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COMPILADO PROVAS E QUESTOES PEDIATRIA - LELE


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TÓPICOS PARA PROVA ORAL SMI 2 – 2013/2 
 
 
1. VISÃO GERAL DO LACTENTE 
 
Alimentação e desenvolvimento do Lactente 
 
 
Especificidades do lactente 
 
 Lactente: 28 dias a 2 anos de idade  necessidade de avaliações periódicas. 
 Especificidades: 
o Crescimento físico; 
o Desenvolvimento neurológico; 
o Imaturidade imunológica: pode facilitar o aparecimento de doenças no RN; 
o Aquisição de hábitos; 
o Adaptação da família. 
 
 
Alimentação ideal do Lactente 
 
Alimentação ideal 
 LM exclusivo até 6 meses e complementado até 2 anos ou mais; 
 Introdução alimentar com alta densidade energética, aos 6 meses de idade; 
 Suplementação profilática de ferro e vitamina D ao introduzir alimentação complementar; 
 Suplementação de Ferro para prematuro e baixo peso (< 1500g) a partir de 30 dias. 
 
“Dez passos para a alimentação saudável” 
 
 
 
A consulta do Lactente aos 2-4-6 meses (Dados a Verificar) 
 
Consulta no 2º mês: 
 Alimentação: manter livre demanda. 
 Crescimento físico: 25g/dia, Comprimento 6 cm. 
 DNPM: sorriso social, fixa e segue com olhar, hipertonia de MMSSII e hipotonia de tronco. 
 Imunizações: Tetra – Polio – Rotavirus – Pneumo – Meningite C 
 Hábitos: brincadeiras, colo, afeto, voz suave, banho de sol, Prevenção acidentes. 
 Sintomas fisiológicos comuns: idem anterior, acentua-se constipação fisiológica. 
 Doenças mais comuns: idem anterior. 
 
Consulta no 4º mês: 
 Alimentação: fase crucial, muitas mães voltam ao trabalho. Orientar ordenha e se necessário 
complementação com fórmula láctea. 
 Crescimento físico: diminuição ritmo de ganho de peso e crescimento em comprimento. 
 DNPM: mexe os braços e pernas ativamente, apanha objetos e leva-os a boca, boa sustentação 
cefálica. 
 Imunizações: Repetem-se as vacinas dos 2º mês. 
 Hábitos: maior interação com o ambiente, passeios diários, banho de sol, necessidade de 
brincadeiras, prevenção de acidentes. 
 Sintomas fisiológicos comuns: salivação, regurgitação. 
 Doenças mais comuns: IVAS, dermatites, falência do crescimento. 
 
Consulta do 6º mês: 
 Alimentação: iniciar alimentação complementar. 
 Crescimento físico: dobrou o peso de nascimento, cresceu perto de 15 cm. 
 DNPM: senta com apoio, leva os pés à boca, inversão do tônus. 
 Imunizações: idem ao anterior, menos Rotavírus, vacinas extras: influenza (2 doses). 
 Hábitos: entre 6-9 meses aparece ansiedade de separação, prevenção acidentes. 
 Sintomas fisiológicos comuns: diminuição das regurgitações, salivação, 1º dente. 
 Doenças mais comuns: idem ao anterior. Se for para creche, aumentam frequência das IVAS. 
 
 
 
2. INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS NO LACTENTE 
 
Resfriado Comum 
 
Resfriado comum/Rinofaringite aguda 
 Doença infecciosa mais comum; 
 Transmissão: inalação de partículas, mãos contaminadas com secreções; 
 Etiologia (100% viral): Rinovírus*, parainfluenza, coronavírus, adenovírus, etc.; 
 Sinais e sintomas (1-2 dias após): febre baixa 2-3 dias, obstrução nasal (mais comum), secreção 
nasal hialina, dor de garganta, tosse, irritabilidade, dificuldade para comer e dormir. Duração 10-14 
dias; 
 Complicações: retorno da febre/piora clínica, otite média serosa e OMA, rinossinusite, adenoidite, 
pneumonia, exacerbação de asma; 
 Tratamento: descongestionantes, anti-histamínicos, anti-inflamatórios, antibióticos; 
 Tratamento sintomático: hidratação adequada, orientação postural, antitérmicos, solução salina. 
 
 Causas de Otite Média Aguda 
 
Otite média aguda 
 Causas: anatomia das VA, horizontalização da tuba auditiva, imaturidade imunológica (maturação 
por volta dos 5 anos), decúbito por tempo prolongado, infecções virais e IVAS frequentes, 
escolinha. 
 
 Pnemonias: indicações de Internação 
 
Pneumonias - Indicação de internação 
 < 2 meses, desconforto respiratório com tiragens, sonolência excessiva, desnutrição grave, 
ausência de ingesta liquida, problemas sociais, falha na terapêutica ambulatorial, complicações 
radiológicas. 
 
Bronquiolite Viral Aguda: etiologia, sinais e sintomas, diagnóstico 
 
Bronquiolite aguda  1º episódio de sibilancia <2 anos (episódio único). Após 2 anos é chamado de 
hiper-reatividade brônquica. 
 Etiologia: viral  vírus sincicial respiratório*, parainfluenza, rinovírus, adenovírus, influenza, 
metapneumovírus; 
 Alta prevalência e morbidade no inverno: maio-setembro; 
 Grupos de risco: prematuros, cardiopatas, outros; 
 Diagnóstico 
o Clínico: insuficiência respiratória aguda  sintomas de resfriado, sibilancia (1ª vez), 
taquipneia, tiragens, BAN; 
o Exames adicionais (não essenciais): RX tórax, pesquisa de vírus. 
 Tratamento 
o Ambulatorial: sem dificuldade respiratória, boa aceitação da VO  suportivo; 
o Hospitalar: dificuldade respiratória, má aceitação da VO, apneia, cianose  hidratação, 
tórax elevado, desobstrução VAS, O2 terapia, betaasgonistas (não obrigatório). 
 Prevenção: lavagem das mãos, evitar contato com doentes, AM, Palivizumab (Ac específico para 
VSR  prematuros e cardiopatas). 
 
 
3. DOENÇA DO REFLUXO GASTRO ESOFÁGICO 
 
Manifestações Clínicas por faixa etária 
 
Manifestações clínicas 
 Lactente  regurgitação, vômitos, choro (piora após alimentação e ao decúbito), irritabilidade, 
distúrbios alimentares, déficit de peso, distúrbios do sono (devido a dor da esofagite), síndrome de 
Sandifer (cabeça para esquerda e pescoço alongado), ALTE (eventos de aparente risco de vida). 
 1-2 anos  vômitos, distúrbios alimentares, sintomas respiratórios. 
 Crianças maiores e adolescentes  sintomas otorrinolaringológicos (rouquidão, otites de 
repetição), sintomas respiratórios (broncoespasmo, pneumonias), globus faríngeo, erosão dentária. 
 
Exames Complementares 
 
Diagnóstico 
 Raio X contrastado  baixas especificidade e sensibilidade. Indicado apenas em: malformações 
congênitas e distúrbios de deglutição; 
 Cintilografia  baixa sensibilidade e alta especificidade. Não é utilizado rotineiramente; 
 USG  não utilizado rotineiramente; 
 Teste terapêutico de supressão ácida com IBP  mais utilizado. Deve melhorar 80% dos sintomas 
em 1 semana. 
 pH intraesofágico de 24h  indicado na ausência de vômitos/regurgitações. Não detecta refluxo 
alcalino (pH > 4). Difícil execução; 
 EDA  detecção de complicações. 
 
Tratamento não farmacológico 
 
Mudança do estilo de vida (MEV) 
 Lactentes  abordagem emocional dos pais, orientar sinais de alerta, posição de prona ao dormir 
(apenas >1 ano); 
 Crianças e adolescentes  evitar: cafeína, chocolate, álcool, líquidos com refeições, alimentação 
antes de deitar, dieta rica em gorduras. Cabeceira elevada e alimentação fracionada. 
 
Tratamento Farmacológico 
 
Farmacológico 
 Pró-cinéticos  sem evidencias de uso em crianças; 
 Antagonistas do receptor de histamina (AH2)  ranitidina (liquida) mais usada. Eficaz em esofagite 
leve; 
 Inibidores de bomba de prótons (IBP)  utilizado em maiores de 1 ano: omeprazol. Eficaz na 
esofagite erosiva. 
 
 
4. DESNUTRIÇÃO 
 
Classificação da Desnutrição 
 
Classificação 
 Primária (oferta insuficiente): desmame, fraco vinculo mãe-filho, baixo peso ao nascer, desestrutura 
familiar, baixa escolaridade, saneamento básico deficiente, baixo nível socioeconômico; 
 Secundária: TGI (distúrbios de deglutição, déficit de absorção, perda de proteínas), doenças 
sistêmicas (falta de produção, alterações do metabolismo  HIV, câncer, doenças crônicas) 
 
Características Marasmo 
 
Marasmo  desnutrição global (todos os nutrientes), magreza extrema. 
 Lactentes < 12 meses; 
 Características: hipotrofia muscular (“pele e osso”), fáscies senil, emagrecimento acentuado, baixa 
atividade, membros delgados, pele frouxa, costelas proeminentes, desaparecimento da bola de 
Bichat, aspecto envelhecido, atraso DNPM, cabelos finos e escassos. 
 
Características Kwashiokor 
 
Kwashiorkor  desnutrição principalmente de proteínas. 
 Crianças > 2 anos; 
 Nasce outro irmão e para de mamar no peito  alimenta-se de farinhas,etc. 
 Características: alteraços de pele, acometimento de cabelos (sinal da Bandeira, solta com 
facilidade), hepatomegalia, ascite, face de lua, edema/anasarca. 
 
Deficiencias Vitaminas 
 
Hipovitaminoses 
 Hipovitaminose A (pré-escolares): alterações de crescimento, predisposição a infecções, alterações 
cutâneas (xerose, hiperceratose), alterações oculares (6 estágios: cegueira noturna  xerose 
conjuntival  manchas de Bitot  xerose corneal  ulceração de córnea  queratomalácia). 
 Deficiência de vitamina B12: anemia megaloblástica, neuropatia desmielinizante central e 
periférica. Dietas vegetarianas. 
 Deficiência de tiamina (B1): beribéri ou síndrome de Wernicke-Korsakoff. Relação com alcoolismo 
e consumo excessivo de farinha de trigo, arroz polido. 
 Deficiência de vitamina C: alterações osseas, sangramentos, irritabilidade e choro, etc. 
 Deficiência de zinco: comprometimento crescimento, função imune e DNPM. 
 
 
 
5. ANEMIAS CARENCIAIS 
 
Biodisponibilidade do Ferro 
 
Biodisponibilidade 
 Ferro não heme: baixa absorção e biodisponibilidade. Alimentos de origem vegetal. Para absorção 
necessita dos facilitadores  ácido clorídrico, ascórbico, carotenoides, frutose, citratos, cisteína, 
etc. Fatores inibitórios  fitatos, cafeína, cálcio, fósforo. 
 Ferro heme: maior biodisponibilidade. Proveniente de carnes e peixes. 
 
