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RECURSOS MANUAIS EM ESTÉTICA E BIOMETRIA (1)

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Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não 
vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, 
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica 
e profissional, refletindo diretamente em nossa 
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente 
e busca por tecnologia, informação e conheci-
mento advindos de profissionais que possuam 
novas habilidades para liderança e sobrevivên-
cia no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pesso-
as, diminuindo distâncias, rompendo fronteiras 
e nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a 
Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de 
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes 
atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Diretora de Ensino a Distância: 
Profa. Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani/
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Gabriela de Castro Pereira/
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim/ 
Mariana Tait Romancini 
Produção Audiovisual:
Eudes Wilter Pitta / 
Heber Acuña Berger/ 
Leonardo Mateus Gusmão Lopes/
Márcio Alexandre Júnior Lara
Gestão de Produção: 
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
UNIDADE
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ENSINO A DISTÂNCIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 4 
HISTÓRIA DA MASSAGEM ........................................................................................................................................ 5
A IMPORTÂNCIA DO TOQUE .................................................................................................................................... 9
EFEITOS FISIOLÓGICOS DA MASSAGEM .............................................................................................................. 10
INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES DA MASSAGEM ........................................................................................ 13
EQUIPAMENTOS ...................................................................................................................................................... 14
AMBIENTE ................................................................................................................................................................ 15
OS 7 COMPONENTES DA MASSAGEM .................................................................................................................. 16
MANOBRAS DA MASSAGEM CLÁSSICA ................................................................................................................ 17
SISTEMAS COMPLEMENTARES DA MASSAGEM RELAXANTE ......................................................................... 20
MASSAGEM RELAXANTE
PROF.A JÉSSICA DE ALMEIDA ONESKO
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INTRODUÇÃO
Nesta unidade, será abordada toda a história da Massagem desde as quatro civilizações 
que utilizavam a massagem, toda a evolução na Antiga Grécia e na Antiga Roma, assim como sua 
decadência com a Idade Média, seu surgimento novamente com o período do Renascimento. E 
todas as etapas que a massagem passou no Século XVIII, XIX e XX até os dias atuais.
Toda a importância que o toque tem sobre as pessoas, no sentido físico, emocional e 
espiritual. Algumas abordagens cientificas provando a eficiência que o toque tem no organismo 
num todo. Todos os efeitos fisiológicos que massagem proporciona de uma maneira resumida e 
detalhada em todo os sistemas do corpo humano, assim como todas as indicações que o uso da 
massagem pode ser usada como tratamento e todas as contras-indicações que a massagem pos-
sui, ou seja, onde a sua técnica não é aconselhável.
Quais são os equipamentos e acessórios importantes para realizar a massagem de forma 
mais segura e eficiente, assim, também como deve ser o ambiente de atendimento ao cliente. 
Apreender quais os componentes das massagens, sabendo tempo de duração, frequência, di-
reção, intensidade, velocidade e posicionamento. E por fim, conhecer todas as manobras clássicas 
da Massagem, para uma execução completa da massagem relaxante. Algumas dicas de outras 
Massagens e complementos que agregam para um amplo atendimento ao paciente quando o as-
sunto for relaxamento corporal, espiritual e físico. Aproveitem a Unidade I.
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HISTÓRIA DA MASSAGEM
Ao longo dos anos e em várias culturas, o uso da massagem vem sendo utilizadas por 
pessoas para comunicação, alívio de dores ou desconfortos, cura, proteção ou melhora da saúde 
em geral. Foram encontradas referências históricas à massagem em culturas do mundo todo, 
porém, muitas delas com referências de nomes diferentes dos termos conhecidos atualmente. Por 
exemplo, na cultura chinesa a massagem levava o nome de “Amma”, na cultura grega “Anatripsis”, 
entre outros. Também era muito comum nas antigas civilizações a associação da água junto com 
as massagens, ou seja, o uso de banhos, saunas, fontes de água termais, pois acreditava-se que 
a massagem libertava o corpo de espíritos causadores de doenças, e à água auxiliava na saída 
destes espíritos. Alguns primeiros registros de massagem também se referem à unção, técnica 
que consiste na fricção de óleo na pele, também utilizada para expulsar influências negativas do 
corpo.
ANTIGAS CIVILIZAÇÕES RIBEIRINHAS
As civilizações mais antigas foram formadas por grupos de indivíduos que eram eficientes 
em alimentar e abrigar centenas e as vezes milhares pessoas. Assim foram surgindo as práticas 
agrícolas, organizações políticas, construções de moradia, arte, ciência, medicina entre outros 
fatores importantes para sobrevivência. Mas o fator mais importante para uma civilização ser 
estabelecida era ter próximo mananciais de água constantes. Grandes rios eram capazes de 
sustentar grandes populações e com isso existe quatro regiões no mundo onde as populações 
ribeirinhas se estabeleceram: rio Amarelo, rio Indo, rio Tigre e Eufrates e rio Nilo (Figura 1).
Figura 1 – As quatro civilizações ribeirinhas antigas. Fonte: Braun (2007, p.3).
• China Antiga: Civilizações que se estabeleceram no rio Amarelo. Um dos documentos 
antigos chineses (2700 a.C.) relata sobre a massagem, com o nome Kong Fou, que inclui o 
uso de plantas medicinais, controle da respiração e exercícios para a saúde. Com datas não 
comprovadas, acredita-se que entre 475 a.C. e 220 d.C. foi escrito a obra mais antiga chinesa o Nei 
Ching do Imperador Amarelo, neste, foi encontrado o termo Moshuo, no contexto de massagem 
e pressoterapia, depois passou para Anmo, com técnicas de pressionar e friccionar e Tui-na, 
para empurrar e sustentar. Da China, a manipulação corporal chegou ao Japão e foi fonte de 
trabalho para os cegos, que devido à alta percepção dos sentidos do tato, conseguiram sucesso e 
desenvolveram outras técnicas conhecida de massagem, uma delas foi o Shiatsu.
• ÍndiaAntiga: Civilizações que se estabeleceram no rio Indo. Existem quatro textos 
originais da época, escritos a mais de 5 mil anos, chamados de Veda. Um desses textos chamados 
de Ayur Veda, constituem a base da medicina ayurvédica, assim as referências a massagem 
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aparecem, com o termo samvahana ou mordan, que significa fricção manual e o mais importante, 
escovação, que usava as mãos e uma escova para tratar problemas de saúde. A medicina ayurvédica 
traz uma abordagem holística, ou seja, equilíbrio entre corpo, mente e espírito, através do uso de 
aromaterapia, meditação, fitoterapia, massagem, entre outros.
• Mesopotâmia Antiga: Civilizações que se estabeleceram entre o rio Tigres e Eufrates. 
Os antigos mesopotâmicos desenvolveram uma escrita chamada cuneiforme, onde escreviam em 
blocos de argila mole, e depois que secavam poderiam ser transportadas, foi encontrado registros 
de massagem em uma dessas tábuas de argilas, que se referia ao uso de massagem com o óleo 
para problemas de saúde, como dores no abdômen. 
• Egito Antigo: Civilizações que se estabeleceram próximos ao rio Nilo. Os egípcios 
transmitiam suas mensagens através de hieróglifos, um sistema de escrita complexo e 
desenvolveram o papiro, espécie de papel, elaborado a partir do uso de uma planta que havia as 
margens do rio Nilo. Foram encontrados evidencias de massagens nos papiros, escrito por volta 
de 1800 a. C. onde indicava o uso de massagem para uma mulher que sofre de dores nas pernas. 
As massagens eram usadas no Egito Antigo para fins terapêuticos, como registos encontrados 
desde 4000 a. C., que apontam a deusa mortal rainha Ísis, incluindo a massagem como tratamento 
de doenças e curas. 
• Grécia Antiga: De 750 a. C. a 500 a. C., os cuidados com a saúde incluíam exercícios, 
massagem, ar puro, repouso, dieta e higiene. Os Jogos Olímpicos era um fator muito importante 
para os gregos, e os treinamentos físicos eram executados com associação de várias técnicas 
para melhorar o desemprenho dos atletas, como banhos e massagens. A massagem foi um 
dos principais tratamentos utilizados para aliviar dores, a exaustão do músculo e também na 
tonificação do mesmo. O termo “ginástica” encontrado nos registros, fazia referência ao uso de 
massagens, exercícios físicos e banhos. Hipócrates, conhecido como pai da medicina, detalhou o 
uso das massagens para promover saúde, ajustar tensões e articulações e a relaxar os músculos. 
Foi o primeiro a rejeitar a ideia de as doenças serem causas de obras de magia e deuses, e passou 
a associar saúde-doença como problemas de causas naturais e a estabelecer a medicina como 
ciência. A anatripsis, foi desenvolvida por Hipócrates como método de fricção dirigida ao 
coração, da extremidade para o centro, para aumentar a circulação sanguínea. 
• Roma Antiga: De 750 a. C. a 500 a. C., a medicina grega influenciou diretamente a 
medicina romana, Asclepíades de Bitínia, foi um médico grego que promoveu a “ginástica” em 
Roma. Diferentemente de Hipócrates ele acreditava na teoria dos átomos, onde quando eles 
fluíam livremente pelo corpo promoviam saúde, quando entravam em desarmonia causavam 
as doenças. Para restaurar essa harmonia, indicava o uso das massagens, balanço e vibrações 
no corpo. Aulo Cornélio Celso, outro médico romano, que se destacava pela medicina e o uso 
de massagem para diversos tratamentos como: fraqueza, tensão corporal, paralisia, etc. Outro 
médico, o mais importante de todos em Roma, Claudio Galeno, instituiu para os médicos o 
uso da dissecção de corpos no estudo científico para melhora do conhecimento da anatomia e 
intervenções cirúrgicas. Um dos livros de Galeno, diz sobre o uso de massagem de dia e a noite, 
empregada nas fibras musculares com o uso da fricção, e também uma explicação sobre a unção 
como óleo na saúde física e mental.
