Buscar

CURSO DA OAB Apostila 2018.1

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

ASSOCIAÇÃO PARAIBANA DE ENSINO RENOVADO
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO
COORDENAÇÃO DE DIREITO
Curso Preparatório para o Exame da OAB
Apostila
João Pessoa/2018.1
DIREITO DO TRABALHO e PROCESSO DO TRABALHO
Profº Clóvis Barbosa
Dicas para a prova:
Pesquisar súmulas relacionadas ao assunto estudado, observando as alterações recentes Ex: relação de emprego;
Ler a legislação, com atenção para alterações recentes. PRINCIPAL: REFORMA TRABALHISTA (Lei 13467/2017 e MP 808/2017).
FAZER PROVAS ANTERIORES – as questões se repetem, ao menos em parte.
Assuntos mais utilizados.
1. DIREITO DO TRABALHO
1.1. RELAÇÃO DE EMPREGO.
A alteração advinda com a Emenda Constitucional nº 45/2004: relação de emprego e relação de trabalho.
Súmula 386 (vínculo de emprego de policial militar com empresa privada) 12º exame de ordem, questão 75.
Súmulas 449 (jornada de trabalho), 450 férias, 452 (diferenças salariais, planos de cargos e salários); 453 (ex oj 406, adicional de periculosidade, pagamento espontâneo, dispensa a realização de prova pericial); 455 (equiparação salarial e sociedade de economia mista).
1.2. JORNADA DE TRABALHO
(ARTS. 58 A 74 DA CLT). Com as alterações da reforma trabalhista
1.3. CONTRATO DE TRABALHO
Inclusive as novas modalidades trazidas pela Lei 13.467/2017 (contrato intermitente e autônomo)
1.DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
O empregado coletivamente considerado.
O sindicato
A organização sindical na CLT – sistema de categorias : categoria profissional, econômica e profissional diferenciada
Prerrogativas do sindicato – art. 513
Deveres dos sindicatos
Associações sindicais de nível
Convenção e acordo coletivo da CLT.
Prazo de duração – 2 anos – a ultratividade – súmula 377 da CLT.
Art.s 611 a 625 da CLT.
A prevalência do negociado sobre o legislado (reforma trabalhista, lei 13/467/2017.
2. PROCESSO DO TRABALHO
Recursos trabalhistas – teoria geral e recursos em espécie
Juízo de Admissibilidade;
Recurso de Revista;
Recurso de agravo de petição
Processo de Execução trabalhista
Títulos executivos;
Execução por quantia certa
Defesa do executado
Rito Sumaríssimo;
Competência;
Prova testemunhal;
Partes e Procuradores;
Honorários advocatícios de sucumbência;
Regularização de representação;
Mandato tácito;
Custas processuais;
Valor e responsabilidade pelo pagamento;
Honorários periciais ( a mudança no caso de justiça gratuita – reforma trabalhista)e do assistente técnico;
Isenção do pagamento;
Honorários Advocatícios (inserido pela Lei 13.467/2017). Sucumbência e justiça gratuita.
Audiência. Aspectos gerais. Preposto. Não comparecimento (sanções, reclamante e reclamado, lei 13.467/2017)
QUESTÕES – DIREITO DO TRABALHO
Um empregado recebeu o contracheque de determinado mês com descontos, a título de contribuição confederativa e de contribuição sindical. Por não ser sindicalizado, reclama junto ao empregador contra ambas as subtrações e este encaminha o caso ao setor jurídico para análise. Diante da situação retratada, de acordo com a CLT e o entendimento consolidado do TST e do STF, assinale a afirmativa correta. 
a) O desconto de contribuição sindical não é válido, mas o da contribuição confederativa está correto, posto que obrigatório. 
b) Os descontos são inválidos, porque o empregado não é sindicalizado e, portanto, não pode ser obrigado a contribuir. 
c) O desconto de contribuição sindical é válido, mas o da contribuição confederativa, não, porque o empregado não é sindicalizado.
d) As subtrações são válidas, porque o empregado, mesmo não sendo sindicalizado, beneficia-se da convenção coletiva.
Um empregado recebeu o contracheque de determinado mês com descontos, a título de contribuição confederativa e de contribuição sindical. Por não ser sindicalizado, reclama junto ao empregador contra ambas as subtrações e este encaminha o caso ao setor jurídico para análise. Diante da situação retratada, de acordo com a CLT, inclusive com as alterações trazidas com a Lei 13.467/2017, conhecida como “reforma trabalhista” e o entendimento consolidado do TST e do STF, assinale a afirmativa correta. 
a) O desconto de contribuição sindical não é válido, por ser facultativo, mas o da contribuição confederativa está correto, posto que obrigatório. 
b) Os descontos são inválidos, porque o empregado não é sindicalizado e não houve prévia e expressa autorização do empregado, portanto, não pode ser obrigado a contribuir. 
c) O desconto de contribuição sindical é válido, mas o da contribuição confederativa, não, porque o somente pode ser estabelecida por acordo coletivo.
d) As subtrações são válidas, porque o empregado, mesmo não sendo sindicalizado, beneficia-se da convenção coletiva.
A sociedade empresária Gardênia Azul Ltda. aprovou acordo coletivo junto ao sindicato de classe dos seus empregados prevendo um plano de cargos e salários. Nele, as promoções seriam feitas no máximo a cada dois anos, exclusivamente pelo critério de antiguidade. No período de vigência dessa norma, Walter ajuizou uma ação requerendo equiparação salarial a Fernando, referente ao período do acordo coletivo. Diante da situação concreta e da jurisprudência consolidada do TST, assinale a afirmativa correta.
a) O pedido de equiparação salarial não é possível juridicamente porque a sociedade empresária possui plano de cargos e salários. 
b) A equiparação salarial é possível se atendidos os demais requisitos legais, porque o plano de cargos e salários em questão não tem validade.
c) A observância ou não ao acordo ficará a cargo de cada juiz, porque inexiste previsão legal ou jurisprudencial a respeito. 
d) O plano de cargos e salários, por ser fruto de negociação coletiva e atender aos requisitos legais, precisa ser observado pelo magistrado.
