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Apostila-Probus-Ética-Profissional-Deotologia-para-OAB

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APOSTILA DE ÉTICA PROFISSIONAL (DEONTOLOGIA) PARA A OAB
PROF. FELIPE FORMIGA
CURSO PROBUS
Da Advocacia
	 As	atividades	privativas	da	advocacia	são	feitas	de	forma	pessoal	e	não	podem	ser
delegadas,	exigem	a	participação	ativa	e	principal	do	profissional	advogado	e	é	PROIBIDO	o
seu	exercício	por	pessoas	que	não	são	advogados,	ou	seja,	que	não	estão	inscritos	na	OAB.	A
advocacia	pública	também	se	submete	às	regras	da	OAB	pois	seu	exercício	é	restrito	aos	seus
inscritos	que	forem	aprovados	em	Concurso	Público	respectivo	(Advocacia	Geral	da	União,
Procuradoria	da	Fazenda	Nacional,	Defensoria	Pública,	Procuradorias	e	Consultorias	Jurídicas
dos	Estados,	DF,	Municípios	e	respectivas	entidades	de	administração	direta	e	indireta).
	 Estão	descritas	no	Art.1º	do	EAOAB,	no	Art.	5º	do	Regulamento	Geral	e	no	provimento
66/1988	do	Conselho	Federal,	que	descrevem	as	seguintes	atividades:
1 – A postulação e a representação perante os órgãos do Poder Judiciário e Juizados Especiais;
	 Como	resultado	da	ADI	1127-8,	essa	função	importa	em	exceções:	Justiça	do	Trabalho,
as	partes	tem	o	Jus	Postulandi	na	1ª	Instância.	Nos	Juizados	Especiais	Cíveis	também	há	esta
exceção,	com	a	ressalva	no	Juizado	Especial	Civel	Estadual	em	que	esta	exceção	vai	apenas	até
o	teto	de	20	salários	mínimos.	No	Juizado	Especial	Federal	Civel	não	há	limite	de	teto,	pois	sua
competência	vai	até	60	salários	mínimos	e	passando	disso	não	cabe	no	Juizado.	Nos	casos	de
RECURSOS	não	há	exceção,	devendo	as	partes	apresentar	advogado.
2 - As atividades de Consultoria, Assessoria e Direção Jurídicas;
	 Inclui-se	nessa	atividade	o	assessoramento	às	atividades	e	transações	imobiliárias,
redação	de	contratos,	estatutos	de	sociedades	civis	e	comerciais,	bem	como	a	defesa,	escrita	ou
oral,	perante	qualquer	tribunal	ou	repartição	pública	(excluindo-se	as	exceções	do	item	acima)
3 – Vistar os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas.
	 O	advogado	deve	assinar	(vistar)	os	atos	constitutivos	sob	pena	deles	não	serem	aceitos
como	válidos.	Cabe	ressaltar	que	se	o	advogado	trabalhar	em	algum	órgão	ou	empresa	ligado	ao
órgão	de	Registro	(cartório	ou	Junta	Comercial)	ele	ficará	impedido	de	realizar	este	ato
privativo,	por	uma	questão	de	coerência	e	lógica!	Afinal,	pode	se	beneficiar	com	isso	de	forma
imoral.	Ressalte-se	que	são	NULOS	(efeito	Ex	Tunc)	os	atos	privativos	de	advogado	praticados
por	pessoa	não	inscrita	na	OAB,	suspenso,	licenciado,	impedido	(no	âmbito	do	impedimento)
ou	que	passe	a	exercer	atividade	incompatível	com	a	advocacia,	sem	prejuízo	das	sanções	civis,
penais	e	administrativas.
	 A	Constituição	Federal,	no	seu	artigo	133,	e	o	EAOAB	no	seu	art.	2º	estabelecem	que	o
advogado	é	indispensável	à	administração	da	justiça.	No	seu	Ministério	privado	(trabalho	de
forma	particular,	com	independência	e	autonomia),	presta	serviço	público	(de	relevância
pública,	como	a	administração	da	justiça)	e	exerce	função	social	(papel	importante	para	a
sociedade	como	um	todo).	Estabelece	também	a	sua	inviolabilidade	por	atos	e	manifestações
dentro	dos	limites	da	Lei.	(Confirmado	pelo	STF	na	ADI	1127-8).	Ao	postular	em	juízo	os	seus
atos	se	constituem	“múnus”	(obrigação	imposta	por	lei)	público.
 ATENÇÃO: De acordo com o Conselho Federal, na Súmula 02/2011/COP, a
atividade da advocacia não é enquadrada como relação de consumo, não incidindo o CDC
na interpretação e julgamento desta relação.
INSCRIÇÃO NOS QUADROS DA OAB (Art. 8º EAOAB e Art. 20 a 26 do Reg. Geral)
Para	se	inscrever	nos	quadros	da	OAB	é	preciso	que	a	pessoa	tenha	os	seguintes	requisitos:
1	–	Capacidade	civil	(plena	e	presumida,	basta	ter	mais	de	18	anos.	A	falta	de	capacidade	civil	é
que	deve	ser	arguida	e	provada,	sendo	este	o	caso	pertinente);
2	–	Diploma	ou	certidão	de	graduação	em	direito	acompanhada	de	cópia	autenticada	do
histórico	escolar,	obtido	em	instituição	de	ensino	oficialmente	e	autorizada	e	credenciada	pelo
MEC	(Ministério	da	Educação);	(O	diploma	expedido	por	outro	país	precisa	ser	revalidado	no
Brasil	para	poder	servir	como	prova	de	graduação	em	direito,	seja	ele	de	estrangeiro	ou
brasileiro)
3	–	Título	de	eleitor	(dispensado	para	os	estrangeiros)	e	quitação	do	serviço	militar	(dispensado
para	mulheres	e	para	estrangeiros);
4	–	aprovação	em	Exame	de	Ordem	(Serve	para	averiguar	o	conhecimento	sobre	o	direito
brasileiro	e	sobre	a	língua	portuguesa);
5	–	não	exercer	atividade	incompatível	com	a	advocacia;
6	–	idoneidade	moral	(atualmente	comprovada	através	de	certidões	negativas	dos	cartórios
cíveis	e	criminais,	podendo	ser	exigido	provas	distintas	a	depender	de	cada	Seccional.	A
inidoneidade	pode	ser	suscitada	por	qualquer	pessoa,	mas	só	pode	ser	declarada	por	2/3	dos
votos	de	todos	os	membros	do	Conselho	competente,	em	processo	disciplinar)
7	–	Prestar	compromisso	perante	o	Conselho	(Ato	indelegável	e	imprescindível)
DOS	TIPOS	DE	INSCRIÇÃO
1	–	Principal:	Inscrição	onde	o	advogado	pretende	estabelecer	o	seu	domicílio	profissional,
realizando	os	atos	privativos	de	forma	ilimitada	e	independente	de	comunicação	à	OAB.
2	–	Suplementar:	quando	o	advogado	passa	a	exercer	a	profissão	de	forma	habitual	em	outra
Seccional	que	não	a	de	sua	inscrição	principal,	cabe	a	ele	informar	a	esta	Seccional	e	solicitar
uma	inscrição	suplementar.	O	exercício	habitual	é	formalizado	quando	o	advogado	realizar
intervenção	judicial	em	mais	de	cinco	causas	por	ano.	A	advocacia	extrajudicial,	a	impetração
de	Habeas	Corpus,	Recursos	e	a	atuação	nos	Tribunais	Federais	com	jurisdição	Nacional	ou	em
mais	de	um	Estado	não	estão	incluídas	neste	limite	de	cinco	causas.
3	–	Transferência:	quando	o	advogado	resolve	mudar	seu	local	de	trabalho	profissional	de	forma
efetiva,	solicita-se	a	transferência	da	inscrição	principal.	Neste	caso	o	número	de	inscrição
principal	passa	a	ser	o	do	novo	domicílio,	cancelando-se	o	número	anterior.
ESTAGIÁRIO:	(Art.	3º	§2º	do	EAOAB,	Art.	27	e	seguintes	do	Regulamento	Geral)
	 	 O	Estagiário,	para	se	inscrever	nos	quadros	da	OAB,	precisa	de	todos	os	requisitos
acima	(Art.8º	EAOAB),	excetuando-se	apenas	o	II	(Diploma)	e	o	IV	(Aprovação	em	Exame	de
Ordem),	além	de	ter	sido	admitido	em	estágio	profissional	de	advocacia.
	 O	estágio	profissional	da	advocacia	é	essencial	para	o	estudante	ou	graduado	que	deseje
ser	inscrito	no	quadro	de	estagiários	da	OAB.	Não	é	condição	essencial	para	poder	vir	a	se
tornar	advogado	futuramente.	Pode	ser	oferecido	pela	Instituição	de	Ensino	Superior	através	de
convênio	com	a	OAB,	e	deve	constar	de	atividades	práticas	típicas	de	advogado	e	de	estudo	do
Estatuto	e	do	Código	de	Ética	e	Disciplina,	tendo	carga	horária	mínima	de	300	horas,
distribuídas	em	dois	ou	mais	anos.	O	estagiário	pode	realizar	sua	atividade	prática	em	algum
escritório	de	advocacia,	defensoria	pública,	no	núcleo	de	prática	jurídica	da	Instituição	Superior
de	Ensino	ou	em	setores	jurídicos	públicos	ou	privados,	credenciados	e	fiscalizados	pela	OAB.
	 	 O	estagiário	pode	subscrever	os	atos	privativos	de	advogado,	em	conjunto	com	o
advogado	ou	defensor	público	que	seja	seu	responsável.	Sem	a	necessidade	de	assinatura
conjunta,	o	estagiário	pode	realizar	sozinho	os	seguintes	atos	(que	continuam	sendo	de
responsabilidade	do	advogado):
1	–	Retirar	e	devolver	autos	em	cartório,	assinando	a	respectiva	carga;
2	–	obter	junto	aos	escrivães	e	chefes	de	secretarias	certidões	de	peças	ou	autos	de	processos	em
curso	ou	findos;
3	–	assinar	petições	de	juntada	de	documentos	a	processos	judiciais	ou	administrativos.
	 	 Para	realizar	atos	extrajudiciais,	o	estagiário	pode	comparecer	sozinho,	desde	que	seja
substabelecido	ou	autorizado	pelo	advogado.	O	estágio	realizado	integralmente	fora	da
Instituição	de	Ensino	deverá	seguir	os	termos	de	convênio	entre	o	escritório	de	advocacia	ou
entidade	que	receba	o	estagiário	e	a	OAB.	Portanto,	para	um	escritório	receber	estagiários
deverá	ter	um	convênio	com	a	OAB.
