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Física I para Engenharia 1º Semestre de 2014 Instituto de Física- Universidade de São Paulo Aula – 7 Massa variável - colisões Professor: Valdir Guimarães E-mail: valdirg@if.usp.br Massa Continuamente Variável A taxa de variação da massa, multiplicada pela velocidade da massa variante, tem dimensão de Força e recebe o nome de Empuxo. dt pd Fres definição de Newton para a sua segunda lei. v dt dm dt vd m dt vmd Fres )( am dt vd mv dt dm Fres Empuxo Massa Continuamente Variável Para gás sendo expelido dM é negativo Considere um corpo de massa M se movendo com velocidade v e sendo bombardeado por um fluxo contínuo de matéria, com velocidade u. dividindo por dt 0)( vdMduvdMvMd ][]))([( vMudMvdvdMM vMudMvdMdvdMvMdvM 0)( vd dt dM uv dt dM dt vd M 0 0)( uv dt dM dt vd M 0 if PPP Conservação do momento, temos: ][]))([( vMudMvdvdMM if PP dt dM R relvRaM 0)( relvR dt vd M uvvrel 0)( uv dt dM dt vd M Velocidade relativa entre o foguete e os gases Taxa de consumo da massa Equação do foguete Empuxo do motor do foguete RtMM f 0 velocidade foguete velocidade gases Problema do foguete Considere um foguete com a massa (M) variando continuamente, à medida que ele queima o combustível. Suponha que o foguete esteja subindo na vertical com velocidade v e que a taxa de queima de combustível seja R aMvR frel RtMM f 0 Considere que os gases escapem com velocidade vrel em relação ao foguete. Considere como sistema o conjunto foguete + combustível restante. dt dM R dt dv MRv frel f rel M Rv dt dv Integrando, temos: f rel M Rv dt dv t rel dt RtM Rv vv 0 0 0 )( t rel t rel dt tRM vdt RtM Rv 0 00 0 / 1 tb b b tb dt tb t lnln 1 0 RtM M vvv rel 0 0 0 ln f rel M M vvv 00 ln dtM Rv dt dt dv f rel t rel v v dt RtM Rv dv 0 0 )( 0 gt M M vvv f rel 00 ln Se considerarmos a Força gravitacional Colisões Um carro compacto e um caminhão grande colidem de frente e permanecem unidos. Qual deles sofre a maior mudança de momentum? 1. O carro. 2. O caminhão. 3. A mudança é a mesma para ambos. Conservação da Energia Mecânica Definimos a energia mecânica de um sistema como sendo a soma da energia cinética com a energia potencial do sistema. sistsistmec UKE A energia mecânica de um sistema de partículas é conservada (Emec = constante) se o trabalho total realizado por todas as forças externas e por todas as forças internas não-conservativas for nulo. ncmecext WEW 0 0 nc ext W W 0 0 UK Emecpara Conservação da Quantidade de Movimento Derivando-se esta expressão, temos: vmp Quantidade de Movimento Linear (ou Momento Linear) de uma partícula. unidades: kg.m/s am dt vd m dt vmd dt pd )( dt pd Fres Na ausência de Forças Externas o Momento Linear de um sistema se conserva. i sis ext dt Pd F 0 cm i iisis vMvmP constante Lei da conservação da Quantidade de Movimento Como: dtFI t t 2 1 Podemos definir um vetor chamado Impulso de uma força, dado pela a integral no tempo desta força. unidades: N.s dt pd Fres 12 2 1 2 1 2 1 pppddt dt pd dtFI t t t t t t resres Teorema do Impulso-Quantidade de Movimento para uma partícula. sis t t extext PdtFI resres 2 1 Teorema do Impulso-Quantidade de Movimento para um sistema. Teorema Impulso-Quantidade de Movimento Colisões Unidimensionais Considere um sistema com dois corpos que se movem sobre uma linha reta. Como as forças de interação entre os corpos são internas, a Quantidade de Movimento do sistema se conserva. Para determinar v1f e v2f, necessitamos de mais informações e outra equação. ffii vmvmvmvm 22112211 Seja um corpo de massa m1 com velocidade v1i, que se aproxima de outro com massa m2 e velocidade v2i, com v2i < v1i. A conservação da Quantidade de Movimento nos fornece: 1° caso: Colisões perfeitamente inelásticas cmff vvv 21 Neste caso, as velocidades depois da colisão serão iguais. iicm vmvmvmm 221121 )( 21 2211 mm vmvm v iicm ffii vmvmvmvm 22112211 Usando a conservação do momento