Anamnese: Dados importantes para diagnóstico e diag diferencial 
 
 
 
Profilaxia de Anemia Ferropriva 
 
Indicação de profilaxia 
 RN termo adequado para idade gestacional em aleitamento artificial: 45mg/semana do 1º-24º mês. 
Exceto se FL (já tem); 
 RN termo adequado para idade gestacional em AM: 45mg/semana do 6º-24º mês ou no inicio do 
desmama; 
 RN pré-termo 
o 1000-1500g: 3mg/kg até 1 ano; 
o <1000: 4mg/kg até 1 ano; 
o A partir de 1 ano até 2: 1mg/kg Fe elementar. 
 
 
Estágios clinico laboratoriais da deficiência de ferro. 
 
Estágios da deficiência de ferro 
1. Depleção de ferro: ↓depósitos (ferritina)  pode ter Hb normal mas com a ferritina baixa; 
2. Diminuição: eritropoiese, ferro sérico, ferritina, saturação da transferrina; 
3. Anemia propriamente dita: ↓Hb e VCM. 
 
 
6. ANEMIAS NÃO CARENCIAIS 
 
Beta Talassemia: manifestações clínicas 
 
Betatalassemia 
 Major  mais grave. 
o Letargia, crescimento inadequado, palidez, deformações ósseas, fraturas patológicas. 
Sinais como: cranio em torre, esplenomegalia, hepatomegalia, hiperesplenismo, 
hemossiderose, hemocromatose (acumulo de ferro nos órgãos); 
 Minor – traço talassemico (anemia de Cooley)  assintomática com leve hipocromia e microcitia. 
 
 
Doença Falciforme: manifestações clínicas e complicações 
 
Doença falciforme  autossômica recessiva. 
 Mutação Hbs  provoca oclusão circulatória, distorce eritrócitos, baixa tensão de O2; 
 Manifestações: anemia crônica, icterícia, crises aplasticas (sobrecarregamento da MO), retardo 
crescimento, dor aguda recorrente, asplenia fucional (baço infartado), síndrome torácica aguda 
(fenômenos tromboembólicos), AVC, priapismo, retinopatia, ulceras perna; 
 Confirmação diagnostica: anemia normo normo, reticulocitose, hiperbilirrubinemia, teste de 
falcização, eletroforese de Hb (melhor); 
 Tratamento: transfusões periódicas, vacinas contra pneumococo/haemophilus, ATB profilático, 
hidroxiuréia, TMO? 
 
 
Diagnóstico diferencial entre Alfa talassemia e anemia ferropriva 
 
 
 
Anemia por Deficiência de G6PD 
 
Deficiência de G6PD  sexo masculino – ligada ao X. 
 Desencadeada por exposição à drogas e oxidantes  aspirina, vit K, primaquina, sulfametoxazol, 
sulfanilamida, etc. 
 Diagnóstico: dosagem de G6PD u PCR. 
 
 
 
7. OBESIDADE NA INFÂNCIA 
 
Anamnese no obeso: Aspectos importantes, além do inquérito alimentar 
 
Anamese da criança obesa 
 Idade de inicio, fatores desencadeantes, antecedentes familiares de obesidade, morbidades 
associadas, nível de atividade física, distúrbios do comportamento. 
 
Dados do exame físico importantes no diagnóstico da obesidade 
 
Exame físico 
 Antropometria, IMC, CA, pregas cutâneas (tricipital e subescapular), composição corporal. 
 
Recomendações para prevenção obesidade: pediatra, família, escola, instituições etc... 
 
 Pediatria: AM, detectar aumento precoce de peso, orientações alimentares, exercícios; 
 Família: hábitos alimentares, atividades com os filhos; 
 Escola: informações, exercícios, dispinibilizar alimentos saudáveis; 
 Governo: politicas publicas; 
 Indústria alimentícia: alimentos saudáveis; 
 Mídia: promover estilo de vida saudável. 
 
 
Repercussões da obesidade já presentes na Infância 
 
Repercussões da obesidade na infância 
 Ortopédicas: alteração do centro de gravidade, acentuação da lordose, joelhos/pés valgos; 
 Dermatológicas: estrias, infecções fungicas, acantose nigricans; 
 Distúrbios respiratórios: SAHOS; 
 HAS; 
 Distúrbios do metabolismo da glicose: RI, hiperinsulinemia, intolerância à glicose; 
 Dislipidemia: aumento TG e diminuição HDL; 
 Doença gordurosa do fígado; 
 Repercussões psicossociais. 
 
 
8. NOMENCLATURAS E SEMIOLOGIA PERINATAL 
 
Classificação RN: maturidade e peso para idade gestacional 
 
 Idade gestacional 
 
 Estado nutricional (adequação entre peso e idade gestacional) 
o PIG  pequeno para a IG: peso < percentil 10; 
o AIG  adequado para IG: peso entre percentis 10-90; 
o GIG  grande para IG: peso > percentil 90. 
 
 
Reflexos próprios do RN 
 
Reflexos do RN 
 Moro (abrir os braços), sucção, fuga a asfixia, tonico-cervical (esgrimista), voracidade, preensão 
palmar e plantar, propulsão, marcha. 
 
 
 
Bossa e Cefalohematoma 
 
Bossa serossanguinea e cefalohematoma 
 Bossa serossanguinea  edema que ocorre num trabalho de parto prolongado. Cacifo +; 
 Cefalohematoma  coleção sanguínea subperiostal por rompimento de um vaso no local no 
momento do parto. Mais comum parietal. Não causa efeito sobre o cérebro. 
 
Sinais de dificuldade respiratória no RN 
 
Boletim de Silverman-Andersen (BSA)  avaliação do padrão respiratório. 
Parâmetros 0 1 2 
Gemencia Ausente Audível com esteto Audível sem esteto 
Batimento asa do nariz Ausente Discreto Acentuado 
Tiragem intercostal Ausente 3 ultimas 
intercostais 
+ de 3 intercostais 
Retração esternal Ausente Discreta Acentuada 
Balancim Ausente Discreto Acentuado 
*Gemido  padrão mais comum de desconforto respirarório; 
*Balancim  respiração com musculatura abdominal. 
 
 
9. ASSISTÊNCIA AO RN NORMAL 
 
Teste do Coraçãozinho: Indicação, técnica e resultado 
 
Teste do coraçãozinho 
 Para tentar detectar cardiopatia congênita crítica nos bebês. 
 O teste da oximetria: 
o Aferição da oximetria de pulso, em todos os RN aparentemente saudáveis, antes da alta da 
maternidade. 
o Local de aferição: MS direito e um dos MI. 
o Resultado Normal: saturação maior ou igual 95% em ambas as medidas (MSD e MI) e a 
diferença < 3% entre o MSD e MI. 
o A mistura de sangue causa aumento da saturação no MSD, quando comparado com o MI. 
 Cerca de 30% destes RN recebem alta hospitalar sem o diagnóstico da cardiopatia. O fechamento 
súbito do ducto arterial pode causar choque, hipóxia ou óbito precoce, antes do tratamento 
adequado. 
 
 
Atendimento do RN sala de parto: 4 perguntas para saber se é saudável cuidados iniciais para RN 
saudável 
 
4 perguntas ao nascer 
1. Ausência de mecônio? 
2. Gestação a termo? 
3. Respirando ou chorando? 
4. Tônus bom? 
 
 
Orientações à mãe na alta da maternidade 
 
Orientações na alta 
 AM exclusivo de livre demanda; 
 Arrotar após as mamadas; 
 Álcool 70% com cotonete em coto umbilical nas trocas de fraldas; 
 Banho de sol 2x por semana por 15 minutos sem proteror solar; 
 Evitar: bicos, mamadeiras, faixas, talco, lã, pergumes, lenço umedecido, contato com pessoas 
doentes; 
 Levar ao posto de saúde para revisão com pediatra entre 10-15 dias de vida; 
 Teste do pezinho entre 3º e 7º dia. 
 
Testes de Triagem Neonatal antes e após a alta: Quais são e quais patologias previnem Teste do olhinho  teste do reflexo vermelho; 
o Achados: reflexo ausente, duvidoso, assimétrico, esbranquiçado, amarelado, olho de gato 
 oftalmologista. 
 Triagem auditiva  teste com emissão acústica; 
 Teste do coraçãozinho  teste da oximetria (oximetria de pulso MSD e MI antes da alta). Normal: 
saturação > 95%. 
 
 
10. PRIMEIRA CONSULTA AMBULATORIAL DO RN 
 
Fatores de risco para doenças perinatais e infantis que podem ser detectados na primeira consulta 
ambulatorial do RN 
 
Fatores de risco 
 Baixo peso ao nascer, baixa escolaridade materna, idade materna extrema, gemelaridade, intervalo 
gestacional curto, criança indesejada, desmame precoce, baixa renda, desestruturação familiar, 
mortalidade < 5 anos na família. 
 
 
Orientações à injúrias físicas primeiro semestre de vida 
 
Orientações à injurias físicas no 1º semestre 
 Asifixia: não deixar objetos pequenos ao alcance da criança, utilizar brinquedos próprios para a 
idade, deixar o bebe em decúbito após mamar, dormir em decúbito dorsal em berço próprio, cuidar 
com almolfadas e cobertores; 
 Automóvel: banco traseiro com assento próprio de costas para o para-brisas, não colocar objetos 
pesados na prateleira sob o vidro traseiro; 
 Envenenamento: não utilizar medicação por conta própria; 
 Afogamento: nunca deixar a criança sozinha na banheira; 
 Queimaduras: testar T do banho, não tomar bebidas quentes com a criança no colo; 
 Quedas e traumatismos: nunca deixar criança sozinha na cama sem graves... berço adequado; 
 Higiene: lavagem das mãos, troca de fraldas com agua limpa e algodão, cuidados com o coto 
umbilical, banho diário com produtos neutros, evitar amaciantes (sabão neutro). 
 
Ações de Prevenção à saúde na consulta de puericultura 
 
Puericultura – prevenção à saude 
 Prevenção de doenças (imunizações, nutrição); 
 Detecção precoce de anormalidades; 
 Aconselhamento (prevenção de acidentes, higiene); 
 Continuidade no atendimento (orientar importância do retorno). 
 
 
Dados perinatais e sócio-ambientais importantes na primeira consulta do RN 
 
Dados perinatais 
 Gestação: pre-natal, uso de medicações, intercorrências, exames, tipagem sanguínea da mae, 
duração; 
 Parto: tipo, condições do nascimento, APGAR, dados antropométricos ao nascer; 
 Período neonatal imediato: intercorrências, exames, necessidade de tratamento especifico, data e 
condições da alta, peso na alta, amamentação. 
Dados socioambientais 
 Tipo de habitação e localização; 
 Pais e irmãos; 
 Situação conjugal dos pais; 
 Animais domésticos. 
 
 
 
11. RN DE ALTO RISCO 
 
Fatores de risco para asfixia perinatal 
 
Fatores de risco 
 Pré-natais: ausência de pré-natal, HAS crônica, DM, cárdio/nefropatia, isoimunização Rh, doença 
hipertensiva específica da gestação, infecções maternas, poli/oligodrâmnio, gestação múltipla, 
restrição do crescimento intrauterino, pós-datismo; 
 Trabalho de parto e parto: pré-termo, apresentações anômalas, LA meconial, TP prolongado 
(>24h), anestesia geral, descolamento prematuro de placenta, placenta prévia, prolapso/nó de 
cordão, administração de opioides à mãe, período expulsivo prolongado (>2h). 
 