DA PROCURAÇÃO
	 	 Paraque	o	advogado	possa	realizar	sua	atividade	em	nome	de	seu	cliente	ele	deve	fazer
prova	de	mandato	(Art.5º	EAOAB),	salvo	em	caso	de	urgência	em	que	pode	agir	sem	a
Procuração	mas	recebe	a	obrigação	de	apresenta-la	em	até	15	dias,	prorrogáveis	por	mais	15.	A
procuração	para	o	foro	em	geral	(Ad	Judicia)	permite	o	advogado	praticar	os	atos	judiciais	em
sua	plenitude,	salvo	aqueles	que	envolve	o	direito	material	do	Cliente,	como	renúncia,
transação,	quitação,	etc,	que	são	considerados	poderes	especiais.
Para	renunciar	ao	mandato	o	advogado	deve	valer-se	de	comunicação	escrita,
preferencialmente	por	carta	com	aviso	de	recebimento	(AR),	e	após	isso	deve	notificar	o	juízo
onde	atuava	para	seu	cliente	(Art.	6º	Regulamento	Geral).	Após	a	comunicação	de	renúncia,	o
advogado	deverá	permanecer	representando	o	seu	cliente	pelos	próximos	10	dias	seguintes,
liberando-se	dessa	obrigação	caso	o	cliente	estabeleça	outro	procurador	antes	do	fim	do	prazo.
Não	é	permitido	nomear	como	advogado	uma	pessoa	jurídica,	portanto	para	as
sociedades	de	Advogados	a	procuração	deve	ser	outorgada	de	forma	individual,	nomeando
todos	os	advogados	da	sociedade	e	indicando	a	sociedade	da	qual	fazem	parte(Art.15º	§3º
EAOAB).
É	obrigatório	o	nome	e	o	número	de	inscrição	na	OAB	em	todos	os	documentos
assinados	pelo	advogado	em	razão	de	sua	atividade	profissional.
DO CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO
	 	 O	Cancelamento	de	inscrição	é	de	caráter	mais	definitivo	e	importa	numa
impossibilidade	geral	para	o	exercício	da	profissão.	Qualquer	inscrito	na	OAB	pode	solicitar	seu
cancelamento,	uma	vez	que	ninguém	é	obrigado	a	permanecer	associado.	Uma	vez	cancelado,	o
número	da	inscrição	deixa	de	existir,	e	mesmo	que	o	profissional	peça	reabilitação	ou
reinscrição,	seu	número	jamais	voltará	a	ser	o	mesmo,	recebendo	nova	numeração	de	inscrição.
	 	 Cancela-se	a	inscrição	quando:
1	–	O	inscrito	o	requerer.
	 	 Neste	caso,	não	é	necessário	sequer	uma	justificativa.	Basta	a	comunicação	do
requerimento.
2	–	Sofrer	penalidade	de	exclusão;
	 	 A	pena	é	a	de	exclusão,	a	execução	da	pena	importa	no	cancelamento	da	inscrição.	Pode
ser	feito	de	ofício.
3	–	Falecer;
	 	 O	comunicado	de	óbito	é	suficiente	para	cancelar	a	inscrição,	cessar	a	cobrança	de
anuidades	e	preservar	a	documentação	e	a	imagem	do	profissional	falecido.	Pode	ser	feito	de
ofício.
4	–	Passar	a	exercer,	em	caráter	definitivo,	atividade	incompatível	com	a	advocacia;
	 	 O	significado	de	definitivo	é	bem	amplo,	podendo	ser	a	POSSE	em	cargo	público
incompatível	ou	a	assinatura	da	CTPS	(CLT)	em	atividade	incompatível,	como	funcionário	de
cartório,	por	exemplo.	Até	a	formalização	e	efetivação	da	atividade	incompatível	definitiva,	não
há	necessidade	de	cancelamento	ou	licença.	Pode	ser	feito	de	ofício.
5	–	Perder	qualquer	um	dos	requisitos	necessários	para	a	inscrição;
	 	 Qualquer	um	dos	requisitos	previstos	no	art.	8º	do	EAOAB	deve	ser	permanente,	sendo
que	a	perda	de	qualquer	um	deles	enseja	o	cancelamento	da	inscrição.
Pode	pedir	nova	habilitação	fazendo	prova	apenas	da	capacidade	civil,	idoneidade	moral,	não
estar	exercendo	atividade	incompatível	e	do	compromisso	solene	perante	o	Conselho	(Art.11
§2º	EAOAB).	Caso	o	motivo	do	cancelamento	é	o	de	PENA	de	exclusão,	deve	apresentar
provas	também	da	reabilitação	que	motivou	a	exclusão.	Em	qualquer	dos	casos,	NÃO
PRECISA	FAZER	NOVO	EXAME	DE	ORDEM.
DA LICENÇA
	 	 A	licença	é	uma	suspensão	total	temporária	ao	exercício	da	profissão.	Como	é
temporária,	após	o	seu	término	o	número	de	inscrição	permanece	o	mesmo,	não	sendo	alterado.
Também	não	há	necessidade	de	autorização	para	retorno	às	atividades,	bastando	apenas	cumprir
o	tempo	determinado	da	licença.	Pode	ocorrer	nos	seguintes	casos:
1	–	Requerimento	justificado;
	 	 Como	suspende-se	não	só	o	exercício	da	advocacia	para	o	requisitante	mas	também	a
cobrança	de	anualidades	e	taxas,	é	fundamental	que	a	OAB	concorde	com	os	motivos.	Ato
discricionário	do	Conselho	Seccional.
2	–	Passar	a	exercer,	em	caráter	temporário,	atividade	incompatível	com	o	exercício	da
advocacia.
	 	 Quando	é	notório	que	a	função	incompatível	é	apenas	temporária,	cabe	o	pedido	de
licença.	É	o	que	acontece,	por	exemplo,	com	um	advogado	eleito	para	ser	Governador	de	um
Estado.	O	mandato	termina	em	4	anos	e	portanto	é	temporário,	mesmo	que	depois	ele	seja
reeleito,	ainda	permanece	a	temporariedade	da	situação.	Também	é	ato	discricionário,	mas	não	é
pacífico	este	entendimento.
3	–	Sofrer	doença	mental	curável;
	 	 Se	a	doença	mental	é	curável,	existe	o	entendimento	de	que	é	temporária,	e	basta	um
tratamento	de	saúde	para	que	o	advogado	volte	às	suas	atividades.	OBS:	Esta	mesma	situação	é
prevista	no	caso	de	cancelamento,	pois	a	doença	mental	que	não	tem	cura	(incurável)	é	fator	que
elimina	a	capacidade	civil,	um	dos	requisitos	do	Art.	8º	do	EAOAB,	e	portanto	ensejaria	o
cancelamento	conforme	o	item	5	do	tema	CANCELAMENTO.
DOS	HONORÁRIOS	(Art.	22	EAOAB,	Art.35	a	43	do	Código	de	Ética)
Ao	prestar	serviços	advocatícios,	o	profissional	inscrito	nos	quadros	da	OAB	faz	jus	ao
recebimento	de	honorários.	Sejam	eles	os	convencionados	(contratuais),	fixados	por
arbitramento	judicial	e/ou	os	de	sucumbência.
1 – CONVENCIONADOS/CONTRATUAIS: Os	honorários	advocatícios	podem	ser	objeto
de	obrigação	formal	prevista	em	contrato.	Como	todo	contrato	deve	incluir	um	objeto	lícito	(a
prestação	dos	serviços	advocatícios)	e	uma	característica	econômica	(o	valor	estabelecido	como
pagamento).	Os	honorários	contratuais	são,	em	geral,	estabelecidos	em	contrato	formal	(escrito)
e	pode	estabelecer	todas	as	condições	de	pagamento	e	os	serviços	prestados.	Se	o
contrato/convenção	não	estabelecer	forma	diferente,	os	honorários	convencionados	devem	ser
pagos	em	03	parcelas:	1/3	no	início	dos	serviços,	1/3	até	a	decisão	de	1ª	Instância	e	1/3	ao	final
da	prestação	dos	serviços.	Os	valores	devem	ser	compatíveis	com	o	trabalho	e	o	valor
econômico	da	questão,	tendo	como	mínimo	os	valores	expressos	na	tabela	organizada	pelo
Conselho	Seccional	da	OAB.
2 – ARBITRADOS: Quando	não	há	contrato	de	honorários	e	cliente	e	advogado	não	chegam
num	consenso	para	estipulação	de	valores	pela	prestação	de	serviços,	ou	mesmo	quando	o
advogado	atua	por	indicação	para	patrocinar	causa	de	juridicamente	necessitado	por
impossibilidade	da	Defensoria	Pública	ocorrem	este	tipo	de	honorário.	Na	primeira	hipótese	o
juiz	arbitra	os	honorários	para	que	o	cliente	pague,	na	segunda	hipótese	(impossibilidade	de
Defensoria	Pública)	quem	paga	os	honorários	é	o	Estado.	Nestes	casos	o	juiz	deve	levar	em
consideração	a	complexidade	do	trabalho,	o	valor	econômico	da	questão	e	a	tabela	da	OAB,	que
estabelece	os	valores	mínimos	e	é	publicado	por	cada	Seccional	da	Ordem.
3 – SUCUMBÊNCIA: Ao	vencer	uma	lide,	o	advogado	faz	jus	aos	honorários	de	sucumbência,
que	são	os	valores	pagos	pela	PARTE	vencida	diretamente	ao	ADVOGADO	da	parte
vencedora.	Assim	como	os	demais,	para	serem	arbitrados	devem	levar	em	conta	o	trabalho	do
advogado	e	o	valor	econômico	em	disputa.
Tanto	o	contrato	de	honorários,	a	decisão	judicial	que	estabelece	os	honorários
arbitrados	e/ou	de	sucumbência,	servem	como	título	executivo	extrajudicial(contrato)	ou
judicial	(sentença/acórdão)	e	pode	ser	cobrado	judicialmente,	bastando	que	o	profissional	o
apresente	nos	mesmos	autos	da	ação	em	que	atuou,	e	constitui	direito	autônomo	do	advogado,
sendo	pago	diretamente	ao	mesmo	até	mesmo	por	dedução	da	quantia	a	ser	recebida	pelo
cliente,	salvo	se	o	mesmo	comprovar	que	já	pagou	ao	advogado	os	valores	exigidos.
Mesmo	no	caso	de	Precatórios,	pode	o	advogado	solicitar	que	seus	honorários	sejam
pagos	diretamente	a	ele,	devendo	portanto	serem	retirados	do	Precatório	do	cliente	e	pagos	na
via	cabível	(Precatório	ou	Requisição	de	Pequeno	Valor)	diretamente	ao	causídico.
ATENÇÃO: A ADI 1194 julgou possível que, no caso de advogado empregado, é
permitido que os valores relativos aos honorários de sucumbência sejam objetode acordo
em contrato de trabalho, por ser considerado direito disponível. A mesma ADI também
estabelece que o §3º do Art. 24 do EAOAB é inconstitucional e portanto pode haver
cláusula contratual entre cliente e advogado que negocie entre os mesmos esse direito
disponível do advogado.
