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estudos de anatomia veterinária - sistema digestório

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estudos de anatomia – sitema digestório
Composição:
Cavidade oral (boca, dentes, língua).
Orofaringe.
Esôfago.
Estômago (monocavitário ou pluricavitário).
Intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo).
Intestino grosso (ceco, cólon e reto).
Órgãos acessórios (glândulas salivares, fígado e pâncreas).
O Sistema digestivo é composto por cavidade oral, orofaringe, esôfago, estômago, intestino delgado (formado pelo duodeno, jejuno e íleo) e intestino grosso (formado pelo ceco, cólon e reto). 
Os carnívoros apresentam tubo digestório curto. 
A câmara de fermentação dos Herbívoros é o ceco, maior parte do seu intestino.
A câmara de fermentação dos bovinos é o estômago (rúmen). 
Glândulas salivares, pâncreas e fígado são glândulas anexas do sistema digestivo.
A cavidade oral possui no seu vestíbulo dois lábios (dorsal e ventral) e comissuras labiais (direita e esquerda). 
Nos carnívoros a comissura labial costuma apresentar uma prega.
 A cavidade oral é dividida em vestíbulo oral e cavidade oral propriamente dita. 
O vestíbulo oral é o espaço entre os lábios e bochechas com os dentes, dessa forma o vestíbulo oral é dividido em uma região labial (lábio - dente) e uma bucal (bochecha - dente). 
A cavidade oral propriamente dita fica contida nas arcadas dentárias e é ocupada pela língua. 
Os pontos de comunicação do vestíbulo oral com a cavidade oral propriamente dita são chamados diástemas (intervalos entre os dentes). A gengiva é uma modificação da mucosa labial e bucal desprovida de glândulas salivares e que recobre os processos alveolares. 
Os lábios dos bovinos têm poucas terminações nervosas, por isso é pouco sensível, diferentemente dos equinos. 
Na mucosa das bochechas dos bovinos existem papilas cônicas (aumentam o contato com o alimento).
 O teto da cavidade oral propriamente dita é formado pelo palato duro, a mucosa do palato duro é irregular devido às cristas palatinas. 
As cristas palatinas dos ruminantes apresentam papilas, por isso são mais ásperas, separadas no plano mediano por uma rafe palatina. 
Na região mais rostral do palato duro os animais domésticos, salvo ruminantes, possuem uma papila incisiva localizada caudalmente aos dentes incisivos médios e consiste na abertura do ducto incisivo que leva ao órgão vômero nasal. 
Como ruminantes não possuem dentes incisivos superiores, o palato duro sofre um espessamento queratinizado chamado coxim dentário, que apresenta um plexo venoso no seu interior. 
A continuação do palato duro é o palato mole e divide a orofaringe da nasofaringe. 
A prega de mucosa que se estende do palato mole até a faringe é chamada de arco palatofaríngeo. 
O palato mole se movimenta através de três músculos – m. elevador do véu palatino, m. tensor do véu palatino e m. palatino.
 O palato mole se movimenta para a passagem de ar ou de alimento. 
Nos lábios superiores dos carnívoros existe um sulco, se inicia no feltro nasal e prossegue até a mucosa labial, chamado sulco nasolabial.
boca
Porção mais cranial do trato digestório.
Recebe o alimento e reduz o tamanho das partículas alimentares.
Forma um composto com a saliva, facilitando a deglutição.
DENTES
Função de proteção: captura de presas e defesa contra predadores.
Além de cortar o alimento, reduzem o tamanho das partículas mecanicamente.
Classificação quanto a forma e função: incisivos, caninos, pré-molares
Animais domésticos são ditos Heterodontes – dentes diferentes na mesma arcada: Incisivos, caninos, molariformes (pré-molares e molares). 
Os incisivos tem a função de cortar o alimento, 
os dentes caninos tem a função de perfurar o alimento 
e os molariformes têm a função de esmagar, macerar o alimento (mais desenvolvido em herbívoros). 
Espécies que tem o mesmo tipo de dentição são chamadas de Ipsodontes (répteis, mamíferos aquáticos, tamanduá e tatu).
Fórmula dentária é uma maneira de representar o número de dentes que cada espécie possui em cada arcada dentária.
Cães: Sua dentição completa apresenta 42 dentes.
Espaço que comunica o vestíbulo com a cavidade oral é o diástema.
