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LOGÍSTICA 2018 MÓDULO II DISCIPLINA:PLANEJAMENTO FINANCEIRO CONTÁBIL E CUSTOS EM LOGÍSTICA PROFESSORA: JAÍNE LIMA APRESENTAÇÃO QUEM SOU EU? ONDE MORO? ESCOLARIDADE? O QUE MAIS GOSTO DE FAZER? O QUE PRETENDO? AULA 1 Apresentação; Objetivos da Disciplina; Componente Curriculares; Distribuição de Pontos; Planejamento Financeiro; Planejamento Contábil; Distribuição de pontos Tipo de Avaliação Pontos Equivalentes Exercícios em sala de aula 15 Estudo de caso 10 Apresentações e Seminários 20 Participação e Frequência 10 Trabalho e grupo 20 Prova individual e sem consulta 25 “ A avaliação escolar hoje só faz sentido se tiver o intuito de buscar caminhos para melhorar a aprendizagem” Jussara Hoffmann OBJETIVO DA DISCIPLINA Conduzir o aluno a resolução de problemas, para proporcionar melhor desenvolvimento sobre o conteúdo; Despertar no aluno a importância da sua profissão no mercado de trabalho com base no conteúdo proposto; Praticar os custos logísticos para que os alunos como profissionais de logística possam aplica-los no dia-a-dia. COMPONENTES CURRICULARES Modelo de custeio para a Cadeia de Logística como Direct Product Profitability (DPP) Activity Based Costing(ABC) Planejamento Financeiro O que é? Gitman (1997) discorre "O planejamento financeiro é um dos aspectos importantes para funcionamento e sustentação de uma empresa, pois fornece roteiros para dirigir, coordenar e controlar suas ações na consecução de seus objetivos. Dois aspectos-chave do planejamento financeiro são o planejamento de caixa e de lucros. Planejamento de Caixa Por que planejar? O planejamento de caixa permitirá prever, por exemplo, que o capital de giro será insuficiente em determinado período. Visualizando essa dificuldade com antecedência, é possível tomar atitudes como a renegociação de contratos, para que, chegando a data, você não precise recorrer a um empréstimo bancário. Planejamento de Lucro Por que planejar? O planejamento de lucro, permitirá ter visões sobre o futuro para implementações de medidas a curto prazo, como por exemplo, os períodos sazonais de oscilações nas vendas de produtos. COMO FAZER UM BOM PLANEJAMENTO FINANCEIRO? Planejamento Tributário Na área da logística o planejamento tributário assume um papel de imensa importância, uma vez que há fatores que se não forem analisados culminarão num gasto mais elevado para a empresa no que tange ao pagamento de tributos. Os fatores que precisamos analisar, por exemplo, são: a modalidade logística a ser aplicada, o melhor trajeto, o local de armazenamento, o fluxo de informações e toda a operacionalização. Gestão de custos logísticos O que são custos logísticos? Para Freires (2000) os custos logísticos são aqueles relacionados ás atividades de planejar, implantar e controlar todos os materiais e serviços de entrada, os materiais em processo e os produtos ou serviços de saída, desde o ponto de origem até o ponto de consumo inclusive no processo de descarte. Principais custos logísticos Níveis de serviços Custo de Lotes Custos de embalagens Custo de processamento de pedidos e TI Custos de manutenção e inventário Custos de Armazenagem Custos com PCP Custos de Transporte Custos de Logística Reversa Práticas de Gestão dos Custos Logísticos A fim de estruturar um sistema operacional de gerenciamento de custos logísticos, o método de custeio ABC e as técnicas de gestão operacional Total Cost of Ownership (TCO), Direct Profability (DPP), Customer Analysis (CPA) e Efficient Consumer Response (ERC) são ferramentas indicadas a dar suporte á realização desta gestão. Veremos a seguir cada uma delas. Custo diretos Os custos diretos são aqueles que podem ser atribuídos diretamente à oferta do produto ou serviço prestado por uma empresa. É o tipo de custo que está envolvido no processo de produção e que pode ser mensurado perfeitamente por conta disso. Pensaremos em uma empresa que fabrica bolsas artesanais. Nesse exemplo, alguns custos diretos seriam: Mão-de-obra diretamente envolvida na produção, como costureiros, cortadores de tecido e pregadores de botão; Matéria-prima, como os tecidos, zíperes, botões e tintas; Materiais de embalagem, como as caixas e plásticos que envolvem as bolsas prontas para venda. Custos indiretos Já os custos indiretos, são aqueles que você não consegue relacionar diretamente ao produto ou serviço. Por isso, são aplicados alguns critérios de