• Idade Média na Europa: Do ano 400 ao ano 1400, a chamada de idade das trevas devido 
à ausência de desenvolvimento artístico, científico e cultural. Muitos registros foram perdidos por 
causa das guerras, além do domínio total da Igreja que proibiu toda e qualquer avanço nas áreas 
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de ciências e artes. Quem descumprisse as regras, era punido severamente. Os banhos públicos 
foram proibidos, acusados de incitar a sexualidade. E as massagens praticados pelas mulheres 
eram considerados atos de bruxaria e magia e sendo elas queimadas em praça pública. Com isso 
a massagem entrou em declínio em Roma e parte da Europa. Porém, a prática das massagens 
não caiu por completo pois a Igreja administrava alguns hospitais e as freiras tinham permissão 
para fornecer cuidados básicos aos pacientes, assim houve algumas mulheres que se juntaram 
as freiras, no intuito de dar um tratamento de baixo custo, como os banhos e massagens. Essas 
mulheres oprimidas contribuíram para o término da idade das trevas, envolvendo-se em políticas, 
ciências, literatura, medicina e educação.
• Renascimento: Do ano 1450 ao ano 1600, o período da renascença começou com 
renovação do pensamento progressista, a curiosidade pelas artes e ciência voltam novamente a se 
desenvolverem. Vários artistas da época começaram a despontar como Leonardo da Vinci (1452-
1519), com suas ilustrações da anatomia humana e Andreas Vesalius (1514-1564) medico belga, 
considerado o pai da anatomia moderna, com foco particularmente nos músculos contribuindo 
para a massagem de forma notável. No seu livro De Humani Corporis Fabrica, diz que a massagem é 
uma terapia complementar, que pode preencher uma lacuna entre médico e paciente, oferecendo 
atenção e toque humano tranquilizador.
Figura 2 – Andreas Vesalius. Fonte: Scolas (2015).
• Século XVIII: Época também conhecida como Iluminismo, os dogmas da Igreja foram 
colocados em discussão, o Humanismo desabrochou e a educação para todos se tornaram uma 
norma cultural. A declaração de Independência dos Estados Unidos transformou o país em uma 
nação livre, com isso as invenções também foram ampliadas como: a bicicleta, microscópio, 
telégrafo, motor a vapor, termômetro. A história da medicina foi marcada pela descoberta da 
vacina e da inoculação. O sueco Per Henrik Ling (1776-1839) revolucionou a manipulação 
corporal. Apesar de não ser médico, ele estudou profundamente anatomia e fisiologia e criou 
a ginástica sueca. O sistema incluía movimentos ativos (exercícios), passivos (massagens), 
e resistivos (exercícios e massagens). Ling introduziu o uso de mesa baixa, para executar as 
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massagens, e o termo “massagem sueca” derivou desses movimentos que Ling desenvolveu, 
alguns o consideram o pai da massagem sueca, porém o feito mais importante foi de estabelecer 
a profissão de massagista.
• Século XIX: Após o desenvolvimento dos movimentos suecos, houve pessoas que 
promoveram especificamente o campo da massoterapia. O dr. Johan Georg Mezger (1838-1909), 
determinou alguns termos de massagem que são usados até hoje: effleurage (deslizamento), 
pétrissage (amassamento) e tapotement (percussão). Em 1888 o médico Emil Kleen, estudou os 
efeitos fisiológicos do deslizamento, da fricção, do amassamento e da vibração sobre a circulação 
sanguínea e linfática. Salientou a importância do conhecimento anatômico, fisiológico, técnicas 
manuais, uso correto de lubrificantes, uso de instrumentos auxiliares e boa mecânica corporal 
do terapeuta. No final do século XIX, alguns médicos britânicos, fizeram uma investigação e 
constatarama forma negativa que a massagem vinha sendo empregada. Descobriram que a 
havia uma má formação de profissionais na área da massagem e os tratamentos eram cobrados 
com valores altíssimos. Evidenciaram que escolas com professores mal preparados, recrutavam 
moças pobres com propaganda enganosa de empregos certos, para ensiná-las as técnicas e 
formando pessoas desqualificadas para o trabalho da massoterapia. Na melhor das hipóteses 
essas meninas executavam massagens de má qualidade nas clínicas e na pior das hipóteses, eram 
consideradas prostitutas, pois as massagens eram realizadas em clínicas consideradas casas de 
prostituição, resultando em um dano para a profissão e excesso de terapeutas desqualificados. 
A legitimação das massagens veio através do uso da técnica em hospitais e em consultórios 
médicos, ou seja, as únicas pessoas consideradas confiáveis para executar as massagens eram os 
médicos ou pessoas ligadas aos hospitais. Além disso, pessoas qualificadas começaram a criar 
associações para proteger a prática terapêutica. Em 1894, oito mulheres fundaram a Society 
of Trained Masseus (Sociedade de Massagistas Diplomadas), em uma tentativa de estabelecer 
um padrão de alta qualidade para os profissionais da área. Com isso, a massagem retornou ao 
caminho a direção a legitimidade.
• Século XX: A massagem continuou progredindo, a comunidade médica respeitava a 
prática a ponto de manter a prática nos hospitais e o uso na reabilitação de soldados durante a 
Primeira e Segunda Guerra. O número de profissionais especializados em massagens cresceu, 
havia associação de fisioterapia, ortopedia e massagens. E na segunda metade do século XX, houve 
algumas mudanças para os massagistas, principalmente relacionados as técnicas de manipulação 
corporal, houve um aumento nas formas de diferentes maneiras de atendimento com massagem.
• Atualidade: Apesar de uma evolução milenar, a massagem ganhou destaque nos 
últimos 50 anos. Em 1962, foi fundado o Esalen Institute que foi conhecido pelo uso das filosofias 
ocidentais e orientais. Foi um dos primeiros ugares, onde a massagem foi ensinada e abordada 
como uma manipulação corporal que conduzia ao bem-estar e a crescimento intrapessoal. 
Muitos livros desde então vem sendo lançados para comprovar a eficiência da massagem no 
potencial humano e legitima-lo como profissão. Assim a massagem esta reconquistando suas 
raízes históricas, como prevenção e reabilitação médica, o uso de banhos e unção com óleos nos 
spas, trazendo todos os benefícios: físico, mental e espiritual proporcionado assim uma melhora 
na qualidade de vida das pessoas que nos dias atuais que está cada vez mais frenético e caótico 
devido a rapidez da tecnologia contemporânea. 
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A IMPORTÂNCIA DO TOQUE
O toque é uma das necessidades mais básicas para o ser humano, ele pode ser usado como 
método de comunicação e aprendizado. As pesquisas científicas indicam que o toque é necessário 
para o crescimento, desenvolvimento e função imunológica, e que a ausência do toque provoca 
barreiras significativas na vida dos seres humanos e animais. Apertos de mãos, beijos, abraços 
são formas de toque que transmitem conforto, compreensão, além de aumentar autoestima e 
confiança, por isso a importância do toque de forma tão positiva na vida das pessoas. 
Conforme a massagem foi evoluindo ao longo dos anos, e muitas pessoas a tem como 
profissão, foi necessário validar seus efeitos através de pesquisas científicas. Essas pesquisas estão 
ajudando a classe médica a compreender e aceitar o valor do toque. Um estudo realizado em 
1958 pelo psicólogo Harry Harlow da Universidade de Wissconsin, mostrou como o toque é 
algo institivamente benéfico. Um teste com bebês macacos, que foram retirados de suas mães 
e isolados em jaulas de metal. Nestas jaulas existia uma mãe macaca artificial feita de tecido 
macio, e uma mãe macaca feita de arame que nas mãos segurava comida. Revelou-se que os bebês 
macacos preferiam o aconchego da mão de pano ao invés do alimento da mãe de arame.
Figura 3 – Amor no laboratório. Fonte: Joker (2017).
Nos Estados Unidos, foi criado um Departamento de Medicina Alternativa (OAM) 
em 1992, para estudar tratamentos não-convencionais. Em 1998 ele foi ampliado e se tornou o 
Centro Nacional de Medicina Complementar e Alternativa (NCCAM), mantendo uma ampla 
carteira de pesquisas, formação em pesquisa e concessões de contratos educativos e divulgação 
de informações ao público.
Uma das pioneiras na pesquisa moderna da massagem e uma das maiores autoridades na 
comprovação dos seus benefícios é a Drª PhD Thiffany Field, se interessou pelo assunto da terapia 
do toque quando sua filha nasceu prematura. Ela realizou sua primeira pesquisa em 1982, quando 
ainda era estudante de psicologia, constatando que bebês que usavam chupetas enquanto eram 
alimentados por sonda, obtinha resultados mais rápidos de recuperação e melhora, dispensando 
a sonda mais cedo, havendo melhora nos resultados neurológicos e comportamentais e assim 
recebiam alta mais cedo do que os bebês que não recebiam a chupeta. Devido a esse trabalho 
admirável, a Johnson & Johnson financiou a abertura do Instituto de Pesquisa do Toque (TRI), 
na Escola de Medicina da Universidade de Miami. Foi o primeiro centro do mundo dedicado a 
aspectos científicos e das aplicações médicas o toque. Os estudos comprovaram que o toque pode 
promover saúde e pode ser usado para tratar doenças. Contudo, o TRI já comprovou clinicamente 
que a massagem é benéfica para bebês prematuros, pacientes com fibromialgia, asma e diabetes. 