Fórmulas dentárias definitivas e decíduas – Na dentição de leite não existem dentes molares.
Quanto mais carnívoro é o hábito alimentar, mais caudal ficam os caninos e mais curta é a arcada dentária (menos dentes molares).
Quanto mais herbívoro, mais dentes molariformes o animal apresenta.
Cada dente da arcada dentária possui cinco faces 
– A face voltada para o vestíbulo é chamada face vestibular, 
a face voltada para a língua é chamada face lingual, 
a face voltada rostralmente nos dentes caninos e molariformes e medialmente nos dentes incisivos é chamada face mesial, 
a face voltada caudalmente nos caninos e molariformes e lateralmente nos incisivos é chamada face distal. 
A face medial de um dente fica voltada para a face distal do outro. 
A última face do dente corresponde a sua superfície mastigatória, chamada face oclusal.
A face oclusal dos dentes herbívoros é relativamente mais plana e a face oclusal de carnívoros é mais pontiaguda.
Os únicos dois pontos na arcada dentária onde a face medial não fica voltada para uma face distal: Últimos molares e entre os incisivos.
O dente possui três estruturas mineralizadas: esmalte, semento e dentina.
Cada dente possui três regiões: coroa (parte coberta por esmalte e descoberta de gengiva, é a parte visível quando examinamos o dente sadio), 
colo (estreita faixa elevada coberta pela gengiva),
 raiz (se fixa no alvéolo dentário através do ligamento periodontal, revestida pelo semento).
Os animais domésticos podem ter dentes com uma, duas ou três raízes – Uni, Bi ou Tri radiculados.
Em geral, incisivos e caninos são unirradiculados, molariformes costumam possuir mais de uma raiz.
O esmalte é a substância mais densa que existe no corpo de animais.
Nos equinos, a coroa apresenta o infundíbulo recebido por semente. Nos carnívoros, os dentes são pontiagudos e cada dente apresenta um número variado de cúspides (birradiculado e tricuspide).
Nos equinos, o dente canino é pouco desenvolvido e quando aparece, está predominantemente nos machos. O primeiro pré-molar superior é um dente inconstante nos equinos, e quando aparece pode ser uni ou bilateral, extremamente reduzido e é chamado de dente de lobo.
LINGUA 
Órgão muscular, usado para deslocar a massa alimentar para as mesas dentárias e também para o esôfago.
A língua preenche a cavidade oral propriamente dita e é uma estrutura predominantemente muscular, entre as suas funções estão o paladar, deglutição, e nos carnívoros contribuem na termorregulação 
A língua dos carnívoros é rica em plexos venosos que facilita a dissipação do calor. A língua é dividida em ápice, corpo e base ou raiz. 
O ápice é a região solta, o frênulo lingual fixa o corpo da língua ao assoalho da cavidade oral. 
O dorso da língua possui um sulco mediano, nos carnívoros. 
Em ruminantes o dorso da língua apresenta uma elevação circunscrita chamada toro lingual, localizado caudalmente à fossa lingual. 
Equinos apresentam língua mais espessa dorsalmente devido a presença de tecido cartilaginoso. 
A língua ainda possui as chamadas papilas linguais, que podem ser divididas em dois grupos – mecânicas ou gustativas. 
Papilas mecânicas podem ser de três tipos: 
– filiformes (conferem aspereza na língua, e juntamente com as cônicas estão mais desenvolvidas em felinos e ruminantes), 
cônicas e marginais (somente em carnívoros e suínos, mais desenvolvidas durante a época da amamentação). 
As papilas gustativas são menos numerosas e contém no seu interior, receptores ou botões gustativos. As papilas gustativas podem ser de três tipos 
– circunvaladas, fungiformes (lenticuladas) ou foliáceas. 
A língua apresenta uma musculatura intrínseca e uma extrínseca. 
A musculatura intrínseca é formada pela musculatura própria da língua com fibras em três direções, suprida pelo nervo hipoglosso. 
A musculatura extrínseca tem origem fora e inserção dentro da língua, é formada pelos músculos estiloglosso, hiloglossoe genioglosso. 
Os músculos que não se fixam na língua, mas ajudam na deglutição: m. milohiódeo e m. geniohióideo. 
A língua é irrigada pela artéria sublingual e a. lingual, que são ramos do tronco linguofacial.