Fatores de risco para sepse neonatal precoce 
 
Fatores de risco 
 Sepse neonatal precoce: febre materna intraparto, rotura membranas >18h, liquido amniótico 
fétido, corioamnionite, colonização materna por SGB, ITU materna não tratada, prematuridade, 
baixo peso, asfixia perinatal. 
 
Fale sobre Retinopatia da Prematuridade 
 
Tratamento da DMH  complicação por hiperóxia. 
 Retinopatia da prematuridade: interrupção da gênese vascular, formação de cicatrizes/aderências, 
descolamento e tração da retina. Rastreio: após 4 semanas de vida. Tratamento: crioterapia, laser 
e cirurgia. 
 
Fale sobre Pneumonia Congênita 
 
Pneumonia congênita 
 Pneumonia congênita: evolução arrastada, sinais sistêmicos. Strepto grupo B. RX idêntico à SMH. 
ATB: ampicilina + gentamicina. 
 
 
12. ICTERÍCIA NEONATAL 
 
Fatores que distinguem icterícia fisiológica de não fisiológica 
 
Não sugerem icterícia fisiológica 
 Surgimento antes das primeiras 24h  sugestivo de outras causas; 
 BT ≥ 13 no RNT e ≥ 10 no RNPT; 
 Duração de mais de 10 dias no RNT e 21 dias no RNPT; 
 Hiperbilirrubinemia direta  sempre patológica. 
 
 
Icterícia fisiológica: causas e evolução 
 
Icterícia fisiológica  imaturidade do metabolismo neonatal: 25-50% RN a termo. 
 Após 24h de vida com resolução em 1-2 semanas; 
 Aumento progressivo da BI  não ultrapassa BT 15; 
 Sem riscos para o bebe; 
 RNT pico 60-72h e RNPT pico 4º-6º dia; 
 Causas: deficiência funcional glicuroniltransferase, aumento da produção de BI, aumento da 
circulação enterohepática, diminuição da captação por deficiência da proteína Y, deficiente 
circulação hepática, diminuição da conjugação; 
 Fatores predisponentes: sangue extravascular, cefalohematoma, sangue materno (engulir no 
parto), icterícia por baixa ingesta, policitemia, circulação enterohepática aumentada por diminuição 
do transito intestinal. 
 
Critérios para indicação de Fototerapia no RN 
 
 
Fatores de risco para Hiperbilirrubinemia significante em RN > 35 semanas de gestação. 
 
 
 
13. DIARREIA 
 
Definicão, manifestações clínicas de acordo com agentes etiológicos 
 
Definição 
 Aumento do numero de evacuações + alteração da consistência (liquida/aquosa) com ou sem 
sangue, muco, pus ou gordura. 
Fisiopatologia 
 Osmótica  excesso de soluto no delgado: fezes ácidas, dermatite perianal, resposta à dieta; 
 Secretória  excesso de íons na luz intestinal: fezes volumosas; 
 Invasiva  inflamação e invasão da mucosa: fezes com sangue, leucócitos; 
 Motora  reflexo gastrocólico aumentado: fezes eliminadas após alimentações, resposta à dieta. 
 
 
Avaliação da desidratação: método DHAKA 
Tratamento segundo o grau de desitratação 
 
 
Método DHAKA – avaliação da desidratação 
*Sinas chave. 
 
 
Indicações de reavaliação e internação 
 
 
 
 
14. PARASITOSES 
 
Parasitas comuns e manifestações clínicas (exemplos) 
 
Parasitas comuns 
 Anemia  ancilostomíase; 
 Hepatoesplenomegalia  esquistossomose; 
 Prolapso retal  tricocefalíase; 
 Enterorragia  esquistossomose, amebíase; 
 Obstrução intestinal  ascaridíase. 
 
Condições de gravidade das parasitoses 
 
Quadros graves 
 Mais comum em: desnutridas, imunodeprimidas, neoplasias, doenças do colágeno, anemia 
falciforme, tuberculose, esplenectomia previa, uso prolongado de corticoides. 
 
Avaliação Plano A Plano B Plano C 
1 Estado Geral 
2 Olhos 
3 Mucosas 
4 Sede 
5 Pulso radial 
6 Turgidez da pele 
Normal 
Normal 
Normal 
Normal 
Normal 
Normal 
Irritável/hipoativo* 
Fundos 
Secas 
Sedento 
Volume baixo* 
Reduzida* 
Letárgico/comatoso* 
- 
- 
Incapaz de beber* 
Ausente/incontável* 
- 
 
Diagnóstico 
Nao há desidrataçao Certa desidratação. 
Observa-se pelo menos DOIS 
sinais, UM sinal chave. 
Desidratação severa 
Observa-se sinais de “certa 
desidratação”, UM sinal chave. 
Tratamento Evitar a desidratação 
Reavaliar 
periodicamente 
Reidratar com SRO, exceto se 
não puder. Reavaliação 
frequente. 
Reidratar com líquidos E.V. e 
SRO Reavaliaçao mais frequente. 
Desparatização sistemática – evidências científicas 
 
Desparasitação sistemática 
 Benefício somente no desenvolvimento ponderoestrutural; 
 Melhoria nos níveis de hemoglobina  diminuindo incidência de anemia e diarreia. 
 
 Quando desparatização sistemática 
 
 Prevalência elevada por helmintos superior a 50% há benefício na desparasitação sistemática. 
 Prevalência baixa < 50%, faz-se o tratamento individual baseado no diagnóstico de infecção 
(sintomas e sinais). 
 
QUESTÕES PROVA ORAL SMI I -2012/2 
GIANNY: 
1. FALE SOBRE ALEITAMENTO MATERNO (importância, indicação, 
vantagens/desvantagens, comparação com leite de vaca...) 
Importância: O aleitamento materno tem um grande impacto sobre a 
mortalidade de crianças pequenas, pois contem inúmeros fatores protetores 
contra infecçõescomuns em crianças, tais como a diarreia e doenças 
respiratórias agudas. O aleitamento previne mortes desde os primeiros dias 
de vida, protegendo contra incidência e gravidade das diarreias, pneumonias, 
otite média, infecções neonatais, entre outros. Há evidências científicas 
também sobre a proteção do aleitamento materno contra a síndrome da 
morte súbita do lactente, o diabetes mellitus, a doença de Chron, a colite 
ulcerativa, o linfoma, doenças alérgicas e outras doenças crônicas do 
aparelho digestivo. Além de tudo, é importante ressaltar a função do 
aleitamento na formação do vínculo-afetivo entre a mãe e o seu bebê. 
Indicação: Estudos indicam que a amamentação dentro da primeira hora do 
nascimento é o primeiro passo para reduzir a mortalidade entre crianças 
menores de 5 anos. Do nascimento ao 6º mês de vida indica-se aleitamento 
materno exclusivo, direto da mama ou ordenhado, sem adição de água, chá 
ou suco à dieta. A partir do 6º mês é indicado o aleitamento materno 
predominante, adicionando-se água, chá ou suco, a primeira papa de fruta e 
a partir do 7º mês a primeira papa salgada. 
Vantagens / Desvantagens: há vantagens para a criança, para a mãe e 
também para a família. O aleitamento materno reduz a mortalidade infantil, 
protege contra diarreias (diminui o risco de contrair a diarreia e o risco de 
desidratação pela diarreia), protege contra infecções respiratórias e contra 
alergias. Estudos comprovam que a mulher que amamenta tem menos risco 
de contrair câncer de mama e de ter osteoporose na vida madura, além disso 
a amamentação interrompe a ovulação e “descansa” o ovário, protegendo 
contra câncer de ovário de todos os tipos (exceto o mucinoso). A 
amamentação também diminui a necessidade de insulina e estabiliza o 
processo de endometriose. 
Comparação com o leite de vaca: o leite de vaca tem quantidades 
insuficientes de carboidratos (precisa repor com açúcares danosos a saúde), 
vitaminas (DEC) e oligoelementos como o ferro e o zinco, tem baixo teor de 
ácido linoleico, e ainda tem taxas muito elevadas de sódio e de proteínas, 
podendo levar a elevação da carga renal de soluto no feto. Em 
compensação, o leite humano é um fluido complexo e dinâmico que muda de 
composição a cada mamada provendo nutrientes específicos para cada 
situação: conforme a idade gestacional ao nascimento, o estágio da lactação 
(colostro) e a duração das mamadas (no início é diferente do final), varia de 
mamada para mamada pela variação da dieta materna. O colostro do leite 
materno é rico em anticorpos IgA, IgM, IgG e em vitamina A, tem muitos 
leucócitos, ajuda a prevenir a icterícia através da expulsão do mecônio e 
acelera a maturação intestinal. 
 
2. SOBRE ALEITAMENTO MATERNO discorra sobre dificuldades na 
amamentação e condutas.... 
1. Sucção em má-posição: há pontos chaves no posicionamento e também 
na pega adequada para a amamentação. O rosto do bebê deve estar de 
frente para a mama e com o nariz na altura do mamilo. O corpo do bebê 
deve estar próximo ao da mãe, e ele deve estar bem apoiado, com a 
cabeça e o tronco alinhados. Durante a pega, deve existir mais aréola 
visível acima da boca do bebê do que embaixo dela, o lábio inferior deve 
estar virado para fora e o queixo deve tocar a mama. 
2. Mamilos planos ou invertidos: embora dificultem a amamentação, o bebê 
se adapta e não é impedido de mamar. Para que isso aconteça deve-se 
promover a confiança da mãe, orienta-la sobre a pega adequada, ensinar 
manobras para protrair o mamilo antes das mamadas, com simples 
estímulo mamilar ou sucção com bomba manual; Orientar para que as 
mães ordenhem seu leite caso o lactente não consiga sugar. Isso mantém 
a produção do leite e também deixa as mamas mais macias, para facilitar 
a pega. (O leite ordenhado deve ser oferecido em copinho). 
3. Mamilos doloridos / fissuras: No início do aleitamento, a mulher pode 
sentir dor ou desconforto, o que é considerado normal. Deve-se observar 
se não há posicionamento ou pega incorreta e prevenir com a exposição 
das mamas ao ar livre, amamentar frequentemente, utilização de técnicas 
para interromper a mamada. 
4. Ingurgitamento mamário: ocorre quando há falha no mecanismo de auto-
regulação da fisiologia da lactação (“leite empedrado”). Ocorre com mais 
frequência nas primíparas e 3 a 5 dias após o parto. Recomenda-se 
amamentar frequentemente, fazer ordenha manual para diminuir a tensão 
da aréola, fazer massagens, compressas frias, se necessário 
administração de analgésicos ou AINEs, e um bom suporte anatômico. 
5. Mastites/abscessos: as mastites ocorrem por meio da entrada de 
bactérias pelas fissuras mamárias. A fadiga materna é um importante 
fator de risco para a mastite, e a bactéria normalmente é o 
Staphyloccoccus aureus. A amamentação não é contra-indicada e 
administra-se antibióticos anti-stafilo o mais precocemente possível. Se 
não houver melhorar em 48h pensar em abscesso. 
6. Depressão puerperal 
7. Gemelaridade 
8. Insuficiência lactacional: que é muito raro 
 
