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Esporozoários e coccídeos Prof. Samuel Dias Araújo Júnior Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Esporozoários e coccídeos Filo Apicomplexa - Esporozoários • Classe Sporozoea – Todos parasitos obrigatórios • Homogeneidade – Alternam entre reprodução sexuada e reprodução assexuada – Morfologia • Estrutura do aparelho apical de um esporozoário – Micronemas – Róptrias – Conóide – Grânulos densos • Apicoplasto – Origem endossimbiótica – Essencial à sobrevivência do parasita – Biossíntese de aas e ácidos graxos Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Esporozoários e coccídeos Grânulos densos Remodelação do vacúolo parasitóforo: Compartimento metabolicamente ativo para o crescimento do parasito - Complexo apical (formação do vacúolo parasitóforo) - Conóide (estrutura móvel) - Roptrias (proteínas de invasão) - Micronemas (proteínas adesivas) Apicoplastos (plastídeo): Organelas especiais (síntese de DNA e proteínas) Micronemas Reconhecimento Adesão inicial do parasito aos receptores da superfície adequada da cél hospedeira Conóide Estrutura móvel que se desloca acima e abaixo do anel polar posterior Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Esporozoários e coccídeos Ciclo vital dos esporozoários (monoxeno/heteroxeno) Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Esporozoários e coccídeos Famílias e Gêneros de interesse médico Ordem Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Esporozoários e coccídeos Isosporíase Agente etiológico Isospora belli Transmissão Ingestão de oocistos procedentes de contaminação fecal em água e alimentos contaminados Ciclo Monoxeno Patogenia e Patologia Infecções benignas Invasão células epiteliais e criptas de Lieberkühn – reação inflamatória da mucosa (enterite) Sintomas Assintomática Febre, diarréia 7-10 dias pi Cura espontânea e completa num prazo médio de 40 dias Perda de apetite, astenia, dor de cabeça, náuseas, evacuações frequentes com cólicas ou dores abdominais Diagnóstico Demonstração de oocistos nas fezes (métodos de Kato, da safranina / azul-de-metileno). Técnicas de concentração e repetição dos casos suspeitos Tratamento Sulfamidas, antimaláricos ou antibióticos Aidéticos: sulfametoxazol-trimetoprim Metronidazol e quinacrina são apontados como drogas alternativas Epidemiologia e Prevenção Ingestão oral, sexual (sodomia, felação); cosmopolita. Exames de pacientes com AIDS, no RJ, constatou 10,5% de positivos entre os homossexuais, e taxas bem mais baixas para os demais Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Esporozoários e coccídeos Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Esporozoários e coccídeos Criptosporidiose Agente etiológico Criptosporidium spp – Responsável pela diarréia de verão e pela diarréia dos viajantes em várias partes do mundo Transmissão Passagem dos oocistos, de um hospedeiro a outro, por via fecal-oral (pessoa a pessoa; animal a pessoa; pessoa a animal) / água de consumo ou recreação, alimentos, poeira / auto-infecção Ciclo Monoxeno Patogenia e Patologia Infecção benigna e autolimitante, duração média de 10 dias Relativamente freqüente em imunocompetentes Depende da idade, da competência imunológica, da associação com outros patógenos. Resulta na síndrome da má absorção. (Colite, apendicite aguda, dilatação do ducto hepático, pneumopatias) Sintomas Diarréia aquosa (3-10 evacuações diárias – 1-3 litros / dia) numa média de 12-14 dias; Anorexia; Dor abdominal; Náusea; Flatulência; Febre; Dor de cabeça Crianças: sintomas mais severos, vômitos e desidratação Imunodeficientes: crônica. Vários meses de diarréia aquosa (3-6 litros/dia), acentuada perda de peso. Desequilíbrio eletrolítico, má absorção, emagrecimento acentuado e mortalidade elevada, vômitos, anorexia, febre baixa... Diagnóstico Coproparasitológico: demonstração de oocistos nas fezes; biópsia de tecidos intestinais (custo elevado); Pesquisa de anticorpos circulantes (IFI, ELISA) Tratamento Nenhum medicamento eficaz; Diclazuril e letrazuril (derivados benzenoacetonítricos): oocistos reaparecerm uma semana após a interrupção do tratamento. Paromomicina (idem). Colostro bovino hiperimune. Epidemiologia e Prevenção Distribuição em todas as regiões do Brasil; índices variáveis de ocorrência. Crianças com diarréia e AIDS: freqüência de 19%. Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Esporozoários e coccídeos Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Esporozoários e coccídeos Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Esporozoários e coccídeos Sarcocistose Agente etiológico Sarcocystis hominis; Sarcocystis suihominis Transmissão Ingestão de sarcocistos maduros contendo bradizoítos Ciclo Heteroxeno (Hosp. Def.: homem /Hospedeiros intermediários: bovinos e suínos) Patogenia e Patologia Infecções subclínicas e autolimitantes Casos de sarcocistose muscular humana são raros (músculo esquelético, cardíaco e da laringe): Assintomáticos Sintomas 6-24 h após a ingestão de carne de porco infectada: diarréia, náusea, vômitos, distúrbios circulatórios, calafrios, sudorese (desaparecem 12-24 / 36-48 h) Miosite, dor muscular, febre, mal-estar, etc Diagnóstico Demonstração de oocistos nas fezes (métodos de Kato) Biópsia de músculo Tratamento Não se conhece medicação adequada para esta parasitose Epidemiologia e Prevenção Não ingerir carne de bovinos ou suínos cruas ou mal cozidas Uso de privadas ou fossas para evitar a contaminação dos meio ambiente Prof. Samuel Dias Araújo Júnior – Esporozoários e coccídeos
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