A sociedade empresária Gardênia Azul Ltda. aprovou acordo coletivo junto ao sindicato de classe dos seus empregados prevendo um plano de cargos e salários. Nele, as promoções seriam feitas no máximo a cada dois anos, exclusivamente pelo critério de antiguidade. No período de vigência dessa norma, Walter ajuizou uma ação requerendo equiparação salarial a Fernando, referente ao período do acordo coletivo. Diante da situação concreta, da jurisprudência consolidada do TST e da recente alteração trazida com a reforma trabalhista (Lei 13.467/2917), assinale a afirmativa correta.
a) O pedido de equiparação salarial não é possível juridicamente porque a sociedade empresária possui plano de cargos e salários. 
b) A equiparação salarial é possível se atendidos os demais requisitos legais, porque o plano de cargos e salários em questão não tem validade.
c) A observância ou não ao acordo ficará a cargo de cada juiz, porque inexiste previsão legal ou jurisprudencial a respeito. 
d) O plano de cargos e salários, por ser fruto de negociação coletiva, e por esta ter prevalência sobre a lei quando tratar, dentre outros, sobre plano de cargos e salários, deve ser observado pelo magistrado.
Um representante comercial ajuíza ação na Justiça do Trabalho pedindo a devolução de descontos. Ele explica que sua comissão sobre as vendas é de 5%, mas que pode optar pelo percentual de 10%, desde que se comprometa a pagar o valor da venda, caso o comprador fique inadimplente. Alega que sempre fez a opção pelos 10%, e que, nos casos de inadimplência, teve de pagar o valor do negócio para depois tentar reaver a quantia do comprador, o que caracterizaria transferência do risco da atividade econômica. Diante do caso apresentado e da lei de regência, assinale a afirmativa correta. 
a) A prática é válida porque o representante não é empregado nos moldes da CLT, além de ter sido uma opção por ele tomada. 
b) O caso traduz um truck system, sendo que a lei limita o prejuízo do representante comercial a 50% da venda não paga.
c) A norma de regência é omissa a respeito desta situação, razão pela qual é válida, na medida em que se trata de relação de direito privado.
d) A situação caracteriza a cláusula del credere, vedada
pela Lei de Representação Comercial.
Um grupo econômico é formado pelas sociedades empresárias X, Y e Z. Com a crise econômica que assolou o país, todas as empresas do grupo procuraram formas de reduzir o custo de mão de obra. Para evitar dispensas, a sociedade empresária X acertou a redução de 10% dos salários dos seus empregados por convenção coletiva; Y acertou a mesma redução em acordo coletivo; e Z fez a mesma redução, por acordo individual escrito com os empregados. Diante da situação retratada e da norma de regência, assinale a afirmativa correta. 
a) As empresas estão erradas, porque o salário é irredutível, conforme previsto na Constituição da República. 
b) Não se pode acertar redução de salário por acordo coletivo nem por acordo individual, razão pela qual as empresas Y e Z estão erradas. 
c) A empresa Z não acertou a redução salarial na forma da lei, tornando-a inválida.
d) As reduções salariais em todas as empresas do grupo foram negociadas e, em razão disso, são válidas. 
Um grupo econômico é formado pelas sociedades empresárias X, Y e Z. Com a crise econômica que assolou o país, todas as empresas do grupo procuraram formas de reduzir o custo de mão de obra. Para evitar dispensas, a sociedade empresária X acertou a redução de 10% dos salários dos seus empregados por convenção coletiva, fazendo constar cláusula de proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o período de vigência da convenção; Y acertou a mesma redução em acordo coletivo, porém sem constar proteção contra dispensa imotivada; e Z fez a mesma redução, por acordo individual escrito com os empregados, fazendo constar cláusula de proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o período de 2 anos. Diante da situação retratada e da norma de regência, inclusive a Lei 13.467/2017 (intitulada reforma trabalhista), assinale a afirmativa correta. 
a) As empresas estão erradas, porque o salário é irredutível, conforme previsto na Constituição da República. 
b) Não se pode acertar redução de salário por acordo coletivo nem por acordo individual, razão pela qual as empresas Y e Z estão erradas. 
c) Como a empresa Z acertou a redução salarial, com proteção à dispensa sem justa causa, a redução é válida, mesmo sendo feita por acordo individual.
d) Somente a reduções salarial feita pela empresa X e considerada válida, pois além de ter sido feita por meio de norma coletiva, constou cláusula de proteção dos empregados contra dispensa imotivada durante o período de vigência da convenção coletiva. 
Os irmãos Pedro e Júlio Cesar foram contratados como empregados pela sociedade empresária Arco Doce S/A e lá permaneceram por dois anos. Como foram aprovados em diferentes concursos públicos da administração direta, eles pediram demissão e, agora, com a possibilidade concedida pelo Governo, dirigiram-se à Caixa Econômica Federal (CEF) para sacar o FGTS. Na agência da CEF foram informados que só havia o depósito de FGTS de 1 ano, motivo por que procuraram o contador da Arco Doce para uma explicação. O contador informou que não havia o depósito porque, no último ano, Pedro afastara-se para prestar serviço militar obrigatório e Júlio Cesar afastara-se pelo INSS, recebendo auxílio-doença comum (código B-31). Diante desses fatos, confirmados pelos ex-empregados, o contador ponderou que não havia obrigação de a empresa depositar o FGTS durante 1 ano para ambos. Sobre a questão retratada e de acordo com a legislação em vigor, assinale a afirmativa correta. 
a) A sociedade empresária tem razão na justificativa de Júlio Cesar, mas está errada em relação a Pedro. 