3. EXPLIQUE COMO PRESCREVER FÓRMULA LÁCTEA, dando exemplos 
para faixas etárias diferenciadas, incluindo peso, tipo da fórmula, quantidade, 
vezes por dia...). 
Escolhi essas duas de um artigo que eles disponibilizaram: 
Fórmulas infantis para o primeiro e segundo semestre: As fórmulas 
alimentares destinadas ao lactente a termo têm como objetivo suprir as 
necessidades nutricionais durante o primeiro ano de vida. Essas fórmulas são 
preparadas a partir da diluição do leite de vaca desnatado, para diminuir o alto 
conteúdo protéico, ajustando a quantidade de minerais e adicionando óleos 
vegetais e carboidratos. Assim, assemelham-se a distribuição calórica e 
digestibilidade do leite materno. Como os lactentes a termo possuem uma 
atividade de lactase comparável ou superior a do adulto, as fórmulas contêm 
lactose. A gordura do leite de vaca foi substituída por óleos vegetais para 
aproximar a relação de poliinsaturados e saturados do leite humano. A 
osmolaridade ideal das fórmulas infantis ficam entre 150-380mOsm/kg. A 
Academia Americana de Pediatria recomenda que a osmolaridade das fórmulas 
seja menor que 460mOsm/kg. Nome comercial: Nan e Nestogeno® (Nestlé), 
Similac® (Abbott), Aptamil® (Support). 
 Fórmula infantil isenta de lactose 
Indicação: alimentação de lactentes afetados por má absorção de lactose, 
desnutrição grave, deficiência primária de lactase, lesão de mucosa intestinal na 
diarreia persistente ou crônica, levando a deficiência secundária de lactase, 
algumas situações especiais como na síndrome de imunodeficiência adquirida 
(SIDA). Nome comercial: Nan sem Lactose® (Nestlé), O Lac® (Mead Johnson). 
 
4. SOBRE IMUNIZAÇÕES dê exemplos de PELO MENOS DUAS vacinas, 
quando administrar, doses e reforços, explicando para qual doença 
protege...). 
Vacina tríplice viral (SCR): vacina preparada a partir de vírus vivos 
atenuados, protege contra Sarampo, caxumba e rubéola. É administrada a 
primeira dose com 1 ano de vida e um reforço é feito entre 4 e 6 anos de 
vida. 
Vacina tetravalente (DTP + Hib): contra difteria, tétano, coqueluche, 
meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo B. A 
primeira é feita aos 2 meses de vida. A segunda dose é feita aos 4 meses e 
a terceira dose aos 6 meses. 
Vacina BCG: Administrada intra-dérmica é feita em dose única no 
nascimento e protege contra formas graves de tuberculose. 
5. EM 2012, HOUVE DUAS MODIFICAÇÕES NO CALENDÁRIO VACINAL DO 
MINISTERIO DA SAÚDE, FALE SOBRE ELAS. 
A vacina da pólio era feita em 3 doses (aos 2,4,6 meses), em gotas, e depois 
mais um reforço aos 15 meses e sempre nas campanhas para menores de 5 
anos. Agora passará a ser injetável aos 2 e aos 4 meses de vida e mais uma 
vacina oral aos 6 meses com um reforço aos 15 meses e sempre nas 
campanhas para menores de 5 anos. 
A tetravalente (DTP + Hib) era feita injetável em 3 doses (2,4,6 meses) e 
reforço da DTP aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Agora foi criadaa 
Pentavalente (DTP + Hip + Hepatite B), que será injetável aos 2,4 e 6 meses 
e reforço da tríplice aos 15 meses e aos 4 anos. 
6. CONCEITUE PUBERDADE NORMAL explicando quando ocorre para 
ambos os sexos e como ocorre, classificando conforme os estágios de 
Tanner. 
Puberdade é o período em que ocorrem eventos fisiológicos e maturação 
física, sexual e psicológica que capacitam o indivíduo para a reprodução. 
Nas meninas pode iniciar entre os 8 e os 13 anos de idade e tem 30 meses 
de evolução. A primeira manifestação é o broto mamário (telarca T2), é o 
sinal da presença estrogênica. O segundo é a pubarca que é o sinal da 
atividade androgênica. Se aparecer antes da telarca, pode-se pensar em 
tumor de adrenal. Cada estágio do desenvolvimento puberal leva mais ou 
menos 1 ano. A menarca ocorre em média 2,5 anos após o surgimento do 
broto mamário (9-16 anos). 
Nos meninos inicia entre os 9 e os 14 anos de idade e tem evolução de 3 a 5 
anos. O marco inicial é a Gonadarca, com o aumento do volume testicular 
(>4mL). 
Em ambos os sexos a Pubarca (pelos pubianos) é o sinal da atividade 
androgênica adrenal. 
 
7. DESCREVA OS ESTÁGIOS DE TANNER PARA A GAROTA e correlacione 
com a velocidade de crescimento (início, pico e término...). 
Genitais femininos: 
 M1 é a mama infantil, impúbere 
 M2 broto mamário. Aréola aumenta em diâmetro e textura diferente, com 
contorno elevado 
 M3 aréolas em separação de contornos. Tudo no mesmo plano. 
 M4 aréola e papila formam montículo acima da pele da mama 
 M5 mamas com aspecto adulto, contorno areolar incorporado ao contorno da 
mama. 
Pelos púbicos femininos: 
 P1: leve penugem, não pigmentados 
 P2: pelos longos, finos e lisos 
 P3: pelos escuros, grossos, crespos/encaracolados na região púbica 
 P4: pelos do tipo adulto mas sem atingir face interna das coxas 
 P5: pelos com distribuição igual ao adulto, invadindo raiz da coxa 
O início do estirão do crescimento da menina se dá em M3, com velocidade máxima de 
crescimento em M3. A menarca ocorre na fase de desaceleração do estirão puberal 
(entre M3 – M4), em média 1 ano após o pico da velocidade de crescimento. As 
meninas crescem somente entre 3 de 11 cm (média 6 cm) após a menarca. Os ciclos 
menstruais costumam ser anovulatórios e irregulares durante 12 a 18 meses após a 
menarca. 
8. DESCREVA OS ESTÁGIOS DE TANNER PARA O GAROTO e correlacione 
com a velocidade de crescimento (início, pico e término...). 
Genitais masculinos: 
 G1: impúbere. Pênis e testículos infantis 
 G2: aumento do volume testicular >4mL. Pele escrotal com textura diferente e 
crescimento da bolsa escrotal 
 G3: crescimento peniano em comprimento 
 G4: crescimento peniano em diâmetro 
 G5: desenvolvimento completo. Tamanho e forma adulta. 
Pelos púbicos masculinos: 
 P1: leve penugem, não pigmentados 
 P2: pelos longos, finos e lisos 
 P3: pelos escuros, grossos, crespos/encaracolados na região púbica 
 P4: pelos do tipo adulto mas sem atingir face interna das coxas 
 P5: pelos com distribuição igual ao adulto, invadindo raiz da coxa 
A espermarca (primeiras ejaculações) não mostram correlação com a fase de 
crescimento. Ocorre na fase G3, quando volume testicular é em torno de 12mL, e antes 
do pico da velocidade de crescimento. O estirão puberal inicia na fase G3, tem o pico 
de velocidade de crescimento durante G4 e desacelera enquanto evolui para G5, 
mantendo velocidade constante de 5 a 6 cm por ano. 
9. FALE SOBRE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA (qual faixa etária, fatores 
predisponentes, fatores protetores, comportamento...) 
As adolescentes engravidam, em mais de 50% dos casos, para: não perderem o 
namorado, saírem da casa dos pais e evitarem o clima familiar desfavorável, afirmarem 
sua feminilidade através da fertilidade e encontrarem no cuidado com o filho um 
objetivo para a sua vida. Assim, procuram preencher um vazio interior de forma errada. 
Há muitos fatores predisponentes (situações precursoras): baixa auto-estima, 
dificuldade escolar, abuso de álcool e drogas, comunicação familiar escassa, pai 
ausente ou rejeitador, conflitos familiares, violência física psicológica ou sexual, 
rejeição familiar pela atividade sexual e gravidez fora do casamento, separação dos 
pais, amigas grávidas na adolescência, problemas de saúde e mães que engravidaram 
na adolescência. Como fatores protetores encontramos pais com melhor nível de 
educação, maior religiosidade e quando ambos trabalham fora de casa. 
10. FALE SOBRE ABUSO DE ÁLCOOL NA ADOLESCÊNCIA (conceituando o 
uso muito freqüente, freqüente, ocasional, uso abusivo e dependência...). 
O álcool é a droga mais utilizada pelos adolescentes. 80% deles já usaram álcool uma 
vez na vida. Em geral, quanto mais cedo se inicia o uso, maior é a probabilidade do 
aumento na quantidade e na variedade do uso. Muitas vezes o jovem atribui à droga a 
solução de todos os seus problemas. 
Uso na vida: já usou pelo menos uma vez na vida 
Uso ocasional: relacionado a eventos sociais, 1 a 3 x por mês 
Uso frequente: 1 a 4 x por semana / Muito frequente: todos os dias 
Raramente: menos de 1x/mes 
Abstinentes: menos de 1x/ano ou nunca 
Dependência: perda do controle com uso continuado (quando adquire tolerância e 
requer doses progressivamente mais elevadas, tendo síndrome de abstinência com a 
retirada). Associada com fracasso e abandono escolar, acidentes, tentativas de 
suicídio. 
Fatores de risco: pai ou parente próximo com abuso de substancia ou dependência, 
fracasso ou dificuldades escolares, baixo auto estima, personalidade agressiva ou 
impulsiva, instabilidade familiar, miséria, historia de abuso físico ou sexual, distúrbios 
psiquiátricos (depressão, bulimia, déficit de atenção). 
Fatores de proteção: aspectos do individuo como habilidades de competência pessoal, 
ou seja, de resistência ao consumo, desenvolvimento de auto confiança e auto estima, 
responsabilidade pessoal, personalidade resiliente (capacidade de saber lidar com 
estresse, situações de pressão e desafios, desapontamentos, resolver problemas e 
interagir adequadamente com outras pessoas), resolver problemas e interagir 
adequadamente com as pessoas. 
 
ÁLVARO: 
11. Descreva as especificidades (pontos cruciais – o que deve-se perguntar e 
examinar) no Exame Clínico do lactente 
Na consulta do lactente (29 dias a 2 anos) faz-se necessário determinar quem é o 
informante. Colher a QP, HDA, ISDAS, avaliar DPNM (sorriso social, resposta vocal 
social, se chora, se balbucia, sustentação cefálica, engatinha, controle dos esfíncteres, 
se prende objetos) dependendo da idade que se encontra. Perguntar sobre o parto, 
intercorrências na gestação, pré-natal, apgar, peso e altura ao nascer, alimentação 
pregressa e atual (amamentação até que idade, e se está sendo complementada), se 
usa mamadeiras, copinhos. Vacinas, HMP, HMF, Hábitos (uso de chupeta,mamadeira, 
sono, brinquedos), as condições sócio-econômicas e culturais. 
Exame físico: peso, altura, perímetro cefálico, reflexos (reflexo da marcha, para-
quedas, brinca de bailarino, preensão em pinça) e exame físico geral. Preencher o 
gráfico de altura, peso, imc, heredrograma, determinar avaliações e condutas. Verificar 
a primeira dentição e intercorrências clinicas habituais. 
 
