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Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 1 5 – CALOR EM REGIME TRANSITÓRIO 5.1 - SISTEMA CONCENTRADO Quando um corpo ou sistema a uma dada temperatura é bruscamente submetido a novas condições de temperatura no seu contorno como, por exemplo, pela sua exposição a um novo ambiente, certo tempo será necessário até que seja restabelecido o equilíbrio térmico. Exemplos práticos são aquecimento/resfriamento de processos industriais, tratamento térmico, entre outros. No esquema ilustrativo abaixo, suponha que um corpo esteja inicialmente a uma temperatura uniforme To. Subitamente, ele é exposto a um ambiente que está a uma temperatura maior T∞. Onde (To> T∞). Uma tentativa de ilustrar o processo de aquecimento do corpo está indicada no gráfico temporal do esquema. A forma da curva de aquecimento esperada é, de certa forma, até intuitiva para a maioria das pessoas, baseado na própria experiência pessoal Assumindo que o corpo tenha uma única temperatura uniforme a cada instante, vamos desprezar a variação de calor por condução interna, isso só e valido se o coeficiente de convecção (h) multiplicado pelo comprimento característico do sólido (Lc), tem que representar menos que 10% do coeficiente de condução, ou seja: Onde Lc com tipo de sólido Obs.: para esses caso temos um sólido concentrado! Para esses casos então, podemos observar que apenas a saída de calor por convecção do sólido para o fluido influencia na variação de temperatura com o tempo, conforme figura. Pela a lei da continuidade vimos que: Na fronteira da parede do sólido com o fluido temos: Como tanto a temperatura do sólido como do fluido ira variar com tempo, vamos ter derivar a variação dessas temperaturas, para isso então considerando que 𝜃 = Desta forma, a derivada passa a ser a derivada da variação (𝜃 ) com tempo, e não da temperatura, assim: Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 2 Assim voltando a expressão da lei da continuidade temos: Separado as variáveis Integrando de variação inicial (𝜃o) no tempo 0, até uma variação final (𝜃) no tempo t: Assim, ln ( 𝜃𝑜 𝜃 ) = Aplicando exponencial nos dois lados temos: Como 𝜃𝑜 = que a variação de temperatura antes de emergir o sólido no fluido. 𝜃 = que a variação de temperatura depois de um tempo t que o sólido estava emergido no fluido. Portanto, podemos escrever: Eq(I) A equação que rege o regime transitório concentrado pode ainda ser reescrita por constantes conhecidas como numero de Biot (Bi) e numero de Fourier (Fo). O número de Biot é uma razão entre a resistência interna à condução de calor e a resistência externa à convecção, e o numero de Fourier trata-se de um “tempo” adimensional. Voltando a Eq(I), se observamos somente o termo dentro da exponencial ( fazendo que V= As.L) temos que : Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 3 Multiplicando do temos da equação acima por 𝑘.𝐿 𝑘.𝐿 temos: Como difusibilidade 𝛼 = 𝑘 𝜌.𝑐 : Portanto, a equação em regime transiente termos de numero de Biot e Fourier passa a ser: Por fim, como foi visto anteriormente para que se possa usar essa expressão, ou seja a condição de inicio tem ser atendida e a transferência de calor por condução no interior do sólido deve ser uniforme podendo ser desprezível a taxa de condução com o tempo, ou seja: Exercício: 1) Termopares são sensores muito precisos para medir temperatura. Basicamente, eles são formados pela junção de dois fios de materiais distintos que são soldados em suas extremidades, como ilustrado na figura abaixo. A junção soldada pode, em primeira análise, ser aproximada por uma pequena esfera de diâmetro D. Considere um termopar usado para medir uma corrente de gás quente, cujas propriedades de transporte são: k = 20 W/m K, c = 400 J/kg K e ρ = 8500 kg/m3 . Inicialmente, o termopar de D = 0,7 mm está a 25 oC e é inserido na corrente de gás quente a 200 oC. Quanto tempo vai ser necessário deixar o sensor em contato com o gás quente para que a temperatura de 199,9 oC seja indicada pelo instrumento? O coeficiente de transferência de calor vale 400 W/m2K. Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 4 2) Melancias são frutas muito suculentas e refrescantes no calor. Considere o caso de uma melancia a 25 oC que é colocada na geladeira, cujo compartimento interno está a 5 oC. Você acredita que o resfriamento da melancia vai ocorrer de forma uniforme, ou se, depois de alguns minutos, você partir a melancia, a fatia da mesma estará a temperaturas diferentes? Para efeito de estimativas, considere que a melancia tenha 30 cm de diâmetro e suas propriedades termofísicas sejam as da água. Considere, também, que o coeficiente de transferência de calor interno do compartimento da geladeira valha h = 5 W/m2 ºC. Dado: kágua= 0,025W/mºC Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 5 Calor transferindo em tempo t no solido concentrado 𝑸 = 𝝆𝒄𝑽𝜽𝒊(𝟏 − 𝒆𝒙𝒑 ( −𝒕 𝝆𝒄𝑽 𝒉𝑨𝒔⁄ ) Exercício: Encontre a taxa de calor transferindo dos exercícios anteriores. 5.2 – SOLIDO SEMI-INFINITO Na aula anterior foi estudado o caso da condução de calor transitória para sistemas concentrados. Entretanto, quando o corpo possui dimensões maiores (de forma que a resistência interna à condução não pode ser desprezada (Bi > 0,1)) aquela formulação simplificada começa a falhar. Para casos com dimensões muito grande, dizemos que o sólido tende ao infinito (sólido semi-infinito). O esquema abaixo, um sólido com uma superfície exposta troca calor (à esquerda) e sua dimensão se estende à direita para o infinito. A face exposta sobre bruscas mudanças. Para resolução dessa transferência vamos fazer as seguintes considerações: A) O solido possui temperatura constante na superfície exposta. B) O solido está exposto a um fluxo de calor constante C) O sólido está exposto um fluxo de calor convectivo A) O solido possui temperatura constante na superfície exposta. Condições de contorno x= , t= e T= x= , t= e T= Da equação geral condução de calor temos: Considerando que não há geração de energia e calor unimensional: Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 6 Essa equação é uma equação diferencial parcial, envolvendo duas variáveis independente x e t, ao resolver a equação assim, encontramos a distribuição de temperatura dada por: erf é a chamada função erro de Gauss, cuja definição é dada por: Essa função pode ser trocada por dados tabelados (Apendice B do livro Incropera):Nestas condições substituindo esse perfil na lei de Fourrier encontra-se o fluxo de calor: Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 7 Manipulando os dados temos: B) O solido está exposto a um fluxo de calor constante Neste outro caso, estuda-se que a face exposta está submetida a um fluxo de calor constante: Condições de contorno x= , t= e T= Usando a equação da condução eliminado os termos de geração e adotando um sistema unidimensional: Substituindo as condições de condições de contorno e integrando temos: C) O solido está exposto a um fluxo de calor convectivo Nesse terceiro caso, analisa-se o caso em que ocorre convecção de calor na face exposta à esquerda. Partindo da equação de condução temos: As condições de contorno Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 8 A solução é: Exercício 1 Um teste de incêndio é conduzido sobre uma grande massa de concreto inicialmente a uma temperatura de 15oC. A temperatura da superfície atinge 500oC instantaneamente. Estime o tempo requerido para que a temperatura a uma profundidade de 30cm atinja 100oC. Determine também a taxa de calor transferida. Dado: k = 1,4 W/moC ρ = 2300 kg/m3 C = 880 J/kgoC Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 9 5.3 – METODO GRAFICO (sólidos finitos) Existe uma solução gráfica para condução transiente em casos onde Bi > 0,1. Para esse caso é necessário que as dimensões do corpo, normais