PRESCRIÇÃO DE HONORÁRIOS:	De	acordo	com	o	artigo	25	do	EAOAB,	prescreve	em
cinco	anos	a	ação	de	cobrança	de	honorários	de	advogado	contando-se	o	prazo	na	seguinte
sequencia:
1	–	do	vencimento	do	contrato,	se	houver	(No	caso	dos	CONTRATUAIS);
2	–	do	trânsito	em	julgado	da	decisão	que	os	fixar	(ARBITRADOS	e/ou	SUCUMBENCIAIS);
3	–	da	ultimação	do	serviço	extrajudicial	(Assessoria,	Consultoria,	Direção	Jurídica);
4	–	da	desistência	ou	transação	(Parte	abre	mão	de	direito	disponível);
5	–	da	renúncia	ou	revogação	do	mandato	(Deixar	de	ser	o	patrono/advogado	da	causa).
CLÁUSULA QUOTA LITIS (Art. 38 do Código de Ética)
Constitui-se	numa	cláusula	em	que	o	advogado	receberá	como	honorários	uma	parte	do	valor
e/ou	dos	bens	em	disputa,	no	caso	de	sucesso	total	ou	parcial	da	demanda.	Devem	ser
representados	por	valores	em	pecúnia	(dinheiro).	Quando	acumulados	com	os	honorários	de
sucumbência	não	podem	ultrapassar	as	vantagens	destinadas	ao	cliente.	O	advogado	só	poderá
receber	como	honorários	bens	do	cliente	quando	o	mesmo	é	comprovadamente	sem	condições
pecuniárias,	em	caráter	excepcional,	e	desde	que	contratado	por	escrito.
A	fixação	de	honorários	abaixo	dos	valores	estabelecidos	em	tabela	da	OAB	constitui-se	em
aviltamento	da	profissão,	punível	administrativamente,	salvo	motivo	justificado.
INCOMPATIBILIDADE (Arts. 27 e 28 do EAOAB)
	 	 A	incompatibilidade	é	uma	proibição	TOTAL	para	o	exercício	da	advocacia.
Lembrando	que	todos	os	atos	praticados	por	advogado	em	situação	de	incompatibilidade	são
NULOS	e	o	efeito	dessa	nulidade	é	“ex	tunc”.	Tem	relação	direta	com	a	profissão	da	pessoa,
onde	sua	atividade	profissional,	de	alguma	forma,	é	considerada	incompatível	com	a	advocacia,
seja	por	sua	natureza	econômica,	seja	por	sugerir	algum	tipo	vantagem	perante	outros
advogados	ou	perante	a	sociedade	em	si.	Os	casos	estão	elencados	no	artigo	28	do	EAOAB:
a)	 Chefes	do	Poder	Executivo	(Presidente,	Governador,	Prefeito)	e	seus	substitutos	legais
(Vice-Presidente,	Vice-Governador	e	Vice-Prefeito),	membros	das	Mesas	Diretoras	do
Poder	Legislativo	(Do	Presidente	ao	último	cargo,	pois	é	possível	que	qualquer	desses
cargos	exerça,	mesmo	que	temporariamente,	a	presidência	da	Casa	Legislativa).	Todos
estes	são	ordenadores	de	despesas,	contratantes	de	pessoas	e	suas	atividades	podem
sugerir	vantagens	para	a	advocacia,	portanto	são	incompatíveis,	apesar	da	característica
de	serem	temporários;
b)	 	Membros	de	Órgãos	do	Poder	Judiciário,	do	Ministério	Público,	dos	tribunais	e
conselhos	de	contas,	dos	juizados	especiais,	da	justiça	de	paz,	juízes	classistas	(A
incompatibilidade	neste	caso	é	extensiva	a	todos	os	funcionários	dos	órgãos
mencionados),	bem	como	de	todos	que	exerçam	função	de	julgamento	em	órgãos	de
deliberação	coletiva	da	administração	pública	direta	ou	indireta	(Tribunais
administrativos);
c)		 Ocupantes	de	cargos	ou	funções	de	direção	em	órgãos	da	Administração	Pública	direta
ou	indireta,	em	suas	fundações	e	em	suas	empresas	controladas	ou	concessionárias	de
serviço	público	(Prezar	pela	verdade	REAL,	o	cargo	ou	função	tem	que	ter	liberdade	de
ordenação	de	despesas	e	contratação	de	pessoal);
d)	 	Ocupantes	de	cargos	ou	funções	de	vinculados	direta	ou	indiretamente	a	qualquer	órgão
do	Poder	Judiciário	e	os	que	exercem	serviços	notariais	e	de	registro	(estende	a
incompatibilidade	a	todos	os	funcionários	de	cartórios	e	de	outros	serviços	ligados	ao
Poder	Judiciário);
e)	 	Ocupantes	de	cargos	ou	funções	vinculados	direta	ou	indiretamente	à	atividade	policial
de	qualquer	natureza	(De	acordo	com	o	Provimento	62/88	estende-se	a
incompatibilidade	a	todos	os	cargos,	celetistas	ou	estatutários,	ligados	à	atividade
policial,	tais	como	Peritos,	Agentes	Penitenciários,	Guardas	municipais,	etc.);
f)		 Militares	de	qualquer	natureza,	na	ativa	(engloba	todas	as	forças	armadas	e	todos	os
cargos,	sem	exceção,	enquanto	na	ativa.);
g)		 Ocupantes	de	cargos	ou	funções	que	tenham	competência	de	lançamento,	arrecadação
ou	fiscalização	de	tributos	e	contribuições	parafiscais	(atividade	de	importância	para	a
construção	de	receitas	do	Poder	Público,	o	que	pode	trazer	vantagens	para	a	prática	da
advocacia,	portanto,	incompatível	com	a	mesma);
h)		 Ocupantes	de	função	de	direção	e	gerência	em	instituições	financeiras,	inclusive
privadas	(incluem	bancos	públicos	e	privados,	financeiras	em	geral.	Por	interferirem
diretamente	no	cenário	econômico,	podem	se	beneficiar	para	a	advocacia,	portanto,
incompatíveis	com	a	mesma)
Mesmo	que	o	ocupante	do	cargo/função	deixe	de	exercê-la	temporariamente	(férias,	licença,
etc)	a	incompatibilidade	permanece.	Não	está	no	rol	de	incompatibilidades	a	administração
acadêmica	diretamente	ligada	ao	magistério	jurídico	(Coordenação	de	curso	jurídico,	por
exemplo).
Atenção	para	o	Art.	29	EAOAB,	que	afirma	que	os	Diretores/Chefes	dos	órgãos	Jurídicos
da	Administração	Pública	direta,	indireta	e	fundacional,	além	dos	Procuradores	Gerais,
Advogados	Gerais	e	Defensores	Gerais,	são	legitimados	para	a	advocacia	apenas	nas	funções
que	exercem,	durante	o	período	em	que	forem	investidos	do	cargo.	Ou	seja,	só	poderão	advogar
nos	casos	e	da	forma	prevista	em	lei	para	a	sua	função,	não	se	confundindo	com
incompatibilidade.	Isso	acontece	pela	importância	dada	em	lei	para	estes	agentes,	que	só	irão	a
juízo	e	realizarão	atos	privativos	de	advogado	nos	casos	previstos	em	lei,	a	fim	de	proteger	a
função	judicial	e	a	importância	do	cargo	público	que	ocupam.
IMPEDIMENTOS (Art. 30 EAOAB)
	 	 Os	impedimentos	são	proibições	parciais	ao	exercício	da	advocacia.	Neste	caso	os
advogados	que	encontram-se	impedidos	podem	advogar	mas	com	restrições	a	algumas	causas
ou	clientes	específicos.
a)		 Os	servidores	da	administração	direta,	indireta	ou	fundacional,	contra	a	Fazenda	Pública
que	os	remunere	ou	à	qual	esteja	vinculada	a	entidade	empregadora.	(Os	servidores
públicos	em	geral	são	impedidos	de	advogar	contra	a	Unidade	Federativa	que	o
remunera,	seja	União,	Estado	ou	Município	conforme	o	caso.	Se	a	entidade
empregadora	é	vinculada	a	um	determinado	Ente	Federativo,	o	impedimento	recai	sobre
o	mesmo.	A	única	exceção	é	o	professor	de	cursos	jurídicos,	que	podem	advogar
livremente,	até	contra	a	Fazenda	que	os	remunera.);
b)		 Os	membros	do	Poder	Legislativo,	em	seus	diferentes	níveis,	contra	ou	a	favor	das
pessoas	jurídicas	de	direito	público,	empresas	públicas,	sociedades	de	economia	mista,
fundações	públicas,	entidades	paraestatais	ou	empresas	concessionárias	ou
permissionárias	de	serviço	público.	(Se	o	membro	do	Poder	Legislativo,	seja	Vereador,
Deputado	Estadual/Distrital,	Deputado	Federal	ou	Senador,	não	fizer	parte	da	Mesa
Diretora,	ele	pode	advogar	com	o	impedimento	descrito	neste	item.	Ou	seja,	não	poderá
advogar	contra	ou	a	favor	de	qualquer	ente	público,	empresa	pública	ou	que	tenha
qualquer	ligação	com	verbas	públicas.)
DA IDENTIDADE PROFISSIONAL
Os	documentos	de	identidade	profissional	do	advogado	são	DOIS:
1	-	A	carteira,	relativa	à	inscrição	originária,	de	capa	vermelha,	contendo	as	armas	da	República
e	as	expressões	Ordem	dos	Advogados	do	Brasil	e	Carteira	de	Identidade	de	Advogado,	onde
constam	os	dados	de	identificação,	uma	foto,	assinatura,	espaço	para	reconhecimento	de	firmas
e	anotações	feitas	pela	OAB,	e	com	a	transcrição	do	art.	7º	do	EAOAB;
2	–	O	cartão,	que	substitui	a	carteira,	feito	em	material	resistente	e	com	dispositivo	de	CHIP
para	certificado	digital,	tendo	as	informações	de	identidade	do	advogado,	seu	registro	na	OAB,
atualmente	na	cor	vermelha	ao	fundo,	e	no	verso	uma	foto,	observações	e	assinatura.
	 	 O	cartão	do	estagiário	é	de	mesmo	modelo	do	advogado,	alterando-se	a	cor	(atualmente
azul)e	com	a	indicação	de	Identidade	de	Estagiário.
SOCIEDADE DE ADVOGADOS (Art 15 a 17 do EAOAB e Art. 37 e seguintes do
Regulamento Geral)
	 Aos	advogados	é	permitida	a	reunião	em	Sociedades	Simples	de	prestação	de	serviços
de	advocacia,	conforme	nomenclatura	do	Código	Civil	de	2002.	A	sociedade	de	advogados	é
simples,	por	normas	civis,	e	portanto	os	sócios	são	imbuídos	de	responsabilidade	civil
subsidiária	e	ilimitada	por	ação	ou	omissão	no	exercício	da	advocacia.	Podem	adotar	qualquer
forma	de	administração	social,	bem	como	a	figura	de	sócios	gerentes,	com	indicação	dos
poderes	atribuídos	a	cada	um.