b) A sociedade empresária está errada em relação a ambos os empregados.
c) No que tange a Pedro, a sociedade empresária está certa, mas, no tocante a Julio Cesar, não tem razão. 
d) A pessoa jurídica está correta em relação a Pedro e a Júlio Cesar
João era proprietário de uma padaria em uma rua movimentada do centro da cidade. Em razão de obras municipais, a referida rua foi interditada para veículos e pedestres. Por conta disso, dada a ausência de movimento, João foi obrigado a extinguir seu estabelecimento comercial, implicando a paralisação definitiva do trabalho. Acerca da indenização dos empregados pela extinção da empresa, à luz da CLT, assinale a afirmativa correta. 
a) Caberá indenização ao empregado, a ser paga pelo Município.
b) Caberá indenização ao empregado, a ser paga pela União. 
c) Caberá indenização ao empregado, a ser paga pelo empregador, sem possibilidade de ressarcimento.
 d) Tratando-se de motivo de força maior, não há pagamento de indenização.
Solange é comissária de bordo em uma grande empresa de transporte aéreo e ajuizou reclamação trabalhista postulando adicional de periculosidade, alegando que permanecia em área de risco durante o abastecimento das aeronaves porque ele era feito com a tripulação a bordo.
Iracema, vizinha de Solange, trabalha em uma unidade fabril recebendo adicional de insalubridade, mas, após cinco anos, sua atividade foi retirada da lista de atividades insalubres, por ato da autoridade competente. Sobre as duas situações, segundo a norma de regência e o entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta.
a) Solange não tem direito ao adicional de periculosidade e Iracema perderá o direito ao adicional de insalubridade.
b) Solange tem direito ao adicional de periculosidade e Iracema manterá o adicional de insalubridade por ter direito adquirido.
c) Solange não tem direito ao adicional de periculosidade e Iracema manterá o direito ao adicional de insalubridade.
d) Solange tem direito ao adicional de periculosidade e Iracema perderá o direito ao adicional de insalubridade.
José trabalhou como despachante para a sociedade empresária Vinhos do Sul Ltda. Frequentemente ele reparava que, nas notas de despacho, constava também a razão social da sociedade empresária Vinhos e Sucos de Bento Gonçalves Ltda. Os CNPJs das sociedades empresárias eram distintos, assim como suas respectivas personalidades jurídicas, porém, os sócios de ambas eram os mesmos, sendo certo que a sociedade empresária Vinhos e Sucos de Bento Gonçalves Ltda. era sócia majoritária da sociedade empresária Vinhos do Sul Ltda., além dos sócios pessoas físicas. Com base no caso narrado, assinale a opção que apresenta a figura jurídica existente entre as sociedades empresárias e o efeito disso perante o contrato de trabalho de João, em caso de eventual ação trabalhista.
a) Trata-se de consórcio de empregadores, havendo responsabilidade solidária.
b) Trata-se de consórcio de empregadores, havendo responsabilidade subsidiária.
c) Trata-se de grupo econômico, havendo responsabilidade solidária.
d) Trata-se de grupo econômico, havendo responsabilidade subsidiária
José trabalhou como despachante para a sociedade empresária Vinhos do Sul Ltda. Frequentemente ele reparava que, nas notas de despacho, constava também a razão social da sociedade empresária Vinhos e Sucos de Bento Gonçalves Ltda. Os CNPJs das sociedades empresárias eram distintos, assim como suas respectivas personalidades jurídicas, porém, os sócios de ambas eram os mesmos, sendo certo que não havia interesse integrado, nem efetiva comunhão de interesses, ou atuação conjunta das empresas integrantes. Com base no caso narrado, levando em conta as alterações recentes na CLT, promovidas pela Lei 13.467/2017, assinale a opção que apresenta a figura jurídica existente entre as sociedades empresárias e o efeito disso perante o contrato de trabalho de João, em caso de eventual ação trabalhista.
a) Trata-se de consórcio de empregadores, havendo responsabilidade solidária.
b) Trata-se de consórcio de empregadores, havendo responsabilidade subsidiária.
c) Trata-se de grupo econômico, havendo responsabilidade solidária.
d) Não se trata de grupo econômico, inexistindo responsabilidade solidária ou subsidiária
Carlos, professor de educação física e fisioterapeuta, trabalhou para a Academia Boa Forma S/A, que assinou sua CTPS. Cumpria jornada de segunda
a sexta-feira, das 7h às 16h, com uma hora de intervalo para almoço. Ao longo da jornada de trabalho, ele ministrava quatro aulas de ginástica com 50 minutos de duração cada, e, também, fazia atendimentos fisioterápicos previamente marcados pelos alunos da Academia, na sociedade empresária Siga em Boa Forma Ltda., do mesmo grupo econômico da Academia, sem ter sua CTPS anotada. Dispensado, Carlos pretende ajuizar ação trabalhista. Diante disso, em relação ao vínculo de emprego de Carlos assinale a afirmativa correta.
a) O caso gera a duplicidade de contratos de emprego, sendo as empresas responsáveis solidárias dos débitos trabalhistas.
b) O caso gera a duplicidade de contratos de emprego, sendo as empresas responsáveis subsidiárias dos débitos trabalhistas.
c) O caso gera duplicidade de contratos de emprego, cada empresa com sua responsabilidade.
d) O caso não gera coexistência de mais de um contrato de trabalho.
Um empresário explora o ramo de farmácias e drogarias, possuindo 18 filiais divididas por dois estados da Federação. Cada filial tem 5 empregados, todos com CTPS assinada. O empresário, desejando saber se precisa manter controle escrito dos horários de entrada e saída dos empregados, procura você para, como advogado, orientá-lo. Diante da situação retratada e com base na CLT, assinale a afirmativa correta.
a) O controle de ponto deverá ser mantido, porque a empresa possui mais de 10 empregados.
b) A análise deverá ser feita por cada estado da Federação, sendo obrigatório o ponto se houver mais de 10 empregados no espaço geográfico do estado.
c) O empresário não precisará manter controle escrito, porque tem menos de 10 empregados por estabelecimento.
d) A Lei é omissa a respeito, daí porque, a título de cautela, é recomendável que seja marcado o controle, podendo haver a pré-assinalação da pausa alimentar.