rateio para destinar esses custos. Esses critérios são uma estimativa em geral e funcionam de forma arbitrária. Veremos um exemplo: Na nossa fábrica de bolsas, atuam um gerente administrativo, um faxineiro, um gerente de logística e um office-boy. Eles também são mão-de-obra, mas não estão diretamente ligados à produção das bolsas. Outros exemplos de custos indiretos Energia elétrica da estrutura física relacionada à administração do negócio; Equipamentos de escritório; Prestadores de serviços terceirizados, como limpeza, segurança e vigilância; Aluguel do espaço da fábrica; Seguros e taxas de manutenção. Custos Fixos e Variáveis Os custos FIXOS são aqueles que não se alteram, independente do faturamento do seu cliente, por exemplo. Já os VARIÁVEIS, como o próprio nome diz, variam de acordo com mudanças nas produção e vendas. Custos variáveis e diretos Os custos com matéria-prima para as bolsas estão diretamente relacionados ao processo produtivo. Entretanto, eles podem variar em função de uma série de razões. Uma delas é um aumento repentino na produção, justificado pelo crescimento das vendas. Outra seria uma diminuição no ritmo de fabricação, por ser uma época de menor procura. Seguindo esse mesmo raciocínio, as compras de materiais de embalagem também entrariam como custos diretos e variáveis na nossa apuração de custos da fábrica! Custos variáveis e indiretos Os custos variáveis e indiretos serão aqueles que não podem ser relacionados imediatamente à produção, mas que oscilam dependendo do ritmo do negócio do seu cliente. Um exemplo bem claro são os custos com telefonia ou office-boy, cujo consumo varia conforme é necessário produzir, ou seja, pela necessidade do mercado. Outro exemplo de custo variável e indireto é a depreciação dos equipamentos não ligados à produção, como computadores do escritório nesse caso, que acontece mais rápido ou mais devagar dependendo do ritmo de uso dos insumos, mas não pode ser conectada diretamente ao processo produtivo. Custos fixos e indiretos Aqui, enquadram-se os custos fixos relacionados diretamente à produção. Não tem mistério! Os salários dos funcionários que produzem as bolsas, por exemplo, precisam ser pagos mensalmente, ainda que a produção diminua ou aumente, ou que as vendas não sigam o planejamento. Custos fixos e diretos O aluguel do espaço da fábrica de bolsas é um ótimo exemplo de custo fixo e indireto. Em um primeiro momento, é possível pensar que o aluguel deve estar embutido nos custos de produção. Entretanto, o espaço não é utilizado apenas pelos funcionários na linha de produção, ele é dividido com as equipes de vendas, o setor administrativo, o financeiro, a secretaria e o departamento de marketing e comunicação. Ou seja, aqui se aplica um critério de rateio. O aluguel é um custo dividido por todos que usufruem do espaço e acaba sendo incluído no custo final do produto indiretamente, por uma divisão arbitrária. Afinal, é inviável determinar exatamente quanto cada funcionário usufrui do espaço alugado.DPP-DIRECT PRODUCT PROFITABILITY “LUCRATIVIDADE DIRETA POR PRODUTO” Essa técnica de rateio de custos, busca identificar os custos incorridos por produto (ou pedido), a medida que eles se deslocam no canal de distribuição. Tem grande aceitação na analise de custos associados ao produto, especialmente no setor varejista. Sob a ótica dos fornecedores, a compreensão do DPP torna-se importante porque sua sobrevivência dependerá dos custos incorridos no processo, a medida em que que o produto se desloca no sistema logístico. Base de cálculo para o DPP O DPP utiliza parcialmente o conceito de Custeio Variável para a análise de lucratividade, uma vez que são inicialmente deduzidos da receita de vendas os custos das mercadorias de vendidas e , então, identificam-se e medem os gastos diretamente alocados ao produto, como mão de obra, espaço, estoque e transporte. ACURÁCIA X PRECISÃO Acurácia: proximidade da medida relativamente ao verdadeiro valor da variável. Precisão: proximidade entre os valores obtidos pela repetição do processo de mensuração. ACURÁCIA X PRECISÃO Assim, quanto mais acurado o processo de mensuração mais próximo está o resultado da medida do valor verdadeiro, de modo que a acurácia está ligada à presença de tendenciosidade enquanto que a precisão diz respeito à repetibilidade das medidas e quanto maior a precisão menor a variabilidade entre as medidas. RATEIO DE CUSTOS O QUE