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APS - MEDIAÇÃO E CONCILIACAO

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CURSO DE DIREITO – PERÍODO MANHÃ 
SALA 214 
 
 
Atividade Prática Supervisionada 
 
 
 
Mediação e Conciliação 
Métodos Alternativos de Resolução de Conflitos 
 
 
 
Prof. Augusto Lewin 
(coordenador) 
 
 
 
 
Amanda Medeiros de Azevedo 
 T7473H0 / turma DR7A33 
 
Andrea Rosana Viana Conceição 
 T40623-4 / turma DR8B33 
 
Rita de Cassia dos P. Lourenço 
 C29GHES / turma DR8A33 
 
Simone Norberto Mariano 
 T165598 / turma DR8A33 
 
 
 
SÃO PAULO 
2018 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3 
PROBLEMA APRESENTADO............................................................................... 4 
CONCLUSÃO ........................................................................................................ 7 
 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 8 
3 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Este trabalho se trata da melhor forma para a resolução de conflitos da 
empresa de telefonia móvel que possui milhares de demandas judiciais, onde 
seus consumidores estão insatisfeitos. 
 
 Será proposto com base na legislação vigente uma forma de resolução de 
conflitos para que estas demandas sejam solucionadas. 
 
 
 
 
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PROBLEMA APRESENTADO: 
 
Uma operadora de telefonia celular móvel tem milhares de demandas 
judiciais propostas por consumidores insatisfeitos e, deseja solucionar todas 
essas demandas por meio de conciliação ou mediação. Mas, é imprescindível que 
as mediações ou conciliações realizadas fiquem em sigilo, porque a empresa não 
deseja que os resultados dos acordos sejam conhecidos de outros clientes. Ela, 
então, procura o grupo para assessorá-la na análise dessa proposta. 
 
1. Pesquisar se o melhor instrumento para solução dos conflitos é a 
mediação ou a conciliação. 
 
2. Analisar à luz da legislação aplicável se é possível manter em sigilo o 
resultado da alternativa que vai ser utilizada (mediação ou conciliação). 
 
 A conciliação e a mediação são métodos alternativos de resolução de 
conflitos, que atualmente vem obtendo grande força dentro do nosso 
ordenamento jurídico, tendo em vista que esses meios buscam retirar do Poder 
Judiciário a exclusividade na composição das lides. 
 
 Nesse diapasão, cumpre destacar a diferença entre as duas 
modalidades: 
 
 Na conciliação, segundo o código de processo civil de 2015 em seu art. 
165, § 2.º: “o conciliador, atuará preferencialmente nos casos em que não houver 
vínculo anterior entre as partes, podendo assim, sugerir soluções para o litígio, 
sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação 
para que as partes conciliem” 
 
 Em que pese, de acordo com o § 3.º do mesmo artigo, na mediação, “o 
mediador, atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior 
entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os 
interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da 
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comunicação, identificar, por si próprias soluções consensuais que gerem 
benefícios mútuos”. 
 
 A conciliação e a mediação, nos termos do art. 166 do CPC/2015, são 
reguladas pelos seguintes princípios: 
 
(a) independência: os mediadores e conciliadores exercem sua função de forma 
independente, livres de qualquer pressão ou subordinação. 
 
(b) imparcialidade: os conciliadores e mediadores são terceiros estranhos às 
partes, que, portanto, agem de forma imparcial, objetivando a melhor composição 
do conflito para os envolvidos. A imparcialidade não é afetada pelo fato de se 
aplicar técnicas negociais, com o fim de proporcionar um ambiente favorável à 
autocomposição (art. 166, § 3º); 
 
(c) autonomia da vontade: as partes têm o poder de definir as regras do 
procedimento conciliatório, a fim de atender às especificidades do caso concreto, 
desde que não sejam contrárias ao ordenamento jurídico (art. 166, § 4º); 
 
(d) confidencialidade: as partes deverão guardar sigilo, não apenas do conflito 
instaurado, mas, também, de todas as informações produzidas no curso do 
procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto 
por expressa deliberação das partes (art. 166, § 1º). Essa obrigação se estende 
aos conciliadores, mediadores e membros de suas equipes, que não poderão 
divulgar ou depor acerca dos fatos e elementos decorrentes do procedimento (art. 
166, § 2º); 
 
(e) oralidade: consubstanciada no contato pessoal e direto do mediador e 
conciliador com as partes; 
 
(f) informalidade: os procedimentos não são rígidos, devem seguir as regras 
estabelecidas livremente pelas partes. A mediação e a conciliação permitem que 
os envolvidos usem da criatividade para construir a solução mais satisfatória a 
seus interesses; 
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(g) decisão informada: antes de iniciar o procedimento, as partes devem ser 
devidamente esclarecidas sobre os seus direitos e as opções que lhes são 
disponibilizadas pelo ordenamento, para que possam chegar a uma composição 
livre e informada. 
 