Sílvio é empregado da sociedade empresária Onda Azul Ltda. e, em determinado dia, no horário de almoço, ao se dirigir a um restaurante para fazer sua refeição, foi atropelado por um veículo, sofrendo lesões que o afastaram do serviço por 30 dias, inclusive com recebimento de benefício previdenciário. Diante da situação apresentada, assinale a afirmativa correta. 
a) O fato não caracteriza acidente do trabalho, porque não aconteceu na empresa nem em deslocamento a serviço.
b) O fato caracteriza acidente do trabalho, e, ao retornar, Sílvio tem garantia no emprego de 12 meses.
c) A Lei é omissa a respeito, daí porque caberá ao juiz, no caso concreto, dizer se o evento foi acidente de trabalho.
d) A empresa será obrigada a ressarcir o empregado, porque tem o dever de fornecer alimentação.
Uma instituição bancária construiu uma escola para que os filhos dos seus empregados pudessem estudar. A escola tem a infraestrutura necessária, e o banco contratou as professoras que irão dar as aulas nos primeiros anos do Ensino Fundamental. Não existe controvérsia entre empregador e empregadas acerca do enquadramento sindical. Diante dessa situação, assinale a afirmativa correta.
a) Sendo o empregador das professoras um banco, elas são bancárias e estão vinculadas à convenção coletiva dessa categoria profissional. 
b) O professor integra categoria conexa, cabendo às professoras definir a que sindicatos pretendem se filiar.
c) Uma vez que a atividade desenvolvida pelas professoras não é bancária, caberá à Justiça do Trabalho definir as regras que deverão permear os seus contratos.
d) As professoras não são bancárias, porque integram categoria diferenciada
Um empregado de 65 anos foi admitido em 10/05/2011 e dispensado em 10/01/2013. Ajuizou reclamação trabalhista em 05/12/2016, postulando horas extras e informando, na petição inicial, que não haveria prescrição porque apresentara protesto judicial quanto às horas extras em 04/06/2015, conforme documentos que juntou aos autos. Diante da situação retratada, considerando a Lei e o entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta.
a) A prescrição ocorreu graças ao decurso do tempo e à inércia do titular.
b) A prescrição foi interrompida com o ajuizamento do protesto.
c) A prescrição ocorreu, porque não cabe protesto judicial na seara trabalhista.
d) A prescrição não corre para os empregados maiores de 60 anos.
Um empregado ajuizou foi admitido em 10/05/2011 e dispensado em 10/01/2015. Ajuizou reclamação trabalhista, perante juízo incompetente, em 09/01/2017, postulando horas extras. A ação foi arquivada, tendo o pleito sido extinto sem resolução do mérito. Em 09.01.2018 ajuizou nova ação, perante o juízo competente, pleiteando diferença salarial e indenização por danos morais. Diante da situação retratada, considerando a Lei 13.467/2017, e o entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta, quanto à prescrição da ação ajuizada em 09.01.2018.
a) A prescrição somente não foi interrompida porque a ação foi ajuizada perante juízo incompetente.
b) A prescrição foi interrompida com o ajuizamento da ação perante o juízo incompetente.
c) A prescrição ocorreu, porque a interrupção somente ocorre, mesmo perante juízo incompetente em relação a pedidos idênticos.
d) A prescrição ocorreu, porque a ação foi ajuizada depois do prazo de 2 anos previstos na CF/88.
Um empregado cumpre jornada de 8 horas diárias, no horário das 8 às 12 e das 14 às 18h. Em determinado dia, após terminar o expediente ainda permaneceu nas dependências da empresa por 45 minutos, em razão das más condições climáticas, pois chovia bastante nesse período. Apenas passados os 45 minuto, e por ter diminuído a chuva é que o empregado foi embora para sua residência. Diante da situação retratada, de acordo com as alterações introduzidas na CLT por meio da Lei 13.467/2017, conhecida como a Reforma Trabalhista, assinale a afirmativa correta. 
a) uma vez que o empregado permaneceu nas dependências da empresa o tempo de 45 minutos deve ser computado como hora extra, pois, permanecendo nas dependências da empresa, poderia ser acionado pelo empregador em qualquer momento.
b) Somente seria computado o tempo de 45 minutos como labor extraordinário se o empregado tivesse permanecido na empresa para realizar práticas religiosas, estudo ou atividades de relacionamento social. 
c) O tempo de 45 minutos não deve ser computado como labor extraordinário, uma vez que o empregado não estava à disposição da empresa.
d) O tempo de 45 minutos não deve ser computado como labor extraordinário, mas deve ser computado no banco de horas, para ser compensado posteriormente.
O sindicato dos empregados na metalurgia celebrou convenção com o sindicato das empresas do ramo metalúrgico, fazendo constar cláusula em que fica permitida a revista íntima, desde que realizada por pessoa do mesmo sexo. O Ministério Público do Trabalhou ajuizou ação anulatória, requerendo a declaração da nulidade da referida cláusula ao argumento de violação ao princípio da dignidade da pessoa humana. Diante da situação descrita e considerando as alterações introduzidas na CLT por meio da Lei 13.467/2017, conhecida como a Reforma Trabalhista da jurisprudência consolidada do TST, assinale a afirmativa correta.
a) a cláusula é válida porque os sindicatos possuem ampla liberdade para negociar sobre as condições de trabalho. 
b) Uma vez que a previsão da revista é por pessoa do mesmo sexo não se pode falar em violação ao princípio da dignidade da pessoa humana, e assim a cláusula deve permanecer intocável.
c) O MPT não possui legitimidade para questionar a validade de cláusula contida em convenção coletiva. 
d) A cláusula deve ser declarada nula, pois os sindicatos excederam os limites da negociação coletiva, e a previsão da revista íntima, ainda que por pessoa do mesmo sexo, fere o princípio da dignidade da pessoa humana.
