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Apostila Pediatria 2009

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Prévia do material em texto

FUNDAÇÃO FRANCISCO MASCARENHAS 
ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ECISA – PATOS – PB 
CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
PEDIATRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOCENTE: ARETUSA DELFINO DE MEDEIROS 
 
 
 
 
 
 
PATOS – PB 
 
SUMÁRIO 
 
 
UNIDADE ASSUNTO PÁG 
01 Introdução a Enfermagem Pediátrica 3 
02 Cuidados de Enfermagem ao Recém Nascido 6 
03 Teste de PKU 12 
04 Programa Nacional de Imunização 14 
05 Assistência de Enfermagem no Crescimento e Desenvolvimento da Criança 20 
06 Atenção Integrada as Doenças Prevalentes na Infância - AIDPI 32 
07 Infecções Respiratórias Agudas 33 
08 Diarréia Aguda 38 
09 Desnutrição 41 
10 Desidratação 43 
11 Necessidades Básicas da Criança 46 
12 Hospital Pediátrico 54 
13 Humanização da Assistência a Criança Hospitalizada 59 
14 Admissão e Alta da criança 61 
15 Cuidados de Enfermagem no Pré, trans e pós – operatório da criança 64 
16 Assistência de enfermagem a Criança Terminal 67 
17 Assistência de Enfermagem nas doenças prevalentes na infância 70 
 Escabiose 70 
 Pediculose 71 
 Impetigo 71 
 Dermatites 72 
 Monilíase Oral 72 
 Glomerulonefrite Difusa Aguda 73 
 Crise Convulsiva 74 
 Septicemia 78 
 
Técnicas Pediátricas 
 
81 
18 Referências Bibliográficas 86 
19 Anexos 87 
 
 3 
UNIDADE 1 
INTRODUÇÃO À ENFERMAGEM PEDIÁTRICA 
 
 O significado social e a existência de um grande número de crianças em qualquer população são 
marcas de enfermagem pediátrica. Esta se caracteriza pela atenção a um grupo de pessoas que está em 
constante crescimento e desenvolvimento e pela abordagem de ações preventivas em seu cotidiano de 
assistência. 
 O aparecimento da Pediatria como especialidade ocorreu na Europa, quando alguns médicos 
começaram a observar e a estudar as diferenças das doenças ocorridas em adultos e em crianças. 
Antes disso, o fato não tinha o menor significado tanto para médicos quanto para enfermeiras. O 
aparecimento do primeiro departamento de Pediatria na Universidade de Havard se deu em 1888. 
 Há algum tempo, a assistência de enfermagem à criança hospitalizada seguia condutas e 
procedimentos extremamente rígidos. A ausência de medicamentos antibióticos, os altíssimos índices 
de infecção, o grande número de crianças doentes e o próprio despreparo de profissionais levavam ao 
estabelecimento de regras de isolamento e repouso muitas vezes absurdas, como o uso de camisas - de 
- força. Preocupados com o risco de infecção cruzada e despreparados para atender as necessidades 
individuais da criança e dos pais, os profissionais de saúde as mantinham isoladas, tanto uma das outras 
como da mãe e do restante da família. Com os avanços na área de saúde, houve mudanças nos métodos 
de assistência à criança.O advento da Psicologia, os estudos de Freud e de outros sobre o 
comportamento humano deram início a uma abordagem mais integral à criança, possibilitando a 
compreensão das suas necessidades emocionais,em suas diversas fases de crescimento e 
desenvolvimento. 
 
1.0 – CONCEITOS BÁSICOS NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA: 
 
1.1- Enfermagem Pediátrica: É um campo de estudo e de prática da enfermagem dirigida à 
assistência à criança até a adolescência. Ou, ainda, é um campo da enfermagem que se dedica ao 
cuidado do ser humano em crescimento e desenvolvimento, desde o nascimento até a 
adolescência. 
1.2- Pediatria: É o campo da Medicina que se dedica à assistência ao ser humano em crescimento e 
desenvolvimento, desde a fecundação até a adolescência. 
1.3- Neonatologia: é o ramo da Pediatria que atende o recém-nascido, desde a data do nascimento 
até completar 28 dias; 
1.4- Puericultura: também denominada de Pediatria Preventiva, é o ramo da Pediatria que cuida da 
manutenção da saúde da criança e do acompanhamento de seu crescimento e desenvolvimento. 
1.5- Hebiatria: é o ramo da Pediatria que atende as necessidades de saúde do adolescente. 
 
1.6- Classificação da infância em grupos etários: 
 
 Período neonatal: 0 a 28 dias; 
 Infância: de 29 dias a 10 anos 
 - Lactente: 29 dias a 2 anos 
- Pré – escolar: 2 a 7 anos 
- Escolar: 7 a 10 anos. 
 Adolescência: de 10 anos a 20 anos. 
 
2.0. DIREITOS DA CRIANÇA: 
 
2.1- DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS: Em 1924, os direitos da criança foram declarados 
pela ONU, mas o reconhecimento da Declaração Universal dos Direitos Humanos aconteceu em 1959. 
Profª Aretusa Delfino
 4 
Objetivando afirmar que toda criança merece uma infância feliz e que possa gozar de direitos e 
liberdades, essa declaração enunciou os seguintes princípios: 
 
“Toda criança gozará de todos os direitos enunciados na Declaração”: 
 
 A criança gozará de proteção especial e ser-lhe-ão proporcionadas oportunidade e facilidade, a 
fim de facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social de forma sadia e 
normal e em condições de dignidade. 
 Toda criança terá direito a nome e nacionalidade, desde o nascimento; 
 A criança gozará os benefícios da previdência social,a criança terá direito à alimentação, 
habitação, recreação e assistência médica adequadas; 
 À criança incapacitada física ou mentalmente, serão proporcionados o tratamento, a educação e 
os cuidados especiais; 
 Para o desenvolvimento completo e harmonioso da sua personalidade, a criança precisa de amor 
e de compreensão. 
 A criança terá direito a receber educação, que será gratuita e obrigatória, pelo menos no grau 
primário; 
 A criança figurará, em qualquer circunstância, entre os primeiros a receber proteção e socorro; 
 A criança deve ser protegida contra quaisquer formas de negligência, crueldade e exploração; 
 A criança gozará de proteção contra atos que possam suscitar discriminação racial, religiosa ou 
de qualquer outra natureza (ONU, 1959). 
 
3.0. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: 
 
 O Estatuto da criança e do adolescente foi legalizado em 1990, pela Lei Federal nº 8.069. Ao 
prestar sua assistência, os técnicos e os auxiliares de enfermagem, assim como os demais profissionais 
de saúde, deverão considerar os direitos prescritos por esse Estatuto, sob pena de serem acionados 
judicialmente. No Brasil, com relação à saúde, as crianças e os adolescentes têm os seguintes direitos: 
 
Art.7º. A criança e o adolescente têm direito à proteção, à vida e a saúde, mediante a efetivação de 
políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em 
condições dignas de existência. 
 
Art. 8º. É assegurado à gestante, através do SUS, o atendimento pré e perinatal. 
 
Art 9º. O Poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao 
aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade. 
 
Art 10º. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e 
particulares, são obrigados a: 
I- manter registro das atividades desenvolvidas pelo prazo de 18 anos; 
II- Identificar o recém-nascido; 
III- Proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo 
do recém-nascido, bem como, a orientação aos pais; 
IV- Fornecer declaração de nascimento onde constem as intercorrências do parto e do 
desenvolvimento de neonato. 
 
Art 11º. È assegurado atendimento médico à criança e ao adolescente, através do SUS, garantindo o 
acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação da saúde. 
 
Profª Aretusa Delfino
 5 
 
 Anotações 
Art 12º. Os estabelecimentos de atendimentos á saúde deverão proporcionar condições paraa 
permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou 
adolescente. 
 
Art 13º. Os casos de suspeita ou maus tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente 
comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade. 
 
Art 14º. O SUS promoverá programas de assistência médica e odontológica para a prevenção das 
enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, e campanhas de educação sanitária para 
pais, educadores e alunos. 
 
Parágrafo único: É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades 
sanitária. ( MS, 2001) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Aretusa Delfino
 6 
UNIDADE 2 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO RECÉM - NASCIDO 
1. CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DO RN (RECÉM-NASCIDO) QUANTO: 
 
1.1. Idade Gestacional: 
 
 RN À TERMO OU NORMAL: é toda criança nascida de uma gestação entre 38 a 42 
semanas de gestação. (280 dias/ Dando margem de 15 dias antes ou após o parto). 
 RN PREMATURO: é toda criança nascida de uma gestação entre 28 a 37 semanas de 
gestação. 
 RN POSMATURO: é toda criança nascida de uma gestação com mais de 42 semanas de 
gestação. 
 
1.2. Peso Ao Nascer 
 
 A.I.G (Adequado para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso > 2,5 a 4 kg – entre 
percentis 10 e 90. 
 P.I.G (Pequeno para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso igual ou inferior a 2,5 
kg, abaixo do percentil 10. 
 G.I.G (Grande para a Idade Gestacional): é todo RN que nasce com peso igual ou superior a 4 kg 
– acima do percentil 10. 
 