 Pois bem, diante das diferenças destacadas, indubitavelmente que no 
caso em tela o melhor instrumento para a solução será a mediação, tendo em 
vista que já existem demandas judiciais propostas contra a telefonia, ou seja, já 
existia um vinculo subjetivo anterior entre as partes. As grandes empresas 
antenadas às novas formas de solução de conflitos, vem adotando estas 
modalidades para uma resolução rápida dos litígios e principalmente visando a 
fidelização dos seus clientes. 
 
 De acordo com a Lei 13.140/2015, art.30: “Toda e qualquer informação 
relativa ao procedimento de mediação será confidencial em relação a terceiros, 
não podendo ser revelada sequer em processo arbitral ou judicial salvo se as 
partes expressamente decidirem de forma diversa ou quando sua divulgação for 
exigida por lei ou necessária para cumprimento de acordo obtido pela mediação”, 
sendo assim toda e qualquer informação relativa ao procedimento de mediação 
será confidencial em relação a terceiros, não podendo ser revelada nem sequer 
em processo arbitral ou judicial. 
 
 A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no 
curso do procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso 
daquele previsto por expressa deliberação das partes, art. 166, § 1º do CPC 2015: 
“A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no curso do 
procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto 
por expressa deliberação das partes”. 
 
 O mediador deverá alertar as partes acerca das regras de 
confidencialidade aplicáveis ao procedimento. 
 
 
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CONCLUSÃO 
 
 Tendo em vista que a Lei da Mediação informa expressamente que a 
mediação tem como princípios a imparcialidade, a autonomia da vontade das 
partes, a confidencialidade e da prova inadmissível que em suma resguarda 
documentos ou informação da mediação, caso for apresentado em processo 
judicial o juiz não deverá aceitá-lo, determinando assim o desentranhamento do 
processo. 
 
 A aproximação, o diálogo, a negociação e a formalização do acordo 
podem ser feitos totalmente pela Internet, com o avanço da tecnologia, as 
pessoas e empresas já contam com recursos tecnológicos que permitem que todo 
o processo envolvendo a mediação seja online, Lei 13.140/2015 art. 46: “A 
mediação poderá ser feita pela internet ou por outro meio de comunicação que 
permita a transação à distância, desde que as partes estejam de acordo” 
 
 A empresa tem o objetivo de evitar a judicialização, buscando sempre 
acordos entre as partes e assim reconquistara confiança dos clientes. 
 
 Dessa forma, o desejo da empresa encontra-se resguardado, não 
somente pelas garantias previstas na Lei 13.105/2015 Código de Processo 
Civil, Lei da Mediação 13.140/2015, bem como resolução 125/10. 
 
8 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
CÂMARA, Alexandre Freitas. Mediação e conciliação na Resolução 125 do CNJ e 
no projeto de Código de Processo Civil. In: MENDES, Aluisio Gonçalves; 
 
HUMBERTO TEODORO JUNIOR, Curso de Direito processual Civil I. 
 
PELUZO, Min. Antônio Cezar e RICHA, Morgana de Almeida (Coords.) 
Conciliação e Mediação: Estruturação da Política Judiciária Nacional. Rio de 
Janeiro: Forense, 2011. 
 
RODRIGUES JÚNIOR, Walsir Edson. A prática da mediação e o acesso à justiça. 
Belo Horizonte: Del Rey, 2007, p. 91. Resolução 125 do CNJ. 
 
WAMBIER, Tereza Arruda Alvim (orgs.). O processo em perspectiva: jornadas 
brasileiras de direito processual. São Paulo: RT, 2013, p.45. 
 
Sites consultados: 
https://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI260094,21048-
Conciliacao+e+alternativa+para+conflitos+de+relacoes+de+consumo 
http://www.editorajc.com.br/conciliacao-como-meio-de-resolucao-de-conflitos-e-
sua-aplicabilidade-na-lei-n-13-1052015/ 
 
http://www4.planalto.gov.br/legislacao/portal-legis/legislacao (acesso em 
26/10/2018 13h16)

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