Sobre a questão referente à jornada de trabalho, considerando as alterações introduzidas na CLT por meio da Lei 13.467/2017, conhecida como a Reforma Trabalhista, assinale a afirmativa correta. 
a) O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência
até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador. 
b) sendo o transporte fornecido pelo empregador, será computado na jornada de trabalho, e assim será considerado tempo à disposição do empregador.
c) mesmo que o transporte não seja fornecido pelo empregador, ou o empregado vá para o trabalho caminhando, será computado na jornada de trabalho, e assim será considerado tempo à disposição do empregador. .
d) caso o empregador forneça o transporte e cobre uma certa quantia pelo benefício oferecido será computado na jornada de trabalho, e assim será considerado tempo à disposição do empregador.
Acerca da compensação da jornada, também conhecida como banco de horas, considerando as alterações introduzidas na CLT por meio da Lei 13.467/2017, conhecida como a Reforma Trabalhista, assinale a afirmativa correta. 
a) é lícita a pactuação por acordo individual tácito ou escrito para compensação no prazo máximo de seis meses.
b) é lícita a pactuação por acordo individual tácito ou escrito para compensação no mesmo mês.
c) é lícita a pactuação por acordo individual escrito para compensação no prazo máximo de um mês.
d) é lícita a pactuação por acordo individual escrito para compensação no prazo máximo de 3 meses.
Por meio de acordo individual, a empresa X ajustou com empregado Y jornada 12x36, com possibilidade do intervalo intrajornada ser concedido ou ser indenizado.
Considerando o disposto na CLT e suas recentes alterações (Lei 13.467/2017 e MP 808), analise as assertivas abaixo e responda:
a) o ajuste é válido, pois respaldado pela legislação trabalhista que está em vigor.
b) o ajuste só seria válido se não constasse a possibilidade de indenização do intervalo intrajornada, o que é proibido pela lei.
c) o ajuste não é válido, pois a norma vigente estabelece que, para ser estabelecida a jornada 12x36 é necessária a negociação coletiva (convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho).
d) o ajuste não é válido, pois a lei estabelece, para todas as situações, a jornada máxima de 8 horas diárias, e o que ultrapassar desse horário será considerado labor extraordinário.
Segundo as novas diretrizes acerca do intervalo intrajornada, trazidas com a Lei 13.467/2017, é correto afirmar:
a) para jornadas superiores a 6 horas o intervalo intrajornada não pode ser inferior a uma hora.
b)para jornadas superiores a 6 horas o intervalo intrajornada não pode ser inferior a 30 minutos e será remunerado como hora extra e terá natureza salarial.
c)para jornadas superiores a 6 horas o intervalo intrajornada não pode ser inferior a 30 minutos e será remunerado como hora normal e terá natureza indenizatória.
d) para jornadas superiores a 6 horas o intervalo intrajornada não pode ser inferior a 30 minutos e será remunerado como hora extra e terá natureza salarial.
Considerando as diretrizes acerca do teletrabalho intrajornada, trazidas com a Lei 13.467/2017, é correto afirmar:
a) Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo.
b) Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente dentro das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo.
c) O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento descaracteriza o regime de teletrabalho.
d) A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho pode ser ajustada verbalmente, bastando que o empregador especifique as atividades que serão realizadas pelo empregado.
Criada pela Lei 13.467/2017 e alterada pela MP 808/2017, a tarifação do dano extrapatrimonial estabeleceu os patamares máximos que podem atingir as indenizações por danos extrapatrimoniaIS decorrentes da relação de trabalho. Analisando as assertivas abaixo e considerando os limites máximos que podem ser concedidos a título de indenização por dano extrapatrimonial, assinale a alternativa INCORRETA:
a) ofensa de natureza leve, até três vezes o valor do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social;
b) ofensa de natureza média, até cinco vezes o valor do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social;
c) ofensa de natureza grave, até vinte vezes o valor do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social;
d) ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta vezes o valor do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, inclusive no caso de danos extrapatrimoniais decorrentes de morte do trabalhador;
Considerando as disposições contidas na Lei 13.467/2017, a respeito do trabalho insalubre da empregada gestante, alteradas pela MP 808/2017, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA:
a) enquanto perdurar a gestação, a empregada deve ser afastada do labor em atividades insalubres em grau máximo, sem prejuízo da remuneração;
b) enquanto perdurar a gestação, a empregada deve ser afastada do labor em atividades insalubres em grau médio ou mínimo, sem prejuízo da remuneração, quando apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento durante a gestação.
c) A empregada gestante será afastada, enquanto durar a gestação, de quaisquer atividades, operações ou locais insalubres e exercerá suas atividades em local salubre, mantendo, nesse caso, o pagamento de adicional de insalubridade.
d) O exercício de atividades e operações insalubres em grau médio ou mínimo, pela gestante, somente será permitido quando ela, voluntariamente, apresentar atestado de saúde, emitido por médico de sua confiança, do sistema privado ou público de saúde, que autorize a sua permanência no exercício de suas atividades.