RN DE ALTO RISCO: È o produto de uma gestação de alto risco, onde as intercorrências patológicas 
e/ou sociais representam fatores de agressão ao binômio mãe-filho, determinando morbi-mortalidade 
perinatal, que pode perdurar até 28 dias pós-parto. 
Cuidados após o Nascimento:A transição bem-sucedida de um feto (imerso no líquido amniótico e 
totalmente dependente da placenta para obter nutrientes e oxigênio) até o seu nascimento, respirando 
e chorando vigorosamente, é algo sempre maravilhoso. Os recém-nascidos saudáveis necessitam de um 
bom cuidado para garantir seu desenvolvimento normal e uma boa saúde. 
 Imediatamente após um nascimento normal, a equipe da sala de parto ajuda a mãe a segurar o 
seu filho. A amamentação geralmente pode ser iniciada neste momento caso a mãe assim o desejar. O 
pai é também encorajado a segurar o seu filho e a compartilhar esses momentos. Alguns especialistas 
acreditam que o contato físico imediato com a criança ajuda a estabelecer vínculos afetivos. Contudo, 
os pais podem estabelecer bons vínculos afetivos com seus filhos inclusive quando não passam as 
primeiras horas juntos. 
1.CUIDADOS IMEDIATOS AO RN: 
 São aqueles prestados ainda na sala de parto. 
1.1. Desobstrução das VASS: 
Objetivos: 
 Promover limpeza das VASS e a instalação imediata e posterior manutenção da respiração. 
 Impedir tamponamento dos espaços bronco-alveolares. 
 Impedir anóxia. 
OBS: 1º se aspira a boca, depois o nariz. 
Avaliação das condições vitais do RN, através da Escala de Apgar. 
Profª Aretusa Delfino
 7 
ESCALA DE APGAR 
SINAIS ESCORE O ESCORE 1 ESCORE 3 
Freqüência das pulsações Ausente Menos de 100 Acima de 100 
Esforço respiratório Ausente Superficial Choro forte 
Tônus muscular Atonia/Hipotonia Ligeira flexão Movimentos ativos 
Irritabilidade reflexa Ausente Careta Espirro/tosse 
Cor da pele Cianose/Palidez Cianose de 
extremidades 
Rósea 
 
1.2. Pinçamento e secção do cordão umbilical 
 
 
OBS: Realiza-se após a cessação dos batimentos 
1.3. Aspiração do suco gástrico 
1.4. Credeização /Método de Credé: Instila-se 1 gota de Nitrato de Prata a 1% nos olhos, na vagina 
e/ou pênis do RN a fim de evitar oftalmia gonocócica, transmitida verticalmente. 
1.5. Identificação do RN (Nome da gestante, data e hora do nascimento): Identificar o recém-
nascido com pulseira própria ou feita com esparadrapo e colocada no antebraço e tornozelo. 
2.CUIDADOS MEDIATOS AO RN: 
 São aqueles prestados na Unidade de Internação Pediátrica. 
2.1.Higiene: O Banho é realizado aproximadamente 6 horas ou mais após o nascimento. Tenta-se não 
retirar o material gorduroso esbranquiçado (verniz caseoso) que recobre a maior parte da pele do 
recém-nascido, pois ele ajuda a protegê-lo contra a infecção. 
2.2.Administração de Vitamina K. Como todos os conceptos nascem com concentração baixa de 
vitamina K, o enfermeiro ou o técnico de enfermagem administra 1mg por via IM desta vitamina para 
evitar a ocorrência de sangramentos (doença hemorrágica do recém-nascido) Objetivo: Catalisar a 
síntese da protrombina no fígado. 
2.3.Curativo do Coto Umbilical: Higiene do Coto Umbilical é em geral, uma solução antisséptica ( álcool 
a 70%) aplicada no cordão umbilical recém-seccionado, para ajudar a evitar a infecção e o tétano 
neonatal. O clipe plástico do cordão umbilical é removido 24 horas após o nascimento. O coto 
remanescente deve ser umedecido diariamente com uma solução alcoólica. Este processo acelera a 
Profª Aretusa Delfino
 8 
secagem e reduz a possibilidade de infecção do coto. O coto umbilical cairá por si mesmo, geralmente 
entre o 5º e o 12º dia. Um retardo maior na queda não deverá ser motivo de preocupação. 
2.4.Medidas Antropométricas: 
Peso: Balança adequada, protegida com fralda. 
Comprimento: Utilização da Mesa antropométrica. 
2.5. Aquecimento: Manter RN aquecido, no berço (conforme rotina do hospital) e manter observação 
rigorosa (cianose; vômito; tremores; respiração). É fundamental que o recém-nascido seja mantido 
aquecido. Assim que possível, ele deve ser enrolado em panos leves (cueiros) e a sua cabeça é coberta, 
para reduzir a perda do calor corpóreo. 
À Enfermagem cabe: 
– Registrar, na ficha do recém-nascido, sua impressão plantar e digital do polegar direito da mãe; 
– Em partos múltiplos a ordem de nascimento deverá ser especificada nas pulseiras através de números 
(1, 2, 3, 4 etc.) após o nome da mãe; 
– Preencher a ficha do recém-nascido com os dados referentes às condições de nascimento, hora e data 
do parto. 
 
Primeiros Dias do RN 
Durante os primeiros dias após o nascimento, os pais aprendem a alimentar, a banhar e a vestir 
a criança, familiarizando-se com suas atividades e sons. 
A primeira urina produzida por um recém-nascido é concentrada e, freqüentemente, contém 
substâncias químicas denominadas uratos, que podem dar às fraldas uma coloração rosa,que não deve 
ser confundida com sangue 
A primeira evacuação consiste no mecônio (substância negro-esverdeada e viscosa), que é 
conteúdo do intestino formado durante a gestação por secreções digestivas do fígado, pâncreas e 
intestino fetal, líquido amniótico deglutido e células intestinais Todo recém-nascido deve eliminar o 
mecônio nas primeiras 24 horas após o nascimento. Após 2 a 3 dias do nascimento surgem as chamadas 
"fezes de transição". 
Durante os primeiros dias de vida, o recém-nascido normalmente perde 5 a 10% de seu peso ao 
nascimento. Este peso é rapidamente recuperado à medida que ele começa a se alimentar. 
 
ANAMNESE E EXAME FÍSICO DO RECÉM-NASCIDO 
 
Nome da mãe, procedência, instrução, estado civil, residência. Registro materno e do recém-
nascido quando usado a ficha de internação neonatal. 
O primeiro exame físico do recém-nascido tem como objetivo: 
– Detectar a presença de malformações congênitas 
– Avaliar a capacidade de adaptação do recém-nascido à vida extra-uterina. 
– O exame físico deve ser realizado com a criança despida, mas em condições técnicas satisfatórias. 
 
OBSERVAÇÃO GERAL 
 
Avaliar apostura, atividade espontânea, tônus muscular, tipo respiratório, fácies, estado de 
hidratação e estado de consciência. Estas características são variáveis, próprias para cada tipo de 
recém-nascido, termo, prematuro e pequeno para a idade gestacional. 
 
Profª Aretusa Delfino
 9 
POSTURA : Nas primeiras horas após o nascimento, todo o RN mantém-se encurvado, com os 
MMSS/II fletidos (+ 72h). 
 
CABEÇA : Todo RN apresenta a cabeça grande em relação ao corpo. 
 PC (Perímetro Cefálico) = +/- 35 cm (2 cm > PTorácico) 
O crânio tem 6 ossos: 1 frontal, 1 occipital, 2 parietais e 2 temporais. Sua forma mais comum é a 
ovóide, mas ao passar pelo canal vaginal pode sofrer alterações como: 
 Cavalgamento: superposição dos ossos (Acavalgamento) 
 Caput-Succedanuem: edema dos tecidos moles do couro cabeludo. 
 Cefalematoma: hemorragia com acúmulo de sangue entre periósteo e o osso. 
 
Fontanelas: São espaços cartilaginosos, quadriláteros encontrados na cabeça através da palpação. As 
principais são: 
 Bregma ou Bregmática ou Anterior (>): se fecha por volta de 18 meses. 
 Lâmbda ou Lambdóide ou Posterior (<): se fecha por volta de 4 meses. 
 
Principal função das fontanelas: facilitar a passagem do feto no canal do parto; desenvolvimento da 
caixa craniana tanto na vida fetal como no pós-natal. 
 
FACE: 
 Todo RN pode apresentar a face edemaciada, com manchas, em conseqüência do trabalho de parto, 
regredindo espontaneamente. 
 Face assimétrica: O RN pode apresentar a face desigual devido a uma posição defeituosa na 
vida fetal. 
 Millium Facial ou sebáceo: são pequenos pontos brancos provocados pela obstrução dos poros; 
localizados na região frontal e nasal (1º mês). 
 Estrabismo: devido à imaturidade do sistema nervoso (nervo óptico imaturo), o RN não 
consegue coordenar o globo ocular, podendo persistir até o 6º mês. 
 PELE: 
 Vérnix Caseoso: secreção normal da pele, rica em glicoproteínas, colesterina, ferro e albumina, 
caracterizada por uma película lipóide, a qual se atribuem propriedades imunitárias. Facilita a 
passagem do feto na hora do parto, e é reabsorvida pela pele nas 48 horas após o parto. 
 Eritroderma neonatal: variação na coloração da pele, que vai desde o rosa ao vermelho intenso. 
Causa: eritrócitos periféricos. 
 Icterícia fisiológica: surge após 48 horas e tem como causa a imaturidade das células 
hepáticas/ hemólise exagerada (eritroblastos imaturos). Terapêutica: Fototerapia. 
 Mancha Mongólica: é uma mancha de forma irregular, de coloração azulada, localizada na 
região lombo-sacra ou sacro-glútea que desaparece por volta dos 10 anos. É mais comum na raça 
negra ou descendentes. 
 Descamação fisiológica: surge nos primeiros dias – descamação em grandes retalhos, mais 
comuns no abdômen, mãos e pés. 
 Lanugem: são pêlos longos, finos e ralos, localizados na face, orelhas, dorso, MMSS, MMII, 
desaparecendo por volta do 1º mês. 
ORELHAS: 
 Observar forma, tamanho, simetria, implantação e papilomas pré-auriculares. Uma anomalia do 
pavilhão pode estar associado a malformação do trato urinário e anormalidade cromossômicas. 
 A acuidade auditiva pode ser pesquisada através da emissão de um ruído próximo ao ouvido e 
observar a resposta do reflexo cocleo-palpebral, que é o piscar dos olhos. 
NARIZ: 
 Observar forma; permeabilidade de coanas, mediante a oclusão da boca e de cada narina 
separadamente e/ou à passagem de uma sonda pelas narinas; e a presença de secreção 
serossanguinolenta. 
Profª Aretusa Delfino
 10 
BOCA: 
 Observar a conformação do palato (ogival); a presença de fenda palatina; da fissura labial (lábio 
leporino); o desvio da comissura labial que pode estar associado à paralisia facial por 
traumatismo de parto. 
 Visualizar a úvula e avaliar tamanho da língua e freio lingual. 
PESCOÇO: 
 Curto e com mobilidade. Por volta dos 3 meses, há sustentação. 
 