É? A verdade é que essa palavra não é muito usada no português, mas seu significado é bem simples. Ratear significa dividir ou distribuir segundo a proporção que, por justiça, cabe a cada um. Ou seja, existem custos os quais você não consegue apropriar para um único caminhão, por exemplo, e por isso precisam ser divididos entre os veículos que você tem na frota. ABC- ACTIVITY BASED COSTING O custeio ABC (Activity-Based Costing), também conhecido como Custeio Baseado em Atividades, objetiva minimizar as discrepâncias causadas pela utilização de um rateio arbitrário dos custos indiretos. Porém, o ABC é aplicado também nos custos diretos, especialmente na mão de obra direta. Informações gerenciais relativamente mais fidedignas por meio da redução do rateio. Adequar-se mais facilmente às empresas de serviços, pela dificuldade de definição do que seja custos, gastos e despesas nessas entidades. Menor necessidade de rateios arbitrários; Pode fornecer subsídios para gestão econômica, custo de oportunidade e custo de reprodução. Possibilita a eliminação ou redução das atividades que não agregam valor ao produto. Identifica, de forma mais transparente, onde os itens em estudo estão consumindo mais recursos. VANTAGENS DO ABC- ACTIVITY BASED COSTING DESVANTAGENS DO ABC- ACTIVITY BASED COSTING Alto nível de controles internos a serem implantados e avaliados; Necessidade de revisão constante; Levam em consideração muitos dados; Informações de difícil extração; Dificuldade de envolvimento e comprometimento dos empregados da empresa; Necessidade de reorganização da empresa antes de sua implantação; Dificuldade na integração das informações entre departamentos; EXEMPLO PRÁTICO DE COMO CALCULAR O ABC Fashion SA é empresa de confecções produz dois tipos de produtos, de acordo com as informações a seguir: O gestor da empresa nos informou que tudo que foi produzido foi vendido. Além disso, fomos informados de que a empresa possui dois departamentos de produção: Produto Volume mensal de Produção Preço de Venda Unitário Camisetas 18.000 un. R$ 10,00 Calças 13.000 un. R$ 16,00 EXEMPLO PRÁTICO DE COMO CALCULAR O ABC DEPARTAMENTOS DE PRODUÇÃO Corte e Costura Compras Com relação a seus custos e despesas, a empresa nos informou o seguinte: CUSTOS DIRETOS POR UNIDADE Camisetas Calças Tecido R$3,00 R$ 3,00 Mão de obra direta R$ 0,50 R$ 0,75 TOTAL R$ 3,5 R$ 3,75 EXEMPLO PRÁTICO DE COMO CALCULAR O ABC CUSTOS INDIRETOS Aluguel R$ 24.000,00 Material de consumo R$ 12.000,00 Total R$ 36.000,00 DESPESAS Administrativas R$ 5.000,00 Com vendas R$ 2.000,00 TOTAL R$ 7.000,00 EXEMPLO PRÁTICO DE COMO CALCULAR O ABC Para alocar os custos aos produtos e encontrar a Demonstração de Resultados da Fashion SA vamos acompanhar os seguintes passos: PASSO TAREFA 1° Passo Identificar as atividades relevantes. 2° Passo Atribuir custos as atividades. 3° Passo Atribuir custos unitários aos produtos. 4° Passo Demonstração dos resultados de produção. 1º Passo: Identificar as Atividades RELEVANTES: Para identificar as atividades relevantes da empresa precisamos de mais algumas informações do gestor da empresa. Ele nos informa que a empresa tenha os seguintes Departamentos, bem como os processos dentro de cada departamentos, de onde foram destacadas as duas atividades relevantes: EXEMPLO PRÁTICO DE COMO CALCULAR O ABC DEPARTAMENTOS ATIVIDADES Compras Comprar materiais Corte e Costura Cortar e Costurar 2º Passo: Atribuir custos às atividades: A metodologia do Custeio Baseado em Atividades diz que primeiro deve-se alocar custos às atividades. Vimos que isto é feito por meio dos direcionadores de custos, informação obtida por meio de pesquisas e entrevistas com os colaboradores envolvidos nas duas atividades identificadas como relevantes. Dessa forma, os direcionadores de custos às atividades, bem como o custo indireto a que se referem são: Dessa forma, os custos totais de cada atividade são: EXEMPLO PRÁTICO DE COMO CALCULAR O ABC CUSTOS INDERETOS DIRECIONADORES Aluguel Área utilizada Material de Consumo Número de requisição DEPARTAMENTOS ATIVIDADES CUSTOS Compras Compras de materiais R$ 17.000,00 Corte e Costurar Cortar e Costurar R$ 19.000,00 TOTAL R$ 36.000,00 3º Passo: Atribuir os custos unitários aos produtos: Depois de identificada as atividades relevantes, seus direcionadores de recursos e respectivos custos, temos condição de ir para o terceiro passo, que é atribuir custos das atividades aos