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O toque é 10 vezes mais efetivo do que contato verbal ou emocional, e afeta 
praticamente tudo que fazemos. Nenhum outro sentido o afeta tanto como o 
toque... Estamos nos esquecendo de que o toque não é somente uma necessidade 
básica para nossa espécie, mas é a chave de nossa existência (Field et al Gioquinto, 
2017, p.24). 
Em 1990, foi fundada a AMTA (American Massage Therapy Association), sua meta era 
gerar e aplicar conhecimento relativos aos benefícios da massagem. Apoio as pesquisas cientificas, 
educação e serviço à comunidade banco de dados com inúmeros artigos e periódicos científicos 
sobre o tema. Porém, por mais que se comprove que os efeitos fisiológicos que a massagem traz 
são realmente são verdadeiros, cada pessoa pode ter uma interpretação e reação diferente uma 
das outras, influenciadas por cultura, gênero, emoção, entre outros.
O massoterapeuta oferece ao cliente o toque e ao mesmo tempo recebe informações 
táteis desse cliente. Por isso o terapeuta deve estar atendo as reações que o paciente demonstra. 
É importante que a comunicação entre ambos seja a mais clara e simples, para não haver 
problemas nas respostas do tratamento. O terapeuta não deve deixar que suas emoções, crenças 
influenciarem as informações sensoriais do toque. A técnica do toque é a base dos métodos das 
formas de trabalho corporal em tecido mole. O toque é a ferramenta para a massagem, para isso 
precisa de várias formas de toque para atingir os objetivos específicos. A intenção terapêutica 
pode ser divindade de duas formas:
• Toque mecânico – Resultado anatômico ou fisiológico específico. Usar a massagem para 
aumentar a amplitude de um movimento corporal, aliviar dores musculares, diminuir edemas, 
entre outros exemplos.
• Toque expressivo – é aplicado para dar suporte ou comunicar a consciência e empatia 
para o cliente de modo geral. Ou seja, é proporcionar bem-estar e para relaxamento geral para 
dar conforto e prazer ao paciente, por exemplo depois de um dialongo de trabalho. Mas acima 
de tudo uma boa massagem começará sempre com uma boa relação de confiança entre terapeuta 
e paciente.
EFEITOS FISIOLÓGICOS DA MASSAGEM
A massagem exerce efeito mecânico local decorrente da ação reflexa, indireta da pressão 
exercida no segmento massageado, e também ação reflexa, indireta e por liberação de substâncias 
vasoativas. A proposta da massagem relaxante é a de promover o equilíbrio entre todos os sistemas 
corporais associados ao controle psicoemocional.
Os efeitos fisiológicos conhecidos e comprovados da massagem são:
• Alívio da dor.
• Dispersão do ácido lático acumulado nos tecidos corporais.
• Diminuição da rigidez muscular, com relaxamento local e geral.
• Facilitação do crescimento estrutural e muscular.
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• Estímulo de funções viscerais.
• Aumento da circulação sanguínea e linfática.
• Atenuação dos sintomas pré-menstruais.
• Aumento da nutrição tecidual.
• Aumento da maleabilidade e extensibilidade do tecido.
• Deslocamento, direcionamento e remoção de secreções pulmonares.
• Melhora na pressão arterial.
O toque atuando sobre a pele estimula o Sistema Nervoso Central e influencia os diferentes 
sistemas do organismo a trabalharem de modo harmônico, causando efeitos denominados 
mecânicos, fisiológicos e psicológicos.
EFEITOS MECÂNICOS
A estimulação mecânica dos tecidos por meio de pressão e estiramento. Os efeitos 
mecânicos podem ser divididos em:
• Efeito do Movimento: como linfa, sangue, secreções pulmonares, conteúdo intestinal 
e conteúdo de hematomas. 
• Efeito de Mobilização: de fibras Musculares, tendões, pele, tecido subcutâneo, fáscias 
e aderências.
Os efeitos mecânicos são origem aos efeitos fisiológicos, assim é mais fácil compreender 
a influência que a massagem tem sobre os mais diversos sistemas orgânicos.
EFEITOS FISIOLÓGICOS NOS SISTEMAS
• Sistema tegumentar: A pele está repleta de receptores sensitivos, e representa o ponto 
de contato entre terapeuta e o cliente. A massagem melhora a circulação sanguínea e linfática 
periférica, devido ao aquecimento provocado. Esse calor provocado, estimula a secreção das 
glândulas sebáceas, tornando a pele mais flexível, maleável e hidratada. A massagem é um dos 
tratamentos mais eficazes no rompimento de aderências fasciais e restauração da circulação e 
movimento. 
• Sistema esquelético: Ainda que a massagem não beneficia diretamente os ossos, 
ela proporciona benefícios indiretamente. Pode se incluir com a massagem os movimentos 
articulares, em resposta a esses movimentos, o corpo produz líquido sinovial que amortece e 
lubrifica as articulações, ajudando-as a se manterem saudáveis. A massagem aumenta o número 
de hemácias e leucócitos. Melhorando a capacidade do organismo de levar oxigênio a todas as 
células.
• Sistema muscular: É o maior foco da massoterapia, a massagem melhora a nutrição e 
desenvolvimento dos músculos devido ao aumento da entrega de sangue oxigenado e da remoção 
dos metabolitos das células. Favorece a musculatura inativa e paralisada, devido a essa melhora 
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no transporte sanguíneo. Aumenta a excitabilidade dos músculos, tornando-os mais sensíveis a 
impulsos nervosos. Isso faz com que reduza o tempo de reação, provocando melhor resposta aos 
movimentos e coordenação motora. O exercício físico causa dores, devido a presença de ácido 
lático nos músculos, quando os mesmos fadigam, a massagem, acelerando a eliminação desse 
metabolito de dor e recuperando o tecido muscular mais rápido. Além disso, a massagem ajuda 
a diminuir a aderência das fáscias musculares, que sem exercícios elas ficam mais espessas e 
inflexíveis, restringindo assim os movimentos musculares. 
• Sistema nervoso: O contato inicial com a pele estimula reflexamente uma resposta 
nervosa do sistema simpático que nos prepara para correr em meio a uma possível ameaça. 
Quando o corpo percebe que não está correndo perigo, aproximadamente entre 10 a 15 minutos, 
o toque ativa o sistema parassimpático fazendo o corpo relaxar. A massagem acalma o sistema 
nervoso, alterando os níveis sanguíneos de várias substâncias neuroquímicas e hormônios 
associados a dor. Tem-se o aumento do nível de dopamina, substância analgésica que atua no 
movimento voluntário e clareza de raciocínio. Aumenta o nível de endorfinas, substâncias 
analgésicas. Aumento do nível de encefalinas, envolvidas na integração sensorial. Aumento de 
ocitocina, substância química que aumenta o limiar de dor, estimula contrações da musculatura 
lisa, tem efeito sedativo e traz sensação de bem-estar. Aumento de serotonina, Substância química 
que em geral reduz dor e o apetite, regula o estado de espírito e os padrões de sono. Reduz 
nível de cortisol, hormônio anti-inflamatório que degrada os tecidos e impede o reparo tecidual, 
provocando dor, e reduz o nível de substância P. neurotransmissor que precipita a resposta de 
dor.
• Sistema circulatório e linfático: Os efeitos da massagem sobre a circulação são 
determinados pelos locais e pela forma como os movimentos são aplicados. Ocorre o aumento 
do aporte sanguíneo e linfático, capilares inativos ou com fluxo deficiente reagem ao toque de 
pressão, melhora a permeabilidade das paredes capilares, aumentando a oferta de oxigênio e 
nutrientes. O sistema linfático como não há uma bomba que auxilie no fluxo sanguíneo, porém 
há outros recursos para isso, como contração rítmica dos músculos, diafragma, entre outros, a 
massagem também se dispõe como coadjuvante na melhora da circulação da linfa, melhorando 
do fluxo e eliminando mais rápido o excesso de liquido intersticial acumulado, como vamos ver 
na Unidade IV, sobre Drenagem Linfática.
• Sistema respiratório: A massagem melhora no processo de respiração celular, devido ao 
aumento da circulação. Quando os músculos são massageados o calor e a oxidação de glicogênio 
geram quantidades extras de dióxido de carbono que o corpo tem que expelir para manter o 
equilíbrio. Na respiração profunda a eliminação do dióxido de carbono é muito mais eficiente e 
elevada. Além de estimular as contrações lentas e profundas do diafragma.
• Efeitos Psicológicos: O efeito acumulado de relaxamento, que se origina nos músculos 
e estende-se para o indivíduo como um todo, é criar uma mudança no estado emocional do 
paciente. Uma transformação primária é a substituição de sentimentos internos como tensão 
e ansiedade por calma e tranquilidade. Os principais efeitos psicológicos da massagem são: 
relaxamento físico, alívio da ansiedade e estresse, estimulação à atividade física já que a sensação 
de revigoramento é grande, e sensação de bem-estar em geral. 