TÓRAX: 
 O tórax do recém-nascido é cilíndrico e o ângulo costal é de 90°. Uma assimetria pode ser 
determinada por malformações de coração, pulmões, coluna ou arcabouço costal. 
 Observar o engurgitamento das mamas e/ou presença de leite que pode ocorrer em 
ambos os sexos, bem como a presença de glândulas supranumerárias. 
PULMÕES: 
 A respiração é abdominal, quando predominantemente torácica e com retração indica 
dificuldade respiratória. A frequência respiratória média é de 40 movimentos no RN de termo e 
até 60, no prematuro. Os movimentos serão contados durante dois minutos e dividido o total 
por dois. 
CARDIOVASCULAR: 
 A freqüência cardíaca varia entre 120 a 160 batimentos por minuto. 
 Os batimentos cardíacos tem a sua intensidade máxima ao longo do bordo esquerdo do esterno. 
A presença de sopros em recém-nascidos é comum nos primeiros dias e podem desaparecer em 
alguns dias. Se o sopro persistir por algumas semanas é provável que seja manifestação de 
malformação congênita cardíaca. 
 A palpação dos pulsos femurais e radiais é obrigatória. 
 A tomada da medida da pressão arterial no recém-nascido, pode ser feita pelo método do 
"flush", que utiliza o processo de isquemia da extremidade onde se efetua a medida, por meio 
de uma faixa de Esmarch, e observa a que medida no manômetro se produz fluxo sanguíneo 
durante a diminuição da compressão pela faixa. 
ABDOME: 
 Inspeção 
 A distensão abdominal pode ser devida à presença de líquido, visceromegalia, obstrução ou 
perfuração intestinal. 
 
 
GENITÁLIA: 
 Masculina 
 A palpação da bolsa escrotal permite verificar a presença ou ausência dos testículos, que podem 
encontrar-se também nos canais inguinais. Denomina-se criptorquia a ausência de testículos na bolsa 
escrotal ou canal inguinal. A hidrocele é frequente e a menos que seja comunicante, se reabsorverá com 
o tempo. 
A fimose é fisiológica ao nascimento. Deve-se observar a localização do meato urinário: ventral 
(hipospadia) ou dorsal (epispádia). 
 Feminina 
 Os pequenos lábios e clitóris estão proeminentes. Pode aparecer nos primeiros dias uma secreção 
esbranquiçada mais ou menos abundante e às vezes hemorrágica. 
EXTREMIDADES: 
 Os dedos devem ser examinados (polidactilia, sindactilia, malformações ungueais). 
 O bom estado das articulações coxo-femurais deve ser pesquisado sistematicamente pela 
abdução das coxas, tendo as pernas fletidas, e pela pesquisa de assimetria das pregas da face 
posterior das coxas e subglúteas. 
Profª Aretusa Delfino
 11 
 
 Anotações 
EXAME NEUROLÓGICO: 
O exame neurológico compreende a observação da atitude, reatividade, choro, 
tônus,movimentos e reflexos do recém-nascidos. Deve-se pesquisar os reflexos de Moro,sucção, busca, 
preensão palmar e plantar, tônus do pescoço, extensão cruzada dos membros inferiores, 
endireitamento do tronco e marcha automática. 
 
Reflexos do Recém-nascido 
 
Reflexo Descrição 
De Moro 
Quando o recém-nascido se assusta, seus membros 
superiores e inferiores balançam para fora e para frente, 
num movimento lento, com os dedos esticados 
De Busca 
Quando qualquer um dos extremos da boca de recém-
nascido é tocado, ele vira a cabeça para esse lado. Este 
reflexo permite que o recém-nascido encontre o mamilo 
De sucção 
Quando um objeto é colocado na boca do recém-nascido, 
ele começa a sugar imediatamente 
 
 
Profª Aretusa Delfino
 12 
UNIDADE 3 
 
TESTE DE PKU ( TESTE DO PEZINHO) 
 
Nome popular para a Triagem Neonatal, o teste do pezinho é gratuito e deve ser feito a partir 
de gotas de sangue colhidas do calcanhar do recém-nascido. Por ser uma parte do corpo rica em vasos 
sanguíneos, o material pode ser colhido em uma única punção, rápida e quase indolor para o bebê. No 
teste, o sangue da criança é coletado em papelfiltro especial. As amostras de sangue obtidas são secas 
e posteriormente enviadas ao laboratório para o processamento dos exames. 
 
 
 
 Em sua versão mais simples, o teste do pezinho foi introduzido no Brasil na década de 70 para 
identificar duas doenças (chamadas pelos especialistas de "anomalias congênitas", porque se 
apresentam no nascimento): a fenilcetonúria e o hipotireoidismo. Ambas, se não tratadas a tempo, 
podem levar à deficiência mental. 
 A identificação precoce de qualquer dessas doenças permite evitar o aparecimento dos 
sintomas, através do tratamento apropriado. Por isso, recomenda-se realizar o teste idealmente no 5º 
dia de vida do bebê. Antes disso, os resultados não são muito precisos ou confiáveis. A partir desse dia, 
é importante que toda mãe leve seu filho para fazer o exame. Assim o tratamento, se for o caso, será 
mais eficaz. 
 Por meio de lei federal, o teste se tornou obrigatório em todo o País, em 1992, embora ainda 
não alcance a totalidade dos recém-nascidos. A portaria de número 822, de 6 de junho de 2001, 
assinada pelo ex-ministro José Serra, criou o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) com o 
objetivo de atender a todos os recém-natos em território brasileiro. 
 Atualmente, já existe uma versão ampliada, que permite identificar mais de 30 doenças antes 
que seus sintomas se manifestem. Trata-se, no entanto, de um recurso sofisticado e ainda bastante 
caro, não disponível na rede pública de saúde. 
DOENÇAS DIAGNOSTICADAS 
 FENILCETONÚRIA: É uma doença genética, de caráter autossômico recessivo decorrente da 
deficiência da enzima fenilalanina-hidroxilase. Em conseqüência a fenilalanina acumula-se no 
sangue do RN, com efeitos tóxicos do sistema nervoso central, podendo causar até a deficiência 
mental severa. 
Conseqüências 
Deficiência mental irreversível. 
Convulsões, problemas de pele e cabelo. 
Problemas de urina e até invalidez permanente. 
Profª Aretusa Delfino
 13 
 
 Anotações 
Tratamento: Controle alimentar com dieta especial à base de leite e alimentos que não contenham 
fenilalanina, sob rigorosa orientação médica, para que o bebê fique bom e leve uma vida normal. 
 HIPOTIREOIDISMO CONGÊNITO 
É hereditário, causado pela falta de uma enzima, impossibilitando que o organismo forme o T4, 
hormônio tireoidiano, impedindo o crescimento e desenvolvimento de todo o organismo inclusive o 
cérebro, sendo a deficiência mental uma de suas manifestações mais importantes. 
Conseqüências 
Deficiência mental irreversível, convulsões, problemas de pele e cabelo, problemas de urina e até 
invalidez permanente. 
Tratamento 
Administração de hormônio tireoidiano, sob rigoroso controle médico, para que o bebê fique bom 
e tenha uma vida normal. 
Profª Aretusa Delfino
 14 
UNIDADE 4 
CALENDÁRIO BÁSICO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA NO PRIMEIRO ANO DE 
VIDA 
As vacinas (cujo nome advém de vaccinia, o agente infeccioso da varíola bovina, que, quando é 
injetado no organismo humano, proporciona imunidade à varíola no ser humano) são substâncias tóxicas, 
que ao serem introduzidas no organismo de um animal, suscitam uma reação do sistema imunológico 
semelhante à que ocorreria no caso de uma infecção por um determinado agente patogênico, por forma 
a tornar o organismo imune a esse agente (e às doenças por ele provocadas).São, geralmente, 
produzidas a partir de agentes patogênicos (vírus ou bactérias), ou ainda de venenos, previamente 
enfraquecidos. Por inserir no organismo esse tipo de substâncias, os efeitos colaterais podem ser 
adversos, correspondendo ao esforço que nosso corpo está fazendo para controlar as substâncias. A 
descoberta da vacina se deve às pesquisas de Louis Pasteur, que em seu leito de morte, disse: "O vírus 
não é nada, o terreno é tudo", com isso ele estava explicando que os vírus só se multiplicam sem 
controle (gerando doenças) em um organismo, se encontrarem terreno favorável para isso. Mas a vacina 
já era usada anteriormente, na forma de medicina popular, pelos chineses e povos do mediterrâneo. 
Pasteur, entretanto, formalizou seu uso com o rigor científico. 
Calendário Básico de Vacinação da Criança 
IDADE VACINAS DOSES 
DOENÇAS EVITADAS 
 
Ao 
nascer 
BCG - ID 
dose 
única 
Formas graves de tuberculose 
Vacina contra hepatite B 
(1) 
1ª dose Hepatite B 
1 mês Vacina contra hepatite B 2ª dose Hepatite B 
2 meses 
 Vacina tetravalente (DTP 
+ Hib) (2) 
 1ª dose 
 
Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras 
infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b 
VOP (vacina oral contra 
pólio) 
1ª dose Poliomielite (paralisia infantil) 
VORH (Vacina Oral de 
Rotavírus Humano) (3) 
1ª dose Diarréia por Rotavírus 
 