a direção do fluxo, sejam muito grandes. A solução gráfica é apresentada para sólidos submetidos a um fluxo de calor imposto por um coeficiente de transferência de calor, h. No entanto, para as geometrias dos corpos deve seguir os seguinte parâmetros: Calcula-se número de biot e fourrier Com os diagramas de Heisler encontra-se a razão entre da variação da temperaturas: 𝜃𝑜 𝜃𝑖 e 𝜃 𝜃𝑜 𝜃𝑜 = 𝑇𝑜 − 𝑇∞ Onde: To temperatura do meio do sólido e 𝑇∞ temperatura do fluido 𝜃𝑖 = 𝑇𝑖 − 𝑇∞ Onde: Ti temperatura do inicio do processo 𝜃 = 𝑇 − 𝑇∞ Onde: T temperatura em certo tempo de aquecimento em uma posição qualquer x. CALOR TRANSFERINDO (Q) O calor transferido também pode ser encontrado a partir de cartas de Heisler. O calor adimensional transferido Q/Qo em função do tempo adimensional, em vários valores do número de Biot, numa placa de espessura 2L, no cilindro e esfera. Aqui, Q representa a quantidade total de energia perdida pela placa até certo tempo t, durante a transferência de calor. A quantidade Qo, definida como: Qo = ρcpV(Ti - T∞) que representa a energia interna inicial da placa na temperatura ambiente. Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 10 Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 11 Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 12 Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 13 Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 14 Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 15 Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 16 PLACA PLANA CILINDRO LONGO Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 17 ESFERA Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 18 Exercício: 1)Uma placa de espessura de 5 cm está inicialmente a uma temperatura uniforme de 425 ºC. Repentinamente, ambos os lados da placa são expostos à temperatura ambiente, T = 65 ºC com hmédio = 285 W/m2 ºC. Determinar a temperatura do plano médio da placa e a temperatura a 1,25 cm no interior da mesma, após 3 min. Dados: k = 43,2 W/mk α = 1,19 x 10- 5 m 2 /s 2) Uma lata de cerveja inicialmente a 20oC é colocada num congelador com ar a 0oC. Quanto tempo leva para resfriar a lata de cerveja para 7oC? Considere as propriedades da cerveja as mesmas da água. A lata possui 20cm de altura e 7cm de diâmetro. O coeficiente de transferência de calor do ar para a lata foi estimado em 4,73 W/m2 oC. Tab. A-8 k = 0,5723 W/moC ρ = 1000 kg/m3 C = 4203 J/kgoC α = 1,32.10-7 m2/s Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 19 CONVECÇÃO Já vimos que a transferência de calor por convecção é regida pela simples de lei de resfriamento de Newton, dada por: O problema fundamental da transferência de calor por convecção é a determinação do valor de h para o problema em análise. Nota-se que a expressão da transferência de calor é consideravelmente mais simples que a da condução. No presente caso, basta resolver uma equação algébrica simples para que o fluxo de calor seja obtido desde que, claro, se conheça o valor de h, enquanto que no segundo caso, exige-se a solução da equação diferencial da condução de calor. Essa aparente simplicidade é, no entanto, enganosa, pois na verdade, em geral, h é função de um grande número de variáveis, tais como as propriedades de transporte do fluido (viscosidade, densidade, condutividade térmica), velocidade do fluido, geometria de contato, entre outras. Desta forma, serão apresentadas algumas expressões e métodos de obtenção daquela grandeza para diversas condições de interesse prático. Mas, antes, vamos apresentar os números adimensionais que controlam a transferência de calor convectiva. Numero de Nusselt (Nu): é um número adimensional que relaciona o coeficiente de convecção (h) e comprimento característico (Lc) com a condutividade do fluido (kf). Na maioria das vezes ao encontrar esse número consegue encontra o coeficiente convectivo (h), por isso esse o parâmetro que vamos sempre tentar buscar: 𝑵𝒖 = 𝒉𝑳𝒄 𝒌𝒇 Numero de Stanton (St): é um parâmetro alternativo para convecção forçada, em duto circular, quando nãotem como encontra Nu, utiliza esse parâmetro para determinar o coeficiente convectivo. Também pode ser colocado em função do Re e Pr. 