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AULA 02 HISTÓRIA DA ARQUITETURA PARTE 1- ANTIGUIDADE CLÁSSICA À IDADE MODERNA Universidade de Pernambuco – Escola Politécnica Engenharia Civil Disciplina: Arquitetura Professora : Juliana Melo jmelo.urb@gmail.com Linha do tempo arquitetônica Arquitetura Greco-romana Arquitetura Românica Arquitetura Gótica Arquitetura Renascentista Arquitetura Barroca Arquitetura Rococó Século XIX Século V Século VI ao XI Século XII ao XIV Século XV ao XVII Século XVI ao XVIII Século XVIII Arquitetura Maneirista Século XVI ao XVII Arquitetura Grega (séc. IV ao VII a.C.) Arquitetura Clássica “O objetivo da arquitetura clássica sempre foi alcançar uma harmonia inteligível entre as partes.” (Summerson, 1999:4) Contexto • Os gregos descendem da civilização Micênica, se consolidaram em posição geográfica favorável ao tráfego marítimo, ; • Formaram a base da tradição intelectual ocidental: avançados na educação, nas artes, política, esportes, etc; • Regime democrático; • Apesar de existir escravidão, a maior parte da população era livre. • Era um todo único, circundada por muros, mas não subdividida, sem bairros reservados a determinadas classes sociais; • Adaptada ao meio físico (paisagem, relevo, cursos d’água); • Espaços destinados ao encontro do povo: ágora, mercados, teatros todos ao ar livre; • Habitações simples, pois a maior parte da vida era nos espaços públicos. Arquitetura Clássica A polis [cidade-estado] grega Acrópole Ágora centro da vida religiosa, onde se encontravam os templos, no ponto mais alto da cidade centro da vida política, social e econômica Acrópole de Atenas Teatro de Epidauro (séc. IV a.C) Contexto x Arquitetura • Politeísta antropomorfa se os deuses tinham forma humana, os valores do corpo humano eram ressaltados pela arte; • Democrática e humanista sistemas construtivos simples Principais características • Proporção entre as partes; simetria; harmonia e simplicidade. Arquitetura Clássica Arquitetura Grega Arquitetura Clássica Ordens arquitetônicas Arquitetura Clássica Arquitetura Grega Dórica Jônica Coríntia Arquitetura Romana (séc. VI a.C. – V d.C.) Arquitetura Clássica Contexto • Roma começa como uma pequena cidade sem importância no território etrusco, se desenvolve até se transformar na urbe (capital do Império Romano): “todos os caminhos levam à Roma”; • O Império Romano teve como maior característica o cosmopolitismo, influência de diversos povos conquistados; • Influência maior: civilizações etrusca e grega; “Até o século II d.C., Roma é uma ‘cidade aberta’ , que cresce e ocupa uma superfície cada vez maior, sem ter necessidade de se defender com um cinturão de muros” (BENÉVOLO, 2005:143) Arquitetura Clássica A urbe [capital] romana • Traçado urbano determinado por normas geométricas; • O Fórum Romano era equivalente ao Capitólio; • A cidade romana é resultado de uma sucessão de marcos e monumentos construídos para celebrar o governo de diferentes imperadores: Circus Máximo, Coliseu, Arcos, Coluna de Trajano; • Grandes infraestruturas: aquedutos, esgoto, estradas, etc. Arquitetura Clássica O Fórum Romano Arquitetura Clássica Contexto x Arquitetura Romana • Império vários monumentos para celebrar o poder dos homens; • Influência de vários povos, mistura de formar e elementos arquitetônicos • Escravidão construção de grandes monumentos e infraestruturas; Principais características • Rigor geométrico; • Solidez; • Utilização de arcos plenos e abóbadas: arrojo estrutural, utilização do concreto; • Ornamentação com elementos fitomorfos (da natureza). Coliseu (70 a 90 a.C.) Arquitetura Clássica Panteão de Roma (27 a.C.) Arquitetura Greco-romana Arquitetura Clássica • Com a decadência do Império Romano no século V d.C e ascensão da civilização Islâmica, a arquitetura greco-romana é mesclada à de influência muçulmana; • O maior exemplo está em Constantinopla, última cidade do Império Romano, hoje conhecida como Istambul. Arquitetura Clássica: “um edifício clássico é aquele cujos elementos decorativos derivam direta ou indiretamente do vocabulário arquitetônico do mundo antigo – o mundo ‘clássico’. Esses elementos são facilmente reconhecíveis , como, por exemplo, os cinco tipos padronizados de colunas [...], os tratamentos de aberturas e frontões, ou ornamentos.” (Summerson, 1999:4) Arquitetura Medieval (séc. V- XVI) “A Idade Média