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INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES DA MASSAGEM
INDICAÇÕES
- Pode se realizar a massagem, no tecido cicatricial superficial quando já estiver em 
estágio avançado de cicatrização, podendo acelerar o processo, aumentar a circulação sanguínea 
e evitar a imobilidade tecidual.
- Nos desvios posturais, a massagem pode ser utilizada para aliviar dores e reduzir tensão 
muscular, mas não restaurará o alinhamento ósseo.
- Nas entorses em fase subaguda (ou seja, do 5º dia ao 14ª dia), pode se realizar a 
massagem, para estimular a cicatrização, reduzir edema e a aderência, restabelecendo a amplitude 
do movimento.
- Hipertonia muscular onde se tem: dor, encurtamento muscular e isquemia. Espasmos 
no estágio subagudo também pode se aplicar amassagem.
- Massagem em pontos gatilhos para alivia-los e permitir que o músculo relaxe, bem 
como para aumentar a circulação para o tecido.
- Fibromialgia, é uma síndrome de dor muscular crônica, apresenta de 7 a 10 pontos 
gatilhos ou pontos específicos, dor disseminada, menor energia e tolerância mínima a dor. A 
massagem é indicada desde que o movimento executado seja com pressão menor que a usual e 
duração da sessão também seja menor.
- Cefaleia de tensão, essas dores de cabeça geralmente são bilaterais na cabeça e pescoço.
- Edema, a massagem é indicada quando está relacionado com imobilidade, inatividade 
ou lesão musculoesquelética, contando que não seja de devido a um fator patológico específico.
- Anemia, uma deficiência de hemoglobina. A massagem intensifica o suprimento 
sanguíneo para o baço e para a medula óssea. Aumentando a função dos tecidos, aumentando a 
produção de glóbulos vermelhos e sua capacidade de transportar a hemoglobina.
- Constipação intestinal é indicada, porém os movimentos devem ser sentido horário, 
pois cria respostas reflexa que estimula os músculos involuntários da parede abdominal.
- No geral, para dores musculares, tensão, estresse, ansiedade, insônia, entre outros.
CONTRAINDICAÇÕES
- Local de feridas e úlceras, ou seja, lesões cutâneas que rompe a pele, permitindo a 
entrada de bactérias e a instalação de infecções, localmente a massagem é contraindicada.
- Nas áreas onde há presença de acne (infecção bacteriana das glândulas sebáceas causada 
por hiperatividade dessas glândulas) não se pode fazer a massagem, pois corre se o risco de 
disseminar a infecção. Além do lubrificante poder agravar o quadro.
- Contraindicada em todas as fases agudas de: cicatrização, fraturas, entorses, osteoartrite, 
lesão muscular e tendinite. 
- Lombociatalgia ou Ciatalgia: (dores na lombar que se estende para glúteo e posterior de 
coxas) a massagem é contraindicada. (Poderá ser aplicada, quando não houver dor).
- Cefaleias patológicas como causadas por tumores, aneurismas e infecção do SNC, dores 
de cabeças fortíssimas e muitas vezes e duram vários, extremamente proibida.
- Febre, a massagem é rigorosamente proibida, pois o corpo está passando por um 
processo agudo de cura.
- Trombose (formação de uma massa fixa dentro do vaso sanguíneo, principalmente uma 
veia), pode se agravar o quadro.
- Veias varicosas: são veias danificada e distendidas com lesão nas válvulas internas. 
(aspecto de cordão azulado em relevo). Evitar fazer massagem sobre elas.
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- Câncer de mama (ou outros): tumor maligno, pode se disseminar para outros locais do 
organismo, como músculos, linfonodos ou no restante do corpo.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
- Gravidez: Em uma gestação sem complicações a massagem é indicada com considerações 
específicas como: evitar ser realizada nos 3 primeiros meses e nos outros meses, diminuir o tempo 
de sessão e preferir trabalhar com a grávida sentada ou na posição mais confortável e para maior 
segurança e se possível, peça uma autorização assinada pelo médico (a) da paciente, dizendo que 
ela pode realizar as massagens.
- Pacientes com Diabetes, no geral, quando está controlada pode realizar as massagens 
normalmente. Porém, o ideal é ter uma autorização médica validando o tratamento com as 
massagens. Já que a massagem aumenta fluxo sanguíneo e isso pode causar flutuação nos níveis 
de açúcar no sangue.
EQUIPAMENTOS
O equipamento e os acessórios são necessários para a prática da massagem, existem nos 
mais variados tamanhos, preços, cores, entre outros. Mas o mais importante que se deve destacar 
na compra de um equipamento é a resistência e durabilidade do material. 
MESA (MACA)
A mesa (maca) deve estar devidamente instalada e segura, e este tipo de equipamento é 
projetado para que o paciente se sinta confortável e relaxado, e ao mesmo tempo dê acesso ao 
terapeuta ao corpo do paciente. Além do mais é importante a maca estar no centro da sala, para 
que o terapeuta consiga se movimentar por todos os lados em volta da mesma.
- Tampo da mesa: A largura das mesas varia entre 65 a 85 cm e comprimento ente 1,65 a 
2 metros. Os tampos de mesa mais comum são 75 cm de largura e 1,85 de comprimento.
- Altura da mesa: O tampo da mesa deve ficar na altura do meio do dedo indicador ou no 
meio da sua coxa.
- Mesas fixas e portáteis: As mesas fixas, geralmente são mais resistentes e pesadas, e as 
coisas giram em torno dela. Já os móveis são mais leves e práticas, para poder ser movida de um 
local para outro, geralmente em formato de maletas.
- A mesa (maca) deve ser posicionada no centro da sala de atendimento, para uma boa 
movimentação do profissional.
- Cadeiras de Massagem: São projetadas para suportar clientes vestidos, sentados, 
inclinados para frente e relaxados. Podem ser movidos para qualquer lugar. Ex: Quick Massage. 
Acessórios: Almofadas de apoio, oferecem apoio adicional para o posicionamento do 
cliente. Apoio de rosto, permite que o paciente mantenha uma posição neutra do pescoço e 
respirem pelo nariz e pela boca. E o terapeuta pode fazer uso de acessórios que auxiliem na 
massagem, diminuindo a carga de pressão e dores, como o Bambu.
Lubrificantes: São produtos usados para reduzir a fricção entre a pele do terapeuta e a 
do cliente. Aumentando o conforto dos movimentos da massagem. Pode ser os óleos de fontes 
naturais como frutas, vegetais e castanhas, ou loções e cremes. O importante é que tenha um grau 
de deslizamento grande, tempo de secar na pele mais prolongado, facilidade na hora de espalhar 
o produto na pele e custo baixo.
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AMBIENTE
O ambiente da massagem desempenha um papel importantíssimo na apresentação 
profissional do massoterapeuta e no nível de conforto da cliente. É necessário fazer certos tipos 
de preparativos antes de começar a massagem. Que são eles:
• Temperatura da Sala e Ar Fresco e Ventilação: A temperatura deve ser mantida entre 
22 a 24ºC. Ou regular na melhor temperatura possível, o cliente não irá conseguir relaxar se o 
ambiente estive muito frio. A sala deve ter acesso a ar fresco, é importante que haja algum tipo de 
ventilação. Se tiver janelas.
• Privacidade: Os pacientes precisam de privacidade para tirar a roupa para a massagem. 
Pode se usar um biombo, para a troca ou se o ambiente for pequeno, retirar-se da sala e deixar o 
paciente se despir sozinho.
• Iluminação: Uma iluminação forte no teto é desagradável e incomoda muitas vezes o 
paciente. Melhor forma é a luz indireta ou natural vindo da janela. Se houver lâmpadas no teto, 
apague-as e use alguma luz no canto da sala, ou utiliza-se lâmpadas onde há a possiblidade de 
regular a intensidade da luz. Nunca use velas, devido ao risco de causar incêndios e nunca use a 
sala muito escura pois causar acidentes.
• Odores, Incenso, Flores e Plantas: Tomar cuidado com esses itens pois muitos clientes 
podem ser sensíveis a cheiros e ter algum tipo de alergia. Por isso é aconselhável evita-los. Porém 
plantas sem floração (folhagens), representa menos problemas, pois geralmente não possuem 
odores. Mesmo assim, cautela é a palavra.
Higiene, Substâncias Químicas, Perfumes e Mãos Aquecidas: é importante que o 
profissional tome cuidado, com perfumes, loção pós-barba, cosméticos perfumados, spray de 
cabelo, entre outros. Cuidado com mal hálito, mal cheiro nas axilas, pois os clientes dificilmente 
reclamam sobre isso, eles geralmente não retornam mais a clínica. Cuidado com cheiro de 
cigarro, ele incomoda muito quem não é fumante, evite fumar nos horários de atendimento.Use 
roupas brancas ou claras, use jaleco nos procedimentos e todo EPI (Equipamento de Proteção 
Individual) necessário para o atendimento e mantenha as mãos aquecidas, use água quente antes 
dos atendimentos, mãos frias causam incomodo nos pacientes.
Figura 4 – Espaço adequado. Fonte: Fonseca (2017).
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OS 7 COMPONENTES DA MASSAGEM
1. Direção: A massagem deve ser realizada na direção centrípeta (centro), ou seja, em 
direção ao coração, ao fluxo venoso/ linfático, de fora para dentro.