12. Descreva as especificidades (pontos cruciais – o que deve-se perguntar e 
examinar) no Exame Clínico do pré-escolar 
Pré escolar (2-6 anos): perguntar sobre DNPM dependendo da idade da criança: já 
deambula sozinho, corre, chuta bola, sobe e desce escada, pula num pé só, se fala 
frases, se sabe contar até 10 e diz a idade, se sabe o seu sexo, se desenha figuras 
com ângulos, se ajuda nas tarefas, etapa dos por quês?, se controla os esfíncteres, se 
explora seus órgãos genitais. 
Avaliar dentição, incentivar higiene oral e genital, reforçar independência e o meio 
escolar. Peso, altura, PC. Fazer gráfico e heredrograma. 
Orientar quanto aos riscos d acidentes domésticos, doenças epidemiológicas, avaliar 
aprendizagem escolar,vacinas. 
 
13. Descreva as especificidades (pontos cruciais – o que deve-se perguntar e 
examinar) no Exame Clínico do escolar 
Escolar (6-10 anos): Avaliar se memoriza o formato e a representação de letras e 
sílabas (pedir p/ a criança escrever seu nome e soletrar), saber se tem dificuldades na 
escola, se já repetiu algum ano, como é o relacionamento com os amigos, com os pais, 
se enumera meses, se já repetiu de ano na escola, se cumpre rotinas diárias, se dorme 
com os pais. 
Exame físico: peso, estatura, PC, desenvolvimento pueberal, pedir p/ criança pular num 
pé só e dizer se é direito ou esquerdo. Colocar no gráfico, heredrograma, avaliação, 
conduta. 
Avaliar e orientar quanto as doenças epidemiológicas, verificar bullying. 
 
14. Descreva as especificidades (pontos cruciais – o que deve-se perguntar e 
examinar) no Exame Clínico do púbere 
Púbere (12/14-14/16 anos): diálogo entre médico e púbere, avaliar desenvolvimento 
escolar, relacionamentos, se já iniciou vida sexual, se usa preservativos, se tem 
relacionamento bom com os pais, uso de drogas, seus planos e metas. Imunização 14 
– 16 dT do adulto Rubéola, meningite C, HPV, Influenza, Varicela, hepatite A e B. 
Exame físico: peso, estatura, hipertrofia muscular, desenvolvimento puberal 
(mamas,genitais, pelos pubianos/ Tunner), acne, gordura. Calcular o alvo parental de 
estatura, colocar no gráfico, avaliação, conduta. 
Verificar também: sujeitos a epidemiologia, menarca, bullying, modismos (tatoo, 
piercing). 
 
15. Na impossibilidade do aleitamento materno, quando e como podemos 
realizar a alimentação complementar. 
Leite de vaca in natura ou modificado. In natura - integral 12 a 15%. Até o quarto mês 
usa-se leite de vaca a 10% diluído 2:1. O leite de vaca integral não modificado não é 
recomendado p/ crianças até 6 meses de vida, pelos riscos de alergia a proteína do 
leite, anemia, deficiência de ferro, risco de sobrecarga renal. Usa-se leites de vaca 
modificado: fórmulas industrializadas (integral ou modificado). 
 
- Integrais de resíduo sólido: 
o Mais de 4 meses: 15%: 100 ml de água mais 15g de pó 
o 2-4 meses: 10%: 2/3 leite diluídos em 2:1 
o 1 mês: 7,5%: 1/2leite, exige adição de farinha e açúcar. 
 
- Modificados: 
 Dextrina-maltose e sacarose (leites maternizados) que diminiu a caseína e 
aumenta a lactoalbumina, mais acréscimo de ferro, vit A e D, gordura polinsaturada. 
 
- Fórmulas especiais: prematuros, anti-refluxo, sem lactose, leite de soja, proteínas 
hidrolisadas. 
 
16. Como chamar uma criança de 24 meses de idade (02 anos) e qual o seu 
nível de competência neuropsicomotora? 
 É chamada de pré-escolar. A partir dos 2 anos a criança usa o controle sistêmico 
dos esfíncteres, corre, chuta bola, pedala triciclo, sobe e desce escadas com apoio, 
usa frases gramaticais, faz rabiscos, imita linha circular. É a etapa do autoritarismo, 
negativismo, hiperatividade e impulsividade. Preensão digital, faz traço vertical com 
imitação. Etapa da percepção mágica da morte. 
 
Xikota 
17. O que são Indicadores de saúde? Descreva os indicadores de saúde e de 
Morbimortabilidade mais utilizados como no Brasil. 
- São medidas, contadas ou calculadas e mesmo qualquer observação classificável, 
capaz de revelar uma situação que não é aparente por si só. Envolvem dados 
estatísticos que revelam dados de uma região em um período de tempo. Investimentos 
e catástrofes mudam o panorama de um período para o outro. 
- Mais utilizados: 
 Mortalidade infantil por mil nascidos vivos: em um espaço geográfico 
num determinado período. Reflete o desenvolvimento 
socioeconômico, a infra estrutura ambiental, o acesso e a qualidade 
dos recursos disponíveis para a atenção a saúde materno infantil. 
 Mortalidade infantil até 5 anos; 
 Mortalidade infantil Precoce até 27 dias: esta vinculada a causas 
preveniveis, relacionadas ao acesso e utilização dos serviços de 
saúde, além de qualidade da assistência pre natal ao parto e ao RN. 
Prevenção: controle e investimentos em pre natal. Brasil nao 
conseguiu uma diminuição nos últimos anos e é o principal 
componente da MI em termos proporcionais 
 Mortalidade infantil Tardia até 364 dias: ocorre em casa e esta 
relacionada a comunidade e aos cuidados maternos em domicilio. 
Também é relacionada a má formações congênitas. Foi a que mais 
consegui-se diminuir no brasil com as acoes de saúde... 
 Mortalidade infantil Neonatal precoce até 6 dia: a maior parte dos 
partos neonatais acontece nesse período. Evidencia a estreita relação 
entre os óbitos infantis e a assistência ao parto e nascimento. 
Componente em menor tendência de queda. Normalmente é 
relacionada a eventos do parto: IG, infecção, trabalho de parto longo 
com traumatismos, hipoglicemia, prematuridade. Reflete as condições 
socioeconômicas e de saúde da mae, bem como a inadequada 
assistência ao pre natal e ao parto e ao RN. 
 Mortalidade infantil Neonatal tardia dos 7 aos 27 dias: reflete as 
condições socioeconômicas e de saúde da mae, com a inadequeda 
assistência pre natal, ao parto e ao RN. 
 Mortalidade infantil Perinatal 22 semanas a 6 dias de vida: melhor 
indicador para analise obstétrica (pre natal e neonatal). Reflete a 
ocorrência de fatores vinculados a gestação e ao parto, entre eles, o 
peso ao nascer, bem como as condições de acesso a serviços de 
saúde e a qualidade de assistência pre natal, ao parto e ao RN. 
 Índice de Desenvolvimento Infantil (IDI): índice criado para promover e 
desenvolver politicas publicas orientadas para os primeiros seis anos 
de vida (respeitar direitos da criança). Leva em conta acesso a 
educação, vacinação, assitencia pre natal para a mae. 
 Saneamento básico por habitante; 
 Número de consultas médicas por habitante; 
 Número de médicos por habitante: OMS preconiza 1 medico para 
1000 habitantes. Floripa tem 1 para 300. 
 Taxa de alfabetização; 
 Taxa de escolaridade; 
 Taxa de desemprego. 
 
18. Dez passos da Alimentação nos 2 primeiros anos de vida. 
1. Dar somente leite materno até os 6 meses , sem oferecer aguá, chás ou 
qualquer outro alimento. 
2. A partir dos 6 meses, oferecer de forma lenta e gradual outros alimentos, 
mantendo leite materno até os 2 anos. 
3. A partir dos 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, carnes, 
frutas e legumes) 3 X/ dia se a criança receber leite materno e 5X/ dia se 
estiver desmamada. 
4. A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horário, 
respeitando-se sempre a vontade da criança. 
5. A alimentação complementar deve ser espessa desde inicio e oferecida 
de colher; começar com consistência pastosa e gradativamente aumentar 
a sua consistência até chegar a alimentação da familia. 
6. Oferecer a criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada 
é uma alimentação colorida. 
7. Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. 
8. Evitar açucar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e 
outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação. 
9. Cuidar da hygiene no preparo e manuseio dos alimentos, garantir o seu 
armazenamento e conservação adequados. 
10. Estimular a criança doente e convalescents a se alimentar, oferecendo 
sua alimentação habitual e seus preferidos, respeitando a sua aceitação. 
 
19. Quais os micronutrientes indispensáveis para a criança. Quando, como e o 
que podemos prescrever? 
Ferro, vitamina A, Zinco e vitamina D. 
A partir dos 6 meses de vida a amamentação deixa de suprir as necessidades de ferro 
em crianças a termo, pois as reservas hepáticas se esgotam. Em crianças pré-termo e 
com baixo peso de nascimento isso ocorre ainda mais cedo. Lactentes de 6 a 12 
meses não conseguem consumir quantidades suficientes de alimentos ricos em ferro 
para atender às suas necessidades, além do fato de que o custo desses alimentos 
pode ser proibitivo para famílias de baixa renda. A anemia por deficiência de ferro é 
muito frequenteem menores de 2 anos. Alimentos de origem animal como carnes 
vermelhas e órgãos como o fígado levam vantagem sobre o leite e seus derivados no 
que diz respeito à densidade e biodisponibilidade do ferro. Alimentos como a gema do 
ovo, o feijão, a lentilha, a soja, e vegetais verde escuros contem razoáveis taxas de 
ferro mas com baixa biodisponibilidade. Por isso a absorção de ferro a partir desses 
alimentos de origem vegetal pode ser incrementada se forem consumidas com peixes, 
frutose, e ácido ascórbico (sucos de laranja, goiaba, tomate, pêssego...). Por outro 
lado, ovos, leite, chá, mate e café dificultam a absorção do ferro. 
A OMS recomenda suplementação com sulfato ferroso na dose de 12,5mg de ferro por 
dia para crianças de 6 a 24 meses que não tem acesso a alimentos enriquecidos com 
ferro. Crianças com baixo peso ao nascimento devem iniciar a suplementação com 2 
meses de vida. 
O Departamento Científico de Nutrição da Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda 
que, profilaticamente, seja dado ao recém-nascido a termo e com peso adequado para 
a idade gestacional, dos 6 aos 24 meses de vida, 1mg/kg/dia de ferro elementar, ou 
dose semanal de 45mg, exceto para crianças recebendo fórmulas infantis fortificadas 
com ferro. Para prematuros e recém-nascidos de baixo peso, a recomendação é dar, a 
partir do 30ºdia, 2mg/kg/dia durante 2 meses. Após esse período a recomendação é a 
mesma que para os recém-nascidos normais. 
A vitamina A é fornecida sob forma de cápsulas de 100.000UI (crianças de 6 a 11 
meses) e de 200.000UI (crianças de 12 a 59 meses), que são administradas a 
intervalos de 4 a 6 meses durante campanhas de imunizações ou na rotina de serviços 
de saúde. Em crianças amamentadas a oferta de vitamina A pode ser aumentada por 
meio da suplementação à mãe. 
A suplementação de vitamina D (200 a 400 UI/dia) é necessário quando a exposição à 
luz solar é inadequada e em alguns bebes com risco mais alto de deficiência de 
vitamina D. Dentre alguns fatores de risco encontram-se: deficiência materna de 
vitamina D na gestação, confinamento durante as horas de luz diurna, viver em altas 
latitudes ou em áreas urbanas com prédios e ou poluições que bloqueiam a luz solar, 
pigmentação escura da pele, uso de protetor solar, variações sazonais, etc. 
 