tirou da Antiguidade Clássica grande parte de seus problemas estéticos, mas conferiu a tais temas um novo significado, inserindo-nos no sentimento do homem, do mundo e da divindade típicos da visão cristã.” (ECO, 1980) pezzatti.sites.uol.com.br apanaceiaessencial.blogspot.com Arquitetura Medieval Românica Gótica Contexto • Com o fim do Império Romano, período de temor às invasões, ruínas das cidades e dispersão das pessoas no campo; • Ascenção da igreja e poder do Clero; • Novas organizações sociais: Feudalismo; • Sociedade: Nobreza, Clero, Vassalo e Servos. Arquitetura Românica (Séc. VI ao XI) Arquitetura Medieval Contexto x Arquitetura • Baixa Idade Média, poder (e saber) do Clero e Nobreza: construções religiosas e castelos; • Temor às invasões bárbaras: arquitetura pesada, obscura. Principais características • Paredes grossas e autoportantes, poucas e pequenas aberturas; • Pouco arrojo estrutural: basicamente arcos plenos e abóbadas; • Utilização da alvenaria de tijolos e pedras Monastério de Saint Martin (1001-26) Técnicas e Sistemas construtivos: • Paredes autoportantes; • Abóbadas (de berço e cruzarias); • Cúpulas; • Arcos plenos ou de volta perfeita; Arquitetura Medieval Características plásticas • Sobriedade; • Aspecto resistente; • Repetição de elementos construtivos: janelas e colunas; • Interior pesado e escuro; • Fachadas com modulação geométrica: expressando as divisões da planta. Arquitetura Medieval • Planta cruciforme; • Teto abobado; • Naves laterais; • Uso de sinos. Catedral de Pisa Arquitetura Medieval Contexto • Se desenvolve na Alta Idade Média, tempo de temores e incertezas; • Período da Inquisição e poder absoluto da Igreja Católica. Características gerais • Verticalidade dos edifícios substitui a horizontalidade do Românico; • Paredes mais leves e finas função de vedação; • Contrafortes em menor número; • Evolução estrutural Permite maior número de aberturas; • Torres ornamentadas; • Utilização do arco ogival; • Consolidação dos arcos feita por abóbadas de arcos cruzados ou de ogivas; • Nas torres (principalmente nas torres sineiras) os telhados são em forma de pirâmide. Arquitetura Medieval Arquitetura Gótica (Séc. XII ao XIV) Catedral de Milão (sec. XIV-XV) Arquitetura Medieval Arquitetura Medieval Arquitetura Medieval Sistema estrutural Arcada; Abóbada ogival; Abóbada de nervuras (ou nervurada); Arco quebrado ou ogival; Paredes mais finas e com grandes e inúmeras aberturas. Novos elementos arquitetônicos: vitrais e rosácea. Arquitetura Medieval O arcobotante (ou botaréu) é uma construção em forma de meio arco, erguida na parte exterior dos monumentos góticos para apoiar as paredes e distribuir seu peso; Esta inovação estrutural permitiu aberturas maiores e paredesmais finas. O arco quebrado ou arco ogival é um novo elemento estruturante da arquitetura Gótica e veio substituir o arco de volta perfeita utilizado no Românico. Arquitetura Medieval Arquitetura Medieval Transepto: parte de um edifício de uma ou mais naves que atravessa perpendicularmente o seu corpo principal perto do coro e dá ao edifício a sua planta em cruz latina Arquitetura Medieval Elementos ornamentais: Vitrais: composições temáticas em vidros coloridos nas aberturas; Rosácea: elemento arquitetônico ornamental usado em catedrais durante o período Gótico, sobre o portal da fachada principal; Pináculo: é o ponto mais alto de um determinado lugar, um edifício ou uma torre. O pináculo é uma forma decorativa como remate; Gárgulas: elemento ornamental com formas do imaginário Gótico, algumas vezes tinha a função de escoar a água dos telhados. Arquitetura Medieval lmc.ep.usp.br artesdoroteia.blogspot.com luismatemoreno.blogspot.com Catedral Saint Denis - França Arquitetura Medieval Catedral Chartres- França Arquitetura Medieval Arquitetura Renascentista (Século XV ao XVII) “A questão central da estética clássica foi portanto a crença em critérios absolutos de beleza, baseados em leis proporcionais. Esse axioma fundamental da doutrina clássica afirmava que o belo é inerente a natureza porque a vontade divina havia impresso uma grande harmonia (...)” (Guinsburg, 1999) Arquitetura Renascentista Contexto • Decadência do Feudalismo, com o fim das invasões barbaras ressurgimento lento do comércio e do desenvolvimento nas cidades; • Fim da “Idade das Trevas”, culto ao homem (antropocentrismo) e à razão; • Avanços