2. Intensidade/Pressão: Sempre inicia com uma pressão leve e vai aumentando 
gradativamente. A pressão sempre vai ser de acordo com o paciente. Nunca utilizar uma pressão 
tão intensa a ponto de causar lesão nos vasos sanguíneos e linfáticos superficiais.
3. Velocidade/Ritmo: Em termos gerais, os movimentos que são efetuados lentamente 
tendem a ser mais relaxantes, enquanto os movimentos rápidos são mais estimulantes. O uso do 
ritmo lento tem como objetivo o relaxamento, o ritmo médio: estimula circulação na área em 
questão e o ritmo vigoroso/rápido usa-se quando quer aquecer os músculos.
4. Duração: Os objetivos de um plano terapêutico determinam o tipo e o número de 
massagem para que seja obtido um resultado bem-sucedido. É importante lembrar que cada 
paciente é diferente e responde de forma distinta ao tratamento. Recomenda-se o tempo da 
sessão de 50 a 60 minutos.
5. Frequência: Vai depender da necessidade e disponibilidade do paciente. Em geral, 
quando obtidos os resultados terapêuticos, a diminuição da frequência durante o curso do 
tratamento pode ser apropriada. Em média recomenda-se 2 vezes na semana.
6. Posicionamento do terapeuta: Pés em contato com o chão para que o equilíbrio seja 
mantido. A altura da mesa terapêutica é muito importante, no aspecto da redução do risco de 
alguma lesão do terapeuta, deve ser tal que o terapeuta possa atingir a parte do corpo em questão, 
ao mesmo tempo em que mantém suas costas eretas.
7. Posicionamento do Paciente: Pode ser decúbito dorsal, lateral ou ventral.
Figura 5 – Mudanças de Decúbito. Fonte: Ribeiro (2014).
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MANOBRAS DA MASSAGEM CLÁSSICA
Os seis movimentos básicos da massagem envolvem aplicação de algum tipo de pressão 
e todos têm efeitos mecânicos e reflexos. São eles: deslizamento, compressão, amassamento, 
percussão, fricção e vibração. E existe outras variações desse que vem de origem dessas 6 técnicas 
de massagem.
DESLIZAMENTO
É um movimento alongado e lento que escorrega sobre a pele, moldando o corpo. É um 
movimento deslizantes aplicados na horizontal em relação aos tecidos. Posso empregar a pressão, 
superficial e profundo. Essa técnica é empregada para espalhar o lubrificante e serve como forma 
de primeiro contato entre terapeuta e paciente, trazendo assim a sensação de confiança.
Figura 6 – Massagem Clássica Sueca. Fonte: Saes (2010).
COMPRESSÃO
O movimento visa comprimir os tecidos moles utilizando as mãos, dedos, e outra regiões 
do corpo como o cotovelo. Os tecidos podem ser pressionados contra o osso subjacente ou 
manualmente entre si. Pode ser usada para substituir o deslizamento, quanto este não puder 
ser realizado, como por exemplo: excesso de pelos e pessoas que sentem cocegas. A pressão da 
técnica de compressão deve ser vertical para baixo, pouco ou sem lubrificante. Muito utilizada no 
shiatsu e outras abordagens orientais.
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Figura 7 – Massagem indiana. Fonte: Angelo (2017).
AMASSAMENTO
Vem do verbo francês, “pretrir” que significa amassar, trata-se de uma série rítmica de 
compressões intermitentes combinadas com o ato de agarrar e levantar. É um movimento mais 
profundo do que o deslizamento. Os tecidos podem ser comprimidos contra os ossos subjacentes 
ou apertados com as mãos.
Figura 8 - Fonte: Romanzoti (2012).
PERCUSSÃO
É um movimento rítmico rápido que usa ambas as mãos, como em batida rápida de 
tambor. Pode ser aplicada com as mãos com concha, mãos espalmadas, lado medial das mãos 
abertas, lado medial dos punhos fechados ou pontos dos dedos. Deve ser realizado somente em 
tecido mole, nunca em áreas ósseas.
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Figura 9 – Lateral medial das mãos abertas. Fonte: Junior (2016).
Figura 10 – Mãos em concha. Fonte: Gaspar (2017).
FRICÇÃO
É um movimento de pressão penetrante feito direta e profundamente em um local de 
tensão muscular. Trata-se de uma aplicação de pressão localizada, sem deslizamento sobre a pele, 
de forma breve, usada basicamente para romper aderências fasciais e separar fibras musculares. 
Essa técnica constitui uma excelente forma de localizar e dissolver os nódulos musculares de dor. 
As fricções podem ser feitas: no sentido transversal, paralela, longo da fibra ou circular.
Figura 11 – Fricção. Fonte: Cruz (2013).
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VIBRAÇÃO
É uma manobra que envolve movimentos vibratórios com as mãos. As vibrações podem 
percorrer todo o corpo, afetando desde a superfície cutânea até órgãos mais profundos. A pressão 
é pequena e aplicada muito rapidamente, para criar movimentos de vibração fina. As mãos são 
posicionadas sobre o paciente, comprimindo o tecido de leve e contraindo a musculatura do 
antebraço, gerando movimentos de vibração. Pressão vertical.
Figura 12 – Massagem nas costas. Fonte: Fit Body Pilates (2017).
SISTEMAS COMPLEMENTARES DA MASSAGEM 
RELAXANTE
Muitos profissionais de massagem continuam seu aprendizado no campo da manipulação 
corporal, ampliando as possibilidades de atendimento. Isso ajuda a escolher o melhor método para 
seu cliente, com resultados. Existem alguns tratamentos de massagem que podem complementar 
e agregar o trabalho manual.
O shiatsu (medicina japonesa, com trabalho nos meridianos, aplicação de pressão sem 
uso de óleo ou creme), hidroterapia (uso de banhos como terapia), reflexologia (trabalho de 
pressão em pontos reflexos do pé), ayurveda (desenvolvida na Índia, trabalha com chakras, 
doshas e manipulação de muito óleo para massagem), terapia com pedras quentes (Utiliza 
pedras aquecidas, podem ser basaltos ou mármores), shantala (massagem realizada em bebês), 
tailandesa (técnicas de alongamento e massagem com abordagens na Yoga), terapia com velas 
(desenvolvida nos Estados Unidos utiliza-se parafina especial que ao ser aquecida, derrama óleos 
aromáticos), entre outros.
UNIDADE
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ENSINO A DISTÂNCIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 23
SISTEMA LINFÁTICO ............................................................................................................................................... 24
FISIOPATOLOGIA DO EDEMA ................................................................................................................................. 28
INDICAÇÕES DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL .............................................................................................. 31
CONTRAINDICAÇÕES DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL ..............................................................................32
ALGUMAS CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS ....................................................................................................... 32
COMPONENTES DA DRENAGEM LINFÁTICA ........................................................................................................ 33
MANOBRAS DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL .............................................................................................. 33
DRENAGEM LINFÁTICA
PROF.A JÉSSICA DE ALMEIDA ONESKO
02
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MÉTODO LEDUC ...................................................................................................................................................... 34
OUTRAS MANOBRAS ESPECÍFICAS DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL ...................................................... 34
SEQUÊNCIA DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL .............................................................................................. 36
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES ............................................................................................................................. 37
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INTRODUÇÃO
Nesta unidade o aluno será capaz de compreender todo o processo da Drenagem Linfática 
Manual. Para isso é necessário todo o conhecimento detalhado do Sistema linfático desde a sua 
função aos componentes importantes que lhe pertence. Saber como ocorre a fisiopatologia do 
edema, principal problema tratado pela drenagem linfática manual, será detalhado todos os 
possíveis edemas que são formados, tanto vascular quando linfático.
Será mostrando todas as indicações que a DLM é eficiente e também as contraindicações. 
Lembrando que a drenagem linfática, é um sistema complexo e precisa ser realizada de forma 
consciente, pois o problema de uma execução malfeita do procedimento pode acarretar danos à 
saúde do paciente.
Saber os componentes da DLM, como duração, direção, frequência entre outros e também 
todas as manobras que pertence a esta massagem. Será demonstrada o método de Leduc, umas 
das mais utilizadas no mundo. A unidade compreende uma sequência da DLM, para auxiliar 
o aluno na prática e algumas observações que são importantes para uma execução eficaz do 
procedimento da drenagem linfática manual. Aproveitem a Unidade II!
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SISTEMA LINFÁTICO
Em 1892, Winiwarter contribuiu para o conhecimento sobre o sistema linfático de forma 
detalhada. Evoluindo ao longo dos anos com vários pesquisadores, como Alex Carrrel. Emil 
Vodder, iniciou os estudos sobre drenagem linfática, chegando em 1936 divulgando a massagem 
mundialmente conhecida para estimular o sistema linfático fisiologicamente.
Atualmente, a massagem de drenagem linfática é reconhecida internacionalmente e 
sua utilização não é só para tratamentos estéticos, mas também para outros tratamentos como: 
traumática, neurológica, metabólica, cirúrgica, etc. A circulação linfática é o final de um processo 
que se inicia com o sistema sanguíneo. Para isso é importante relembrar sistema arterial e venoso.
CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA
O sistema circulatório participa de forma integrada na distribuição de nutrientes e 
oxigênio e captação de metabolitos de todo organismo, juntamente com o sistema linfático. 
