criptas de Lieberkühn – reação 
inflamatória da mucosa (enterite) 
Sintomas Assintomática 
Febre, diarréia 7-10 dias pi 
Cura espontânea e completa num prazo médio de 40 dias 
Perda de apetite, astenia, dor de cabeça, náuseas, evacuações 
frequentes com cólicas ou dores abdominais 
Diagnóstico Demonstração de oocistos nas fezes (métodos de Kato, da safranina 
/ azul-de-metileno). Técnicas de concentração e repetição dos casos 
suspeitos 
Tratamento Sulfamidas, antimaláricos ou antibióticos 
Aidéticos: sulfametoxazol-trimetoprim 
Metronidazol e quinacrina são apontados como drogas alternativas 
Epidemiologia e 
Prevenção 
Ingestão oral, sexual (sodomia, felação); cosmopolita. Exames de 
pacientes com AIDS, no RJ, constatou 10,5% de positivos entre os 
homossexuais, e taxas bem mais baixas para os demais 
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Criptosporidiose 
Agente etiológico Criptosporidium spp – Responsável pela diarréia de verão e pela diarréia dos 
viajantes em várias partes do mundo 
Transmissão Passagem dos oocistos, de um hospedeiro a outro, por via fecal-oral (pessoa a 
pessoa; animal a pessoa; pessoa a animal) / água de consumo ou recreação, 
alimentos, poeira / auto-infecção 
Ciclo Monoxeno 
Patogenia e Patologia Infecção benigna e autolimitante, duração média de 10 dias 
Relativamente freqüente em imunocompetentes 
Depende da idade, da competência imunológica, da associação com outros patógenos. 
Resulta na síndrome da má absorção. 
(Colite, apendicite aguda, dilatação do ducto hepático, pneumopatias) 
Sintomas Diarréia aquosa (3-10 evacuações diárias – 1-3 litros / dia) numa média de 12-14 dias; 
Anorexia; Dor abdominal; Náusea; Flatulência; Febre; Dor de cabeça 
Crianças: sintomas mais severos, vômitos e desidratação 
Imunodeficientes: crônica. Vários meses de diarréia aquosa (3-6 litros/dia), acentuada 
perda de peso. Desequilíbrio eletrolítico, má absorção, emagrecimento acentuado e 
mortalidade elevada, vômitos, anorexia, febre baixa... 
Diagnóstico Coproparasitológico: demonstração de oocistos nas fezes; biópsia de tecidos 
intestinais (custo elevado); Pesquisa de anticorpos circulantes (IFI, ELISA) 
Tratamento Nenhum medicamento eficaz; Diclazuril e letrazuril (derivados benzenoacetonítricos): 
oocistos reaparecerm uma semana após a interrupção do tratamento. Paromomicina 
(idem). Colostro bovino hiperimune. 
Epidemiologia e 
Prevenção 
Distribuição em todas as regiões do Brasil; índices variáveis de ocorrência. 
Crianças com diarréia e AIDS: freqüência de 19%. 
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Sarcocistose 
Agente 
etiológico 
Sarcocystis hominis; Sarcocystis suihominis 
Transmissão Ingestão de sarcocistos maduros contendo bradizoítos 
Ciclo Heteroxeno (Hosp. Def.: homem /Hospedeiros 
intermediários: bovinos e suínos) 
Patogenia e 
Patologia 
Infecções subclínicas e autolimitantes 
Casos de sarcocistose muscular humana são raros (músculo 
esquelético, cardíaco e da laringe): Assintomáticos 
Sintomas 6-24 h após a ingestão de carne de porco infectada: diarréia, 
náusea, vômitos, distúrbios circulatórios, calafrios, sudorese 
(desaparecem 12-24 / 36-48 h) 
Miosite, dor muscular, febre, mal-estar, etc 
Diagnóstico Demonstração de oocistos nas fezes (métodos de Kato) 
Biópsia de músculo 
Tratamento Não se conhece medicação adequada para esta parasitose 
Epidemiologia 
e Prevenção 
Não ingerir carne de bovinos ou suínos cruas ou mal cozidas 
Uso de privadas ou fossas para evitar a contaminação dos 
meio ambiente 
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