20. Descreva os fatores intrínsecos do Desenvolvimento Físico. 
Os fatores intrínsecos são aqueles que dependem das características genéticas do pai 
e da mãe e dos fatores endócrinos ou neuroendócrinos. 
 
Herança: 
- É responsável pela ampla variação dos atributos normais de espécie e também pela 
transmissão de genes anormais que podem alterar o ritmo do C/D ( ex: acondroplasia 
 GH nao age na cartilagem , microcefalia familiar). 
- Condiciona maior intensidade e velocidade de multiplicação celular. 
- Determina o grau de sensibilidade dos órgãos efetores e ação dos estímulos 
intrínsecos e extrínsecos. 
- Determina a época do fechamento das cartilagens de crescimento. Facilita ou não a 
resposta aos agentes ambientais. Será muito difícil separar em certos casos a real 
contribuição da herança e o papel que cumpriu no ambiente. No parâmetro altura, a 
herança poligênica fica marcada sugerindo igual contribuição dos pais e importante 
contribuição ambiental (menos susceptível para as meninas). 
 
Fatores neuro endócrinos: 
- O sistema límbico(córtex cerebral, hipotálamo e hipófise ) são os motores do processo 
endócrino- metabólico. 
- O hipotálamo (tuber cinerium) secreta neuro-hormonios que irá estimular a liberação 
de hormônios hipofisários: GH, TSH, ACTH, FSH, LH e prolactina. Variações 
emocionais interferem em funções do hipotálamo e secreção de destes 
neurohormonios. 
- O hormônio do crescimento (somatotrofina) é um dos principais, armazenado pelas 
células eosinofílicas da hipófise anterior e liberado por ação hipotalâmica (GHRH). 
- A ação efetora do hormônio de crescimento deve-se a sensibilidade dos órgãos 
efetores ( ação anabólica protéica, metabolismo mineral e diabetogênica – age nos 
ossos longos e figado). O hormônio somatotrofina age no crescimento depois do 2 ano 
de vida. 
- A somatomedina (IGF I e II) age no crescimento estrutural ate o fechamento das 
cartilagens do crescimento. 
- O hormônio do crescimento é segregado de forma anárquica e pulsátil para manter 
um IGF1 continuo. O fator liberador de gonadotrofina é também segregado de forma 
pulsátil. 
A função do GH dependendo da qualidade nutricional e sono, pode modular períodos 
de estase e crescimento rápido. 
- Hormônio tireoidiano: crescimento ósseo, maturação neurológica e sexual. Importante 
para o crescimento a partir de 1 ano e para maturação neurológica após nascimento 
(prevalente nos 2 primeiros anos de vida). Alterações funcionais poderão ser 
detectadas clinica e funcionalmente pelo teste do pezinho. 
 
21. Descreva os fatores extrínsecos do Desenvolvimento Físico. 
- Fatores psicológicos/emocionais: privação de estímulos para a aprendizagem. 
Privação afetiva. Hospitalismo / depressão anaclítica. Dinâmica intra familiar. Distúrbio 
emocional. 
- Fatores nutricionais: Adequado aporte calórico proteico. Quanto menor a idade maior 
o aporte calórico protéico. Cada 30g de incremento/peso exige 6.25g de albumina=1 g 
de nitrogênio. As proteínas de origem animal fornecem todos os aminoácidos 
essenciais (1/2 ou 2/3). A fonte mais calórica são os carboidratos (50% da dieta). As 
gorduras são essências para o sabor da dieta e fonte de energia. Os minerais ( cálcio, 
fósforo, magnésio, ferro, iodo, potássio, sódio). 
- Fatores morbígenos: afecções nos músculos, ossos e articulações. Afecções 
digestivas: má absorção, infecções, infestações, neoplasia. Repouso prolongado. 
Tratamentos hormonais. Doenças crônicas, repouso prolongado. 
- Fatores socioeconômicos: cultura dos pais. Condições de saneamento ambiental. 
Higiene da família. Nível econômico. Tamanho da família. Idade dos pais. 
- Fatores climáticos: maior peso no verão e outono. Maior estatura na primavera. 
Altitude é negativa a velocidade de crescimento. 
 
22. Quais os princípios que regem o DNPM? 
O DNPM é o incremento organizado no número e qualidade das funções 
neuropsicomotoras onde o todo se diferencia em suas partes, com aquisição de 
habilidades para executar funções cada vez mais complexas. Assim como o 
crescimento, depende de fatores biológicos, psicológicos e sociais. 
 
O desenvolvimento de uma criança representa a interação da hereditariedade e do 
ambiente no cérebro em maturação. A hereditariedade determina o potencial da 
criança, enquanto o ambiente influencia a extensão na qual ela realiza aquele 
potencial. Para um desenvolvimento ideal, o ambiente tem de satisfazer as 
necessidades físicas e psicológicas da criança que variam conforme a idade e o 
estagio de desenvolvimento. 
 
O DNPM depende da saúde em geral (peso/altura/vacinações, cuidados dentários e 
vestuário adequado), nutrição adequada, estimulação ambiental (ambiente rico em 
estímulos e adaptar a criança a casa), aprendizagem dos conceitos básicos, 
afetividade e desenvolvimento emocional (definição de regras e limites, de quem é 
autoridade, administração de não sem medo e cuidadores estáveis definindo rotina). 
 
O ser humano se desenvolve segundo uma sequencia regular e constante. Nessa 
sequencia, a etapa que vem antes influencia a que vem depois, e não há possibilidades 
de saltos. 
 
 Quanto menor a idade , maior a velocidade de incremento neuropsicomotor. 
 Desenvolvimento segue uma curva da parábola. 
 Não é um processo aditivo, mas sim integrativo. 
 Processo evolutivo que permite a integração neurosensorial mais especializada do 
aprendido 
 Os limites da normalidade são sempre amplos, por isso o melhor é comparar o sujeito 
contra si mesmo. 
 Depende sempre do desenvolvimento físico, psíquico, emocional e social. 
 Estende-se ate a morte com aceleração variável nos diferentes períodos e maior 
incremento ate os 18 anos de idade cronologica. 
 
23. Descrevaos fatores impulsores e impeditivos do DNPM na Criança. 
Impulsores: Integridade do SNC, maturação do SNC, estimulação adequada, 
afetividade adequada. 
Impeditivos: Genes anormais, aberrações crônicas, agentes nocivos, marginalidade 
social e privações. 
 
24. Indique os marcos no Desenvolvimento da fala na Criança. 
- Recém-nascido: Sobressalta-se com ruídos altos. Choro inarticulado. 
- 2 meses: Responde a voz materna 
- 4 meses: Vocaliza vogais sozinho ou quando alguém lhe fala, arrulha e ri. 
- 6 meses: Vira-se para ruídos suaves fora de vista. Fala monossibalos com 
consoantes. Balbucio. (má, pá, tá) 
- 8 meses: Fala dissibalos. Sons usados indiscriminadamente. 
- 10 meses: Sons usados especificamente para os pais (papá, mamã). 
- 12 meses: 2 ou 3 palavras além de papá/mamã. Atende pelo nome. 
- 15 meses: Jargão (cria palavras). Frases agramaticais (neném qué come) 
- 18 meses: 10 palavras e mostra 4 partes do corpo. 
 - 24 meses: 10 palavras e mostra 4 partes do corpo. Usa frases gramaticais. 
 - 3 anos: Fala constantemente em frases de 3-4 palavras. Conhece sua idade e 
algumas cores. Gagueira fisiológica. Dislalias de troca e supressão. 
 - 4 anos: Usa conjunções e compreende preposições (atrás, embaixo, em cima). Diz 
seu sexo. 
- 5 anos: Fala sem dislalias. Pergunta por que? Diz a idade que tem. 
 
Desvios da fala: alalia, anartria, dislalia, gagueira, disartria, afasia. 
 
 
25. Descreva quais são os principais fatores relacionados ao desenvolvimento físico da 
criança 
O crescimento e o desenvolvimento dependerão da resultante final do conjunto de 
fatores intrínsecos e extrínsecos. Os fatores extrínsecos são processos mórbidos 
existentes no microambiente ou no macroambiente aliados aos agravos nutricionais( 
água, oxigênio, aminoácidos, minerais, vitaminas e substancias calorigênicas) podem 
alterar o ritmo normal do C/D. Os fatores intrínsecos desde o genótipo (dotação 
genética), sistema neuroendocrimo e os órgãos terminais(cartilagem de conjugação) 
interagem entre si por diferentes vias, determinando um tipo constitucional, resultante 
destes múltiplos processos intrínsecos e da ação interveniente dos fatores extrínsecos( 
fenótipos). 
 
26. Descreva como é o padrão geral de crescimento do lactente: (ganho médio do 
peso nos primeiros dias, ganho médio de peso por mês, ganho médio da 
estatura....) 
Nesta fase há um acelerado desenvolvimento físico. 
Peso 
- Peso ao nascer: entre 2800 e 4200g (baixo peso ao nascer: < 2500g). 
- Media ao nascer: 3300-3500g. 
- RN: queda ponderal fisiológica de 3-10% que se recupera entre o 10º e 21º dia de 
vida (perde ate o 14º dia geralmente e se recupera ate o 21º dia) – adequação do 
metabolismo de agua. 
- Primeiros meses: aumento de 25-30g por dia 
- 5º mês: dobra o peso de nascimento 
- 12º mês: triplica o peso de nascimento 
- 24º mês: quadruplica o peso de nascimento. Daí em diante ganhará 2 kg/ ano ate os 
8 anos. 
Aumento de peso: 
1º trimestre: 2,1kg 700g/mês 
2º trimestre: 1,8kg 600g/mês 
3º trimestre: 1,5kg 500g/mês 
4º trimestre: 1,2kg 400g/mês 
Total: 6,6kg no 1o ano. 
Altura: 
- Media ao nascer: 50cm. 
Aumento da altura: 
1º ano 2º ano 3º ano 4º ano - Puberdade 
25 cm (15cm no 1º 
sem e 10cm no 2º 
sem) 
12 cm 8cm 5-7cm/ano. No 
estirão da puberdade 
ganha 10cm/ano 
(aumenta primeiro o 
peso e depois a 
estatura). 
 