produtos, ou seja, é custear os produtos. Para isso devemos levantar os direcionadores das atividades aos produtos. Para nosso exemplo vamos considerar os seguintes direcionadores, bem como suas quantidades: EXEMPLO PRÁTICO DE COMO CALCULAR O ABC DIRECIONADORES DAS ATIVIDADES DEPARTAMENTOS ATIVIDADES DIRECIONADORES Compras Comprar materiais Número de pedidos Corte e Costura Cortar e Costurar Tempo de corte e costura QUANTIDADE DE DIRECIONADORES PARA CADA PRODUTO DIRECIONADORES CAMISETAS CALÇAS TOTAL Número de pedidos 150 200 350 Tempo de corte e costura 2.160 2.600 4.760 EXEMPLO PRÁTICO DE COMO CALCULAR O ABC Com base nestas informações anteriores já podemos alocar os custos das atividades aos produtos, da seguinte maneira: COMPRAR MATERIAIS Custo total R$ 17.000,00 DIRECIONADORES :NUMERO DE PEDIDOS Camisetas Calças TOTAL Número de pedidos 150 200 350 Direcionador Unitário 17.000/350=48.571 Custo de comprar materiais 150x48,571= 7.286 200x48,571= 9.714 R$ 17.000,00 CORTAR E COSTURAR Custo total R$ 19.000,00 DIRECIONADORES : TEMPO DE CORTE E COSTURA Camisetas Calças TOTAL Tempo de corte 2.160 2.600 4.760 Direcionador Unitário 19.000/4.760=3,992 Custo de cortar e costurar 2.160x 3,992=8.622 2.600x3,992= 10.378 R$ 19.000,00 EXEMPLO PRÁTICO DE COMO CALCULAR O ABC Por fim, atribuídos os custos indiretos aos produtos e não tendo dificuldade na alocação dos custos diretos já é possível irmos para oquarto passo, a elaboração de Demonstração de Resultados da Fashion SA. 4º Passo: Demonstração de Resultados: EXEMPLO PRÁTICO DE COMO CALCULAR O ABC DR-DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO Camisetas Calças TOTAL Receita de vendas 180.000 208.000 388.000 (-) tecido -54.000 -39.000 -93.000 (-) Mão de obra direta -9.000 -9.750 -18.750 Custos diretos subtotal -63.000 -48.750 -111.750 (-) Comprar materiais -7.286 -9.714 -17.000 (-) Cortar e Costurar -8.622 -10.738 -19.000 Custos indiretos subtotal -15.908 -20.092 -36.000 =Lucro bruto 101.092 139.158 240.250 (-) Administração - 5000 (=) LAIR 233.250 Observem que a forma de alocação dos custos indiretos aos departamentos forma utilizando as seguintes fórmulas: 1- Custo unitário do direcionador: ?Custo da atividade/ nº total de direcionadores *Atividade de Comprar Materiais = $17.000/350 = $ 48,571 2- Custo da atividade atribuído ao produto: - ?Custo unitário do direcionador (1) x nº de direcionadores do produto * Custo da atividade do produto Camisetas = 150 x $ 48,571 = $ 7.286 3- Custo da atividade por unidade de produto: Custo da atividade atribuída ao produto (2) / Qde produzida * Custo unitário da atividade do produto Camisetas = $ 7.286/18.000 = $ 0,40/un Assim de forma simplificada demonstramos de forma didática como seria aplicação da metodologia do custeio baseado em atividade utilizando passo a passo a forma de alocação dos custos aos departamentos através de seus direcionadores de atividades. EXEMPLO PRÁTICO DE COMO CALCULAR O ABC Vantagens X Desvantagens da TCO Vantagens Desvantagens Aumenta a complexidade dos cálculos conforme a modernização Exige muita informação. Requer um sistema eficaz, e com alto custo. Demanda tempo para se calcular Transparência nas informações Sustentação de projetos Determinação das prioridades Permite visualizar custos camuflados Devem ser considerados inputs de todos os departamentos Estas cinco desvantagens são os motivos pelos quais muitas empresas são incapazes de adotar estratégias TCO autonomamente. Poucas possuem os recursos dedicados capazes de gerir tamanha quantidade e diversidade de informação em coordenação com todas as partes envolvidas, e poucas têm frequentemente o know how para encontrar os benchmarks e dados que permitam calcular custos de ciclo de vida com exatidão. TOTAL COST OWNERSHIP(TCO) Custo Total de Posse TCO (Total Cost of Ownership) ou custo total da posse(propriedade), é uma estimativa financeira projetada para consumidores e gerentes de empresas a avaliar os custos diretos e indiretos relacionados à compra de todo o investimento importante, tal como software e hardware, além do gasto inerente de tais produtos para mantê-los em funcionamento, ou seja, os gastos para que se continue proprietário daquilo que foi adquirido. Consequentemente TCO é consultado às vezes como ao custo de operação total. TCO fornece uma base do custo determinando o valor econômico desse investimento.
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