𝑺𝒕 = 𝒉 𝝆𝒗𝒄𝒑 Numero de Reynold (Re): Já vimos de outras disciplinas (mecânica dos fluidos) que esse número relaciona o tipo de movimento do fluido, ele dado por: Para uma placa plana: 𝑹𝒆 = 𝝆𝑽𝑳 𝝁 = 𝑽𝑳 𝒗 Onde: mas quais 𝝆é a massa específica, V é a velocidade do escoamento, L o comprimento da placa, μ a viscosidade cinemática, 𝒗 a viscosidade dinâmica. Para um cilindro ou esfera: 𝑹𝒆 = 𝝆𝑽𝑫 𝝁 = 𝑽𝑫 𝒗 Onde D é o diâmetro da esfera ou cilindro. Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 20 Numero de Prandtl (Pr): o numero de prandtl relaciona a quantidade de movimento com o calor do material. É dado por: 𝑷𝒓 = 𝒄𝒑𝝁 𝒌 Onde: 𝒄𝒑 é o calor específico do material, μ a viscosidade cinemática e 𝒌 condutividade do material. Numero de Grashof (GrL): relaciona as forças de impulsão com a viscosidade do fluido: 𝐆𝐫𝑳 = 𝒈𝜷(𝑻𝒔 − 𝑻∞)𝑳𝒄 𝟑 𝒗𝟐 Onde: g é gravidade, 𝜷 é um parâmetro tabelado depende do tipo de fluido e temperatura, (Para liquido esse parâmetro tem tabelado no Apendice A5 e A6 do livro incropera, para gases 𝜷 = 𝟏 𝑻 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑇 é 𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑒𝑚 𝐾), Lc comprimento característico, 𝒗 a viscosidade dinâmica. Relacionando Grashof com o numero de Reynolds conseguimos encontrar qual o mecanismos regi a convecção ( forçada ou natural): A partir dessa considerações acima podemos dizer que: Quando temos uma convecção forçada Já quando temos uma convecção natural Número de Rayleigh (Ra) relaciona GrL e Pr: Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 21 DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE CONVECTIVIDO Existem dois regimes de transferência de calor: laminar e turbulento. Também existe uma região de transição entre os dois regimes. Para a situação de regime laminar os principais resultados da solução de equação diferencial gerada por essa problemática pode ser apresentado em formas de correlações, que são as seguintes: Crescimento da camada limite hidrodinâmica (CLH): Coeficiente local de atrito local : Coeficiente local de atrito médio desde a borda de ataque: Número de Nusselt local: Número de Nusselt médio: Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 22 Ao aplicar os resultados da análise precedente, costuma-se calcular todas as propriedades do fluido na temperatura de filme que é definida como: Contudo, outras correlações são usadas para determinar o coeficiente de convecção para sistemas com condições diferente, turbulento, esfera, cilindro. Essas expressões apropriadas para cada regime em separado e em combinação estão indicadas na tabela 7.9 do Incropera e Witt : Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 23 Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 24 Num processo farmacêutico, óleo de rícino (mamona) a 40ºC escoa sobre uma placa aquecida muito larga de 6 m de comprimento, com velocidade de 0,06 m/s. Para uma temperatura de 90ºC. Determine: (a) a espessura da camada limite hidrodinâmica ao final da placa (b) o coeficiente global de atrito (c) o coeficiente de transferência de calor local e médio ao final da placa (d) o fluxo de calor total transferido da superfície aquecida. (e) Considerando 𝛽= 6,57x103K-1, determine o comportamento da convecção. Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 25 TROCADORES DE CALOR Trocadores de calor são equipamentos de vários tipos e configurações onde ocorre transferência de energia sob a forma de calor entre duas ou mais massas de fluido que podem ou não estar em contato direto. Os trocadores podem ser classificados quanto: - Ao processo de transferência: Transferência direta Transferência indireta -À quanto à razão área de troca/volume: - Quanto à construção: Pode ser tubular, em placas, aletados, regenerativos. Trocador tubulares: Trocador placas Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 26 Trocador aletado Trocador regenerativo - Quanto à disposição das correntes: Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 27 TROCADORES DE CALOR – MÉTODO DA DIFERENÇA MÉDIA LOGARÍTMICA DE TEMPERATURA – DMLT Adotando as considerações: 1- O sistema é adiabático; ocorre troca de calor somente entre os dois fluidos. 2- As temperaturas de ambos os fluidos são constantes numa dada seção transversal e podem ser representadas pela temperatura de mistura. 3- Os fluidos não experimentam mudança de fase ao longo do trocador 4- Seus calores específicos são aproximadamente constantes 5- Os calores específicos dos fluidos são constantes. Com base nestas hipóteses, a troca de calor entre os fluidos quente (q) e frio (f) para uma espessura infinitesimal dx é: Que é taxa total de calor trocado! Entretanto, o calor também pode ser encontrado pelo uso do coeficiente global de transmissão de calor, U.A: Coeficiente global de transferência de calor (U) Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 28 (U) Pode ser definido em função da soma das resistências térmicas. Para as configurações usuais mais encontradas, temos: Onde: Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 29 Para o lado interno para o lado externo Onde: Af,i= área total das aletas internas Af,o= área total das aletas internas Ai= Af,i+Ab,i A0=Af,o + Ab,o Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 30 Simplificações no coeficiente global ( U) Contudo, muitas vezes algumas simplificações podem ser realizadas para o cálculo de coeficiente global, quando a resistência térmica na parede do trocador, efeitos da deposição são desprezíveis e o trocador não possuir aletas: O coeficiente global também pode ser tabelado:Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 31 ∆T- diferença média efetiva da temperatura: Para todo o trocador de calor a diferença media efetiva da temperatura será: Entretanto, dependendo da disposição que as correntes fria e quentes estação, o delta de saída e entra vão variar. O TROCADOR DE CALOR DE CORRENTES PARALELAS O TROCADOR DE CALOR EM CONTRA-CORRENTE Condições especiais: Quando a capacidade térmica do fluido quente (Cq= mq.Cp,q) for muito maior que a do fluido frio Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 32 Quando a capacidade térmica do fluido frio (Cf= mf.Cp,f) for muito maior que a do fluido quente Quando a capacidade térmica do fluido quente for igual do fluido frio Desta forma a troca de calor entre os fluidos quente pode ser calculada por essas três formas: Comparação entre corrente paralelas e corrente contracorrentes Para valores de temperaturas de entrada e saída das correntes idênticos e mesmo valor de U No arranjo contra-corrente, há possibilidade de, Tf,saida > Tq, entras isto é impossível no arranjo paralelo O arranjo de correntes paralelas, apesar da menor efetividade é preferido quando: Universidade de Vila Velha – UVV Engenharia Química Profª Danielly Cristina Gripa De Paula TRANSFERENCIA DE CALOR E MASSA Apostila 2 – Transferência de calor 33 1. Se deseja minimizar a condução axial pela parede (C.P. produz um perfil de temperatura de parede longitudinal mais uniforme) 2. Se deseja evitar que a corrente quente se condense ou solidifique (a mais baixa temperatura de parede é MAIOR do que em qualquer outro arranjo) 3. Se deseja minimizar incrustação, corrosão ou decomposição do fluido (a mais alta temperatura de parede é MENOR do que em qualquer outro arranjo) Limitações do uso da DMLT O uso da DMLT como a diferença de temperatura efetiva é limitado para U≠constante e essa teoria só é válida para trocadores puramente em contra-corrente ou puramente em paralelo (passe simples) Exercicio
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