da ciência: Iluminismo; • Mercantilismo e Capitalismo. Arquitetura Renascentista Veneza, 1493 “Paralelamente, a cavalaria foi substituída pela artilharia, o que tornou definitivamente as muralhas obsoletas; e os moradores das cidades desceram das colinas para as planícies (Benévolo, 2001)”. Palma Nova, Itália Predomínio da uniformidade, traçados regulares e as ruas irradiadas de uma praça central, que canhões defendiam estrategicamente as entradas da cidade. Contexto • Decadência do Feudalismo, com o fim das invasões barbaras ressurgimento lento do comércio e do desenvolvimento nas cidades; • Fim da “Idade das Trevas”, culto ao homem (antropocentrismo) e à razão; • Avanços da ciência: Iluminismo; • Mercantilismo e Capitalismo; • Surgem os tratados Renascentistas que estudam princípios racionais, geométricos para uma arquitetura da Renascença. Arquitetura Renascentista Principais características • Rigor geométrico e regras de composição; • Simetria, ritmo, proporções, pureza das formas; • Simplicidade; • Perspectivas. Arquitetura Renascentista Villa Capra, dita La Rotonda, Arquitetura Renascentista Tempietto (Donatto Bramante) Arquitetura Maneirista (Século XVI ao XVII). Arquitetura Maneirista • Também conhecido como Renascimento tardio; • Reúne as razão renascentista, o vocabulário clássico, mas ao mesmo tempo explora impactos visuais, ilusionismos, situações absurdas e paradoxais [..] através de exageros, contrações e desproporções (BRANDÃO, 2001) “Razão e desrazão habitam nele simultaneamente, e esse trágico conflito ocupa agora a sua essência.” (BRANDÃO,2001) Arquitetura Maneirista Arquitetura Barroca (Século XVI ao XVIII) “Em todas as artes, a marca mais evidente do barroco é a tensão dinâmica entre um profundo domínio da forma, o gosto do movimento e o amor pelo detalhe ornamental” (SKRINE,1987) Contexto • Crise da Igreja Católica, Reforma e Contrareforma; • Absolutismo; • Utilização da arquitetura Barroca para expressar grandeza e monumentalidade; • O Barroco se opõe à racionalidade do Renascimento e explora as tensões, emoções, ilusionismo, através de formas curvas, pinturas, perspectivas, para passar uma mensagem ideológica da Igreja. Arquitetura Barroca Afresco em teto do Palazzo Barberini, Roma Características arquitetônicas • Curvas sinuosas tanto nas plantas como nas elevações; • Volutas; • Formas côncavas e convexas, criando surpresa e efeitos luminosos; • Interiormente, estão cobertas por estuques, pinturas, retábulos em talha dourada, criando a ilusão de um espaço maior, ligando teto e parede; Igreja de Santa Ágata (Sicilia) • Portal principal tem maior ênfase pela decoração vertical e pela acumulação de ornamentação - esculturas, frontões, colunas; • Torres sineiras, nos lados da fachada, são elementos independentes que reforçam a verticalidade. Características arquitetônicas no espaço interno: • Pinturas com linhas ondulantes, serpentinadas, turbilhões de figuras voadoras, querubins e anjos, inseridos numa luz celestial, ascendendo ao infinito, na procura de Deus, através de invisíveis linhas de perspectiva; • Mármores policromados; • Talha dourada; • Esculturas; • Retábulos; • Telas; • Órgãos. Igreja Nossa Senhora do Carmo Arquitetura Barroca Cúpula colossal (representava simbolicamente o Céu); prolonga as paredes Arquitetura Barroca Apoteose de Santo Inácio, teto da Igreja de Santo Inácio de Loyola, Roma Arquitetura Rococó (Século XVI ao XVIII) “Roc pela origem é um tipo usual de decoração de jardins no século XVIII, baseado no uso de conchas inseridas em amontoados artificiais de rochas, formando grutas e fontes.” Destaca-se: Linhas flexíveis, movimento ondulatório Enfatiza luz diurna, utiliza-se de porta-janela, espelhos, fundos brancos Luxo interno e exterior simples (novo contexto social saída da aristocracia no poder) Leituras recomendadas: BENEVOLO, Leonardo. História da Cidade. 4. A cidade livre na Grécia 5. Roma: a cidade e o Império Mundial 7. As cidades europeias da Idade Média 8. A cultura artística da Renascença 11. As capitais da Europa Barroca Exercício de Fixação Escolha um dos Estilos Arquitetônicos, para descrever as principais características, relacione como o contexto social do período em que se insere, coloque seus principais elemento, sistema estrutural, material utilizado e esquemas de desenho.
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