	 O	registro	das	sociedades	de	advogados	é	feito	diretamente	no	Conselho	Seccional	da
OAB	ao	qual	esteja	a	sede	territorial.	Também	devem	respeitar	as	normas	do	Código	de	Ética	e
Disciplina.	No	caso	de	abertura	de	filial	em	outra	seccional,	a	sociedade	fica	obrigada	a	também
fazer	seu	registro	na	respectiva	seccional	da	filial,	bem	como	todos	os	sócios	ficam	obrigados	a
ter	inscrições	suplementares.	Nenhum	advogado	pode	integrar	mais	de	uma	sociedade	de
advogados	por	Seccional,	incluindo-se	a	sede	e	filiais.
	 É	vedado	às	sociedades	de	advogados	a	representação	em	juízo	simultânea	de	clientes
com	interesses	opostos.	Também	é	vedado	utilizar-se	de	nome	fantasia	ou	formas	e
características	mercantis,	realizar	atividades	estranhas	à	advocacia	e	incluir	como	sócio	pessoa
não	inscrita	como	advogado	ou	proibida	de	advogar.	Deve	possuir	obrigatoriamente	o	nome
completo	ou	abreviado	de	pelo	menos	um	advogado	responsável	pela	sociedade,	podendo
permanecer	nome	de	sócio	falecido	caso	esteja	previsto	no	ato	constitutivo.	No	caso	da	licença
de	sócio	para	exercício	de	atividade	incompatível,	a	mesma	deverá	ser	averbada	no	registro	da
sociedade,	sem	alterar	sua	constituição.
	 As	atividades	privativas	são	exercidas	individualmente,	ainda	que	os	honorários	sejam
revertidos	para	a	sociedade.	É	possível	que	as	sociedades	de	advogado	se	associem-se	com
advogados,	sem	vínculo	de	emprego	e	sem	participação	societária,	com	vistas	à	participação	nos
resultados.	É	a	figura	do	Advogado	Associado,	que	deve	ser	averbado	no	registro	da	sociedade
de	advogados	para	não	configurar	infração	disciplinar.
ADVOGADO EMPREGADO (Art. 18 do EAOAB e Art 11 do Regulamento Geral)
	 O	Advogado	empregado	é	aquele	que	exerce	sua	profissão	através	de	uma	relação	de
emprego.	Essa	relação	não	retira	a	independência	e	autonomia	técnica	e	profissional	do
advogado,	nem	o	obriga	a	prestar	seus	serviços	para	causas	de	interesse	pessoal	dos
empregadores,	que	não	esteja	prevista	na	relação	de	emprego.	São	representados	nas
convenções	ou	acordos	coletivos	de	trabalho	pelos	SINDICATOS	de	advogados,	ou	por	suas
federações	e	confederações	respectivas.	O	salário	mínimo	profissional	destes	advogados	é
fixado	por	sentença	normativa	se	não	houver	acordo	ou	convenção	coletiva	de	trabalho	que	já	o
tenha	determinado.
	 	 A	jornada	de	trabalho	padrão	é	de,	no	máximo,	20	horas	semanais,	sendo	até	4	horas
diárias.	Acordo	ou	convenção	coletiva	de	trabalho	podem	alterar	esta	jornada	para	mais	ou	para
menos,	sendo	que	o	limite	é	de	8horas	diárias,	sendo	considerado	extraordinárias	as	horas	que
passarem	deste	limite.	A	dedicação	exclusiva	também	pode	aumentar	a	carga	horária,	nos
mesmos	limites	de	8h	diárias.	Considera-se	como	período	de	trabalho	o	tempo	em	que	o
advogado	fica	à	disposição	do	empregador,	aguardando	ou	executando	ordens,	no	seu	escritório
ou	em	atividades	externas,	sendo-lhe	reembolsadas	as	despesas	feitas	com	transporte,
hospedagem	e	alimentação.
	 	 A	hora	extraordinária	do	advogado	é	paga	com	adicional	de	100%	(cem	por	cento),	no
mínimo,	sobre	o	valor	da	hora	normal.	O	horário	noturno	(adicional	de	25%)	é	contado	das	20
horas	de	um	dia	até	às	cinco	horas	do	dia	seguinte.
	 	 Os	honorários	de	sucumbência	são	repartidos	entre	o	advogado	empregado	e	a
sociedade	de	advogados	quando	estes	são	os	empregadores.	O	STF	já	definiu,	na	ADI	1194,	que
os	honorários	de	sucumbência	são	direitos	disponíveis	e,	portanto,	os	contratos	de	trabalho
podem	dispor	deles	livremente.
DOS DIREITOS DOS ADVOGADOS (Art 6 e 7 do EAOAB e Art. 15 e seguintes do
Regulamento)
	 	 Os	direitos	dos	advogados	são	definidos	em	Lei	Federal	e	se	constituem	nas
prerrogativas	funcionais,	sendo	derivados	da	atividade	de	advocacia.	Fora	dessa	atividade	esses
direitos	não	valem,	ou	seja,	na	vida	comum	o	advogado	é	um	cidadão	comum,	mas	no	exercício
da	advocacia	ele	se	reveste	de	todas	as	suas	prerrogativas	que	visam	proteger	a	sua	função,	não
a	sua	pessoa.
	 	 Dentre	os	direitos	dos	advogados,	o	previsto	no	art;	6º	do	EAOAB	é	o	mais	perseguido
e,	em	contrapartida,	o	mais	negligenciado	em	alguns	lugares	do	Brasil.	Neste	artigo	se
estabelece	que	não	há	hierarquia	nem	subordinação	entre	os	principais	operadores	do	Direito,
entre	Advogados,	Juízes	(Magistrados	em	geral)	e	Promotores	(Membros	do	Ministério
Público),	devendo	todos	tratarem-se	com	consideração	e	respeito	mútuos.	No	parágrafo	único
deste	artigo	há	um	dever	expresso	a	todos	os	servidores	públicos	e	autoridades,	bem	como	aos
serventuários	da	Justiça,	em	proporcionar	condições	adequadas	ao	desempenho	das	funções	do
advogado,	bem	como	dispensar-lhe	tratamento	compatível	com	a	dignidade	da	advocacia.
 Os direitos dos advogados englobam:
1	-	O	livre	exercício	da	profissão	em	todo	o	território	nacional.	(Daí	pode-se	entender	que	a
concessão	de	inscrição	suplementar	é	ato	vinculado	ao	pedido	formal	de	advogado	regular);
2	-	A	inviolabilidade	do	escritório	ou	local	de	trabalho,	além	de	seus	instrumentos	de	trabalho,
correspondência	escrita,	eletrônica,	telefônica	e	telemática,	desde	que	relativas	ao	exercício	da
advocacia.	(Tal	direito	não	é	absoluto,	de	acordo	com	o	§6º	do	art.	7º,	se	houverem	indícios	de
autoria	e	materialidade	da	prática	de	crime	por	parte	de	advogado,	em	decisão	motivada,
expedindo	mandado	de	busca	e	apreensão	PORMENORIZADO	e	ESPECÍFICO,	a	ser
cumprido	na	presença	de	representante	da	OAB,	sendo	vedado	a	utilização	de	qualquer
documento	de	clientes	do	advogado,	salvo	se	forem	formalmente	investigados	como	partícipes
ou	co-autores	do	mesmo	crime	que	deu	causa	à	quebra	de	sigilo.);
3	–	Comunicar-se	com	seu	cliente,	pessoal	e	reservadamente,	mesmo	sem	procuração,	quando
estes	se	acharem	presos,	detidos	ou	recolhidos	em	qualquer	estabelecimento	civil	ou	militar,
mesmo	que	considerados	incomunicáveis;
4	–	No	exercício	da	profissão,	o	advogado	só	pode	ser	preso	em	flagrante	de	crime	inafiançável
(§3º),	e	deve	ter	a	presença	de	um	representante	da	OAB	para	lavratura	do	auto	respectivo,	sob
pena	de	nulidade	da	prisão;
5	–	Em	caso	de	ser	recolhido	preso,	antes	de	sentença	transitada	em	julgado	(prisão	provisória
ou	cautelar),	deve	permanecer	em	Sala	de	Estado-Maior,	com	instalações	e	comodidades
condignas	e,	na	sua	falta,	em	prisão	domiciliar;
6	–	Pode	ingressar	livremente	em	qualquer	recinto	público	(nas	salas	de	sessões	dos	tribunais,
salas	e	dependências	de	audiências,	secretarias,	cartórios,	ofícios	de	justiça,	delegacias	e
prisões)	em	que	deva	praticar	ato	ou	colher	prova/informação	útil	ao	exercício	da	atividade
profissional,	dentro	do	expediente	ou	fora	dele,	e	ser	atendido,	desde	que	se	ache	presente
qualquer	servidor	ou	empregado.	Pode	participar	de	qualquer	assembleia	ou	reunião	de	que
participe	ou	possa	participar	seu	cliente,	ou	perante	a	qual	este	deve	comparecer,	desde	que
munido	de	poderes	especiais;
7	–	Permanecer	sentado	ou	em	pé	e	retirar-se	de	quaisquer	locais	indicados	no	quesito	acima,
bem	como	em	juízo,	tribunal	ou	órgão	de	deliberação	coletiva	da	Administração	Pública	ou	do
Poder	Legislativo,	independentemente	de	licença;
8	–	Pode	dirigir-se	diretamente	aos	magistrados	nas	salas	e	gabinetes	de	trabalho,
independentemente	de	horário	marcado	ou	outra	condição,	observando	a	ordem	de	chegada.