4 meses 
Vacina tetravalente (DTP 
+ Hib) 
2ª dose 
Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras 
infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b 
VOP (vacina oral contra 
pólio) 
2ª dose Poliomielite (paralisia infantil) 
VORH (Vacina Oral de 
Rotavírus Humano) (4) 
2ª dose Diarréia por Rotavírus 
6 meses 
Vacina tetravalente (DTP 
+ Hib) 
3ª dose 
Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras 
infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b 
VOP (vacina oral contra 
pólio) 
3ª dose Poliomielite (paralisia infantil) 
Vacina contra hepatite B 3ª dose Hepatite B 
9 meses Vacina contra febre dose Febre amarela 
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 15 
amarela (5) inicial 
12 
meses 
SRC (tríplice viral) + 
Hepatite A 
dose 
única 
Sarampo, rubéola e caxumba / Hepatite A 
15 
meses 
VOP (vacina oral contra 
pólio) 
reforço Poliomielite (paralisia infantil) 
DTP (tríplice bacteriana) 1º 
reforço 
Difteria, tétano e coqueluche 
18 
meses 
Hepatite A reforço Hepatite A 
4 - 6 
anos 
DTP (tríplice bacteriana 
2º 
reforço 
Difteria, tétano e coqueluche 
SRC (tríplice viral) reforço Sarampo, rubéola e caxumba 
10 anos Vacina contra febre 
amarela 
reforço Febre amarela 
(1) A primeira dose da vacina contra a hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do 
recém-nascido. O esquema básico se constitui de 03 (três) doses, com intervalos de 30 dias da primeira para a segunda dose e 
180 dias da primeira para a terceira dose.(2) O esquema de vacinação atual é feito aos 2, 4 e 6 meses de idade com a vacina 
Tetravalente e dois reforços com a Tríplice Bacteriana (DTP). O primeiro reforço aos 15 meses e o segundo entre 4 e 6 anos.(3) 
É possível administar a primeira dose da Vacina Oral de Rotavírus Humano a partir de 1 mês e 15 dias a 3 meses e 7 dias de idade 
(6 a 14 semanas de vida)(4) É possível administrar a segunda dose da Vacina Oral de Rotavírus Humano a partir de 3 meses e 7 
dias a 5 meses e 15 dias de idade (14 a 24 semanas de vida). O intervalo mínimo preconizado entre a primeira e a segunda dose é 
de 4 semanas.(5) A vacina contra febre amarela está indicada para crianças a partir dos 09 meses de idade, que residam ou que 
irão viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área de transição (alguns 
municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Se 
viajar para áreas de risco, vacinar contra Febre Amarela 10 (dez) dias antes da viagem. 
BCG 
Composição: Bacilo Calmette-Guérin liofilizado, obtido por atenuação do M. bovis, cepa Mooron-Rio. 
Idade: a partir do nascimento e revacinação quando não houver cicatriz vacinal. 
Indicação: em especial nas crianças menores de 5 anos e preferencialmente nos menores de 1 ano. O 
mais precocemente em crianças HIV positivas assintonáticas.Dosagem e via de administração: 0,1ml ID na inserção inferior do deltóide. 
Agulha: 13x3,8 
Tempo de validade após aberto o frasco: 06 horas. 
Eventos adversos: formação de abscesso e/ou ulceração (axilar). 
Contra-indicação: imunodeficiência congênita ou adquirida; HIV sintomático; < 2000g, afecções 
dermatológicas extensas (escabiose, impetigo= adiamento). 
Conservação: +2 + 8ºC inativada quando exposta à luz artificial. 
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 16 
HEPATITE B 
Composição: Há 2 tipos : 1 partícula viral tratada com formol (2 recombinação do RNA viral através de 
engenharia genética). 
Idade: nas primeiras 12 horas de vida. 
Esquema: 0,1,6 meses – 1ª dose para 2ª dose intervalo de 30 dias e da 1ª dose para 3ª dose um 
intervalo de 6 meses. 
Dosagem e via de administração: 0,5 ml ou de acordo com o fabricante, IM profunda no Vasto Lateral 
da Coxa (VLC) em crianças até 2 anos e deltóide em crianças maiores. 
Agulha: 20x5,5 (menores de 2 anos) 25x6 ou 25x7 (maiores de 2 anos). 
Tempo de validade após aberto o frasco: até o final do frasco. 
Eventos adversos: dor no local da injeção e febre baixa. 
Contra-indicação: reação anafilática sistêmica na dose anterior. 
Conservação: + 2º+ 8º, congelamento inativa. 
POLIOMIELITE 
Composição: vírus vivo atenuado em cultura de células. 
Idade: a partir dos 2 meses até 4 anos 11 meses e 29 dias. 
Esquema: 3 doses a partir dos 2 meses de idade, com intervalos de 60 dias e no mínimo 30 dias; dose de 
reforço aos 15 meses. 
Dosagem e via de administração: 2 gotas oral. 
Tempo de validade após aberto o frasco: 05 dias. 
Contra-indicação: crianças com imunodeficiência (congênita ou adquirida); pessoas submetidas a 
transplante de medula; crianças HIV+ sintomáticas (AIDS). 
Conservação:geladeira, +2+8ºC. 
Observação: Retornar ao refrigerador ou isopor imediatamente após a vacinação. 
TETRAVALENTE 
Composição: vacina que contém toxidóide diftérico, tetânico e Bordetella pertussis, além de 
polissacarídeo capsulares (Poliribosol-ribtol-fosfato- PRP) do Haemophilus influenza conjugada com uma 
proteína carreadora tetânica. 
Idade: até 11 meses e 29 dias. 
Via de administração: IM ou VLC. 
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 17 
Esquema: 3 doses de 0,5ml a partir dos 2 meses de idade, com intervalo entre as doses de 60 dias e no 
mínimo 30 dias. 
Agulha: 20x5,5. 
Tempo de validade após aberto o frasco: 05 dias. 
OBS: Não administrar em crianças maiores de 1 ano. Caso, o esquema não esteja completo, completar 
com DTP. 
Eventos adversos: dor, vermelhidão, febre, mal-estar e irritabilidade nas 24-48h. 
Contra-indicação: crinaças que desencadeiam reação anafilática não administrar dose seguinte. 
Conservação: +2 +8ºC. 
TRÍPLICE BACTERIANA – DTP 
Composição: a vacina tríplice DTP contém toxóide diftérico, toxóide tetânico e Bordetella pertussis 
inativada em suspensão, tendo como adjuvante hidóxido ou fosfato de alumínio. 
Idade: 1º primeiro reforço aos 15 meses e o 2º reforço entre 4-6 anos. Idade mínima aos 12 meses. 
Esquema: 2 doses de 0,5 mal a partir dos 15 meses de idade. 
Via de administração: IM profunda no VLC e em crianças maiores de 2 anos administrar no deltóide. 
Agulha: 20x5,5 (menores de 2 anos) 25x6 ou 27x7 (maiores de 2 anos). 
Tempo de validade após aberto o frasco: até o final do frasco. 
Evento adversos: dor, vermelhidão, febre, mal-estar geral e irritabilidade nas primeiras 24 a 48 horas. 
Contra-indicações: a aplicação da vacina tríplice DTP é contra-indicada em crianças que tenham 
apresentado após a aplicação da dose anterior – reação anafilática. 
TRÍPLICE VIRAL 
Composição: vacina combinada do vírus vivo atenuado, liofilizado contra sarampo a rubéola e caxumba. 
Idade: a partir dos 12 meses de idade, recomenda-se aos 15 meses para coincidir com o reforço da DTP 
e pólio. 
Via de administração: SC. 
Esquema: 0,5 ml dose única e reforço entre 4 – 6 anos de idade. 
Agulha: 13x4,5 . 
Tempo de validade após aberto o frasco: 8 horas. 
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 18 
Efeitos adversos: febre e erupções de curta duração, entre o 5º e o 10º dia de pós-vacina, artralgia e 
artrite, mais freqüentemente em mulheres adultas. 
Contra-indicação: reação sistêmica ao ovo de galinha (urticária, edema da glote, dificuldade 
respiratória, hipotensão ou choque), gravidez. 
Conservação: +2+8ºC. 
FEBRE AMARELA 
Composição: vacina derivada da cepa 17, vírus da febre amarela, Sacarose 8 mg e 3 mg de glutamato de 
sódio. 
Idade: a partir dos 9 meses. 
Indicação: contra a febre amarela. 
Via de administração: SC no deltóide. 
Esquema: 1ª dose aos 9 meses e reforço a cada 10 anos. 
Agulha: 13x 4,5. 
Tempo de validade após aberto o frasco: 4 horas. 
Eventos adversos: dor local, cefaléia e febre. 
Contra-indicação: crianças menores de 6 meses; portadores de imunodeficiência (congênita ou 
adquirida), neoplasias malignas e pacientes HIV+ sintomáticos; uso de corticoesteróides em doses 
elevadas; pessoas com história de reação anafilática após consumo de ovo. 
Conservação: +2+8ºC, quando congelada inativa. 
ROTAVÍRUS 
Composição: é uma vacina elaborada com vírus isolados de humanos e atenuados para manter a 
capacidade imunogênica, porém não patogênica. 
Idade: mínima 1 m e 15 dias e idade máxima 5 meses 15 dias. 
Indicação: gastroenterite provocada pelo vírus rotavírus. 
Vias de administração: Cada dose corresponde a 1 ml (exclusivamente oral). 
Tempo de validade após aberto o frasco: 24 horas após a preparação da vacina. 
Esquema: 2 doses; 2 meses e 4 meses, com intervalo entre as doses de 60 dias e no mínimo 30 dias. 
Eventos adversos: reação sistêmica grave até 2 h após a administração; presença de sangue nas fezes 
até 42 dias após vacinação; internação por abdome agudo até 42 após a dose da vacina. 
Justificativas para a sua inclusão no calendário vacinal infantil: 
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 19 
 
 Anotações 
1.Os rotavírus constituem a principal causa de gastroenterites em crianças, sendo responsável por mais 
de 400.000 óbitos por ano em países em desenvolvimento. 
2.A maior incidência das infecções por rotavírus se concentra na faixa etária de 6 a 24 meses, com o 
quadro clínico clássico caracterizado-se por diarréia precedida de febre e vômitos, evoluindo 
rapidamente para desidratação. 
VACINA DUPLA BACTERIANA – dT 
Composição: toxóide diftérico+tetânica com hidróxido de alumínio ou fosfato de alumínio como 
adjuvante. 
Idade: dT administrar em crianças maiores de 7 anos e adultos. 
Dosagem e via de administração: 0,5 ml IM profunda no deltóide. 
Esquema: 3 doses com intervalo entre as doses de 60 dias e no mínimo 30 dias. O reforço é aplicado a 
cada 10 anos. 
Agulha: 25x6 ou 25x7. 
Tempo de validade após aberto o frasco: até o final do frasco 
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 20 
UNIDADE 5 
 
A ENFERMAGEM, O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA 
 
 O Crescimento ( C ) e o desenvolvimento ( D ) , são indicadores da saúde das crianças; por essa 
razão o acompanhamento desses processos se constitui na ação –eixo da assistência à saúde da 
criança.As equipes de enfermagem e de saúde devem estar alertas para intervir no processo de CD, 
quando necessário, da maneira mais precoce possível. No Brasil, o MS (1984) preconiza que a atenção à 
infância deve se estruturar a partir do acompanhamento do CD. 
 O crescimento e desenvolvimento são o que caracteriza a criança, dessa forma , a atenção a 
criança existe para promover o C e o D. 
 
DEFINIÇÕES: 
 
►CRESCIMENTO: Constitui as alterações biológicas que implicam em aumento corporal da criança, 
manifestadas pelo aumento do tamanho das células (Hipertrofia), e pelo aumento do número de 
células (Hiperplasia). É um quantitativo.Referencia-se por: 
 
 Peso 
 Estatura 
 Perímetro cefálico 
 Perímetro torácico 
 Alteração das fontanelas 
 Dentição 
 Alterações na proporção corporal e tecidos corporais 
 
►DESENVOLVIMENTO: É o aumento da capacidade do indivíduo na realização de funções cada vez 
mais complexas. A criança desenvolve controle neuro-muscular, destreza e traços de caráter, funções 
que só podem ser medidas por meio de provas funcionais. 
 