O retorno venoso é feito pela veia sublingual que acompanha lateralmente o frênulo lingual e é mais nítida nos carnívoros.
Função:
Carnívoros: termorregulação e limpeza dos pelos.
Ruminantes: apreensão de alimentos.
Papilas linguais
Mecânicas: 
Filiformes: conferem aspereza na língua, e juntamente com as cônicas estão mais desenvolvidas em felinos e ruminantes. Cônicas e marginais: somente em carnívoros e suínos, mais desenvolvidas durante a época da amamentação.
Gustativas: menos numerosas e contém no seu interior, receptores ou botões gustativos. Circunvaladas, fungiformes (lenticuladas) ou foliáceas.
GLÂNDULAS
Glândulas salivares:
Secreção de saliva durante a mastigação, atuando no processo de digestão e controle de pH. Dissolve substâncias que provocam estímulos gustativos.
Pequenas glândulas: difusamente pelas mucosas da bochecha, lábios e língua.
Grandes glândulas: parótida, mandibular e sublingual.
As glândulas salivares dos animais domésticos são divididas em glândulas salivares pequenas e grandes glândulas salivares. 
As pequenas glândulas encontram-se espalhadas difusamente pelas mucosas (bochecha, lábios e língua), se abrem localmente através de pequenos ductos. 
As grandes glândulas salivares estão localizadas fora da cavidade oral e despejam a saliva através de grandes ductos. 
Existem três grandes glândulas principais – Parótida, mandibular e sublingual. 
As grandes glândulas recebem inervação parassimpática (aumentam as secreções - sialorréia) dos nervos trigêmeo, facial e glossofaríngeo. 
A inervação simpática é determinada pelo gânglio cervical (diminui a secreção).
 A glândula parótida se localiza próximo a base da orelha sendo pequena nos carnívoros e bastante desenvolvida nos herbívoros, sob ela encontra-se o musculo parotidoauricular.
 O ducto parotídeo transita sobre o músculo masseter em carnívoros e pequenos ruminantes e se abre no vestíbulo oral, porção bucal, próximo ao 3º e 4º dentes pré-molares superiores. 
Esse ponto de abertura é chamado papila parotídea. 
Nos demais animais, o ducto parotídeo transita medialmente ao ângulo da mandíbula e se junta com a artéria e veia facial, se abrindo no vestíbulo oral. 
A glândula salivar mandibular se localiza ventralmente à glândula parotida, sendo de formato ovalado e compacto em carnívoros e localização medial e mais difusa nos herbívoros. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Seu ducto mandibular transita no assoalho da cavidade oral e se abre na carúncula sublingual. A terceira grande glândula salivar chama-se glândula sublingual, é divida em uma porção monostomática (um único ducto) e uma porção polistomática (vários pequenos ductos). O ducto sublingual da porção monostomática também transita no assoalho da cavidade paralelamente ao ducto mandibular e se abre na carúncula sublingual. A porção polistomática não possui um grande ducto e se abre localmente no recesso sublingual lateral. A porção monostomática está ausente nos equinos. Nos carnívoros o agregado de pequenas glândulas salivares próximo ao arco zigomático origina uma glândula zigomática, que se abre localmente através de vários pequenos ductos (polistomática). A saliva é rica em minerais, o dente que recebe mais saliva é o quarto molar, acumulando mais tártaro.
Esôfago
É um órgão tubular que começa dorsalmente à cartilagem cricoide e caudalmente a cavidade da orofaringe. Possui pregas na mucosa orientadas longitudinalmente, seu trajeto é dorsal a traqueia quando atinge a abertura torácica e atinge a esquerda do plano mediano, chega ao mediastino cranial novamente dorsal a traqueia, passa para o mediastino médio, segue para o mediastino caudal atravessa o hiato esofágico, entra no abdômen onde termina no esfíncter cárdico/ cárdia na junção com o estômago. O esôfago é dividido em três porções: Cervical (recoberta por uma camada adventícia), torácica (recoberta pela pleura visceral e mediastínica) e abdominal (recoberta pelo peritônio parietal).
O cárdia dos equinos é bastante forte e estreito, razão pela qual os cavalos não vomitam. Nos carnívoros o cárdia é mais solto, deixando os vômitos um pouco mais frequentes.
estômago
Os animais domésticos tem o estômago classificado em: Monocavitários (carnívoros, equinos e suínos)e Pluricavitários (ruminantes).