São consideradas novas formas de contrato de trabalho, criadas com a Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista).
a) contrato de experiência e contrato intermitente.
b) contrato autônomo, e intermitente.
c) contrato por prazo determinado e de experiência.
d) contrato de safra e contrato autônomo
GABARITO
C
B
B
D
D
C
D
A
A
A
C
D
D
C
B
D
A
C
C
D
A
B
C
C
A
D
D
B
QUESTÕES DE DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Jorge trabalhou em uma sociedade empresária francesa, no Brasil. Entendendo que o valor das horas extras não lhe havia sido pago corretamente, ajuizou ação trabalhista. Como impugnara os controles de horário, necessitou apresentar prova testemunhal, porém, sua única testemunha, apesar de trabalhar a seu lado, não fala português. Diante disso, Jorge requereu ao juiz a nomeação de um intérprete. Nesse caso, nada mais estando em discussão no processo, assinale a opção que indica a quem caberá o custeio dos honorários do intérprete. 
a) A Jorge, que é a parte interessada no depoimento da testemunha. 
b) À União, porque Jorge é autor da ação. 
c) Ao réu, já que era empregador de Jorge e da testemunha, que era de nacionalidade igual à da sociedade empresária. 
d) O depoimento ocorrerá fora do processo, por tradutor juramentado, custeado pela parte requerente, que depois deverá juntá-lo ao processo.
Contra ato de Juiz do Trabalho que determinou a antecipação de honorários periciais do seu cliente, mesmo não tendo ele condições financeiras para arcar com esse custo, você, na defesa dos interesses do cliente, impetrou mandado de segurança contra o ato judicial, mas, por unanimidade, não teve a segurança concedida. De acordo com a CLT, assinale a opção que indica o procedimento a ser adotado para tentar reverter a decisão. 
a) Interpor Recurso Ordinário para o TST. 
b) Interpor Agravo de Instrumento para o STF. 
c) Interpor Agravo Interno para
o próprio TRT. 
d) Nada mais pode ser feito, porque se trata de decisão irrecorrível.
Rodolfo Alencar ajuizou reclamação trabalhista em desfavor da sociedade empresária Sabonete Silvestre Ltda. Em síntese, ele afirma que cumpria longa jornada de trabalho, mas que não recebia as horas extras integralmente. A defesa nega o fato e advoga que toda a sobrejornada foi escorreitamente paga, nada mais sendo devido ao reclamante no particular. Na audiência designada, cada parte conduziu duas testemunhas, que começaram a ser ouvidas pelo juiz, começando pelas do autor. Após o magistrado fazer as perguntas que desejava, abriu oportunidade para que os advogados fizessem indagações, e o patrono do autor passou a fazer suas perguntas diretamente à testemunha, contra o que se opôs o juiz, afirmando que as perguntas deveriam ser feitas a ele, que, em seguida, perguntaria à testemunha. Diante do incidente instalado e de acordo com o regramento da CLT, assinale a afirmativa correta. 
a) Correto o advogado, pois, de acordo com o CPC, o advogado fará perguntas diretamente à testemunha. 
b) A CLT não tem dispositivo próprio, daí porque poderia ser admitido tanto o sistema direto quanto o indireto. 
c) A CLT determina que o sistema seja híbrido, intercalando perguntas feitas diretamente pelo advogado, com indagações realizadas pelo juiz. 
d) Correto o magistrado, pois a CLT determina que o sistema seja indireto ou presidencial.
Em sede de processo trabalhista, após o trânsito em julgado da sentença e elaborada a conta de liquidação, foi aberto prazo de 10 dias para que as partes se manifestassem sobre a mesma. Contudo, o réu não se manifestou, e o autor concordou com a conta do juízo, que foi homologada. Considerada essa hipótese, em sede de embargos à execução do réu, interposto 05 dias após a garantia do juízo, este pretende discutir a conta de liquidação, aduzindo incorreção nos valores. Você, como advogado(a) do autor deverá, em resposta, 
a) suscitar a preclusão do direito aos embargos à execução e expor as razões pelas quais entende pela validade dos cálculos do juízo. 
b) suscitar apenas que a conta está correta. 
c) suscitar a intempestividade dos embargos. 
d) suscitar apenas que a conta está correta e requerer o levantamento dos valores incontroversos.
Em sede de processo trabalhista, após o trânsito em julgado da sentença e elaborada a conta de liquidação, o juiz não deu vista às partes, alegando que era uma faculdade do juízo. Contudo, as partes não concordaram e apresentaram petição conjunta requerendo que fosse concedido prazo para manifestação, alegando que a norma diz ser obrigatória a concessão de vistas dos cálculos elaborados. Considerada essa hipótese, e o novo regramento acerca da matéria, disciplinada pela Lei 13.467/2017, qual deve ser a postura do juiz: 
a) indeferir o pedido, uma vez que a lei diz que o juiz poderá dá vista às partes da conta de liquidação, constituindo-se numa faculdade do juízo. 
b) deferir o pedido apenas do reclamante, por que ao reclamado somente é permitido discutir os cálculos na fase de embargos à execução, após a garantia do juízo.
c) deferir o pedido, uma vez que a lei diz que o juiz deverá abrir vista às partes da conta de liquidação, pelo prazo de 08 dias, constituindo-se numa obrigatoriedade do juízo. 
d) deferir o pedido, uma vez que a lei diz que o juiz deverá abrir vista às partes da conta de liquidação, pelo prazo de
Rômulo ajuizou ação trabalhista em face de sua ex-empregadora, a empresa Análise Eletrônica Ltda. Dentre outros pedidos, pretendeu indenização por horas extras trabalhadas e não pagas, férias vencidas não gozadas, nem pagas, e adicional de periculosidade. Na audiência, foi requerida e deferida a perícia, a qual foi custeada por Rômulo, que se sagrou vitorioso no respectivo pedido. Contudo, os pedidos de horas extras e férias foram julgados improcedentes. Rômulo também indicou e custeou assistente técnico, que cobrou o mesmo valor de honorários que o perito do juízo. Observados os dados acima e o disposto na CLT, na qualidade de advogado(a) que irá orientar Rômulo acerca do custeio dos honorários periciais e do assistente técnico, assinale a afirmativa correta. 
a) Tendo Rômulo sido vitorioso no objeto da perícia, não há que se falar em pagamento de honorários periciais e do assistente técnico, pois a ré os custeará. 
b) Independentemente do resultado no objeto da perícia, como ao final o rol de pedidos foi parcialmente procedente, Rômulo custeará os honorários periciais e do assistente técnico. 
c) Em virtude da aplicação do princípio da celeridade, descabe a indicação de assistente técnico no processo do trabalho, não cabendo a aplicação subsidiária do CPC nesse mister. 
d) Tendo Rômulo sido vitorioso no objeto da perícia, os honorários periciais serão custeados pela parte sucumbente no seu objeto, porém os honorários do assistente técnico serão de responsabilidade da parte que o indicou. 