Segundo Guyton (1996), esses dois sistemas trabalham de forma harmônica, enquanto o sangue 
arterial chega às células oxigenando e nutrindo-as e retorna para o sistema venoso, uma pequena 
parte desse sangue não consegue transpor a membrana dos vasos venosos. Esse líquido parado, 
juntamente com proteínas é retirado do meio intersticial por meio do sistema linfático.
SISTEMA ARTERIAL
Gardner et al. (1988), relata que o sistema arterial é provido de artérias cuja função, é 
levar o sangue rico em oxigênio e nutrientes para todos os órgãos e tecidos. Sistema que possui 
grande elasticidade, aumentando ou diminuindo seu calibre sempre que necessário.
SISTEMA VENOSO
As células do corpo promovem trocas gasosas e de nutrientes, o sangue volta para o 
meio intersticial e com ele retorna também produtos catabolizados pelas células, moléculas 
de proteínas e dejetos. Esse sangue volta pelo sistema venoso. A maior parte volta ao coração, 
aproximadamente cerca de 90%. Porém, a outra porcentagem que não conseguiu voltar pelo 
sistema venoso, vai voltar pelo sistema linfático. 
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Figura 1 – Sistema circulatório. Fonte: Vishnoi (2015).
CONHECENDO O SISTEMA LINFÁTICO
A anatomia do sistema linfático, não foi muito simples de ser estudada, em razão da 
fragilidade dos vasos e de sua coloração esbranquiçada, chamada linfa. É um sistema, que 
funciona como uma via acessória, que transporta o excesso de líquido e material que o sistema 
sanguíneo não conseguiu captar. Segundo Guyton, (1996), o sistema linfático é considerado uma 
via auxiliar de drenagem que funciona em conjunto com o sistema vascular, nunca constante 
mobilização de líquidos e exerce a função de manter o equilíbrio hídrico e proteico tissular.
O sistema linfático, pode ser dividido em: capilares linfáticos, vasos pré-coletores, os 
coletores, os troncos linfáticos, os ductos linfáticos, os linfonodos e a linfa. É um sistema que não 
possui um órgão central bombeador, como ocorre no caso da circulação sanguínea com o coração. 
Este sistema possui vasos superficiais e profundos. Os superficiais são numerosos, seu trajeto 
acompanha as veias, e a drenagem é realizada pelos linfonodos superficiais, estão localizados 
acima da fáscia muscular, e drenam os tecidos superficiais. Já os vasos linfáticos profundos, estão 
localizados abaixo da fáscia muscular, estão em menor quantidade, acompanham as veias mais 
profundas e drenagem os músculos, órgãos, vísceras e cavidades articulares.
CAPILARES LINFÁTICOS
A principal função dos capilares linfáticos é a absorção de macromoléculas. São células 
que apresentam em formato de escamas ou telhas. São as primeiras estruturas das vias linfáticas 
e se iniciam do tecido conjuntivo nos espaços intersticiais. Considerada uma rede muita fina, 
extensa e transparente, porém mais numerosos, maiores e mais irregulares, que os capilares 
sanguíneos. São ligados diretamente as fibras elásticas do tecido conjuntivo pelos filamentos de 
Casley-Smith.
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Figura 2 – Sistema linfático. Fonte: Carvalho (2015). 
VASOS PRÉ-COLETORES
Leduc, (2000) relatou que esses vasos tem um diâmetro maior que os capilares linfáticos 
e são repletos de válvulas. Possuem fibras de colágeno e musculares e são inervados. Possui um 
aspecto de “colar de pérolas”, e essa aparência é em razão da diminuição do diâmetro próximo ao 
local das válvulas. O espaço compreendido entre uma válvula e outra se chama Linfagion. Essas 
válvulas asseguram o fluxo da linfa em uma só direção. Há contrações nesses vasos, e isso faz com 
que a linfa, passe de um Linfagion para o outro.
Figura 3 – Linfangion. Fonte: Mafra (2017).
VASOS COLETORES
São vasos que possuem estrutura semelhante as veias. São valvuladas, onde se projeta o 
fluxo da corrente linfática, prevenindo dessa forma o refluxo da linfa. Os vasos coletores são uma 
continuação dos pré-coletores.
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TRONCOS LINFÁTICOS
São vasos de maior calibre que recebem o fluxo linfático. Os troncos linfáticos são onze 
no total e recebem as seguintes denominações: Troncos lombares, tronco intestinal, troncos 
broncomediastinais, troncos subclávios, troncos jugulares, troncos descendentes intercostais, 
com exceção do tronco intestinal, são citados em pares. 
DUCTOS LINFÁTICOS
Os ductos linfáticos são vasos da porção final da drenagem linfática, que desembocam 
no sistema venoso, no nível da junção subclavijugular. São dois e recebem o nome de: Ducto 
Linfático Direito e Ducto Torácico.
• Ducto Linfático Direito é formado pelos troncos: jugular direito, subclávio direito e 
broncomediastinal direito e desemboca na junção subclavijugular direita.
• Ducto Torácico origina-se pela união dos troncos descendentes: intercostais, lombares 
e intestinais, formando uma dilatação, denominada de cisterna do quillo.
LINFONODOS
Ao longo do trajeto linfático existem grupos compactos de linfócitos encapsulados 
denominados linfonodos ou glânglios, são formações nodulares e é considerado um órgão linfático. 
São numerosos no organismo, cerca de 600 a 700 linfonodos. Tem como principal função a de 
filtrar a linfa e são responsáveis pela resposta imune do corpo. Normalmente são agrupados 
em cadeia com um número razoável de linfonodos. Por exemplo os linfonodos da região axilar 
captam a linfa dos membros superiores, glândulas mamárias e quadrantes superiores do tronco. 
Já os linfonodos da região inguinal, captam a linfa dos membros inferiores e quadrantes inferiores 
do tronco. O local onde entram e saem os vasos sanguíneos e os vasos linfáticos, são chamados de 
eferentes ou hilo. Dentro do linfonodo existe uma rede intercelular, em forma de filtro e possui 
algumas células de defesa como linfócitos, macrófagos e plasmócitos.
Figura 4 – Linfonodos. Fonte: Fernandes (2013).
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LINFA
Quando o líquido intersticial passa, em virtude da pressão osmótica, para dentro dos 
capilares linfáticos, recebe o nome de Linfa. É considerado líquido mais nobre do organismo. 
Sua coloração é indefinida, pois pode se encontrar transparente, esbranquiçada ou amarelo-
limão. Tem em sua composição 96% de água. É constituída de duas partes, uma plasmática 
com elementos de sódio, potássio, cloreto e outra parte celular como linfócitos, granulócitos, 
eritrócitos e macrófagos.
FISIOPATOLOGIA DO EDEMA
O estado de equilíbrio fisiológico, é atingido quando as vias de drenagem são suficientes 
para transportar o excesso de liquido intersticial. Esse líquido está em constante renovação, devido 
as células estarem sempre fazendo suas trocas metabólicas. Se não houver essa interrupção, não 
ocorrerá o edema. Porém, quando o aporte de líquido se torna mais importante, e o sistema 
linfático não aumenta em consequência disso, ocorre um desequilíbrio entre filtragem e evacuação. 
Os tecidos se enchem de liquido intersticial, ocorrendo o inchaço dos tecidos a distensão da pele, 
ocorrendo o edema – que pode ser de origem: vascular ou linfática.
EDEMA DE ORIGEM VASCULAR - AUMENTO DA PRESSÃO 
HIDROSTÁTICA 
Quando o aporte de líquido filtrado se torna mais importante e o sistema de drenagem 
não aumenta. Clinicamente apresenta o sinal de Godet.
 Figura 5 - Sinal de Godet. Fonte: Medeiros (2017).
A pressão hidrostática (PH) é o aumento da pressão do sangue contra a parede do vaso, 
quando o indivíduo assume a posição ortostática, ou seja, o PH pode variar conforme a posição 
(em pé ou deitado). Esse aumento da pressão capilar, favorece a filtração, desse modo gera mais 
líquidos intersticiais, formando o edema.
VARIZES
As varizes são dilatações dos vasos, as paredes são distendidas e as válvulas são 
mecanicamente menos eficazes. Pode ocorrer o refluxo do sangue. A estase do sangue não 
oxigenado, torna a parede da veia mais permeável. As proteínas sanguíneas atravessam as veias e 
caem no meio intersticial, se acumulando, podendo ocorrer o edema.
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FLEBITES
É uma inflamação caracterizada pela oclusão total ou parcial da veia. Se torna um 
obstáculo, a pressão venosa se choca com o obstáculo, o sangue reflui nos vasos e aumenta a 
pressão hidrostática local. O vaso se dilata, as válvulas perdem sua capacidade de estancar e a 
permeabilidade vascular aumenta, causando o edema.
Figura 6 - Flebite. Fonte: Tavares (2017).
 Figura 8 - Formação das varizes. Fonte: Katz (2017).
EDEMA DE ORIGEM LINFÁTICA
Quando a rede de evacuação é insuficientemente enquanto o aporte se instala, se organiza 
e se torna fibroso. Clinicamente não apresenta o sinal de Godet. Ocorre uma debilidade no 
próprio sistema linfático, seja nos vasos ou nos linfonodos. A insuficiência mecânica do sistema 
linfático vem acompanhada de redução da capacidade de transporte linfático. Ocorrendo lesões 
diferenciadas, podendo ser orgânicas ou funcionais.