 Habilidades motoras grossas 
 Habilidades motoras finas 
 Desenvolvimento da linguagem 
 Desenvolvimento congnitivo 
 Desenvolvimento social e afetivo 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO: 
O crescimento é um processo biológico, de multiplicação e aumento do tamanho celular, 
expresso pelo aumento do tamanho corporal.Todo indivíduo nasce com um potencial genético de 
crescimento, que poderá ou não ser atingido, dependendo das condições de vida a que esteja submetido 
desde a concepção até a idade adulta. Portanto, pode-se dizer que o crescimento sofre influências de 
fatores intrínsecos (genéticos, metabólicos e malformações, muitas vezes correlacionados, ou seja, 
podem ser geneticamente determinadas) e de fatores extrínsecos, dentre os quais destacam-se a 
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 21 
alimentação, a saúde, a higiene, a habitação e os cuidados gerais com a criança Como conseqüência, as 
condições em que ocorre o crescimento, em cada momento da vida da criança, incluindo o período intra-
uterino, determinam as suas possibilidades de atingir ou não seu potencial máximo de crescimento, 
dotado por sua carga genética. 
 
1.0 – AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO : 
 
 O crescimento pode ser avaliado mediante o controle de peso, estatura e perímetro cefálico, 
com auxílio de parâmetros de normalidade definidos através de fórmulas e das curvas de peso. As 
medidas físicas refletem a taxa de crescimento da criança e qualquer alteração no padrão das mesmas, 
pode indicar problemas sérios.A técnica deve ser rigorosa, os dados corretos e o registro e 
interpretações exatos; mais importante que os valores deve ser a observação das tendências, 
diferenças súbitas e os graves desvios do padrão normal. 
 . 
 1.1 – PESO ( P ): 
 
 O peso é um excelente indicador das condições de saúde e da nutrição da criança,suas variações 
na infância são rápidas e importantes.As maiores informações não são obtidas, porém, com o peso de um 
momento preciso, mas na sua evolução no tempo (curva de peso), na variação entre duas pesagens 
sucessivas.O método de pesagem, por sua vez, deve ser preciso para não oferecer dados incorretos. 
 A criança dobra de peso aos 5 meses e triplica aos 12 meses. No primeiro ano, a criança cresce, 
em estatura, cerca de 50% da estatura do nascimento. 
 
 
 
 
PESANDO A CRIANÇA 
 
 
Ganho ponderal mensal nos dois primeiros 
anos de vida 
Até 3 meses 750 a 900 gramas 
por mês 
De 3 a 6 meses 600 gramas por mês 
De 5 meses a 1 
ano 
300 a 400 gramas 
por mês 
De 1 a 2 anos 200 a 300 gramas 
por mês 
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 22 
1.2. ESTATURA : 
 
 A estatura é uma medida fiel do crescimento de uma criança.Sua curva espelha a vida anterior e 
torna visível toda a história do crescimento.Com efeito, a desnutrição só se retrata tardiamente sobre 
a altura do corpo da criança;uma lentidão no crescimento da estatura indica o começo de uma 
desnutrição dois a três meses antes.Ao contrário do peso que pode variar muito e rapidamente; a 
estatura é uma medida estável e regular.porém é mais difícil de medir do que o peso.Até a idade de dois 
anos, a criança é medida deitada e são necessárias duas pessoas para tomar essa medida. A criança 
deve ser medida uma vez ao mês ou a cada consulta de puericultura. 
 
 
 
MEDINDO A CRIANÇA 
 
 
 
Parâmetros normais: 
 Nascimento: +_ 50 cm; 
 1º trimestre: 9 cm; 
 2ª trimestre: 7 cm; 
 3º trimestre: 5 cm; 
 4º trimestre: 3 cm 
 Aos 23 meses: +_ 74 cm. 
Para crianças acima de dois anos, teremos a seguinte fórmula: 
 
ESTATURA = IDADE X 5 + 80. 
 
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 23 
1.3. PERÍMETRO CEFÁLICO (PC): 
 
 É a circunferência do crânio. A circunferência da cabeça aumenta rapidamente no primeiro ano 
de vida, a fim de adaptar-se ao crescimento do cérebro. 
 Essa medida permite identificar “alterações”. 
 Essa medida deverá ser verificada a cada consulta ambulatorial, mensalmente.Se há indicações 
de anormalidades, deverá ser verificada diariamente. 
Valores normais: 
IDADE PC/ Cm 
Nascimento 35,0 
3 meses 40,4 
6 meses 43,4 
9 meses 45,5 
1 ano 46,6 
1 ano e 6 meses 47,9 
2 anos 48,9 
3 anos 49,2 
4 anos 50,4 
5 anos 50,8 
 
1.4. PERÍMETRO TORÁCICO (PT): 
 
 Medida da circunferência do tórax, importante para detectar algumas doenças. 
 A característica dessa medida consiste na mudança de sua relação com o perímetro craniano 
(PC). 
A relação entre Pc e Pt 
 
- Até 6 meses: Pc é superior a Pt 
- Cerca de 6 meses: Pc é igual a Pt 
- Cerca de 9 meses: Pc é inferior a PT 
 
1.5 – DENTIÇÃO: 
A idade média normal para o nascimento dos primeiros dentes de leite é por volta de 6 meses de 
idade. Um atraso pode ser considerado normal em torno de mais de 6 ou 8 meses. Pode acontecer de 
dentes de leite que erupcionan (nascem) antes do prazo normal, ou seja, logo após o nascimento, são 
chamados de "dente natal", ou por volta de 2 a 3 meses de idade, "dente neonatal ". Se isso ocorrer, 
procure imediatamente um odontopediatra, pois isso atrapalha a amamentação. A mãe é muito 
prejudicada durante o aleitamento materno, com ferimentos no "bico do seio", induzindo a mãe a 
intervir com mamadeira, o que não é adequado para um bom crescimento e desenvolvimento da criança. 
Durante o nascimento dos dentes do bebê, poderão ocorrer alguns sintomas, como coceira e 
abaulamento da gengiva, com aumento da salivação, estado febril, e até as fezes podem ficar 
mais líquidas. 
Para ajudar o rompimento dos dentinhos e melhorar esse desconforto, devemos oferecer ao 
bebê, alimentos mais duros e mordedores de borracha para massagear a gengiva. 
 
ERUPÇÃO(nascimento) DENTES SUPERIORES DENTES INFERIORES 
Incisivos Centrais 8 meses 6 meses 
Incisivos Laterais 10 meses 9 meses 
Caninos 20 meses 18 meses 
1º Molar 16 meses 16 meses 
2º Molar 29 meses 27 meses 
 
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 24 
 
ESFOLIAÇÃO (queda) DENTES SUPERIORES DENTES INFERIORES 
Incisivos Centrais 7 a 8 anos 6 a 7 anos 
Incisivos Laterais 8 a 9 anos 7 a 8 anos 
Caninos 11 a 12 anos 9 a 10 anos 
1º Molar 10 a 11 anos 10 a 11 anos 
2º Molar 11 a 12 anos 11 a 12 anos 
 
Importância dos da dentição: 
 
- Importante para a saúde geral, crescimento e desenvolvimento; 
 
- Atuam na mastigação, facilitando a digestão; 
 
- São elementos fundamentais para a pronúncia das palavras (fonação); 
 
- Grande influência na estética. 
 
2.0- AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO: 
 
 O desenvolvimento depende da maturação – mielinização – do sistema nervoso. A seqüência de 
desenvolvimento é igual para todas as crianças, mas a velocidade varia de criança para criança. A 
direção do desenvolvimento é céfalo- caudal e proximal distal ou seja da cabeça para os pés e dos 
ombros para as mãos. O primeiro passo para a locomoção é a aquisição do controle da cabeça, 
envolvendo a musculatura do pescoço. Mais tarde os músculos espinhais desenvolvem coordenação 
permitindo que a criança fique apta para sentar com as costas retas, engatinhar, ficar em pé e andar .O 
desenvolvimento integralda criança pode representar uma oportunidade importante para aproximação 
de uma concepção positiva da saúde, que se efetiva através do acompanhamento da criança sadia.Os 
profissionais de saúde devem conversar com as mães sobre as aquisições da criança,valorizando suas 
conquistas, potencializando sua capacidade em reconhecer o valor da relação com seus filhos. Observar 
o comportamento espontâneo da criança, escutar as dúvidas e apreensões das mães, procurar 
estabelecer uma relação de confiança com as mesmas e destas com seus filhos são caminhos para 
aprofundar as relações, conhecê-las melhor e poder apoiar,orientar e intervir, caso necessário. 
Avalia-se o desenvolvimento, testando as aquisições neuro – psicomotoras e através de testes 
ou provas, sob quatro aspectos interdependentes que se processam, normalmente, no mesmo ritmo: 
 Desenvolvimento motor: Para que um organismo se desenvolva, ele precisa funcionar 
 
 A criança brinca de repetir sem cessar os mesmos gestos e ações que lhes permitem 
as aquisições que as amadurecem progressivamente. 
 
 No nascimento, os movimentos do bebê não são coordenados. 
 
 Do nascimento aos dois anos a criança adquire duas possibilidades motoras 
importantes: caminhar e pegar objetos entre o polegar e indicador e, o controle 
neuro motor: coordenação da visão e da preensão. 
 
 Linguagem: As crianças nascem com o mecanismo e a capacidade de desenvolver a fala e as 
habilidades de linguagem. Entretanto elas falarão de forma expontânea. 
 
 A fala requer a estrutura e a função fisiológica íntegras, incluindo a respiratória, a 
auditiva e a cerebral, além da inteligência e da necessidade de estimulação. 
Profª Aretusa Delfino
 25 
 O gesto procede a fala, e dessa maneira uma pequena criança comunica-se de modo 
satisfatório. 
 Em todos os estágios do desenvolvimento da linguagem, a compreensão do 
vocabulário por parte das crianças é maior do que a expressão. 
 
 Desenvolvimento cognitivo: A criança tem necessidade de agir para aprender, como não possui 
experiência do adulto, para ela tudo está para descobrir. 
 
 É brincando que a criança elabora os esquemas mentais, isto é, as imagens mentais 
conduzirão aos conceitos. 
 As imagens de objetos percebidas, muitas vezes se fixam na memória – é a 
conceituação. 
 A inteligência da criança é a primeira prática: a criança elabora esquemas de ação, 
de espaço e de casualidade. 
 O bebê é incapaz de representar mentalmente os objetos. É preciso que ele os veja 
e os apalpe. Quando os objetos desaparecem do campo de visão, e da preensão, eles 
deixam de existir para ele. 
 O pensamento da criança se estrutura a partir de experiências que ela interioriza, 
pela repetição frequente e por suas semelhanças. A criança modifica seu 
comportamento face aos novos objetos e a novas situações 
 
 Desenvolvimento social e afetivo: 
 
 No começo da vida, a criança brinca com os MMSS e MMII, boca e com todo o 
corpo. 
 No decurso das experiências cotidianas, a criança descobre o prazer de se 
comunicar com os outros. 
 