Deve-se	ter	em	conta	também	o	dever	de	urbanidade	e	o	bom	senso;
9	-	Pode	usar	da	palavra,	pelaordem,	em	qualquer	juízo	ou	tribunal,	para	esclarecer	equívoco
ou	dúvida	surgida	em	relação	aos	fatos,	documentos	ou	afirmações	que	influam	no	julgamento,
bem	como	replicar	acusação	ou	censura	que	lhe	forem	feitas.	A	intervenção	do	advogado	deve
ser	SUMÁRIA,	rápida	e	direta;
10	–	Reclamar	perante	qualquer	juízo,	tribunal	ou	autoridade,	contra	inobservância	de	preceito
de	lei,	regulamento	ou	regimento;
11	–	Examinar,	em	qualquer	órgão	dos	Poderes	Judiciário	e	Legislativo,	ou	da	Administração
Pública	em	geral	(mesmo	Delegacias	ou	repartições	policiais),	autos	de	processos	findos	ou	em
andamento,	mesmo	que	conclusos	à	autoridade,	autos	de	flagrante	e	de	inquérito,	mesmo	sem
procuração,	quando	não	estejam	sob	sigilo,	assegurada	a	obtenção	de	cópias	e	a	tomada	de
apontamentos	(anotações	próprias);
12	–	Ter	vista	dos	processos	judiciais	e	administrativos	de	qualquer	natureza,	inclusive	os
findos,	em	cartório	ou	na	repartição	competente,	ou	retirá-los	pelos	prazos	legais;
13	–	Ser	publicamente	desagravado,	quando	ofendido	no	exercício	da	profissão	ou	em	razão
dela;
14	–	Usar	os	símbolos	privativos	da	profissão	de	advogado	(Que	não	se	confundem	com	os
símbolos	da	OAB,	privativos	da	INSTITUIÇÃO	OAB!);
15	–	Recursar-se	a	depor	como	testemunha	em	processo	no	qual	tenha	atuado	ou	venha	a	atuar
como	advogado,	ou	saiba	de	fato	relacionado	a	pessoa	da	qual	já	foi	advogado	(ou	mesmo
assessor,	consultor	ou	diretor	jurídico),	mesmo	quando	autorizado	pela	parte	(cliente)	bem	como
sobre	fato	que	constitua	sigilo	profissional;
16	–	Retirar-se	do	recinto	onde	se	encontre	aguardando	pregão	para	ato	judicial,	após	trinta
minutos	do	horário	designado	e	ao	qual	ainda	não	tenha	comparecido	a	autoridade	que	deva
presidir	a	ele,	mediante	comunicação	protocolizada	em	juízo;
17	–	Imunidade	criminal	envolvendo	a	atividade	profissional	para	suas	manifestações	quanto
aos	crimes	de	injúria	e	difamação,	em	juízo	ou	fora	dele,	sem	prejuízo	de	sanções	disciplinares
(administrativas)	perante	a	OAB	APENAS	pelos	excessos	que	cometer.	(Cabe	lembrar	que	a	lei
adotava	também	o	desacato,	mas	foi	declarado	inconstitucional	pela	ADI	1127-8.	Na	prática,
mesmo	em	flagrante	o	advogado	não	poderá	ser	preso	por	desacato,	por	não	tratar-se	de	crime
inafiançável);
Quando	existirem	nos	autos	documentos	originais	de	difícil	restauração	ou	ocorrer	fato
relevante	que	justifique	a	permanência	dos	autos	no	local	de	sua	guarda	e	tramitação,	a
autoridade	pode	determinar	a	sua	permanência	por	despacho	motivado,	mediante	representação
ou	requerimento	da	parte	interessada.
	 	 Os	Poderes	Judiciário	e	Executivo	devem	instalar,	em	todos	os	juizados,	fóruns,
tribunais,	delegacias	de	polícia	e	presídios,	salas	especiais	permanentes	para	os	advogados,	com
uso	assegurado	à	OAB.	Cabe	lembrar	que	pela	ADI	1127	a	OAB	não	detém	o	controle	destes
espaços.
DA ÉTICA DOS ADVOGADOS E DOS DEVERES (Art. 31 Do EAOAB e Código de
Ética)
A	advocacia	não	é	profissão	de	covardes,	como	já	disse	o	Dr.	Sobral	Pinto.	Exige
conduta	moral,	social	e	profissional	distintas,	condignas	com	a	importância	da	profissão	para	a
sociedade.	Para	tanto,	o	advogado	tem	os	seguintes	deveres,	elencados	de	forma	expressa:
1	–	Preservar,	em	sua	conduta,	a	honra,	a	nobreza	e	a	dignidade	da	profissão,	zelando	pelo	seu
caráter	de	essencialidade	e	indispensabilidade;
2	–	atuar	com	destemor,	independência,	honestidade,	decoro,	veracidade,	lealdade,	dignidade	e
boa-fé;
3	–	velar	por	sua	reputação	pessoal	e	profissional;
4	–	empenhar-se,	permanentemente,	em	seu	aperfeiçoamento	pessoal	e	profissional;
5	–	contribuir	para	o	aprimoramento	das	instituições,	do	Direito	e	das	leis;
6	–	estimular	a	conciliação	entre	os	litigantes,	prevenindo,	sempre	que	possível,	a	instauração	de
litígios;
7	–	aconselhar	o	cliente	a	não	entrar	em	aventura	judicial.	(O	advogado	é	o	primeiro	“juiz”	da
causa.	Cabe	a	ele	conhecer	das	normas	e	saber	se	o	direito	realmente	assiste	à	pretensão	do
cliente,	aconselhando-o	no	que	fazer	neste	sentido);
8	–	Deve	abster-se	de	utilizar	de	influência	indevida	(tráfico	de	influência),	a	seu	benefício	ou
do	seu	cliente;	não	deve	patrocinar	interesses	ligados	a	outras	atividades	estranhas	à	advocacia,
em	que	também	atue;	não	deve	vincular	o	seu	nome	a	empreendimento	de	cunho
manifestamente	duvidoso;	não	deve	contribuir	(prestar	concurso)	com	aqueles	que	atentem
contra	a	ética,	a	moral,	a	honestidade	e	a	dignidade	da	pessoa	humana;	não	deve	entender-se
diretamente	com	a	parte	adversa	que	tenha	patrono	constituído,	sem	o	assentimento	deste.
9	–	Pugnar	pela	solução	dos	problemas	da	cidadania	e	pela	efetivação	dos	seus	direitos
individuais,	coletivos	e	difusos,	no	âmbito	da	comunidade.
O	advogado	deve	sempre	zelar	pela	sua	liberdade	e	independência,	mesmo	que	vinculado	por
contrato	de	trabalho	ou	prestação	de	serviços.	O	advogado	pode	recusar-se	a	patrocinar	causa
que	seja	concernente	a	direito	que	também	lhe	seja	aplicável	ou	contrarie	expressa	orientação
sua,	manifestada	anteriormente.	A advocacia é incompatível com qualquer procedimento de
mercantilização.
Ao	advogado	é	proibido	expor	os	fatos	em	juízo	falseando	deliberadamente	a	verdade	ou
estribando-se	na	má-fé.	Também	não	pode	oferecer	serviços	profissionais	que	impliquem,	direta
ou	indiretamente,	na	captação	de	clientela.
Tem	o	dever	de	urbanidade	para	com	o	público,	os	colegas,	as	autoridades	e	os	funcionários	do
juízo,	devendo	agir	com	respeito,	discrição	e	independência,	exigindo	igual	tratamento	e
zelando	pelas	prerrogativas	a	que	tem	direito.	Ao	advogado	cabe	a	obrigação	de	empregar	a
linguagem	escorreita	e	polida	(sem	gírias)	e	executar	seus	serviços	com	esmero	e	disciplina.
DA RELAÇÃO COM O CLIENTE
	 	 O	Advogado	deve	informar	o	cliente	de	forma	clara	e	inequívoca,	quanto	a	eventuais
riscos	da	sua	pretensão,	e	das	consequências	que	poderão	advir	da	demanda.	O	cliente	pode
solicitar	prestação	de	contas	ou	de	informações	a	qualquer	momento	e	ao	final	da	causa,	o
advogado	deve	apresentar	essa	prestação,	devolvendo	todos	os	bens,	valores	e	documentos
recebidos	no	exercício	do	mandato.
	 	 O	advogado	não	pode	aceitar	procuração	(mandato)	de	cliente	que	já	tenha	advogado
constituído,	para	a	causa	em	que	foi	constituído,	sem	que	o	advogado	anterior	tenha
conhecimento	do	fato.	A	exceção	à	regra	é	quando	já	motivo	justo	ou	para	adoção	de	medidas
judiciais	urgentes	e	inadiáveis.
	 	 Também	é	proibido	ao	advogado	deixar	a	causa	abandonada,	sem	motivo	justo	e
comprovada	ciência	do	cliente	constituinte.	Se	o	advogado	quiser	renunciar,	deverá	fazê-lo
formalmente,	omitindo	o	motivo	e	se	responsabilizando	pelos	feitos	no	prazo	legal	de	10	dias.
Mesmo	renunciando,	o	advogado	não	está	livre	da	responsabilidade	pelos	danos	causados	aos
clientes	e/ou	terceiros	quando	de	sua	atuação.
	 	 Quando	o	cliente	revoga	o	mandato	do	advogado	permanecerá	ainda	obrigado	ao
pagamento	das	verbas	honorárias	contratadas,	bem	como	também	permanece	o	direito	do
advogado	receber	os	honorários	de	sucumbência	na	proporção	de	seu	trabalho.	É	vedado	a
advogados	representar	em	juízo	clientes	com	interesses	opostos.	O	mesmo	vale	para	as
sociedades,	mesmo	que	com	vários	advogados,	não	podem	representar	em	juízo	clientes
diferentes	com	interesses	conflitantes	entre	si.	Caso	venha	esse	tipo	de	conflito	surgir	entre	dois
clientes	já	estabelecidos	do	advogado	ou	da	sociedade,	o	causídico	deverá	optar	por	um	dos
mandatos,	renunciando	aos	demais,	resguardando	o	sigilo	profissional.
	 	 Ao	postular	em	nome	de	terceiros	contra	ex-cliente	ou	ex-empregador,	judicial	e
extrajudicialmente,	deve	resguardar	o	segrego	profissional	e	as	informações	reservadas	ou
privilegiadas	que	lhe	tenham	sido	confiadas.	É	dever	do	advogado	assumir	a	defesa	criminal
sem	considerar	sua	própria	opinião	sobre	a	culpa	do	acusado.	Da	mesma	forma	o	advogado	não
é	obrigado	a	aceitar	a	imposição	de	cliente	para	trabalhar	com	outros	advogados.
	 	 O	advogado	também	não	pode	atuar	simultaneamentecomo	preposto	e	advogado	do
empregador	ou	cliente,	no	mesmo	processo.	O	substabelecimento	com	reserva	de	poderes	não
precisa	da	ciência	do	cliente,	já	o	substabelecimento	SEM	RESERVAS	de	poderes	(ou	seja,	o
advogado	substabelecido	poderá	agir	como	se	fosse	o	advogado	principal,	com	os	mesmos
poderes)	é	preciso	o	prévio	conhecimento	do	cliente.
DO SIGILO PROFISSIONAL (Art. 25 do Código de Ética)
	 	 Inerente	à	profissão,	tratado	em	diversos	outros	tópicos,	pode	ser	quebrado	pelo
profissional,	incialmente,	em	três	situações:	por	grave	ameaça	à	vida,	por	grave	ameaça	à	honra,
ou	quando	o	advogado	seja	afrontado	pelo	próprio	cliente,	e	para	se	defender	tenha	que	revelar
segredo.	Em	qualquer	situação	a	quebra	do	sigilo	deve	ater-se	ao	interesse	da	causa,	sem
excessos.
	 	 As	confidências	feitas	pelo	cliente	ao	advogado	podem	ser	usadas	em	sua	defesa	(a	do
cliente),	desde	que	autorizado	pelo	constituinte.
DA PUBLICIDADE (Art. 28 a 34 do Código de Ética)
	 	 Os	anúncios	da	atividade	profissional	devem	ser	feitos	de	forma	a	não	serem
confundidos	com	a	atividade	mercantil.	Portanto	funcionam	de	forma	diferente	das	empresas
comuns,	sendo	tutelado	especificamente	pelo	Código	de	Ética	da	OAB.	Devem	ser	feitos	com
discrição	e	moderação,	de	forma	meramente	informativa,	vedada	a	divulgação	em	conjunto	com
outra	atividade.