Rômulo ajuizou ação trabalhista em face de sua ex-empregadora, a empresa Análise Eletrônica Ltda. Dentre outros pedidos, pretendeu indenização por horas extras trabalhadas e não pagas, férias vencidas não gozadas, nem pagas, e adicional de periculosidade. Na audiência, foi requerida e deferida a perícia, na qual Rômulo se sagrou vitorioso no respectivo pedido. Contudo, os pedidos de horas extras e férias foram julgados improcedentes. Rômulo também indicou e custeou assistente técnico, que cobrou o mesmo valor de honorários que o perito do juízo. Foi deferido o benefício de justiça gratuita a Rômulo. Observados os dados acima e o disposto na CLT, com as alterações introduzidas pela Lei 13.467/2017, na qualidade de advogado(a) que irá orientar Rômulo acerca do custeio dos honorários periciais e do assistente técnico, assinale a afirmativa correta. 
a) Tendo Rômulo sido sucumbente no objeto da perícia, arcará com os honorários do assistente técnico, visto que a responsabilidade pelos honorários é da parte que o indicou; quanto aos honorários do perito judicial serão pagos pela União, em razão de Rômulo ter sido beneficiário da justiça gratuita. 
b) Independentemente do resultado no objeto da perícia, como ao final o rol de pedidos foi parcialmente procedente, Rômulo custeará os honorários periciais e do assistente técnico. 
c) Tendo Rômulo sido sucumbente no objeto da perícia, arcará com os honorários do assistente técnico, visto que a responsabilidade pelos honorários é da parte que o indicou; e, quanto aos honorários do perito judicial, mesmo tendo sido beneficiário da justiça gratuita, a União somente responderá pelo encargo, caso o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa (honorários periciais).
d) Em virtude da aplicação do princípio da celeridade, descabe a indicação de assistente técnico no processo do trabalho, não cabendo a aplicação subsidiária do CPC nesse mister. 
A sociedade empresária Arco Íris Limpeza Ltda. foi citada para pagar o valor de uma dívida trabalhista homologada pelo juiz e, sem apresentar guia de pagamento ou arrolar bens, apresentou embargos de devedor, nos quais aponta diversas inconsistências nos cálculos. Diante disso, de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta. 
a) A Justiça do Trabalho passou a adotar o sistema do CPC, pelo qual não há necessidade de garantir o juízo para embargar, de modo que os embargos serão apreciados.
b) A CLT prevê que, para o ajuizamento de embargos de devedor, é necessário garantir o juízo com 50% do valor da dívida exequenda, o que não aconteceu na espécie. 
c) Sem a garantia do juízo, o executado não poderá ajuizar embargos de devedor, de modo que as matérias por ele trazidas não serão apreciadas naquele momento. 
d) A CLT determina que, havendo ajuizamento de embargos de devedor, o executado é obrigado a declarar, o valor que entende devido e a depositar essa quantia à disposição do juízo.
A sociedade empresária Arco Íris Limpeza Ltda. foi citada para pagar o valor de uma dívida trabalhista
homologada pelo juiz e, pretendendo apresentou embargos de devedor, para questionar diversas inconsistências nos cálculos. Considerando o disposto na CLT, e suas alterações trazidas pela Lei 13.467/2017, a referida empresa pode adotar o seguinte procedimento: 
a) garantir a execução mediante depósito da quantia correspondente, atualizada e acrescida das despesas processuais, apresentar seguro-garantia judicial ou nomear bens à penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 835 da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civi.
b) apenas garantir a execução mediante depósito da quantia correspondente. 
c) apresentar embargos sem a garantia do juízo, em razão da aplicação subsidiária do novo CPC. 
d) depositar a quantia correspondente, atualizada e acrescida das despesas processuais ou apresentar seguro-garantia judicial, sem possibilidade de nomear bens à penhora, por ser expressamente proibido pela CLT.
Rita é engenheira e trabalhou na empresa Irmãos Construtores Ltda. por 3 anos. Ao ser dispensada, ajuizou ação trabalhista em face da ex-empregadora. Como tinha experiência na área de recursos humanos de empregos anteriores, decidiu ela própria fazer sua defesa jurídica, não buscando, portanto, a assistência de advogado ou sindicato. Elaborou a petição inicial, compareceu à audiência e formulou perguntas para testemunhas e para a parte ré. Ao término da instrução o juiz prolatou sentença de improcedência do petitório de Rita, a qual, inconformada, interpôs recurso ordinário, que teve provimento negado, sendo mantida a sentença de primeiro grau. Ainda inconformada, adotando o mesmo sistema, entendendo ter havido violação literal de dispositivo constitucional tanto na sentença de primeiro grau como no acórdão, Rita, da mesma forma e desacompanhada de advogado, interpõe o competente recurso de revista para o TST. Com base na jurisprudência consolidada do TST acerca da postulação em causa própria, assinale a afirmativa correta. 
a) O recurso deverá ser conhecido e provido. 
b) O recurso deveria ser endereçado ao STF, em razão da alegada violação constitucional. 
c) Não cabe mais recurso do julgado. 
d) O recurso deverá ter o seguimento negado por irregularidade de representação.