 Para o desenvolvimento adequado, é necessário que a criança tenha oportunidade de fazer 
sozinha tudo que é capaz. E a cada idade, tem um comportamento esperado 
 
 Características das crianças em suas diferentes etapas de vida: 
 
1.0 - Recém – nascido ( 0 a 28 dias) e lactente ( 29 dias a 2 anos): 
 
 O RN não tem sua personalidade organizada e interage com o meio apenas em função de suas 
necessidades fisiológicas como fome, sede, frio, etc. 
 O id (inconsciente) refere-se às reações instintivas que podem ser percebidas por atos 
reflexos diante das sensações de prazer ou de desprazer. 
 As emoções da criança são expressas através do choro, grito ( desprazer) ou sono tranqüilo e 
fácies de bem – estar ( prazer). 
 No recém – nascido o reflexo de sucção, a sensibilidade para movimentos, para o som e o tato 
são bem desenvolvidas.A sucção é basicamente a principal forma dele relacionar-se com o meio 
que o cerca. 
 A criança que não tem atendidas essas necessidades pode vir a desenvolver a chamada Carência 
Afetiva. A criança com carência afetiva apresenta e agarra-se a quem cuida dela. 
# Inicialmente torna-se chorona, exigente e agarra-se a quem cuida dela;Mais tarde os choros 
transformam-se em gritos, ela perde peso e seu desenvolvimento motor estaciona. 
# A seguir, passa a maior parte do tempo deitada de bruços, tem insônia, continua a perda de peso, 
tem facilidade para adoecer, a atraso do desenvolvimento motor se generaliza; 
# se não for tratada, o choro transforma-se em gemidos, o retardo aumenta e se converte em 
letargia. 
Profª Aretusa Delfino
 26 
 A idade em que a criança é mais sensível a separação da mãe é entre os 6 meses e dois anos 
de vida. 
 
2.0 – Pré – Escolar ( 2 a 7 anos): 
 
 Desenvolve a linguagem, é observador e faz perguntas. Fica inseguro quando seus hábitos e 
rotinas sofrem alguma modificação; 
 Movimenta-se muito ( anda, corre, sobe, desce,pula). Seu pensamento orienta-se pela 
imaginação e pela fantasia. 
 Para o pré-escolar, a mãe é a fonte de segurança, proteção e ajuda, frente às situações que 
possam causar angústia ou qualquer tipo de sofrimento. 
3.0 – Escolar ( 7 a 10 anos) : 
 
 Nesta etapa, a criança adquire grande independência física e psicológica. Criatividade e 
aprendizagem são características marcantes. 
 Tem noção de tempo e espaço.Gosta de correr, pular, perseguir, fugir, participar das tarefas 
dos adultos. 
 Embora apresente um grau avançado de independência em todos os aspectos, ainda necessita de 
carícias físicas e afeto. Necessita de respeito à sua individualidade, privacidade e sexualidade. 
4.0- Adolescente ( de 10 a 20 anos) : 
 
 Fase de autodefinição e identificação de seu papel.imita as pessoas ou ídolos que admira; 
 Embora esteja em fase de amadurecimento emocional, apresenta, muitas vezes, grande 
instabilidade. É ansioso e deprime-se com facilidade; 
 Gosta de quebrar regras sociais e de contrariara opiniões; 
 Valoriza , de forma mais acentuada, a imagem corporal, a sexualidade, a privacidade e a 
autonomia. 
 
AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE UM MÊS A CINCO ANOS 
 
Quadro I – As etapas do desenvolvimento da criança de um mês a cinco anos: 
 
Idade Desenvolvimento Motor Desenvolvimento Cognitivo Desenvolvimento Social 
1 mês a 3 
meses 
 Dorme quase todo o 
tempo. Aprende a 
levantar a cabeça e depois 
a mantê-la direita. Afina 
e adapta seus reflexos 
primários, tais como a 
preensão; guarda dentro 
da mão, 
involuntariamente, o 
objeto que ali se colocar. 
 Reflexo de sucção; 
 Chupa seu polegar ou seus 
dedos; brinca com sua língua; 
 Reproduz sons por prazer; 
 Olha suas mãos; 
 Segue com os olhos uma 
pessoa ou um objeto que se 
desloca; 
 Leva objetos à boca (A boca 
é um meio de conhecimento 
importante para a criança 
lactente); 
 Morde um pedaço de pão. 
 Cessa de chorar à chegada 
de sua mãe ou ao escutá-lo; 
 Pequenos ruídos guturais; 
 Sorri ao ouvir a voz 
humana; 
 Se imobiliza ao ouvir uma 
voz familiar que fala; 
 Reconhece sua mãe e seu 
pai, pela vista, mas, 
sobretudo, pelo olfato, 
pelo ouvido e talvez por 
suas outras percepções 
difíceis de definir; 
 Balbucia espontaneamente 
e como resposta. 
3 a 6 
meses 
 Procura alargar o campo 
de sua visão, apoiando-se, 
por ex. sobre o antebraço 
se estiver de bruços, 
levantando a cabeça e as 
espáduas se estiver de 
costas; 
 Mantém a cabeça erguida 
e pode ficar uns instantes 
 Ver item anterior. 
 Sorri a toda pessoa que se 
aproxime dela sorrindo; 
 Comunicação com a mão 
baseada no olhar; 
 Começa a diferenciardia e 
noite; 
 Canta com a ajuda de outra 
pessoa mais fica passiva; 
 Ri às gargalhadas; 
Profª Aretusa Delfino
 27 
sentado com apoio; 
 Começa a pegar 
voluntariamente um 
objeto ao alcance da mão 
e estender a mão para um 
objeto que se lhe oferce; 
 Leva objetos à boca; 
 Segura pequenos objetos 
com a palma e os quatro 
dedos. 
 Reage ao chamado por seu 
nome, virando a cabeça. 
 Grande riqueza de 
emissões vocais (balbucios, 
vocalizações prolongadas); 
 Ri e vocaliza brincando; 
 Começa a utilizar os 
contatos físicos (apalpar) 
para se comunicar com as 
outras. 
6 a 9 
meses 
 Deitado de costas se vira 
para se colocar sobre o 
ventre; 
 Começa a ficar de pé com 
apoio; 
 Pega objetos entre o 
polegar e o indicador; 
 Mantém-se assentado só, 
durante um momento; 
 Começa a engatinhar. 
 Toca-se um espelho e sorri; 
 Age sobre objetos, bate 
sobre eles, contra a borda de 
um leito; 
 Passa um objeto de uma a 
outra mão; 
 Segura um objeto dentro de 
cada mão; 
 Descobre um objeto 
escondido, se uma parte dele 
fica visível; 
 Se diverte a lançar objetos; 
 Chama atençao sobre si, por 
exemplo: desperto só chra ou 
grita quando ouve à sua mãe 
levantar-se. 
 
 É capaz de rastejar para 
aproximar-se de um objeto 
ou de uma pessoa; 
 Começo da socialização; 
 Vocaliza várias sílabas que 
tendem a limitar-se aos 
sons que ouve na língua 
materna; 
 Reconhece os rostos 
familiares e pode ter medo 
de rostos estranhos; 
 Começa a participar de 
jogos de relação social 
(bater palmas, jogo de 
esconder); 
 Gosta de morder; 
 Reconhece quando se 
dirigem a ela; 
 Imita gestos e 
brincadeiras; 
 Faz gestos com a mão e a 
cabeça (tchau, não, bate 
palmas). 
9 a 12 
meses 
 É capaz de pôr-se a de pé 
sozinha apoiando-se em 
alguma coisa ou em 
alguém, e de caminhar 
segurando com as duas 
mãos ou apoiando-se em 
algum móvel; 
 Rasteja-se ou engatinha; 
 Começo do andar; 
 Sabe largar um objeto 
sob pedido; 
 Consegue segurar os 
objetos entre o polegar e 
o indicador. 
 Age intencionalmente: retira 
o cobertor para pegar o 
brinquedo que se enfiou por 
baixo; 
 Imita um ruído, por exemplo: 
batendo um objeto contra o 
outro; 
 Começo do jogo de embutir. 
 Repete o som que ouviu. 
Aprende a pronunciar duas 
ou três palavras; 
 Compreende uma proibição 
ou ordem simples; 
 Manifesta grande 
interesse em explorar o 
mundo, ver tudo, tocar em 
tudo e levar tudo à boca; 
 Colabora em brinquedos 
com adultos. 
12 a 18 
meses 
 Caminha sozinha e explora 
casas e arredores; 
 Ajoelha-se sozinho; 
 Sobe as escadarias 
usando as mãos. 
 Empilha-se dois a três cubos; 
 Enche um recipiente; 
 É capaz de amassar. 
 Era de sociabilização; 
 Manifesta ciúme (gestos 
de raiva e choro) reações 
de rivalidade nas 
brincadeiras com os irmãos 
maiores ou pessoas de 
convivência. 
18 meses 
a 2 anos 
 Sobe e desce uma escada 
agarrando-se num 
corrimão; 
 Aprende a comer sozinho; 
 Começa a ter controle dos 
esfíncteres durante o dia 
(fezes e depois urina); 
 Inicio do dançar ao som 
de música. 
 Empilha cubos; 
 Mostra seus olhos e nariz; 
 Imita um traço sobre o papel 
ou na areia; 
 Faz caretas de forma 
espontânea; 
 Coordenação mais complexa: 
pode agir a distância, ex: 
utilizando um pau para 
aproximar um objeto ou 
puxando o cobertor sobre o 
 Associa duas palavras e 
enriquece seu vocabulário; 
 Manifesta muito interesse 
por outras crianças e 
procura brincar com elas, 
mas de modo muito pessoal 
(pegando objetos, por 
exemplo). 
Profª Aretusa Delfino
 28 
qual está brincando; 
 Estuda os efeitos produzidos 
ao longo de sua atividade: 
varia a maneira de deixar 
cair os objetos “pra ver” 
2 a 3 
anos 
 Aprende a pular sobre 
uma perna; 
 Corre e chuta na bola sem 
perder o equilibrio; 
 Pode levar um copo cheio 
de água sem derramar; 
 Começo do controle do 
esfincter vesical noturno; 
 Participa ativamente no 
vestir-se; 
 Dança ao som da música. 
 Amontoa objetos em 
equilíbrio; 
 Pode reproduzir um círculo 
sobre o papel ou na areia; 
 Começa a brincar realmente 
com outras crianças e a 
compreender que há gente 
fora do meio familiar; 
 Se reconhece no espelho. 
 Desenvolve 
consideravelmente a 
línguagem, utiliza “eu”, 
“mim”, começa a perguntar, 
compreende a maior parte 
das palavras e frases que 
lhe são dirigidas (cerca de 
300 palavras); 
 Participa na arrumação de 
suas coisas; 
 Começo da utilização 
sistemática do não 
(maneira de afirmar-se, 
opondo-se ao meio); 
 Comunica-se com gestos, 
posturas, mímicas, 
sobretudo com outras 
crianças até cinco anos; 
 Teatraliza rituais de 
cozinha, de arrumação de 
cama e de banho 
(brinquedos como a 
boneca, com cozinha em 
miniaturas, etc.). 
3 a 4 
anos 
 É capaz de andar sobre a 
ponta dos pés; 
 Aprende a vestir-se e 
despir-se sozinho; 
 Adquire o controle do 
esfinceter vesical 
noturno; 
 É capaz de realizar 
tarefas simples; 
 Anda de bicicleta de três 
rodas; 
 Agarra uma bola a um 
metro de distância. 
 Imita uma cruz; 
 Desenha uma pessoa com 
cabeça, tronco e às vezes 
com outras partes do corpo; 
 Reconhece três cores; 
 Reconhece o alto e o baixo, 
atrás e diante; 
 Se interessa pelo nome dos 
objetos. 
 Passeia sozinha, visita 
vizinhos; 
 Fala de modo inteligível 
mas guarda um linguajar 
infantil; 
 Compreende cerca de 1000 
palavras; 
 Diz seu nome, sexo, idade; 
 Interessa-se por 
atividades de casa; 
 Pergunta muito; 
 Escuta as histórias e pede 
para repetir as que gosta; 
 Brinca com outras crianças 
e começa a partilhar; 
 Manifesta afeição por seus 
irmãos e irmãs; 
 Crise de personalidade: 
opõe-se vigorosamente a 
outrem para afirmar-se; 
 Pergunta pelo nome dos 
objetos; 
 Começo da utilização do 
pronome pessoal e do 
advérbio de lugar. 
4 a 5 
anos 
 Salta-se; 
 Balança-se; 
 Desce as escadarias, 
pondo de um pé só em 
cada degrau. 
 Desenha um homem com os 
principais membros do corpo; 
 Copia um quadrado, um 
triângulo; 
 Sabe contar nos dedos; 
 Pode reconhecer quatro 
cores; 
 Pode apreciar o tamanho e a 
forma, distinguir o grosso e o 
 Fala de modo inteligível; 
 Escuta uma história e pode 
repetir os fatos; 
 Protesta energicamente 
quando impedido de fazer 
o que quer; 
 Mostra interesse pelas 
atividades dos adultos; 
 Aparecem os medos 
Profª Aretusa Delfino
 29 
fino; 
 Sabe dizer sua idade. 
infantis; 
 Conhece uma quinzena de 
verbos de ação. 
 