Já ganhamos no 1º ano quase metade da estatura do nascimento. Por isso, são 
necessárias grandes quantidades de proteínas, CH, aminoácidos, hormônios, ferros e 
oligoelementos para o crescimento adequado. Na maturação das camadas de mielina 
(que também tem ferro). A deficiencia de ferro no 1º ano de vida compromete então a 
função cognitiva do indivíduo, e não só a curto prazo, mas às vezes a longo prazo 
Nutrição: dieta láctea prevalente. A partir do 6º mês introdução de novos alimentos. 
1ª dentição: inicia no 6º mês e com 24m tem 20 dentes 
PC: 
- Media ao nascer: 34 a 35cm. 
- Aumenta 10cm no 1º ano 
 
27. Comente sobre os motivos da indicação das curvas de crescimento propostas 
pela OMS 2006-2007? Elas são as indicadas? Justifique sua resposta 
São indicadas para acompanhar o crescimento e desenvolvimento ponderal da criança 
e analisar se esta dentro da media mundial proposta pelos gráficos. Sim, são as mais 
atuais, a de 2006 para crianças menores que 5 anos e a de 2007 para crianças 
maiores que 5 anos. 
 
28. Demonstre como utilizamos o grafico de crescimento: Peso, estatura, IMC, 
cálculo do alvo parental (estatura alvo) de um menino com 6 anos de idade com 
peso de 25 kg, 110 cm, mãe com 157 cm e pai com 175 cm. 
-IMC:P/A²=20,66 
- Alvo parental: 1,75 + 1,57 + 13/2 = 1,72 (variação de 10cm para mais ou para 
menos) 
29. Qual o significado da velocidade de crescimento e como ocorre nas diversas 
faixas etárias 
O ritmo do crescimento ou velocidade do crescimento (cm/ano ou kg/ano) é 
representado pela curva de velocidade e, para isso são necessários dados 
longitudinais. O ritmo do crescimento da estatura (altura) e peso (massa) difere durante 
a infância. A velocidade de crescimento estatural desacelera com a idade até 
imediatamente antes do início do estirão do crescimento. O ganho do peso por outro 
lado, acontece de forma mais lenta, mas constante, exceto na fase final pré puberal. 
 
Calculo: Velocidade do crescimento = estatura do dia da consulta – estatura da 
consulta anterior/Intervalo de meses (6 é ideal) x 12 
(Demostra quantos cm por ano está crescendo. O ideal é ter um intervalo de 6 meses). 
Antes do nascimento: rápida aceleração 
Infância: a mais rápida desaceleração. Apesar da velocidade de crescimento ser 
grande de 0 a 2 anos, tem crescimento descentente. No 1º e 2º ano de vida a 
velocidade é menor comparado ao intra-útero. É necessário amamentação e ambiente 
adequado para minimizar falta de nutrientes (importantes : ferro, cálcio e zinco). Na 
infância de 2 a 10 anos, uma das queixas comuns é que filho não cresce. Mas 
estabiliza o crescimento – 3cm por ano – mae acha que não cresce. 
Adolescência: segundo período de aceleração: O segundo estirão vem junto com a 
adolescência (aspectos nutricionais e tipo de atividade - fazer com que expresse o 
máximo do potencial genético.), meninos tem pico pouco depois das meninas. Tem 
uma duração media de 24 meses. Meninas começam com 9-10 anos; Meninos 
crescem um pouco depois, tempo de duração media de 2 anos maior, por isso ao fazer 
calculo soma 13 cm nos meninos. Nesta fase de hiperplasia, tem-se como principais 
hormônios a insulina, lactogenio placentário, gonadotrofina coriônica e somatomedinas. 
Adolescência: segundo período de desaceleração 
GAROTAS (8 a 13 anos) 
 O início do estirão de crescimento se dá em M2 com máxima de VC em M3. 
 A menarca ocorre na fase de desaceleração do estirão puberal (entre M3 ou M4), em 
média 1 ano após o PVC. 
 As meninas crescem somente entre 3 e 11 cm (em média 6 cm) após a menarca. 
 Os ciclos menstruais costumam ser anovulatórios, irregulares, durante 12 a 18 meses 
após a menarca. 
 Podem ganhar em média 9,5 cm/ano no estirão (aproximadamente 15 a 20 cm). 
 
GAROTOS (9 a 14 anos) 
 A espermarca (primeiras ejaculações) não mostra correlação com a fase de 
crescimento. Ocorre na fase G3, quando o volume testicular está em torno de 12ml, e 
antes do PVC. 
 O estirão puberal inicia na fase G3, tem seu PVC durante G4, e desacelera a 
velocidade de crescimento enquanto evoluiu para G5, mantendo VC constante de 5 a 6 
cm por ano. 
 Podem crescer em média 10,5 cm/ano no estirão (aproximadamente 20 a 25 cm). 
 
30. Defina mortalidade infantil tardia e descreva medidas de saúde que influenciam 
positivamente sobre a redução deste índice 
Mortalidade infantil tardia é aquela que ocorre no período pós-neonatal, ou seja, dos 28 
dias de vida até 364 dias (1 ano). Ocorre em casa e esta relacionada a comunidade e 
aos cuidados maternos em domicilio. Também é relacionada a má formações 
congênitas. Foi a que mais conseguiu-se diminuirno Brasil com as acoes de saúde. A 
maioria das causas são potencialmente evitáveis, associadas a desnutrição e doenças 
infecciosas, principalmente diarreia e pneumonia. Reflete o desenvolvimento sócio 
econômico, a infraestrutura ambiental que condicionam a desnutrição infantil e as 
infecções associadas. As medidas de saúde que influenciam nesse período são as 
Ações Básicas de Saúde: 
 Monitorização do crescimento; 
 Aleitamento materno; 
 Vacinações; 
 Terapia de Rehidratação Oral (TRO) nas diarréias ; 
 Prevenção e tratamento das infecções respiratórias agudas. 
 
31. Defina mortalidade infantil e como ela é utilizada como um indicador de saúde 
É formada, por definição, pela mortalidade neonatal, que compreende os óbitos de 
menores de 28 dias e pela mortalidade tardia, correspondente aos ocorridos entre 28 
dias e 1 ano de vida. A mortalidade neonatal, ainda se subdivide em neonatal precoce( 
até 6 dias) e a tardia (7 a 27 dias). Dentre os indicadores de saúde, o coeficiente de 
mortalidade infantil (CMI), é considerado um dos mais eficientes sensores do 
desenvolvimento social e econômico de uma população. Expressa risco de um nascido 
vivo morrer antes de completar 1 ano de vida e é calculado dividindo o número de 
óbitos de menores de 1 ano pelo numero de nascidos vivos em uma determinada área 
e lugar. O resultado é multiplicado por 1000 (ou seja: óbitos do nascimento ate 1 ano 
em 1000 nascidos vivos em um espaço geográfico num determinado período). 
Fatores que contribuem para a queda da MI: acesso ao saneamento básico, queda da 
taxa de fecundidade, melhoria das condições de saúde, segurança alimentar e 
nutricional, grau de instrução das mulheres, acesso ao servicoes de saúde, ampliação 
da cobertura da estratégia da saúde da família, avanço nas tecnologias medicas 
(imunizações, aleitamento). 
32. Comente sobre a introdução da alimentação complementar das crianças 
amamentadas exclusivamente ao seio 
A partir dos seis meses, deve se dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, 
carnes, leguminosas, frutas, legumes), três vezes ao dia, se a criança receber leite 
materno, e cinco vezes ao dia, se estiver desmamada. Introduzir de forma lenta e 
gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais. 
A partir dos seis meses, o uso exclusivo de leite materno não supre todas as 
necessidades nutricionais da criança, sendo necessária a introdução de alimentos 
complementares. Crianças que não recebem leite materno devem iniciar a 
complementação aos 4 meses. 
 
 A partir desse momento, a mãe deve oferecer água à criança. 
 Tranqüilizar a mãe quanto à aceitação dos alimentos. 
 É comum a criança rejeitar no início por não estar acostumada com esse novo 
processo não significando que ela “não goste” de um ou outro alimento. Insistir 
na oferta dos alimentos que foram rejeitados. 
 A alimentação complementar deverá ser oferecida sem rigidez de horários, 
respeitando-se sempre a vontade da criança. 
 Em média, a criança precisa ser exposta a um novo alimento de oito a dez vezes 
para que o aceite bem. 
 Oferecer o peito após a refeição sempre que a criança não tiver consumido 
quantidades adequadas de alimentos. 
 Oferecer papa de fruta e papa salgada com carne, desde o primeiro dia. 
 A papa salgada deve ser feita de forma equilibrada com um alimento dos 
grupos 1, 2, 3 e 4 
 A introdução tardia da carne pode prejudicar as reservas de ferro. 
 Qualidade dos alimentos complementares, como substrato energético, de macro 
e micronutrientes; 
 Diversidade alimentar (frutas, legumes, verduras) a fim de garantir o suprimento 
de todas as necessidades nutricionais; 
 Ambiente favorável ao elo positivo entre o lactente e a alimentação. 
A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida com colher; 
começar com consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a 
consistência até chegar à alimentação da família. No início da alimentação 
complementar, os alimentos devem ser preparados especialmente para a criança. A 
consistência da papa salgada deve ser espessa. A partir dos 8 meses, podem ser 
oferecidos os mesmos alimentos preparados para a 
família, desde que amassados, desfiados e picado. Aos 12 meses, deve ser 
estabelecida a alimentação da família, com o cuidado de não oferecer alimentos de 
formato aguçado e/ou consistência dura (ex: cenouras cruas, nozes, uvas), 
pelo risco de a criança se engasgar. Alimentos de consistência "mole", como sopas e 
mingaus finos, não são indicados, pois contêm baixa densidade de energia, podendo 
causar ganho de peso insuficiente. 
 
As papas salgadas devem ser feitas, sempre que possível, com um alimento de cada 
grupo do quadro 4: Alimentos Básicos (excetuando a fruta), preparadas com sal, óleo 
e cebola. Nos casos em que não houver a carne, oferecer 50-100ml de suco de fruta 
rica em vitamina C (laranja, acerola, goiaba, bergamota). O ovo inteiro já pode ser 
introduzido a partir do sexto mês. 
 
 
 
33. Descreva quais são as principais informações contidas na carteira de saúde das 
crianças 
Identificação da criança, dados do parto (local, tipo), período neonatal (IG, Apgar, peso, 
estatura, PC, intercorrências), antecedentes pregressos, vacinação, DNPM, gráficos de 
crescimento. 
 