durante a colisão, temos: Um projétil é atirado em um bloco de madeira dependurado. O bloco com o projétil , oscila subindo. Considerando a altura máxima atingida, determine a velocidade do projétil. Usando a conservação do momento durante a colisão, temos: Usando a conservação da Energia Mecânica após a colisão, temos: Portanto: fi vmmvm )( 2111 ghmmvmm f )()( 2 1 21 2 21 fi v m mm v 1 21 1 )( ghv f 2 gh m mm v i 2 )( 1 21 1 Pêndulo Balístico Como no problema anterior, porém supondo que o projétil atravessou a madeira, perdendo metade de sua velocidade inicial. Determine a altura h, alcançada pelo bloco. Usando a conservação do momento durante a colisão, temos: Usando a conservação da Energia Mecânica após a colisão, temos: Portanto: 2 1 12211 i i v mvmvm ghmvm 2 2 22 2 1 g v h 2 2 2 2 1 2 1 2 iv m m v gm vm h i 2 2 2 1 2 1 8 Pêndulo Balístico Colisões Elásticas Em colisões elásticas: Quantidade de Movimento e Energia Cinética do sistema se conservam. Seja um corpo de massa m1 com velocidade v1i, que se aproxima de outro com massa m2 e velocidade v2i, com v2i < v1i. Colisões Elásticas A conservação da Quantidade de Movimento nos fornece: Da conservação da Energia Cinética, temos: ffii vmvmvmvm 22112211 2 22 2 11 2 22 2 11 2 1 2 1 2 1 2 1 ffii vmvmvmvm ffii vvvv 1221 Em colisões elásticas, a rapidez de separação é igual à rapidez de aproximação. Um bloco de 4,0 kg, move-se para a direita a 6,0 m/s e sofre uma colisão elástica frontal com um bloco de 2,0 kg que se move para a direita a 3,0 m/s. Encontre as velocidades finais dos blocos. A conservação da Quantidade de Movimento nos fornece: E, temos também: ffii vmvmvmvm 22112211 ffii vvvv 1221 smvv ff /152 21 ff vv 21 )0,2()0,4()0,3)(0,2()0,6)(0,4( ff vv 12)0,3()0,6( smvv ff /312 smv f /0,41 smv f /0,72 Exemplo Colisões Elásticas Em colisões elásticas, além da Quantidade de Movimento a Energia Cinética do sistema também se conserva. Na colisão entre dois corpos, estando 1 em repouso, a conservação da Quantidade de Movimento nos fornece: E, temos também: ffi vmvmvm 221111 ffi vvv 121 O que acontece se m1= m2, m1>>m2 e m1<<m2 ? if v mm mm v 1 21 21 1 if v mm m v 1 21 1 2 2 ffii vmvmvmvm 22112211 ffii vvvv 1221 Colisões Elásticas if v mm mm v 1 21 21 1 if v mm m v 1 21 1 2 2 m1= m2,(balanço de Newton) m1>>m2 elefante atropelando uma mosca m1<<m2 colisão com uma parede Colisões Bi-dimensionais inelásticas Deve-se trabalhar vetorialmente A conservação da Quantidade de Movimento se aplica a cada uma das componentes (x, y e z). onde: fii vmmvmvm )( 212211 cmf vv Colisões bi-dimensionais elásticas Deve-se trabalhar vetorialmente e a conservação da Quantidade de Movimento se aplica a cada uma das componentes (x, y e z). ffii vmvmvmvm 22112211 Para as componentes temos: 2221112211 coscos ffixix vmvmvmvm 2221112211 senvmsenvmvmvm ffiyiy Colisões Bi-dimensionais 4 incógnitas e 3 equações Em geral, fica faltando uma equação para se resolver o sistema. Alguma condição específica deve ser fornecida. e temos também a conservação da Energia Cinética 2 22 2 11 2 22 2 11 2 1 2 1 2 1 2 1 ffii vmvmvmvm 2221112211 coscos ffixix vmvmvmvm 2221112211 senvmsenvmvmvm ffiyiy da conservação do momento Colisões bi-dimensionais elásticas Um corpo de massa m1, com velocidade inicial colide com um segundo corpo de massa m2=2m1 em repouso. Depois da colisão o primeiro corpo se move com uma velocidade final em um certo ângulo em relação a orientação de sua velocidade inicial. Precisamos determinar o velocidade e o ângulo do segundo corpo. antes depois ffii vmvmvmvm 22112211 22211111 coscos ffi vmvmvm 2221110 senvmsenvm ff e Para a componente x temos: Para a componente y temos: Devemos usar a conservação do momento vetorialmente e temos também a conservação da Energia Cinética 2 22 2 11 2 11 2 1 2 1 2 1 ffi vmvmvm 12 2mm Colisões bi-dimensionais elásticas
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