O estômago nonocavitário tem início no esfíncter cárdia e término no esfíncter pilórico. Entre esses dois esfíncteres verifica-se uma grande curvatura voltada ventralmente e uma pequena curvatura voltada dorsalmente. Na curvatura menor existe uma incisura angular que é mais estreita nos felinos e equinos. A curvatura maior se fixa no omento maior que forma o ligamento gastroesplênico. Na curvatura menor encontramos o omento menor que forma o ligamento hepatogástrico. O sistema monocavitário possui duas faces: Face parietal, que fica em contato com o fígado causando uma impressão gástrica no mesmo, e a face visceral que fica voltada para o pâncreas e intestino delgado. Externamente o estômago monocavitário possui quatro regiões: Fundo gástrico (região mais dilatada localizada a esquerda no plano mediano), Corpo gástrico (atravessa da esquerda para a direita o plano mediano), Antro pilórico e canal pilórico (estreitamento do antro pilórico). No canal pilórico se forma o esfíncter pilórico, a direita do plano mediano. Em suínos existe uma saculação, na região do fundo gástrico, chamada divertículo gástrico. 
Internamente o estômago pode ter uma mucosa simples ou composta. A mucosa simples (carnívoros) é totalmente glandular e a mucosa composta (equinos) e possui parte aglandular e parte glandular. Na mucosa composta, a área de transição entre as zonas aglandular e glandular chama-se “margo plicato”.
O estômago pluricavitário se divide em quatro câmaras: retículo, rúmem, omaso e abomaso. As três primeiras fazem papel de uma mucosa aglandular servindo como câmara de fermentação, principalmente para a celulose. O abomaso corresponde ao estômago glandular verdadeiro. Durante os primeiros dias de vida o abomaso é proporcionalmente mais desenvolvido do que durante a fase adulta, uma vez que a digestão do leite materno ocorre no abomaso. A partir do momento em que a alimentação vai se tornando sólida, as outras três câmaras vão se desenvolvendo e chegam ao formato de tamanho definitivo ao redor de um ano de idade. O retículo é a câmara mais cranial que fica em contato direto com o diafragma. O rúmen é maior, entre as quatro câmaras, e ocupa todo o lado esquerdo e uma pequena parte do lado direito da cavidade abdominal. O omaso e o abomaso se localizam a direita do plano mediano, sendo o omaso cranial ao abomaso. Cada uma das câmaras possui uma mucosa peculiar, no retículo existem as cristas reticulares que formam células ou unidades com formato hexagonal, e no interior de cada unidade se localizam as papilas reticulares. O lúmen possui a sua mucosa repleta de papilas ruminais ásperas, sendo que apenas os seus pilares não contém papilas. No omaso, as pregas da mucosa estão dispostas em varias lâminas que contém um segmento muscular que favorece o atrito contra o alimento, essas lâminas lembram o aspecto de folhas, por isso o omaso é referido como folhoso. O abomaso, internamente, tem o aspecto de uma mucosa tipicamente glandular. O rúmen é dividido pelos sulcos longitudinais em dois grandes sacos: Saco dorsal e Saco ventral. Cada sulco longitudinal continua através dos sulcos cranial e caudal. Na região caudal do rúmen surgem os sulcos coronários dorsal e ventral, estes dois sulcos são perpendiculares ao sulco longitudinal e ao sulco caudal, e determinam a formação de dois sacos cegos (Saco cego caudo dorsal, e saco cego caudo ventral). Entre o rúmen e o retículo existe o sulco ruminorreticular. Entre o sulco cranial e o sulco rumonorreticular forma-se o átrio do rúmen, que é o local onde o alimentoé devolvido para o esôfago durante a ruminação. De cada lado do rúmen surge um sulco acessório na direção dorsal, o espaço entre o sulco acessório direito e o sulco longitudinal direito chama-se ínsula ruminal. O baço fica ligado ao rúmen através do ligamento gastroesplênico fixo na região dorsal do sulco ruminorreticular.
Internamente, cada sulco da origem a um pilar e os pilares é desprovido de papilas.
