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Estômago Mistura os alimentos e atua como reservatório; sua principal função é a digestão enzimática. O suco gástrico converte gradualmente a massa de alimento em uma mistura semilíquida, o quimo, que passa rapidamente para o duodeno. Pode conter 2 a 3 litros de alimento. O tamanho, o formato e a posição do estômago podem variar bastante. Na posição de decúbito dorsal, o estômago costuma estar nos quadrantes superiores direito e esquerdo, ou no epigástrio, região umbilical, hipocôndrio e flanco esquerdos Partes Cárdia: circunda o óstio cárdico (abertura superior do estômago). Em decúbito dorsal, o óstio cárdico geralmente está situado posteriormente à 6ª cartilagem costal esquerda, a 2 a 4 cm do plano mediano, no nível da vértebra T XI. Fundo gástrico: relacionada com a cúpula esquerda do diafragma, limitada inferiormente pelo plano horizontal do óstio cárdico. A incisura cárdica está situada entre o esôfago e o fundo gástrico. Em decúbito dorsal: posteriormente à costela VI esquerda, no plano da LMC (linha medioclavicular). Corpo gástrico: entre o fundo gástrico e o antro pilórico . Parte pilórica: sua parte mais larga, o antro pilórico, leva ao canal pilórico, sua parte mais estreita.O piloro é a região esfincteriana distal da parte pilórica. É um espessamento acentuado da camada circular de músculo liso que controla a saída do conteúdo gástrico através do óstio pilórico. Há esvaziamento intermitente do estômago quando a pressão intragástrica supera a resistência do piloro. Em decúbito dorsal, a parte pilórica do estômago está no nível do plano transpilórico (corta a 8ª cartilagem costal e a vértebra L I). Em posição ortostática, a localização varia da vértebra L II à vértebra L IV. O óstio pilórico está cerca de 1,25 cm à direita da linha mediana. Curvatura menor: margem direita côncava; A incisura angular, indica a junção do corpo gástrico com a parte pilórica do estômago (situa - se logo à esquerda da linha mediana). Curvatura maior: margem convexa; Segue inferiormente à esquerda da junção do 5º espaço intercostal e linha medioclavicular; a seguir, curva-se para a direita, passando profundamente à 9ª ou à 10ª cartilagem esquerda enquanto continua medialmente para alcançar o antro pilórico. Interior do estômago Em vida, é coberta por uma camada de muco contínua que protege sua superfície contra o ácido gástrico secretado pelas glândulas gástricas. Quando contraída, a mucosa gástrica forma estrias longitudinais denominadas pregas gástricas (mais acentuadas em direção à parte pilórica e ao longo da curvatura maior; diminuem e desaparecem quando o estômago está distendido). Durante a deglutição, forma-se um sulco ou um canal gástrico temporário entre as pregas longitudinais ao longo da curvatura menor (se deve à firme fixação da túnica mucosa gástrica à túnica muscular, que não tem uma lâmina oblíqua nesse local). Relações É coberto por peritônio, exceto nos locais em que há vasos sanguíneos ao longo de suas curvaturas e em uma pequena área posterior ao óstio cárdico. As duas lâminas do omento menor estendem-se ao redor do estômago e separam-se de sua curvatura maior como o omento maior. Anteriormente: diafragma, o lobo hepático esquerdo e a parede anterior do abdome. Posteriormente: relaciona-se com a bolsa omental e o pâncreas; a face posterior do estômago forma a maior parte da parede anterior da bolsa omental. O colo transverso tem relação inferior e lateral com o estômago e segue ao longo da curvatura maior do estômago até a flexura esquerda do colo. O leito do estômago (sobre o qual se apoia o estômago em decúbito dorsal), é formado pelas estruturas que formam a parede posterior da bolsa omental. Da região superior para a inferior, é formado pela cúpula esquerda do diafragma, baço, rim e glândula suprarrenal esquerdos, artéria esplênica, pâncreas e mesocolo transverso. Vasos e Nervos IRRIGAÇÃO: Tem origem no tronco celíaco e em seus ramos; Anastomoses formadas ao longo da curvatura menor: artérias gástricas direita e esquerda Anastomoses ao longo da curvatura maior: artérias gastromentais direita e esquerda. O fundo gástrico e a parte superior do corpo gástrico: artérias gástricas curtas e posteriores. DRENAGEM: Veias gástricas acompanham as artérias em relação à posição e ao trajeto; As veias gástricas direita e esquerda → veia porta; Veias gástricas curtas e as veias gastromentais esquerdas → veia esplênica + veia mesentérica superior (VMS) → veia porta; A veia gastromental direita → VMS; Veia pré-pilórica ascende sobre o piloro até a veia gástrica direita (cirurgiões a utilizam para identificação do piloro). DRENAGEM LINFÁTICA: vasos linfáticos gástricos acompanham as artérias ao longo das curvaturas maior e menor do estômago. A linfa dos dois terços superiores do estômago drena ao longo dos vasos gástricos direito e esquerdo para os linfonodos gástricos; A linfa do fundo gástrico e da parte superior do corpo gástrico também drena ao longo das artérias gástricas curtas e dos vasos gastromentais esquerdos para os linfonodos pancreaticoesplênicos. A linfa dos dois terços direitos do terço inferior do estômago drena ao longo dos vasos gastromentais direitos até os linfonodos pilóricos. A linfa do terço esquerdo da curvatura maior drena para os linfonodos pancreaticoduodenais, que estão situados ao longo dos vasos gástricos curtos e esplênicos. INERVAÇÃO: Inervação parassimpática: troncos vagais anterior e posterior e de seus ramos; Tronco vagal anterior (deriva principalmente NC X esquerdo), geralmente entra no abdome como um ramo isolado situado na face anterior do esôfago. Segue em direção à curvatura menor do estômago, onde emite ramos hepáticos e duodenais, que se separam do estômago no ligamento hepatoduodenal. O restante do tronco vagal anterior continua ao longo da curvatura menor, dando origem aos ramos gástricos anteriores. Tronco vagal posterior (maior - deriva principalmente do NC X direito), entra no abdome na face posterior do esôfago e segue em direção à curvatura menor do estômago. O tronco vagal posterior envia ramos para as faces anterior e posterior do estômago. Emite um ramo celíaco, que segue para o plexo celíaco, e depois continua ao longo da curvatura menor, dando origem aos ramos gástricos posteriores. Inervação simpática: proveniente dos segmentos T6 a T9 da medula espinal, segue para o plexo celíaco por intermédio do nervo esplâncnico maior e é distribuída pelos plexos ao redor das artérias gástricas e gastromentais.
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