Nas lesões orgânicas, são subdivididas em primárias e secundárias. Primárias: seria a 
Hipoplasia (insuficiência de desenvolvida dos vasos linfáticos) ou Linfangectasias (dilatação 
dos vasos e insuficiência valvular) e fibrose primária dos linfonodos. Secundária: ocorrem ao 
longo da vida em razão da deterioração dos linfonodos e ductos linfáticos, ex: parasitas, tumores, 
inflamações, ferimentos.
Nas lesões funcionais com problemas na bomba muscular ou espasmos ou paralisia 
do linfagions, decorrentes de toxinas, mediadores inflamatórios ou medicamentos. Aumento 
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significativo de porosidade das paredes dos vasos linfáticos com saída de líquido rico em proteínas. 
Compressão dos vasos linfáticos como roupas apertadas, obesidade mórbida, compressão por 
tumor benigno.
EDEMA LATENTE OU PRÉ-EDEMA
Acúmulo de líquido invisível ou pouco visível de modo que os contornos corporais não 
se modificam de forma notável. Constituído de 1 a 4 litros de líquidos. Pode provocar sensação 
de tensão e repuxamento, alteração do peso corporal. Causado por: fisiológico, ortostático, 
idiopático, induzido por diurético, endócrino ou medicamentoso. 
EDEMA
Acúmulo patológico de líquidos, localizado preferencialmente nos tecidos conjuntivos 
intersticiais subcutâneos. Há modificação corporal, apresentando uma depressão e uma elevada 
turgidez do tecido. Podem ser generalizados ou localizados, unilateral ou bilateral, simétrico ou 
assimétrico. Conhecido como edema exsudatos quando é um edema rico em proteínas (acima 
de 1g/dL). Ou edema transudatos quando é pobre em proteínas (menos de 1 g/dL). Se formam 
preferencialmente, nos pés e pernas (devido a ação da gravidade) e em pacientes acamados, nas 
costas, nádegas e regiões posterior de coxa, podendo aumentar e afetar o corpo todo.
EDEMA DE CALOR
Com o calor, aumenta se a afluência de sangue nos capilares da pele. Os vasos cutâneos 
se dilatam, de modo que a permeabilidade também aumenta, significando uma maior filtração 
de fluido sanguíneo.
EDEMA CICLO PRÉ-MENSTRUAL
Em decorrências das alterações hormonais, cerca de 20% das mulheres, tem um acumulo 
de água pré-menstrual mais acentuada (1 a 2 litros). Com a menstruação, há o escoamento do 
líquido retido, de modo que o edema logo desaparece.
EDEMA DE GRAVIDEZ
O acúmulo generalizado de água de até 7 litros é fisiológico na gestação (aumento de peso 
de 12 a 13 Kg). Para garantir uma troca continua de líquidos com o bebê. Ocorre também que 
o nível de estrogênio, aumentanesse período, e o mesmo retém sódio e eleva a permeabilidade 
capilar. A pressão do feto em desenvolvimento sobre os vasos pélvicos, ocorre uma leve fleboestase 
(interrupção parcial da circulação) e linfoestase (interrupção do transporte da linfa) no MMII.
LINFEDEMA
O linfedema pode ser definido como sendo o acúmulo anormal de proteínas e líquidos 
no espaço intersticial, edema e inflamação crônica, estando relacionado principalmente com as 
extremidades. Esse acúmulo de proteínas, formam fibroses que causam muitas vezes, incomodo 
e dor ao paciente.
INDICAÇÕES DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL
EDEMA E LINFEDEMAS
De maneira geral, a Drenagem Linfática Manual (DLM), age ativando a circulação 
linfática, o que propicia a redução de edema e linfedema e a regeneração do sistema linfático. 
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FIBRO EDEMA GELÓIDE (FEG)
Também conhecida, como celulite é uma afecção estética que segundo Guirro et al (2002) 
trata-se de um tecido mal oxigenado, subnutrido, desorganizado e sem elasticidade, resultante 
de um mau funcionamento do sistema circulatório e das consecutivas transformações no tecido 
conjuntivo”. Acomete cerca de 98% das mulheres e ocorre geralmente na região das coxas e glúteo, 
mas pode acometer outros locais, como abdome, pernas, braços entre outros. 
A drenagem linfática manual ajuda na evacuação de líquidos e toxinas que tornam o 
tecido cutâneo edemaciado e com aderências teciduais, favorecendo a nutrição e oxigenação 
tissular. A DLM é indicada nos graus I e II da FEG devido aos problemas circulatórios e linfáticos 
que ocorre nessas fases.
PÓS CIRURGIA PLÁSTICAS
As cirurgias plásticas estéticas ou as reparadoras, em sua maioria, tem necessidade de 
DLM, em razão da destruição de vasos e nervos causados por estes procedimentos, provocando 
edema, dor e diminuição da sensibilidade cutânea. A drenagem linfática quando realizada no 
pós-operatório imediato, promove uma grande melhora no desconforto e do quadro álgico, por 
melhorar a congestão tecidual. Pode ser utilizada nos procedimentos cirúrgicos: rinoplastia, 
blefaroplastia, mamoplastia redutora ou de aumento, ritidoplastia, reconstrução mamária, 
lipoaspiração, demolipectomia, abdominoplastia. Para realização da DLM nestes casos, é 
necessário conhecimento sobre Anatomia e Fisiologia linfáticas e da cirurgia realizada.
INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA
A drenagem linfática pode ser considerada de grande importância no tratamento de 
insuficiência venosa crônica, associada com exercícios físicos e medicamentos. 
OBESIDADE
A DLM pode melhorar a tonicidade tissular e aumentar o transporte de metabólitos, 
promovendo maior tugor da pele, e também ajudar no suporte de microestruturas.
MASTODINIA
Definida como uma tensão mamária sentida durante a fase de ovulação e a menstruação, 
que pode ser dolorosa, mas aliviada com o uso da DLM.
OUTRAS AFECÇÕES QUE A DLM PODE SER BENÉFICA
Telangiectasia, cicatrizes, estresse, dores musculares em atletas, ansiedade, irritabilidade, 
depressão, tensão muscular, algumas dores agudas ou crônicas como reumatismo, tendinites, 
entorses, entre outros.
CONTRAINDICAÇÕES DA DRENAGEM LINFÁTICA 
MANUAL
Existem algumas contraindicações da drenagem linfática manual que são absolutas, ou 
seja, os cuidados devem ser dobrados quanto:
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TUMORES MALIGNOS
Pacientes que passaram por tratamentos oncológicos, não devem realizar a DLM devido 
ao risco de desenvolver reincidências de tumores em outras partes do corpo. Até o paciente estar 
totalmente curado, o ideal que o tratamento com drenagem linfática seja interrompida, até não 
houver mais chance de reincidência.
TUBERCULOSE
O bacilo de Koch fica alojado e encapsulado nos gânglios linfáticos. Existe a possibilidade 
de o bacilo voltar à ativa com a DLM.
INFECÇÕES AGUDAS E REAÇÕES ALÉRGICAS AGUDAS
Pode ocorrer aceleração de fluxo linfático e vírus, bactérias, alérgenos e dejetos celulares 
serem transportados através dos vasos, não sendo filtrados pelos linfonodos, podendo se 
disseminar pelo organismo.
EDEMAS SISTÊMICOS DE ORIGEM CARDÍACA OU RENAL
O músculo cardíaco, nestes casos, está enfraquecido, fragilizado e com a câmara direita 
congesta, em razão da difícil condição de bombear sangue. Uma maior sobrecarga originada pela 
DLM pode levar a um edema agudo pulmonar. 
INSUFICIÊNCIA RENAL
Dependendo do estágio da doença, pode ocorrer ausência parcial ou total da eliminação 
de urina. A drenagem linfática, aumenta o aporte de líquido filtrado pelo sistema renal, pode 
ocorrer congestão, podendo acarretar complicações cardíacas e/ou pulmonares.
TROMBOSE VENOSA
Há risco de embolismo.
ALGUMAS CONTRAINDICAÇÕES RELATIVAS
HIPERTIREOIDISMO
Pode ser realizada, sem ser no local da tireoide. Pois pode modificar as secreções de 
hormônio pela glândula.
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DESCOMPENSADA 
Na maioria dos casos, o coração trabalha em um limiar muito pequeno, podendo a 
qualquer aumento de demanda, de não conseguir realizar a propulsão sanguínea. A DLM pode 
aumentar o fluxo sanguíneo, podendo ocasionar um aumento no trabalho do coração. Porém, é 
sempre bom pedir uma autorização médica para realizar a drenagem linfática.
MENSTRUAÇÃO ABUNDANTE
Mulheres que sofrem com grande fluxo menstrual, evitar de fazer a drenagem linfática 
em região de abdômen, para que não haja o aumento desse volume de sangue nos dias que virão.
ASMA E BRONQUITE
Caso a paciente tenha a necessidade da massagem pode ser realizada, evitando a região 
do esterno, pois pode potencializar a crise.
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HIPOTENSÃO ARTERIAL
Torna-se necessária a verificação de pressão arterial antes, durante e após a DLM. Deve-
se iniciar primeiramente em regiões menores e aumentando gradativamente.
COMPONENTES DA DRENAGEM LINFÁTICA
1. Direção: É realizada em direção ao transporte linfático fisiológico, sentido ao linfonodo 
proximal (ao coração/centrípeta). 
2. Intensidade/Pressão: A drenagem realizada superficial, é a mais indicada, pois a 
maioria dos edemas são superficiais e uma grande pressão pode obstruir o fluxo linfático já que 
são muito frágeis.