O omaso tem um aspecto circular ou arredondado, se comunica internamente com o retículo através do óstio retículo omasal, e se comunica com o abomaso através do óstio omaso abomasal. O abomaso tem formato de estômago monocavitário, inclusive com uma curvatura maior e outra menor que termina igualmente no pilore.
intestino
O intestino delgado é composto pelo duodeno, jejuno e íleo. O jejuno é o maior trecho dos três e o íleo é o mais curto. Existem poucas diferenças no intestino delgado entre as espécies domésticas, em geral o comprimento do tubo digestório e principalmente do intestino dos herbívoros é muito maior do que o dos carnívoros. Nos carnívoros o intestino tem um comprimento que varia entre quatro a seis vezes o tamanho corporal. No herbívoros o comprimento chega a vinte vezes o tamanho do animal. O duodeno começa a direita do plano mediano na flexura duodenal cranial e segue caudalmente como duodeno descendente até o nível das vértebras lombares onde sofre uma nova flexura chamada duodenal caudal, e a partir desta, segue cranialmente até próximo à curvatura maior do estômago onde sofre uma nova flexura chamada duodeno jejunal. Neste ponto termina o duodeno e começa o jejuno. O duodeno descendente é maior do que o ascendente e fica ligado ao lobo direito do pâncreas. Jejuno é o trecho mais longo do intestino delgado e fica localizado predominantemente a esquerda do plano mediano e suas alças mantêm um contorno relativamente paralelo entre si. O jejuno termina a direita do plano mediano de maneira quase indistinta com o íleo. O íleo é um curto trecho com parede mais espessa e possui como principal diferença o recebimento de vasos sanguíneos tanto pela borda mesentérica, quanto pela borda antimesentérica. O íleo fica no lado direito do plano mediano e marca o final do intestino delgado.
O intestino grosso é a principal região de diferenças anatômicas do tubo digestório de animais domésticos. É composto pelo ceco, cólon e reto. O ceco é um saco cego muito pequeno nos carnívoros, especialmente nos felinos, pouco desenvolvido nos ruminantes e suínos e muito desenvolvido nos equinos. Localiza-se sempre a direita do plano mediano, com exceção dos suínos, onde fica à esquerda. Nos equinos, o ceco possui uma base dorsal, um corpo e um ápice voltado ventral e cranialmente. Nos equinos e suínos o ceco apresenta pregas longitudinais denominadas tênias. O ceco dos equinos possui quatro tênias e dos suínos apenas três. Entre as tênias, o ceco sofre dilatações chamadas Háustras. Na base do ceco existe um orifício ileal protegido pela papila ileal que impede o refluxo do bolo alimentar de volta para o intestino delgado. O ceco dos cavalos desempenha o papel de câmara de fermentação. A comunicação do ceco com o cólon ocorre pelo orifício ceco cólico. Em pequenos animais a área de junção entre o íleo, ceco, cólon é estreita tornando propensa a retenção de corpos estranhos. O cólon é dividido em três regiões: Cólon ascendente, que fica a direita do plano mediano. Cólon transverso, que é o trecho mais curto e atravessa da direita para a esquerda. Cólon descendente, localizado a esquerda do plano mediano. O cólon tem como principal função a absorção de líquido e a formação do bolo fecal. O cólon ascendente dos carnívoros é curto, e o cólon ascendente dos ruminantes é longo e sofre três giros centrípetos e três giros centrífugos, tendo um aspecto espiralar. O cólon ascendente dos suínos também possui três giros centrípetos e centrífugos, porém tem formato cônico. No cavalo, o cólon ascendente tem formato de ferradura dupla, o primeiro trecho chama-se polo ventral direito, este sofre uma flexura próximo ao diafragma chamada flexura diafragmática ventral, a partir daí o cólon ascendente continua como cólon ventral esquerdo que atinge o nível do osso coxal e sofre uma flexura pélvica, que inicia o cólon dorsal esquerdo que prossegue cranialmente até próximo do diafragma originando a flexura diafragmática dorsal. A partir desta, o cólon ascendente prossegue como cólon dorsal direito, que é a região mais dilatada, origina o cólon transverso e finalmente o cólon descendente a esquerda do plano mediano. O reto se localiza dentro da cavidade pélvica sendo retroperitonial e termina nos dois esfínceteres anais. O esfíncter anal interno possui musculatura lisa e está submetido ao sistema nervoso autônomo. O esfíncter anal externo possui musculatura estriada e está submetido a controle voluntário.