	 	 Os	anúncios	devem	contar	sempre	com	o	nome	completo	do	advogado	e	o	número	da
inscrição	na	OAB	(ou	do	Registro	da	Sociedade),	podendo	fazer	referência	a	títulos	ou
qualificações	profissionais	(acadêmicos/universitários),	especialização	técnico-científica
(Ramos	do	Direito	em	que	se	especializou)	e	associações	culturais	e	científicas,	endereços,
horário	do	expediente	e	meios	de	comunicação,	sendo	proibido	a	veiculação	no	rádio	ou
televisão,	bem	como	o	uso	de	nome	de	fantasia.
	 	 Qualquer	correspondência,	comunicado	e	publicação,	bem	como	boletins	informativos	e
comentários	sobre	legislação,	inclusive	em	formato	eletrônico	(E-mail),	só	podem	ser
fornecidos	para	colegas	advogados,	clientes	constituídos	e	pessoas	que	solicitem	ou	os
autorizem	expressamente.	É	proibido,	portanto,	qualquer	tipo	de	panfletagem	relacionada	às
atividades	de	advocacia.	A	mala	direta	(ou	SPAM)	não	solicitada	é	permitida	apenas	para
comunicar	a	instalação	ou	mudança	de	endereço	de	escritório	profissional.
	 	 Os	anúncios,	no	Brasil,	devem	ser	sempre	em	Português	e,	quando	em	idioma
estrangeiro,	devem	estar	acompanhados	da	devida	tradução.	Também	é	proibido	mencionar,
direta	ou	indiretamente,	qualquer	cargo,	função	pública	ou	relação	de	emprego	e	patrocínio	que
tenha	exercido,	passível	de	captar	clientela.	Por	exemplo:	ex-Ministro	de	Tribunal	Superior	que
coloca	no	anúncio	o	cargo	exercido,	provoca	vantagem	desleal	para	captação	de	clientes.
	 	 O	Código	de	Ética	visa	impedir	a	mercantilização	da	atividade.	No	caso	de	anúncios
em	placa,	permitido	na	sede	profissional	ou	na	residência	do	advogado,	deve	observar	discrição
quanto	ao	conteúdo,	forma	e	dimensões,	sendo	proibido	o	uso	de	Outdoor.	O	anúncio	também
não	pode	conter	qualquer	fotografia,	símbolo,	figura	ou	desenho	incompatíveis	com	a
sobriedade	e	seriedade	da	advocacia,	sendo	proibido	o	uso	de	símbolos	oficiais	e	dos	que	sejam
utilizados	pela	Ordem	dos	Advogados	do	Brasil	(OAB).
	 	 Não	é	permitida	a	referência	a	valores	dos	serviços	ou	tabelas	(Mercantilização	da
advocacia),	nem	o	uso	de	expressões	que	possam	iludir	o	público	ou	informações	que	possam
suscitar,	direta	ou	indiretamente,	a	captação	de	clientes.	A	menção	ao	tamanho,	qualidade	e
estrutura	da	sede	profissional	também	é	vedada,	bem	como	a	utilização	de	adesivos	em	carros.
	 	 A	participação	eventual	(se	for	habitual	é	proibida)	em	programas	de	rádio	ou	televisão
ou	qualquer	outro	meio,	para	manifestação	profissional,	deverá	visar	objetivos	exclusivamente
ilustrativos,	educacionais	e	instrutivos,	sem	promoção	pessoal	ou	pronunciamento	sobre
métodos	de	trabalho	de	outros	advogados,	bem	como	o	caráter	sensacionalista.	É	vedado,	nos
meios	de	comunicação,	o	debate	sobre	causas	patrocinadas	pelo	advogado	ou	demais	colegas,
bem	como	a	divulgação	de	lista	de	clientes	e	demandas	ou	a	insinuação	para	reportagens	e
declarações	públicas.
DO DESAGRAVO PÚBLICO (Art. 18 do Regulamento Geral)
 	 O	inscrito	na	OAB	(advogado,	estagiário	ou	sociedade	de	advogados)	quando	ofendido
comprovadamente	no	seu	exercício	profissional	ou	no	desempenho	de	cargo	ou	função	da	OAB,
tem	direito	ao	desagravo	público	promovido	pelo	Conselho	competente,	de	ofício	ou	a	seu
pedido	ou	de	qualquer	outra	pessoa.
O	desagravo	consiste-se	numa	Sessão	especial	do	Conselho	competente	para	o	caso
onde	o	mesmo	emitirá	uma	nota	oficial	a	ser	divulgada	na	imprensa,	encaminhada	ao	ofensor	e
às	autoridades	além	do	registro	no	assentamento	funcional	do	ofendido.	A	vítima	da	ofensa	não
poderá	recusar	o	desagravo,	uma	vez	que	existe	para	defesa	da	profissão	e	não	para	a	defesa	da
pessoa.	O	critério	da	realização	ou	não	pertence	ao	Conselho	responsável,	definidos	pela
territorialidade	do	vínculo	profissional	do	advogado.	Ao	Conselho	Federal	compete	o	desagravo
nos	casos	de	ofensa	a	Conselheiro	Federal	ou	Presidente	de	Conselho	Seccional	ou	quando	a
ofensa	a	advogado	for	grave	e	com	repercussão	nacional.
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES (Art. 34 e seguintes do EAOAB e
Código de Ética)
Dos Atenuantes;
	 	 Ao	aplicar	uma	sanção	são	consideradas,	para	fins	de	atenuação	da	pena,	as	seguintes
circunstâncias,	dentre	outras	(Rol	exemplificativo):
1	–	Falta	cometida	na	defesa	de	prerrogativa	profissional;
2	–	Ausência	de	punição	disciplinar	anterior;
3	–	exercício	assíduo	e	proficiente	de	mandato	ou	cargo	em	qualquer	órgão	da	OAB.
	 	 Para	se	verificar	a	conveniência	da	pena	acessória	de	MULTA	e	definir	o	tempo	de
suspensão	levam-se	em	consideração	também	os	antecedentes	profissionais	do	inscrito,	as
atenuantes,	o	grau	de	culpabilidade,	as	circunstâncias	e	as	consequências	da	infração.
	 	 A	prescrição	da	pretensão	punitiva	acontece	com	o	prazo	de	5	(cinco)	anos	da	data	da
constatação	oficial	do	fato.	A	prescrição	intercorrente	acontece	no	prazo	de	3	(três)	anos	da
última	movimentação	processual,	podendo	ser	requerido	pela	parte	ou	feito	de	ofício.
São	04	as	penas	aplicáveis	aos	inscritos	na	OAB	(estagiários	e	advogados);
1	–	Censura	(anotação	oficial	nos	assentamentos	profissionais,	não	é	pública);
2	–	Suspensão	(Proibição	total	do	exercício	profissional	em	todo	o	território	nacional,	pena
pública	e	divulgada);
3	–	Exclusão	(desligamento	compulsório	dos	Quadros	da	OAB,	pena	pública	e	divulgada).
4	–	Multa	(pena	acessória,	de	caráter	pecuniário).
 Aplica-se a Exclusão nos seguintes casos:
1	–	Acumular	03	penas	de	suspensão;
2	–	Fazer	falsa	prova	dos	requisitos	para	inscrição	na	OAB;
3	–	Ser	considerado	inidôneo	moralmente	(para	isso	é	necessária	a	manifestação	de	2/3	do
Conselho	responsável);
4	–	Condenação	por	crime	infamante.
 Aplica-se a Suspensão nos seguintes casos:
1	–	Reincidência	de	Censura;
2	–	Prestar	concurso	a	clientes	ou	terceiros	para	realização	de	ato	contrário	à	lei	ou	destinado	a
fraudá-la;
3	–	Solicitar	ou	receber	de	constituinte	qualquer	importância	para	aplicação	ilícita	ou	desonesta;
4	–	Receber	valores,	da	parte	contrária	ou	de	terceiros	relacionados	com	o	objeto	do	mandato,
sem	expressa	autorização	do	constituinte;
5	–	Locupletar-se	(enriquecer	de	forma	ilegal)	por	qualquer	forma,	à	custa	do	cliente	ou	da	parte
adversa,	por	si	ou	interposta	pessoa;
6	–	Recusar-se,	injustificadamente,	a	prestar	contas	ao	seu(s)	cliente(s);
7	–	Reter	abusivamente	autos	ou	extravia-los	recebidos	com	vista	ou	confiança;
8	–	Deixar	de	pagar	as	contribuições,	multas	ou	serviços	da	OAB;
9	–	Incidir	em	erros	reiterados	que	caracterizem	inépcia	profissional;
10	–	Manter	conduta	incompatível	com	a	advocacia	(Prática	reiterada	de	jogos	de	azar	não
permitidos	em	lei,	embriaguez	ou	toxicomania	habituais,	incontinênciapública	e	escandalosa)
Por questões didáticas, sugerimos aprender as infrações que causam Exclusão e
Suspensão, e todas as demais serão relativas a censura. A censura é aplicada nos seguintes
casos:
1	-	exercer	a	profissão,	quando	impedido	de	fazê-lo,	ou	facilitar,	por	qualquer	meio,	o	seu
exercício	aos	não	inscritos,	proibidos	ou	impedidos;
2	-	manter	sociedade	profissional	fora	das	normas	e	preceitos	estabelecidos	no	EAOAB;
3	–	valer-se	de	agenciador	de	causas,	mediante	participação	dos	honorários	a	receber	(lembrar
que	o	advogado	associado	poderia	incorrer	nesse	artigo,	mas	deve	é	instituto	permitido	após	o
registro	e	averbação	na	OAB);
4	–	angariar	ou	captar	causas,	com	ou	sem	a	intervenção	de	terceiros;
5	–	assinar	qualquer	escrito	destinado	a	processo	judicial	ou	para	fim	extrajudicial	que	não	tenha
feito,	ou	em	que	não	tenha	colaborado;
6	–	advogar	contra	literal	disposição	da	lei,	presumindo-se	a	boa-fé	quando	fundamentado	na
inconstitucionalidade,	na	injustiça	da	lei	ou	pronunciamento	judicial	anterior;
7	–	violar,	sem	justa	causa,	sigilo	profissional;
8	–	estabelecer	entendimento	com	a	parte	adversa	sem	autorização	do	cliente	ou	ciência	do
advogado	contrário;
9	–	prejudicar,	por	culpa	grave,	interesse	confiado	a	seu	patrocínio;
10	–	acarretar,	conscientemente,	por	ato	próprio,	a	anulação	ou	a	nulidade	do	processo	em	que
funcione;
11	–	abandonar	a	causa	sem	justo	motivo	ou	antes	de	decorridos	dez	dias	da	comunicação	da
renúncia;
12	–	recusar-se	a	prestar,	sem	justo	motivo,	assistência	jurídica,	quando	nomeado	em	virtude	de
impossibilidade	da	Defensoria	Pública;
13	–	fazer	publicar	na	imprensa,	desnecessária	e	habitualmente,	alegações	forenses	ou	relativas
a	causas	pendentes;
14	–	deturpar	o	teor	de	dispositivo	de	lei,	de	citação	doutrinária	e	de	julgado,	bem	como	de
depoimentos,	documentos	e	alegações	da	parte	contrária,	para	confundir	o	adversário	ou	iludir	o
juiz	da	causa;
15	–	fazer,	em	nome	do	constituinte,	sem	autorização	escrita	deste,	imputação	a	terceiro	de	fato
definido	como	crime	(OBS:	só	configura	calúnia	se	esta	imputação	for	FALSA);
16	–	deixar	de	cumprir,	no	prazo	estabelecido,	determinação	emanada	do	órgão	ou	autoridade	da
Ordem,	em	matéria	da	competência	desta,	depois	de	regularmente	notificado.