 
Idade 
(anos) 
Físico e motor Mental Adaptativo Pessoal-social 
6 
Crescimento e ganho de 
peso continuam 
lentamente Peso: 16-
23,6kg; Altura: 106,6-
123,5cm; 
Irrompem os incisivos 
centrais da mandíbula, 
perde o primeiro dente; 
Aumento gradativo da 
destreza; 
Idade ativa: atividade 
constante; 
Frequentemente retorna 
a se alimentar com as 
mãos; 
Mais ciente da mão como 
instrumento; 
Gosta de desenhar, pintar 
e colorir; 
A visão alcança a 
maturidade. 
Desenvolve o conceito 
dos números; 
Conta 13 centavos; 
Sabe se é manhã ou 
tarde; 
Define objetos comuns, 
como garfo e cadeira em 
relação a seu uso; 
Obedece a comandos 
triplos em sucessão; 
Conhece as mãos direita e 
esquerda; 
Diz qual é bonito e qual é 
feio dentre uma sériede 
desenhos ou faces; 
Descreve os objetos em 
uma figura em vez de 
apenas numerá-los; 
Frequenta o primeiro 
grau. 
Na mesa, usa a faca para 
espalhar a manteiga ou 
geléia sobre o pão; 
Na brincadeira, corta, 
dobra, cola brinquedos de 
papel, costura de forma 
rudimentar quando a 
agula é enfiada, 
Toma banho sem 
supervisão; 
Realiza sozinho as 
atividades da hora de 
dormir; 
Lê a partir da memória: 
aprecia jogos de soletrar; 
Gosta de jogos de mesa, 
verificadores jogos de 
cartas simples; 
Ri bastante; 
Por vezes rouba dinheiro 
ou itens atraentes; 
Tem dificuldade em 
admitir os erros; 
Experimenta as próprias 
habilidades. 
Pode compartilhar e 
cooperar melhor; 
Precisa de crianças de 
mais idade; 
Fará trapaça para ganhar; 
Frequentemente se 
engaja em brincadeiras 
brutas; 
Frequentemente 
ciumento em relação ao 
irmão mais jovem; 
Faz o que observa os 
adultos fazendo; 
Pode ter acessos de raiva 
ocasionais; 
Faz alarde; 
É mais independente, 
provavelmente influência 
da escola; 
Tem seu próprio meio de 
fazer as coisas; 
Aumenta a socialização. 
7 
Começa a crescer pelo 
menos 5cm por ano; 
Peso 17,7-30kg; Altura: 
111,8-129,7cm; 
Irrompem os incisivos 
centrais maxilares e 
incisivos laterais 
mandibulares; 
Mais cauteloso nas 
abordagens para novas 
realizações; 
Repete as performances 
para dominá-las; 
A mandíbula começa a se 
expandir para acomodar 
os dentes permanentes. 
Observa que certas 
partes estão faltando nas 
figuras; 
Repete três números de 
trás para a frente; 
Desenvolve o conceito de 
tempo: lê o relógio comum 
ou de pulso corretamente 
até quinze minutos: 
utiliza o relógio para fins 
práticas; 
Frequentemente a 
segunda série; 
Mais mecânico na leitura; 
frequentemente não para 
ao término da sentença, 
engole palavras como se, 
ou e ele. 
Usa a faca a mesa para 
cortar a carne: pode 
necessitar de ajuda com 
os pedaços duros ou 
dificeis; 
Escova e penteia os 
cabelos de maneira 
aceitável sem ajuda; 
Pode roubar; 
Gosta de ajudar e de 
fazer uma escolha; 
É menos resistente e 
aborrecido. 
Está-se tornando membro 
real do grupo familiar; 
Participa nas brincadeiras 
de grupo; 
Os meninos preferem 
brincar com os meninos, 
as meninas preferem 
brincar com as meninas; 
Passa bastante tempo 
sozinho, não exige muita 
companhia. 
8-9 
Continua a crescer 5cm 
por ano; 
Peso: 19,6-39,6kg; 
Altura:117-141,8cm; 
Irrompem os incisivos 
laterais (maxilares) e os 
caninos mandibulares; 
Movimentação fácil; 
Frequentemente graciosa 
e equilibrada; 
Sempre em movimento: 
Fornece semelhanças e 
diferenças entre duas 
coisas a partir da 
memória; 
Conta de trás para a 
frente de 20 até 1: 
compreende o conceito de 
reversibidade; 
Repete os dias da semana 
e os meses em ordem, 
sabe a data; 
Faz uso de instrumentos 
comuns, como martelo 
serrote e chave de fenda; 
Usa utensílios domésticos 
e de costura; 
Ajuda com as tarefas 
domiciliares rotineiras, 
como varrer e tirar pó; 
Assume a 
responsabilidade por 
compartilhar os deveres 
Fica tranquilo ao ficar em 
casa; 
Gosta dos sistema de 
recompensa; 
Dramatiza; 
É mais sociável; 
É mais comportado; 
É interessado nas 
relações menino-menina, 
mas não admitirá isto; 
Anda pela casa e pela 
Profª Aretusa Delfino
 30 
salta, pula, corre; 
Suavidade e velocidade 
aumentadas no controle 
dos movimentos finos, 
utiliza a escrita cursiva; 
Veste-se completamente 
sozinho; 
Gosta de fatigar-se; 
dificil de se tranquilizar 
após agitação; 
Maior flexibilidade: os 
ossos crescem mais 
rápido que os ligamentos. 
Descreve objetos comuns 
em detalhes, e não apenas 
sua utilização; 
Frequenta terceira e 
quarta séries; 
Lê mais: pode planejar, 
acordar mais cedo apenas 
para ler; 
Lê livros clássicos, mas 
também gosta de revistas 
em quadrinhos; 
Mais ciente do tempo, 
pode confiar-se que 
chegará na escola a 
tempo; 
Pode compreender 
conceitos de partes e 
todo (frações); 
Compreende os conceitos 
de espaço, causa e efeito, 
montagem (quebra-
cabeças), conservação 
(permanência de massa e 
volume); 
Classifica objetos por 
mais de uma qualidade, 
possui coleções. 
domésticos; 
Recolhe todos os seus 
pertences sobre a mesa; 
Compra artigos para 
pratica de alguma escolha 
ou lazer,compras; 
Transmite recados 
comuns; 
Gosta de revistas em 
quadrinhos; 
Gosta da escola: quer 
responder a todas as 
perguntas; 
Teme tirar uma nota 
baixa, fica envergonhado 
pelas notas baixas; 
É mais crítico em relação 
a si mesmo; 
Aprecia lições de 
esporte. 
comunidade livremente, 
sozinho ou com amigos; 
Gosta de competir e de 
participar de jogos; 
Mostra preferência por 
amigos e grupos; 
Brinca a maior parte do 
tempo com grupos do 
próprio sexo, mas está 
começando a se misturar; 
Desenvolve a modéstia; 
Compara-se aos outros; 
Aprecia escotismo, 
esporte de grupo. 
10-12 
Menino: crescimento 
lento na altura e rápido 
no peso; pode tornar-se 
obeso neste período; 
Peso: 24,3-58kg; Altura 
127,5-162,3cm; 
A postura é mais similar a 
de um adulto, superará a 
lordose; 
Menina: as alterações 
pré-púberes podem 
começar a aparecer; as 
linhas corporais tornam-
se mais suaves e 
arredondadas; o restante 
dos dentes irromperão e 
tenderão no sentido do 
desenvolvimento pleno 
(exceto os dentes do 
siso). 
Escreve histórias curtas; 
Frequenta da quinta a 
sétima série; 
Escreve cartas ocasionais 
para amigos ou parentes 
por iniciativa própria; 
Usa telefone para fins 
práticos; 
Responde a revista, ao 
rádio ou a outras 
publicidades; 
Lê informações práticas 
ou do próprio gosto 
histórias ou livros de 
biblioteca de aventura ou 
romance, histórias de 
animais. 
Produz artigos úteis ou 
executa trabalhos de 
reparos fáceis; 
Cozinha ou costura um 
pouco; 
Cria animais de 
estimação; 
Lava e seca o próprio 
cabelo; 
É responsável pela tarefa 
completa de higiene do 
cabelo, mas pode ter de 
ser lembrado disto; 
Por vezes fica sozinho em 
casa por uma hora ou 
mas; 
É bem sucedido na 
percepção das próprias 
necessidades ou daquelas 
de outras crianças 
deixadas a seus cuidados. 
Ama os amigos, conversa 
sobre eles 
constatemente; 
Escolhe mais 
seletivamente os amigos, 
pode ter um “melhor 
amigo”; 
Gosta de conversação; 
Desenvolve o início do 
interesse no sexo oposto; 
É mais diplomático; 
Gosta da família, a familia 
possui realmente 
significado; 
Gosta da mãe e quer 
agradá-la de diversas 
maneiras; 
Demonstra afeição; 
Gosta do pai, que é 
admirado e pode ser 
idolatrado; 
Respeita os pais. 
 