3. Velocidade/Ritmo: O ritmo da drenagem linfática é lenta e ritmada – uma manobra 
a cada 3 segundos, frequência diferente para estimular e aumentar o ritmo linfático. Lembrando 
que o Linfagion tem uma contração de 6 a 10 segundos.
4. Duração: Recomenda-se o tempo da sessão de 60 a 90 minutos.
5. Frequência: Vai depender do caso clínico. Em média recomenda-se 2 vezes na semana. 
Porém, se ela realizou um pós-operatório o ideal é todos os dias, por 10 dias seguidos.
6. Posicionamento do terapeuta: Pés em contato com o chão para que o equilíbrio seja 
mantido. Confortável, acesso ao corpo do paciente de forma que facilite o movimento adequado.
7. Posicionamento do Paciente: Tem que estar confortável, favorecendo a drenagem 
funcional, sem pressionar os linfonodos. Pode se utilizar os rolinhos, travesseiros triângulos, 
toalhas, etc. Paciente com o mínimo de roupa possível.
MANOBRAS DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL
Inicia a técnica com a paciente em decúbito dorsal, em membros inferiores com leve 
inclinação. Estimula respiração diafragmática, e drenagem de linfonodos. Segue algumas 
manobras: 
-Deslizamento (com as duas mãos juntas)
- Deslizamento alternado (com uma mão, depois a outra) 
- Bombeamento 
- Onda
- Chamada
- Bracelete
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MÉTODO LEDUC
As manobras são suaves e superficiais, não necessitando comprimir os músculos. O 
contato das mãos é feito diretamente na pele do paciente, sem óleo ou creme, ou quantidade 
muito pequenas. O método Leduc, compreende dois movimentos, denominados de chamada e 
reabsorção. 
CHAMADA
Conhecida também como evacuação ou demanda. A manobra produz uma aspiração e 
uma pressão da linfa situada nos coletores. Consiste em eliminar a linfa que está dentro dos vasos 
linfáticos, transportando-a para região linfonodal. Utilizado em situações de edema leve ou em 
situações preventivas. O ombro faz o movimento de adução (fechar). O movimento das mãos 
PROXIMAL → DISTAL do linfonodo, usando a borda radial no indicador.
REABSORÇÃO
Conhecida como captação, produz um aumento a pressão tissular e a orientação da 
pressão promove a evacuação. Realizada no sentido da drenagem fisiológica. Visa captar a linfa 
do interstício para os capilares linfáticos. Utilizado em situações de edema grave. O ombro faz o 
movimento de abdução (abrir). O movimento das mãos DISTAL → PROXIMAL do linfonodo, 
usando a borda ulnar do quinto dedo.
OUTRAS MANOBRAS ESPECÍFICAS DA DRENAGEM 
LINFÁTICA MANUAL
CÍRCULOS COM OS DEDOS
Movimento rotatório realizado pelos dedos (sem o polegar), onde a pele é levemente 
deprimida e deslocada em relação ao plano de fundo. A pressão exercida é suave e progressiva, e 
não ocorre fricção durante o deslocamento da mão. O círculo com os dedos é realizado de modo 
concêntrico no mesmo local, várias vezes, facilitando a reabsorção dos vasos capilares.
Figura 9 – Círculos com os dedos. Fonte: Leduc (2000, p.35).
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CÍRCULOS COM O POLEGAR
Realizam-se movimentos circulares com o polegar, sua excelente mobilidade permite a 
execução da manobra em diferentes relevos. As pressões são crescentes e decrescentes, é utilizado 
a articulação metacarpofalangeana. O movimento é similar ao anterior. 
Figura 10 – Círculos com os dedos. Fonte: Leduc (2000, p.36).
MOVIMENTO COMBINADO
Utiliza-se o movimento circular com os polegares e os dedos ao mesmo tempo. Evitar 
pinçar o tecido, quando promover os movimentos circulatórios.
Figura 11 – Círculos com os dedos. Fonte: Leduc (2000, p.37).
PRESSÕES COM BRACELETES
As pressões em bracelete são usadas quando a região possa ser envolvida com uma ou 
as duas mãos. O movimento inicia na região proximal para distal, com o objetivo de facilitar a 
captação dos vasos linfáticos. Quando as mãos envolvem o segmento a ser drenado, a pressão é 
intermitente. Ou seja, uma fase com pressão outra de relaxamento.
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 Figura 12 – Círculos com os dedos. Fonte: Leduc (2000, p.38).
SEQUÊNCIA DA DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL 
DECÚBITO DORSAL - MEMBROS INFERIORES
- Posicionamento do terapeuta: ao lado da maca. 
- Posicionamento do paciente: decúbito dorsal. 
3 vezes de 7 vezes cada região.
1. Manobra de chamada na região linfonodal inguinal. 7x.
2. Manobra de chamada parada (bracelete)- na região proximal da coxa- mín. 7x.
3. Manobra de chamada parada (bracelete)- na região medial da coxa- mín. 7x.
4. Manobra de chamada parada (bracelete)- na região distal da coxa- mín. 7x.
5. Manobra de chamada andando (bracelete) - região distal, medial e proximal da coxa. 
1x.
6. Manobra de chamada na região linfonodal inguinal- mín. 7x.
7. Manobra de chamada na região linfonodal poplítea. 7x.
8. Manobra de chamada parada (bracelete)- na região proximal da perna- mín. 7x. 
9. Manobra de chamada parada (bracelete)- na região medial da perna- mín. 7x.
10. Manobra de chamada parada (bracelete)- na região distal da perna. 7x.
11. Manobra de chamada andando (bracelete)- região distal, medial e proximal da perna 
(3x) + região poplítea (3x) pode ser realizado com o joelho fletido.
PÉS 
12. Manobra de deslizamento dos dedos até tornozelo. 7x. 
13. Manobra de deslizamento da ponta do dedo até final do dedo, cada um. 7x.
14. Finalizar deslizando 3 x da ponta do pé até região linfonodal inguinal. 
REGIÃO SUPERIOR DO ABDÔMEN 
1. Manobra de chamada na região linfonodal axilar - 7x.
2. Manobra de chamada na região lateral do tronco - mín. 7x cada posição.
a. Posição lateral da mama – 7x.
b. Posição sobre as costelas – 7x.
c. Posição ao lado da cicatriz umbilical – 7x.
3. Manobra de chamada andando nas posições 2(c), 2(b), 2(a) – 1x.
4. Manobra de chamada na região axilar- mín. 3x.
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REGIÃO INFERIOR DO ABDÔMEN 
5. Manobra de chamada na região inguinal- 3 a 7x.
6. Manobra de chamada na região inferior do tronco- mín. 7x cada posição. 
a. Posição na linha umbilical.
b. Posição na região de abdome inferior.
7. Manobra de chamada andando nas posições 6(b), 6(a) – 1x.
8. Desliza até região linfonodal – 3x.
9. Manobra de chamada na região linfonodal inguinal- mín. 3x.
MEMBROS SUPERIORES
- Posicionamento do terapeuta: ao lado da maca. 
- Posicionamento do paciente: decúbito dorsal. 
1. Manobra de chamada na região linfonodal axilar - 7x.
2. Manobra de chamada parada (bracelete) - na região proximal do braço- mín. 7x.
3. Manobra de chamada parada (bracelete) - na região medial do braço- mín. 3x.
4. Manobra de chamada parada (bracelete) - na região distal do braço- mín. 7x (se couber).
5. Manobra de chamada andando (bracelete) - região distal, medial e proximal do braço 
- 1x. 
6. Manobra de chamada na região linfonodal axilar - mín. 3x. 
MÃOS
7. Manobra de deslizamento em cima da mão, dos dedos até punho, 7x.
8. Manobra de deslizamento em cada dedo, da ponta do dedo até final, 7x cada.
9. Finalizar com manobra de deslizamento dos dedos até região linfonodal axilar – 3x.
EM CASO DE EDEMA GRAVE
Manobra de reabsorção na região do edema (quantas vezes forem necessárias até redução 
do edema - mínimo 7x) - da mesma forma que foi realizada a manobra de chamada, dividindo a 
região em partes.
- Finaliza com a manobra de chamada. 
- Decúbito ventral.
- Manobra de deslizamento, dos pés aos glúteos - 7x cada perna.
- Manobra de deslizamento nas costas ou manobras de massagem relaxante.
Nos linfonodos será usada sempre a técnica de chamada.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Erros comuns 
- Movimentos sem ritmo ou rápido;
- Pressão excessiva;
- Falta de repetição dos movimentos;
- Não utilizar as mãos na posição plana e relaxada.
Importante lembrar
- Realizar as manobras sempre do proximal para distal.
- Maior tempo, deve ser dedicado as áreas mais edemaciadas.
- O paciente, durante a aplicação da DLM, deve estar em uma posição confortável, 
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preferencialmente deitado com a região a ser tratada desnuda e posicionada de modo que a pele 
não fique tensa.
- A elevação do segmento corpóreo também é indicada, uma vez que a gravidade 
influencia o fluxo linfático.
- As manobras devem sempre ser leves, superficiais, lentas, pausadas e repetitivas, 
drenando somente o líquido intersticial superficial dos tecidos.
- A DLM jamais deve causar hematomas, dor e eritema.
- Pressões excessivas, são capazes de lesar os capilares linfáticos, por estes serem muito 
frágeis.
Figura 13 – Massagem. Fonte: Pepino (2017).
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