17	–	Praticar,	o	estagiário,	ato	excedente	de	sua	habilitação.
REABILITAÇÃO (Art. 41 do EAOAB)
	 	 Para	aquele	que	sofreu	a	sanção	disciplinar	é	permitido,	após	o	decurso	de	um	ano	do
cumprimento	da	pena,	o	requerimento	de	reabilitação,	em	face	de	provas	efetivas	de	bom
comportamento.
	 	 O	prazo	poderá	ser	superior	a	um	ano	nos	casos	em	que	perdurar	a	situação	que	deu
causa	à	pena,	como	nos	casos	de	atraso	de	pagamento	de	valores	e	taxas	devidas	à	OAB,	nos	de
falta	de	prestação	de	contas	ao	cliente	(ambos	só	podem	ser	reabilitados	após	a	quitação	de
valores	devidos).	Cabe	ressaltar	que	no	caso	de	sanção	derivada	da	prática	de	crime,	o	pedido	de
reabilitação	dependerá	da	reabilitação	criminal.
PROCESSO NA OAB
	 	 A	competência	para	processar	e	julgar	as	infrações	cometidas	por	inscritos	na	OAB	é	do
Conselho	Seccional	cujo	território	tenha	sido	o	local	da	infração,	independente	se	o	infrator
possui	inscrição	principal	ou	suplementar	neste	Conselho.	Nos	casos	de	infrações	perante	o
Conselho	Federal,	caberá	ao	mesmo	processar	e	julgar	o	feito.	A	decisão	condenatória
irrecorrível	deve	ser	comunicada	ao	Conselho	Seccional	onde	estiver	a	inscrição	principal	do
infrator.
	 	 Em	caso	de	repercussão	prejudicial	à	advocacia,	o	Tribunal	de	Ética	e	Disciplina	da
Seccional	onde	fica	a	inscrição	principal	do	infrator	pode	suspendê-lo	preventivamente,	após
ouvir	o	infrator	em	sessão	especial.	Quando	isto	acontecer	o	processo	disciplinar	deverá	ser
concluído	no	prazo	de	noventa	dias.	Subsidiariamente,	utiliza-se	o	Código	de	Processo	Penal
quando	a	legislação	da	OAB	for	omissa.
	 	 O	processo	disciplinar	pode	ser	iniciado	de	ofício	ou	por	requerimento	de	qualquer
pessoa.	Corre	em	sigilo	até	seu	término,	onde	apenas	as	partes	e	seus	procuradores	terão	acesso
aos	autos.	Ao	receber	a	representação	o	Presidente	do	Conselho	competente	deve	designar	um
relator,	que	fará	a	instrução	processual	e	deverá	emitir	um	parecer	preliminar	ao	Tribunal	de
Ética.	Caso	o	relator	não	encontre	indícios	suficientes	para	seguir	com	o	processo,	deverá	relatar
ao	Presidente	do	Conselho	que	poderá	designar	outro	relator	ou	arquivar	a	representação.
	 	 Ao	acusado	deve	ser	assegurada	a	ampla	defesa	em	todas	as	etapas	do	processo.
Havendo	testemunhas,	o	rol	é	de	no	máximo	5	(cinco).	A	pena	de	exclusão	só	pode	ser	aplicada
caso	aja	manifestação	favorável	do	Pleno,	por	decisão	de	no	mínimo	2/3	dos	membros	do
Conselho.	No	caso	de	decisão	não	unânime,	cabe	recurso	para	o	Conselho	Federal.	Nas	decisões
unânimes	o	recurso	só	é	cabível	caso	a	decisão	contrarie	dispositivo	legal	ou	decisão	diferente
de	outro	Conselho	Seccional	ou	do	Conselho	Federal	em	caso	semelhante.	Cabe	recurso
também	ao	Conselho	Pleno	em	decisões	do	seu	Presidente,	Diretoria,	órgão	ou	Tribunal	de
Ética.
DOS ÓRGÃOS DA OAB (Art.	44	e	seguintes	do	EAOAB	e	Art.	44	e	seguintes	do
Regulamento)
	 	 A	OAB	é	a	exclusiva	representante	da	Advocacia	brasileira,	sena	a	responsável	pela
defesa	da	profissão,	sua	seleção	e	disciplina	em	todo	o	Brasil.	Compõe-se	de	4	órgãos:	o
Conselho	Federal,	Conselhos	Seccionais,	Subseções	e	Caixas	de	Assistência	aos	Advogados.	O
Conselho	Federal	tem	sede	em	Brasília	e	é	o	órgão	supremo	da	OAB.	Seu	Presidente	é
considerado,	nos	assuntos	externos,	o	Presidente	Nacional	da	OAB.	Tem	imunidade	tributária
sobre	seus	bens,	rendas	e	serviços	por	ser	um	Serviço	Público.	Os	cargos	de	Conselheiros	e	de
Diretorias	são	exercidos	de	forma	gratuita	e	obrigatória,	contando	como	serviço	público
relevante	inclusive	para	fins	de	aposentadoria	e	promoção.
1 – CONSELHO FEDERAL
	 	 O	Conselho	Federal	é	composto	pelos	Conselheiros	Federais,	integrantes	das	delegações
dos	Conselhos	Seccionais	e	pelos	ex-Presidentes	do	Conselho	Federal.	Cada	delegação	é
composta	de	03	Conselheiros.	Os	ex-presidentes	tem	apenas	direito	a	voz	(salvo	os	que
estiveram	no	cargo	antes	de	1994,	quando	da	promulgação	do	EAOAB).	O	voto	das	delegações
é	tomada	por	maioria,	ou	seja,	cada	delegação	possui	apenas	um	voto,	que	é	computado	por
maioria	dos	componentes	da	delegação.	As	delegações	não	votam	nas	questões	de	interesse
direto	de	suas	seccionais.	O	presidente	do	Conselho	Federal	só	vota	em	caso	de	empate	(voto	de
qualidade)	e	na	escolha	da	Diretoria	do	Conselho	Federal	cada	Conselheiro	tem	direito	a	um
voto	(única	exceção	ao	voto	por	delegação).	Nas	Sessões	do	Conselho	e	quaisquer	de	seus
órgãos,	é	assegurado	aos	Presidentes	das	Seccionais	a	participação	sem	direito	a	voto,	junto	a
delegação	respectiva.
	 	 O	Artigo	54	do	EAOAB	define	algumas	das	competências	do	Conselho	Federal,	mas
em	geral	podemos	resumir	na	função	recursal,	na	representação	EXCLUSIVA	dos	advogados
(ressalvada	a	competência	dos	Sindicatos	de	Advogados	para	efeitos	de	acordo/convenção
coletiva),	a	edição	e/ou	alteração	do	Código	de	Ética,	Regulamento	Geral,	Provimentos	e
Resoluções,	intervenção	nas	Seccionais	quando	for	o	caso,	elaboração	de	seu	orçamento,	a
participação	em	Concursos	Públicos	Federais,	ajuizamento	de	ações	de	controle	de
constitucionalidade,	etc.
	 	 A	Diretoria	é	composta	por	05	cargos:	Presidente,	Vice-Presidente,	Secretário	Geral,
Secretário	Geral	Adjunto	e	Tesoureiro.	Caso	ocorra	a	vacância	definitiva	de	algum	cargo,	o
substituto	assumirá	temporariamente	e	o	Conselho	elegerá	o	substituto	para	o	cargo	que	ficar
vago.	Os	cargos	e	funções	dos	Conselhos	Seccionais	são	idênticos	aos	do	Conselho	Federal,
correspondente	à	sua	esfera	de	ação.
	 	 Com	relação	ao	Patrimônio,	a	aquisição	de	qualquer	bem	(imóvel	ou	móvel)	e	a
alienação	e/ou	oneração	de	bens	móveis	é	encargo	e	decisão	exclusiva	da	Diretoria	do	Conselho
(Seccional	ou	Federal).	No	caso	da	alienação	e/ou	oneraçãode	bens	IMÓVEIS,	é	necessária	a
autorização	da	maioria	das	delegações	no	Conselho	Federal,	ou	da	maioria	dos	membros
efetivos	no	Conselho	Seccional.
	 	 O	Conselho	Federal	se	subdivide	em	cinco	órgãos:	O	Conselho	Pleno,	o	Órgão	Especial
do	Conselho	Pleno,	Câmaras	(Primeira,	Segunda	e	Terceira),	Diretoria	e	Presidente.	Para
desenvolver	suas	atividades,	o	Conselho	também	conta	com	comissões	permanentes	e
temporárias,	designadas	pelo	Presidente,	composta	ou	não	por	Conselheiros	Federais,	com
regimento	interno	próprio	aprovado	pela	Diretoria	do	Conselho	Federal.
CONSELHO PLENO
	 	 Composto	pelos	Conselheiros	Federais	de	cada	delegação	e	pelos	ex-presidentes.
Delibera	em	caráter	nacional	sobre	propostas	e	indicações	relacionadas	às	finalidades
institucionais	da	OAB	(Art.	44,	I	EAOAB)	e	sobre	as	demais	atribuições	do	Art.	54	do	EAOAB.
Elege	o	sucessor	dos	membros	da	Diretoria	do	Conselho	Federal	em	caso	de	vacância,	institui
comissões	permanentes	e	regula	matérias	de	sua	competência.	Pode	decidir	sobre	praticamente
qualquer	tema	desde	que	o	Presidente	considere	o	tema	urgente	e	de	grande	relevância.	Pode
alterar	o	Regulamento	Geral,	Código	de	Ética	e	Provimentos,	além	de	intervir	nos	Conselhos
Seccionais.
ÓRGÃO ESPECIAL DO CONSELHO PLENO
	 	 Composto	por	UM	Conselheiro	Federal	DE	CADA	DELEGAÇÃO,	sem	prejuízo	de	sua
participação	no	Conselho	Pleno,	além	dos	ex-presidentes.	Presidido	pelo	Vice-Presidente	do
Conselho	Federal	e	secretariado	pelo	Secretário-Geral	Adjunto.	Competência	recursal	dos
demais	órgãos	da	OAB	hierarquicamente	inferiores,	bem	como	de	decisões	do	Presidente	e	da
Diretoria	do	Conselho	Federal	e	do	Presidente	do	Órgão	Especial,	resolve	os	conflitos	ou
divergências	entre	os	órgãos	da	OAB.	Pode	determinar	a	Conselho	Seccional	a	instauração	de
processo	disciplinar	quando	encontrar	fato	qualificado	como	infração	disciplinar.