Crescimento e desenvolvimento durante a adolescência 
 
INÍCIO DA ADOLESCÊNCIA 
(11-14 ANOS) 
ADOLESCÊNCIA MÉDIA 
(15-17ANOS) 
FINAL DA ADOLESCÊNCIA 
(18-20 ANOS) 
Crescimento Crescimento desacelerado nas 
meninas 
A estatura alcança 95% da 
altura do adulto 
Caracteres sexuais secundários 
bem avançados 
Fisicamente maduro 
Crescimento da estatura e 
reprodutor quase completos 
Crescimento rapidamente 
acelerado 
Alcança velocidade máxima 
Surgem os caracteres sexuais 
secundários. 
Cognição Desenvolvendo a capacidade Pensamento abstrato 
Profª AretusaDelfino
 31 
Explora a capacidade recém-
descoberta para o pensamento 
abstrato limitado 
Procura de forma desajeitada 
por novos valores e energias 
Comparação da “normalidade” 
com os colegas do mesmo sexo. 
para o pensamento abstrato 
Aprecia a força intelectual, 
frequentemente em termos 
idealistas 
Preocupa-se com problemas 
filosóficos, políticos e sociais. 
estabelecido 
Pode perceber opções de longo 
alcance e agir sobre elas 
Capaz de ver problemas de 
forma abrangente 
Identidades intelectual e 
funcional estabelecidas 
Identidade Modifica a imagem corporal 
Muito centrado em si mesmo, 
narcisismo aumentado 
Tendência no sentido da 
experiência interna e da auto 
descoberta 
Apresenta uma vida rica em 
fantasias 
Idealista 
Capaz de perceber implicações 
futuras do comportamento e das 
decisões atuais, aplicação 
variável. 
Definição da imagem corporal e 
do papel sexual quase garantida 
Identidade sexual madura 
Fase de consolidação da 
identidade 
Estabilidade da auto-estima 
Confortável com o crescimento 
físico 
Funções sociais definidas e 
articuladas 
Preocupa-se com as rápidas 
alterações corporais 
Experimenta vários papéis 
Medida da atração por aceitação 
ou rejeição por parte dos 
colegas 
Conformidade com as normas do 
grupo. 
Relacionamento c/ os pais Conflitos importantes sobre 
independência e controle 
Baixo nível na relação pai-filho 
Grande impulso para a 
emancipação, desengajamento 
Desligamento emocional final e 
irreversível dos pais, 
lamentação. 
Separação física e emocional 
dos pais completada 
Independência da família com 
menos conflito 
Emancipação quase garantida 
Definidos os limites entre 
independência 
Forte desejo de permanecer 
dependente dos pais, enquanto 
tenta desvincular-se 
Nenhum conflito importante 
sobre o controle paterno. 
Relacionamento c/ os colegas Forte necessidade de identidade 
para firmar a auto imagem 
Padrões comportamentais 
estabelecidos pelo grupo de 
colegas 
Aceitação pelo grupo de colegas 
extremamente importante – 
medo da rejeição 
Exploração da capacidade de 
atrair o sexo oposto. 
O grupo de amigos diminui de 
importância em favor da 
amizade individual 
Testando as relações homem-
mulher contra a possibilidade de 
aliança permanente 
Relações caracterizadas por da 
e compartilhar. 
Procura juntar-se aos colegas 
para contrapor à instabilidade 
gerada pela alteração rápida 
Excitação da intimidade, 
amizades idealizadas com 
membros do mesmo sexo 
A disputa pela aliança ocorre 
dentro do grupo de amigos. 
Sexualidade Relacionamento plurais múltiplos 
Virada decisiva no sentido da 
heterossexualidade (quando 
homossexual, sabe em torno 
desse período) 
Exploração do “sex-appeal” 
Sensação de “estar apaixonado” 
Tentativa de estabelecer 
relacionamentos. 
Forma relacionamento estáveis 
Capacidade crescente para 
mutualidade e reciprocidade 
Encontro como um par 
masculino-feminino 
A intimidade envolve 
compromisso em vez de 
exploração e romantismo. 
Auto-exploração e avaliação 
Encontros limitados, geralmente 
em grupos 
Intimidade limitada. 
Saúde Psicológica Tendência no sentido de 
experiências internas, mais 
introspectivo 
Tendência para retirar-se 
quando contrariado ou magoado 
Vacilação das emoções no tempo 
e na amplitude 
Sentimentos de inadequação 
comuns, dificuldades em pedir 
ajuda. 
Maior constância da emoção 
raiva mais propensa a ser 
controlada 
Amplas oscilações do humor 
Intensos devaneios 
Raiva abertamente expressa 
com mau humor, surtos de ira e 
insultos verbais. 
Profª Aretusa Delfino
 32 
 
UNIDADE 6 
 
 
 ATENÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS PREVALENTES NA 
INFÂNCIA - AIDPI 
 
Objetivos: 
 
 Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade associada às principais causas de doença na 
criança 
 Introduzir medidas de promoção e prevenção na rotina de atendimento das crianças 
 Acompanhar o crescimento e desenvolvimento da criança 
Principais componentes: 
 Acolhimento 
 Melhoria no manejo e tratamento de casos 
–Identificação de sinais clínicos que permitem a avaliação e classificação adequada do quadro, triando 
rapidamente a situação de risco: 
 
 
Manejo da criança doente: 
Avaliar a criança 
 Verificar sinais de perigo 
 Tosse / dificuldade para respirar 
 Diarréia 
 Febre 
 Problema de ouvido 
 Anemia e desnutrição 
 Estado de vacinação 
Aconselhar a mãe ou acompanhante 
 
 Alimentação da criança 
 Administração de líquidos 
 Cuidados gerais com a criança 
 Quando retornar imediatamente 
 Quando retornar para seguimento 
 Cuidados sobre sua própria saúde 
 
Profª Aretusa Delfino
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UNIDADE 7 
 
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS – IRA 
 
As infecções respiratórias agudas são as infecções do aparelho respiratório que afetam o nariz, 
a garganta, os ouvidos, a laringe, os brônquios e os pulmões, causando inflamação, sinusite, bronquite, 
asma e pneumonia. A criança com infecção respiratória aguda pode ter tosse, nariz escorrendo, dor de 
ouvido, dor de garganta, chiado no peito, 
dificuldade para respirar, febre ou temperatura muito baixa. Além disso, a criança perde o apetite, 
pode ficar muito irritada e chorosa. Algumas ficam com os olhos vermelhos e lacrimejando. As crianças 
maiores reclamam de dor de cabeça e dores no corpo. 
As infecções respiratórias agudas, principalmente a pneumonia, podem trazer risco de vida 
quando não tratadas. 
 
Toda a criança que apresenta um destes sinais, por até 7 dias sem melhorar, deve ser levada ao serviço 
de saúde 
 
Cuidados para crianças com IRA - Infecção Respiratória Aguda 
 
 
NARIZ ENTUPIDO 
• Lavar com soro fisiológico cada narina, sempre que necessário. Este soro 
pode ser preparado em casa, misturando 1 colher pequena de sal com um 
litro de água fervida e deve ser preparado todos os dias. 
 
 
 
TOSSE 
• Dar bastante líquido (chás caseiros ou água). Evitar dar xaropes contra a 
tosse. A tosse ajuda a eliminar o catarro. Quando a criança está com 
dificuldade de eliminar o catarro, fazer tapotagem: deitar a criança de 
bruços, no colo, e bater com as mãos em concha nas suas costas. 
 
 
FEBRE 
• Dar banho morno e aplicar compressas úmidas só com água na testa, nuca e 
virilha. 
• Na febre alta, usar anti-térmico e procurar atendimento médico. 
 
 Deitar a criança com a cabeça e os ombros mais altos do que o resto do corpo. 
 Fazer vaporização na criança, usando um vaporizador ou uma chaleira ou bule com água 
fervendo, apenas nos casos de tosse rouca. 
 Onde o clima é seco, colocar uma vasilha com água e panos molhados perto da criança. 
 Mantenha a alimentação normal da criança, em pequenas quantidades e intervalos menores – 
oferecendo várias vezes durante o dia, sem forçar, evitando assim que a criança engasgue ou 
vomite. 
 Lembrar que durante o período de doenças infecciosas a criança precisa de mais calorias 
através dos alimentos 
 As vacinas que protegem contra a coqueluche e a difteria (DPT), contra as formas graves 
de tuberculose (BCG) e contra o sarampo, ajudam a prevenir as doenças respiratórias. Por 
isso, todas as crianças da família precisam estar vacinadas 
 
Profª Aretusa Delfino
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 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS 
 
 
1.OTITE MÉDIA: Classifica-se em Otite Média Aguda,Otite Média Supurativa,Otite Média 
Supurativa Crônica 
 
ETIOLOGIA: Streptococus pneumoniae; Haemophilus influenza. 
Não

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