fígado
É o órgão mais cranial da cavidade abdominal e se relaciona cranialmente com o diafragma e caudalmente com as demais vísceras. Ocupa de 2% a 3% da massa corporal em indivíduos adultos, sendo que no feto e em indivíduos jovens o fígado é proporcionalmente maior. O fígado, nos jovens, tem função hematopoiética. A medida que a medula óssea vai se tornando competente o fígado diminui de tamanho. Apresenta uma face convexa cranialmente, chamada face parietal e uma face côncava voltada caudalmente chamada face visceral. Apresenta também duas bordas, uma dorsal espessa e uma ventral fina. O fígado é separado em lobos pelas fissuras lobares, essas fissuras são mais desenvolvidas e a lobação é maior nas espécies que tem maior mobilidade do tronco (carnívoros). Todas as espécies possuem um lobo esquerdo, um lobo direito, um lobo quadrado e um lobo caudado. Nos carnívoros, o lobo esquerdo e o lobo direito são subdivididos em lateral e medial; e o lobo caudado possui dois processos – processo papilar e processo caudado do lobo caudado. 
Nos suínos, a lobação é semelhante a dos carnívoros, porém não existe processo papilar. 
Nos equinos não existe processo papilar, nem lobo medial direito. 
Nos ruminantes, os lobos esquerdo e direito não são divididos em lateral e medial. A vesícula biliar se localiza entre os lobos quadrado e medial direito do fígado, em um espaço chamado Fossa da vesícula biliar. Os cavalos não possuem vesícula biliar. O fígado é marcado pela impressão de outros órgãos. No lobo lateral esquerdo existe a impressão gástrica, no lobo lateral direito e no processo caudado existe a impressão renal. Nos cavalos, observamos uma impressão duodenal no lobo direito. Na face parietal, observamos as impressões costais. Para se manter na posição, o fígado depende de ligamentos: Ligamento falciforme, entre os lobos quadrado e medial esquerdo, é rico em gordura e fixa o fígado à parede abdominal ventral; Ligamento redondo, resquício dos vasos umbilicais; 
Dorsalmente, o fígado apresenta os Ligamentos triangulares direito e esquerdo, que fixam os lobos direito e esquerdo aos pilares diafragmáticos correspondentes; Na face parietal, envolvendo a veia cava caudal, existe o ligamento coronário; Ligamento hepatogástrico, é um espessamento do omento menor; Ligamentos hepatorrenais ligam os rins ao fígado.
vesícula biliar
É o local de armazenamento da bile, que foi produzida no fígado. A vesícula biliar se abre no ducto Cístico, que recebe os ductos hepáticos provenientes de cada lobo e a partir do momento onde o último ducto hepático entra no ducto Cístico passa a se chamar ducto biliar comum. O ducto biliar comum despeja a bile no duodeno descendente próximo à flexura duodenal cranial na papila duodenal maior. A bile é jogada no duodeno para emulsificar a gordura, facilitando a absorção, e é eliminada juntamente com as fezes. O cavalo não apresenta vesícula biliar.
pancreas
Apresenta uma função exócrina e uma endócrina. Do ponto de vista anatômico, é dividido em lobo direito, lobo esquerdo e um corpo. O lobo direito acompanha a borda mesentérica do duodeno descendente dos carnívoros e o lobo esquerdo a companhaa curvatura maior do estômago. O corpo do pâncreas fica localizado junto à flexura duodenal cranial, o lobo direito está mais relacionado à função exócrina e o lobo esquerdo à função endócrina. O pâncreas se esvazia no duodeno através de dois ductos –
O ducto pancreático se abre na papila duodenal maior e o ducto pancreático acessório se abre na papila duodenal menor. 
Nos felinos, o ducto pancreático acessório é maior do que o ducto pancreático. Nos cães, o ducto pancreático pode estar ausente. Nos suínos não existe o ducto pancreático, apenas o acessório. Nos cavalos, o ducto pancreático é grande e o ducto acessório é pequeno. Nos bovinos, o ducto pancreático é pequeno e infrequente. Em pequenos ruminantes, o ducto pancreático o acessório pode não existir. As enzimas pancreáticas são jogadas no duodeno para facilitar a digestão. Em caso de interrupção das papilas duodenais, a bile volta para o fígado e consequentemente, corrente sanguínea – A bile apresenta cor amarelo esverdeada, sua circulação na corrente sanguínea ocasiona icterícia.

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