34. Conceitue e comente sobre importância atual da puericultura 
Puericultura (do latim puer, pueris, criança) é a ciência médica que se dedica ao estudo 
dos cuidados com o ser humano em desenvolvimento, mais especificamente com o 
acompanhamento do desenvolvimento infantil. 
Por meio dela que o médico tem condições de detectar precocemente os mais 
diferentes distúrbios das áreas do crescimento estatural, da nutrição e do 
desenvolvimento neuropsicomotor. A detecção precoce dos distúrbios é essencial para 
seu tratamento, uma vez que, quanto mais cedo se iniciarem as medidas adequadas, 
menos sequelas haverá e melhor será o prognóstico do quadro clínico. 
35. Prevenção de acidentes não intencionais no lactente / preescolar / escolar / 
Lactentes: 
 Transporte em automóvel: em assento especial para lactentes, no banco traseiro e 
sempre voltado para trás, não devem ser transportada no colo. 
 Quedas: o berço deve ser protegido e o cercado deve ter grades altas de com 
distancias estreitas (no max 6 cm entre cada ripa). Não transportar em bicicleta. 
 Banho: Verificar primeiro a temperatura da água (ideal 37 C). Usando termostato para 
garantir a temperatura adequada. Jamais deixar a criança sozinha na banheira, mesmo 
que a banheira tenha pouca agua 
 Queimaduras: Não tomar nem segurar líquidos quentes estando com a criança no colo. 
 Brinquedos: oferecer somente brinquedos grandes e inquebráveis para evitar 
sufocação. 
 
Pré-escolar: 
 Segurança em casa: colocar proteção nas portas para que a criança não entre na 
cozinha. 
 Queimaduras: não permitira brincadeiras com fogos, evitar manuseio de álcool e 
fósforo. 
 Quedas: colocar grades ou rodes nas janelas. Não deixar as crianças sozinhas nos 
parques. 
 Super-herói: “Super-herói só na televisão!”. Colocar proteção nas janelas e escadas. 
 Afogamento: ensinar a nadar, mas não deixa-la na água sem supervisão, ensine-a a 
entrar com o pé na água primeiro e não de ponta. 
 Atropelamento: acompanhar a criança ao atravessar a rua. 
 
Escolar: 
 Atropelamento: ensinar hábitos de segurança ao atravessar a rua, não permitir 
brincadeiras nas ruas. 
 Bicicleta: usar capacete, andar somente nos parques. 
 Transporte em automóvel: banco traseiro com cinto de segurança. 
 Afogamento: Não permitir que a criança entre na agua sem supervisão de um adulto. 
 Armas de fogo: não ter armas de fogo em casa. 
 
36. Descreva Indicadores clinicos de violencia contra a criança. 
 
 As lesões físicas intencionais mais freqüentes são equimoses, hematomas e 
escoriações, em geral encontradas em locais normalmente protegidos, como costas, 
nádegas, braços, coxas, peito,face, orelhas, mãos e pés. Mordidas e queimaduras em 
locais bizarros e a marca do objeto utilizado na agressão são de fundamental 
importância. 
 
 Devem-se observar: 
 
I. Lesões não compatíveis com a idade ou desenvolvimento psicomotor da criança: 
 Fraturas em crianças menores de um ano e meio. 
 
II. Lesões não justificáveis pelo acidente relatado: 
 Fraturas de fêmur em crianças menores de dezoito meses. 
 Fraturas de crânio em relato de quedas de berço. Fraturas de perna em quedas de 
bicicleta em crianças abaixo de quatro anos. 
 
III. Lesões bilaterais: 
 Hemorragia bilateral de retina. 
 
IV. Lesões em várias partes do corpo: 
 Lacerações, equimoses, hematomas, cortes, perfurações ou queimaduras que 
lembram objetos, como fios, cintos, fivelas, mãos, solado; 
 Lesões circulares em pescoço, punhos ou tornozelos são indícios de tentativa de 
enforcamento ou de que esta sendo mantida amarrada; 
 Ausência de cabelo e ou presença hemorrágica no couro cabeludo indicam puxões 
vigorosos dos cabelos e encobrem lesões internas mais comprometedoras, como 
fraturas. 
 Edema subdural. 
 Lesões que envolvem regiões usualmente cobertas do corpo, como grandes extensões 
de dorso, região interna de coxa, genitália, dentes amolecidos ou fraturados. 
 Lesões em estágios diferentes de cicatrização ou cura são características de maus 
tratos, indicando injurias repetidas que podem culminar com a morte da criança. 
 Queimaduras por imersão ou escaldadura, em luva, em meia, com limites bem 
definidos, envolvendo todo membro ou parte dele, em região genital e de nádegas, ou 
ainda com forma do objeto, como ponta de cigarro. 
 Lesões abdominais em crianças maiores e adolescentes, decorrentes de 
espancamentos, socos ou pontapés podem levar a ruptura ou sangramento de vísceras 
ou síndromes obstrutivas de intestino delgado, por formação de hematomas de parede. 
 
37. Durante a consulta de acompanhamento médico de uma criança de 3 meses de 
vida (lactente), observamos que é necessário definirmos uma estratégia, sobre 
esse tema responda: 
 
a) O que devemos abordar durante a obtenção das informações subjetivas e 
objetivas. 
Subjetivas: identificação do paciente e do cuidador, QP, HDA, IDAS, antecedentes 
pessoais (gestação, parto, período neonatal, alimentação pregressa e atual, DNPM, 
hábitos e costumes, historia mórbida pregressa), vacinas, antecedentes familiares 
Objetivas: estado geral, peso, nutrição, altura, 1a dentição, perímetro cefálico, DNPM 
(sustentação cefálica, choro inarticulado, gorjeios, sons vocálicos, segue o objeto 
dentro do campo visual, brinca com as mãos, agita-se com familiares, sorriso social 
com resposta vocal social), imunizações, intercorrências clinicas habituais (IVAS, 
dermatopatias, problemas gastro intestinais, maus tratos, crises convulsivas febris. 
b) Quais são os diagnósticos que devemos estabelecer? 
Clinico: doença/ enfermidade aguda ou crônica: transtornos ou distúrbio agudo ou 
crônico, deficiências.. 
Nutricional: alimentação adequada ou nao; erro alimentar; déficit geral ou especifico de 
nutriente 
Desenvolvimento físico: peso, altura adequados; eutrofias; distrofias; falência do 
crescimento... 
DNPM: adequado para a idade; atrasos/retardo global ou especifico 
Vacinal: adequado ou nao 
Hábitos: privação/estimulação/super proteção/infantilização 
Desenvolvimento puberal: para maiores de oito anos 
c) Quais serão as principais prescrições / orientações nesta consulta? 
 
1. educação que premie as condutas adequadas 
2. educação para criação de hábitos de vida diária 
3. cardápio apropriado para a idade 
4. brinquedos adequados para o nível de maturidade 
5. Prescrição medica propriamente dita 
6. Definição de retorno 
 
 
38. Durante a consulta de acompanhamento médico de uma criança de 6 meses de 
vida, observamos que é necessário definirmos uma estratégia, sobre esse tema 
responda: 
 
a) O que devemos abordar durante a obtenção das informações subjetivas e 
objetivas 
Idem 
DNPM: balbucio (má, pá, dá..), mantem-se sentado, imita gestos, procura objetos fora 
da linha de visão, estranha pessoas nao familiares. 
b) Quais são os diagnósticos que devemos estabelecer? 
Clinico: doença/ enfermidade aguda ou crônica: transtornos ou distúrbio agudo ou 
crônico, deficiências.. 
Nutricional: alimentação adequada ou nao; erro alimentar; déficit geral ou especifico de 
nutriente 
Desenvolvimento físico: peso, altura adequados; eutrofias; distrofias; falência do 
crescimento... 
DNPM: adequado para a idade; atrasos/retardo global ou especifico 
Vacinal: adequado ou nao 
Hábitos: privação/estimulação/super proteção/infantilização 
Desenvolvimento puberal: para maiores de oito anos 
 
c) Quais serão as principais prescrições / orientações nesta consulta? 
 
39. Durante a consulta de acompanhamento médico de uma criança de 12 meses 
de vida, observamos que é necessário definirmos uma estratégia, sobre esse 
tema responda: 
 
a) O que devemos abordar durante a obtenção das informações subjetivas e 
objetivas 
Idem 
DNPM: engatinha, fica em pé sem apoio, dá os primeiros passos, fala palavras, atende 
pelo nome, coloca objetos dentro do outro, retira objetos de um recipiente, atende pelo 
nome, nocao de causa x efeito, resolve problemas simples, compreensão dos limites, 
nao identifica-se, porem atende pelo nome. 
b) Quais são os diagnósticos que devemos estabelecer? 
Clinico: doença/ enfermidade aguda ou crônica: transtornos ou distúrbio agudo ou 
crônico, deficiências.. 
Nutricional: alimentação adequada ou nao; erro alimentar; déficit geral ou especifico de 
nutriente 
Desenvolvimento físico: peso, altura adequados; eutrofias; distrofias; falência do 
crescimento... 
DNPM: adequado para a idade; atrasos/retardo global ou especifico 
Vacinal: adequado ou nao 
Hábitos: privação/estimulação/super proteção/infantilização 
Desenvolvimento puberal: para maiores de oito anos 
 
c) Quais serão as principais prescrições / orientações nesta consulta? 
 
40. Durante a consulta de acompanhamento médico de uma criança de 24 meses 
de vida, observamos que é necessário definirmos uma estratégia, sobre esse 
tema responda: 
 
a) O que devemos abordar durante a obtenção das informações subjetivas e 
objetivas 
Aspectos cruciais: 
1. Grande risco de acidentes domésticos: escapam dos cuidadores, hiperativos, 
impulsivos, negativismo 
2. Sujeitos a epidemiologias: virais, em creches. Jardim de infância e pre escola 
3. Controle dos esfíncteres: sujeitos a treinamento 
4. Conduta: dependentes do manejo familiar adequado 
5. Avaliação do DNPM: corre, chuta bola, pedala triciclo, sobe e desce escada com 
apoio, usa frases gramaticais, etapa do autoritarismo, negativismo, 
hiperatividade, impulsividade 
6. Aprendizagem escolar: depende da adaptação ao processo de ensino 
7. Imunizações: 
 
b) Quais são os diagnósticos que devemos estabelecer? 
Clinico: doença/ enfermidade aguda ou crônica: transtornos ou distúrbio agudo ou 
crônico, deficiências.. 
Nutricional: alimentação adequada ou nao; erro alimentar; déficit geral ou especifico de 
nutriente 
Desenvolvimento físico: peso, altura adequados; eutrofias; distrofias; falência do 
crescimento... 
DNPM: adequado para a idade; atrasos/retardo global ou especifico 
Vacinal: adequado ou nao 
Hábitos: privação/estimulação/super proteção/infantilização 
Desenvolvimento puberal: para maiores de oito anos 
 
c) Quais serão as principais prescrições / orientações nesta consulta? 
 
 
Avaliação entre 6 a 10 anos: 
1. sujeitos a epidemiologia 
2. bullying 
3. aproveitamento escolar 
4. intercorrências clinicas 
 
Avaliacao do púbere/ adolescente: 
1. sujeitos a epidemiologia 
2. menarca 
3. bullying 
4. modismos 
5. imunizações 
 
Questões para a prova teorico pratica oral sob sorteio de ponto 
Smi 1(6º semestre) 
 
Pediatria 
1. Nomeie os principais passos na consulta pediatrica de um lactente 
2. Nomeie os principais

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