1ª CÂMARA
Presidida	pelo	Secretário-Geral.	Decide	sobre	recursos	relativos	à	atividade	da
advocacia,	prerrogativas,	inscrição	nos	quadros	da	OAB,	incompatibilidades	e	impedimentos.	É
quem	expede	resoluções	regulamentando	o	Exame	de	Ordem,	ouvida	a	Comissão	Nacional	do
Exame	de	Ordem.	Julga	representações	de	matérias	de	sua	competência	além	dos	recursos
contra	decisões	de	seu	Presidente.
2ª CÂMARA
Presidida	pelo	Secretário-Geral	Adjunto.	Decide	recursos	sobre	ética	e	deveres	do
advogado,	infrações	e	sanções	disciplinares.	Promove	em	âmbito	Nacional	a	ética	do	advogado,
juntamente	com	os	Tribunais	de	Ética	e	Disciplina,	editando	resoluções	regulamentadores	ao
Código	de	Ética	e	Disciplina.	Elege,	dentre	seus	integrantes,	os	membros	da	Corregedoria	do
Processo	Disciplinar,	em	número	máximo	de	três,	que	fiscaliza	e	orienta	a	tramitação	dos
processos	disciplinares	da	OAB.
É	subdividida	em	três	turmas,	com	representatividade	regional	para	que	estejam
presentes	todas	as	Regiões	do	País	em	cada	uma	delas.	São	presididas	pelo	Conselheiro	presente
de	maior	antiguidade	no	Conselho	Federal,	admitindo-se	o	revezamento.	Cabe	recurso	ao	Pleno
da	2ª	Câmara	das	decisões	não-unânimes	das	Turmas.
3ª CÂMARA:
Presidida	pelo	Tesoureiro	do	Conselho	Federal.	Decide	os	recursos	relativos	à	estrutura,
aos	órgãos	e	ao	processo	eleitoral	da	OAB,	relativos	à	sociedade	de	advogados,	advogados
associados	e	advogados	empregados.	Aprecia	os	relatórios	anuais	e	delibera	sobre	o	balanço	e
as	contas	da	Diretoria	do	Conselho	Federal	e	dos	Conselhos	Seccionais,	supre	as	omissões	e
regulamenta	normas	para	as	Caixas	de	Assistência	dos	Advogados,	inclusive	mediante
resoluções.	Modifica	ou	cancela	dispositivos	do	Regimento	Interno	do	Conselho	Seccional	que
contrarie	o	EAOAB	ou	o	Regulamento	Geral.
DIRETORIA DO CONSELHO FEDERAL
Composto	pelos	seus	cinco	cargos,	tem	competência	para	dar	execução	às	deliberações
dos	órgãos	deliberativos	do	Conselho,	elaboram	e	submetem	à	Terceira	Câmara	o	orçamento
anual,	relatório	anual	e	balanço	de	contas,	elabora	as	estatísticas	anuais	dos	trabalhos	e	julgados
do	Conselho,	distribui	e	redistribui	atribuições	e	competências	entre	seus	membros,	elaboram	e
aprovam	o	plano	de	cargos	e	salários	e	a	política	de	administração	pessoal	do	Conselho
(proposto	pelo	Secretário-Geral),	promovem	assistência	financeira	aos	órgãos	da	OAB	em	caso
de	necessidade	comprovada	e	com	previsão	orçamentária.	Define	critérios	para	despesas	dos
Conselheiros,	das	comissões	e	convidados.,	resolve	casos	omissos	no	Estatuto	e	no
Regulamento	Geral	ad	referendum	do	Conselho	Pleno.	Importante	ressaltar	que	cabe	à	Diretoria
do	Conselho	a	alienação	e/ou	oneração	de	bens	MÓVEIS!	Para	bens	IMÓVEIS	é	necessária	a
autorização	do	PLENO	do	Conselho.	Uma	vez	que	tenha	a	autorização	da	Diretoria	(para	bens
móveis)	ou	do	Pleno	(para	bens	imóveis)	o	Presidente	poderá	adquirir,	alienar	ou	onerar	esses
bens.
DO CONSELHO SECCIONAL
São	criados	através	de	RESOLUÇÃO	do	Conselho	Federal.	Têm	praticamente	a	mesma
formação	e	competência	do	Conselho	Federal,	guardadas	as	devidas	proporções,	já	que	sua
esfera	de	atuação	restringe-se	ao	território	do	Estado,	Distrito	Federal	ou	Território	a	que
pertença.	O	Conselho	tem	o	número	de	Conselheiros	proporcional	ao	quadro	de	advogados
	 inscritos.	Abaixo	de	3.000	(três	mil)	inscritos,	terá	30	membros.	Após	esse	quantitativo,	a	cada
mais	3.000	(três	mil)	advogados	acrescenta-se	mais	01	(um)	Conselheiro,	até	o	máximo	de	80
(oitenta).
	 	 Compete	ao	Conselho	Seccional	a	organização	da	advocacia	em	seu	território.
Estabelecimento	da	tabela	mínima	de	honorários,	definição	de	comissões	temporárias,
elaboração	de	seu	regimento	interno,	a	gestão	da	Caixa	de	Assistência	dos	Advogados,	sua
composição,	funcionamento	dos	Tribunais	de	Ética	e	Disciplina	e	a	manutenção	do	cadastro	dos
Advogados.
DA SUBSEÇÃO
	 	 Criadas	por	resolução	do	Conselho	Seccional,	devem	observar	para	tanto	os	requisitos
estabelecidos	no	Regimento	Interno	da	Seccional,	bem	como	estudo	preliminar	de	viabilidade
realizado	por	comissão	especial	designada	pelo	Presidente	da	Seccional.	Pode	abranger	um	ou
mais	municípios,	ou	parte	de	município,	inclusive	de	Capital	do	Estado.	No	seu	território	deve
haver	pelo	menos	15	(quinze)	advogados	domiciliados	profissionalmente.	Possui	Diretoria
equivalente	à	da	Seccional,	e	caso	tenha	mais	de	100	(cem)	advogados	profissionalmente
estabelecidos	lá,	poderá	formar	um	Conselho	da	Subseção,	com	número	de	membros	fixados
pelo	Conselho	Seccional.	Serve	como	extensão	da	Seccional	para	aquela	localidade,	podendo
inclusive	instaurar	e	instruir	processos	disciplinares	para	posterior	julgamento	pelo	Tribunal	de
Ética	e	Disciplina	da	Seccional.
DA CAIXA DE ASSISTÊNCIA DOS ADVOGADOS
	 	 Com	personalidade	jurídica	própria,	destina-se	a	prestar	assistência	aos	inscritos	no
Conselho	Seccional	a	que	se	vincule.	Criada	por	aprovação	e	registro	de	seu	Estatuto	pelo
respectivo	Conselho	Seccional	da	OAB.	Pode	realizar	convênios	e	outros	serviços	de	auxílio	ao
advogado,	inclusive	implementar	seguridade	complementar.
DAS ELEIÇÕES
	 	 As	eleições	na	OAB	acontecem	a	cada	03	anos,	sendo	o	voto	obrigatório	para	todos	os
advogados	inscritos,	sob	pena	de	multa	equivalente	a	20%	(vinte	porcento)	do	valor	da
anuidade,	salvo	motivo	justificado	a	ser	apreciado	pela	Diretoria	do	Conselho	Seccional.
Sempre	acontece	na	segunda	quinzena	de	novembro	do	ano	eleitoral.	Os	votos	são	computados
para	Chapas	completas,	que	devem	ser	composta	por	candidatos	ao	Conselho	e	sua	Diretoria,
delegação	ao	Conselho	Federal	e	à	Diretoria	da	Caixa	de	Assistência	dos	Advogados	para
eleição	conjunta.	O	mandato	é	de	03	anos	e	para	concorrer	os	candidatos	devem	exercer	a
atividade	advocatícia	naquela	seccional	e/ou	subseção	há	pelo	menos	05	anos	completos	até	a
data	da	posse.	Para	o	Conselho	Seccional	a	posse	acontece	no	dia	01	de	janeiro	do	ano	seguinte
à	eleição.	No	Conselho	Federal	acontece	no	dia	01	de	fevereiro	do	ano	seguinte	ao	da	eleição.
	 	 A	eleição	nos	Conselhos	Seccionais	é	direta,	ou	seja,os	advogados	votam	diretamente
na	chapa	que	comporá	os	cargos.	Já	no	Conselho	Federal,	a	eleição	é	indireta.	Apenas	os
membros	das	delegações	podem	votar	e	compor	a	sua	Diretoria	(com	exceção	do	Presidente,
que	pode	ser	eleito	entre	não	membro	do	Conselho	Federal,	desde	que	apoiado	por	pelo	menos
seis	Conselhos	Seccionais).	O	mandato	pode	extinguir-se	antes	do	término	nos	casos	de
cancelamento	de	inscrição	ou	licenciamento	do	profissional,	condenação	disciplinar	do	titular,
falta	sem	motivo	justificado	por	três	reuniões	ordinárias	consecutivas
DAS CONFERÊNCIAS E DOS COLÉGIOS DE PRESIDENTES
A	Conferência	Nacional	dos	Advogados	é	órgão	consultivo	máximo	do	Conselho
Federal,	reunindo-se	a	cada	03	anos	(trienalmente),	no	segundo	ano	do	mandato,	tendo	por
objeto	o	estudo	e	o	debate	das	questões	e	problemas	que	digam	respeito	às	finalidades	da	OAB	e
ao	congraçamento	dos	advogados.	De	forma	equivalente,	existem	as	Conferências	dos
Advogados	dos	Estados	e	do	Distrito	Federal,	funcionando	da	mesma	forma,	respeitadas	suas
competências	territoriais.	No	primeiro	ano	do	mandato	se	define	a	data,	local	e	o	tema	centra	da
Conferência.	Suas	decisões	tem	mero	caráter	sugestivo.
São	membros	efetivos	os	Conselheiros	e	Presidentes	dos	órgãos	da	OAB	presentes,	os
advogados	e	estagiários	inscritos	na	Conferência	e	todos	terão	direito	a	voto.	São	convidados	as
pessoas	a	quem	a	Comissão	Organizadora	conceder	tal	qualidade,	sem	direito	a	voto	caso	não
seja	advogado.
O	Colégio	de	Presidentes	de	Seccionais	é	regulado	pelo	Provimento	61/1987	e	se	reúne
ordinariamente	duas	vezes	por	ano	com	a	Diretoria	do	Conselho	Federal	para	promover	o
intercâmbio	de	experiências	entre	as	diversas	Seccionais	e	a	formulação	de	propostas	e
sugestões	ao	Conselho	Federal,	bem	como	servir	de	instância	consultiva	do	Conselho	Federal,
sempre	que	necessário.
Na	reunião	seguinte	do	Colégio	de	Presidentes,	o	Presidente	do	Conselho	Federal
deverá	dar	conhecimento	da	decisão	do	Conselho	Federal	a	respeito	das	recomendações	feitas
pelo	Colégio,	que	sempre	deliberará	por	maioria	simples.

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