Reinaldo, Wilma e Teodoro trabalharam no restaurante Fino Paladar Ltda. Todos procuraram o mesmo advogado para apresentar reclamação trabalhista: Reinaldo diz que não recebeu horas extras, Wilma informa que não recebeu as verbas resilitórias e Teodoro diz que não recebeu a participação nos lucros. Diante da situação retratada, e de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta. 
a) Não é possível o ajuizamento de reclamação plúrima, porque os pedidos são distintos. 
b) A CLT não traz os requisitos para o litisconsórcio ativo e, por isso, ficará a critério do juiz aceitar o ingresso conjunto. 
c) Cabe manejo da reclamação plúrima, porque o empregador é o mesmo. 
Acerca dos prazos processuais aplicáveis às ações em trâmite na Justiça do Trabalho, considerando as alterações introduzidas na CLT por meio da Lei 13.467/2017, conhecida como a Reforma Trabalhista, assinale a afirmativa correta: 
a) Os prazos serão contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
b) Os prazos serão contados em dias corridos, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
c) Os prazos serão contados em dias úteis, com inclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
d) Os prazos serão contados em dias corridos, com inclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
No que concerne às custas processuais aplicáveis às ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, considerando as alterações introduzidas na CLT por meio da Lei 13.467/2017, conhecida como a Reforma Trabalhista, assinale a afirmativa correta:
a) as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 4% (quatro por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do regime geral de previdência social
b) as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos), sem haver limite máximo.
c) as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (quatro por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do regime geral de previdência social
d) as custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o máximo de duas vezes o limite máximo dos benefícios do regime geral de previdência social
No que se refere ao benefício da justiça gratuita, considerando as alterações introduzidas na CLT por meio da Lei 13.467/2017, conhecida como a Reforma Trabalhista, assinale a afirmativa correta:
a) É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do regime geral de previdência social. 
b) É obrigatório aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do regime geral de previdência social. 
c)  É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 20% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do regime geral de previdência social.
d)  É obrigatório aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do regime geral de previdência social. 
No que se refere aos honorários periciais e também o novo regramento acerca do benefício da justiça gratuita, considerando as alterações introduzidas na CLT por meio da Lei 13.467/2017, conhecida como a Reforma Trabalhista, assinale a afirmativa correta
a) A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se for beneficiária da justiça gratuita.
b) A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita. 
c) Mesmo que o beneficiário da justiça gratuita tenha obtido em juízo créditos, em outro processo, capazes de suportar a despesa concernente aos honorários periciais, a União responderá pelo encargo.
d) Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá levar em conta a capacidade econômica do sucumbente na pretensão do objeto da perícia, independente do limite máximo estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho.
No que se refere aos honorários advocatícios e também o novo regramento acerca do benefício da justiça gratuita, considerando as alterações introduzidas na CLT por meio da Lei 13.467/2017, conhecida como a Reforma Trabalhista, assinale a afirmativa correta
a) Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 10% (dez por cento) e o máximo de 20% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da
sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
b) Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, permitida a compensação entre os honorários.
c) Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
d) Vencido o beneficiário da justiça gratuita, não será condenado em honorários advocatícios.
Segundo o regramento trazido pela Lei 13.467/2017 é possível a condenação da testemunha em litigância de má-fé na seguinte situação.
a) apenas alterar a verdade dos fatos
b) apenas omitir fatos essenciais ao julgamento da causa.
c) ter relatado um fato que fora mencionado por outra testemunha de forma completamente diferente.
d) intencionalmente alterar a verdade dos fatos ou omitir fatos essenciais ao julgamento da causa.
A CLT, por meio da lei 13.467/2017, incorporou a regra do ônus da prova prevista no Código de Processo Civil assim estabelecendo:
a) o ônus da prova pertence ao reclamado quanto ao fato constitutivo do direito do reclamante; 
b) o ônus da prova pertence ao reclamante quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do próprio reclamante. 
c) Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
d) A decisão que inverte o ônus da prova deverá ser proferida após a abertura da instrução e, não implicará o adiamento da audiência.
Xisto ajuizou ação trabalhista em 12.11.2017, pleiteando diversas verbas, porém não indicou o valor correspondente de cada uma das verbas pleiteadas. Ao analisar a petição o juiz extinguiu sem resolução do mérito todos os pleitos formulados por Xisto.
Assim, e considerando o que estabelece a CLT, com as alterações trazidas pela Lei 13.467/2017.
a) a decisão do juiz está incorreta pois a lei determina que nesse caso ele conceda prazo para que a petição inicial seja liquidada.
b) a decisão do juiz está correta, pois a lei é taxativa ao estabelecer a extinção sem resolução do mérito dos pedidos que forem formulados sem a devida quantificação do valor.
c) a decisão do juiz está incorreta pois a lei não impõe a necessidade de quantificação dos pedidos formulados.
d) a decisão do juiz está incorreta porque, antes de extinguir, deveria intimar a parte contrária para dizer se concorda com o prosseguimento da ação sem que tenham sido apresentados os valores de cada um dos pedidos.
No que se refere à audiência e as consequências para as partes pelo não comparecimento, à luz do que estabelece a CLT, a partir das novas diretrizes lançadas pela lei 13.467/2017, é correto afirmar que:
a) ausente o reclamado, mesmo que presente o advogado, munido de contestação e documentos, será declarada a revelia e confissão, e a contestação e os documentos não serão aceitos.
b) ausente o reclamado, presente o advogado, munido de contestação e documentos, será declarada a revelia e confissão, mas contestação e os documentos serão aceitos.
c) Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das custas calculadas na forma do art. 789 da CLT, porém, se for beneficiário da justiça gratuita, as custas serão dispensadas automaticamente,
d) Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das custas calculadas na forma do art. 789 da CLT, ainda que beneficiário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente justificável.
Acerca da representação da empresa em audiência, à luz do que estabelece a CLT, a partir das novas diretrizes lançadas pela lei 13.467/2017, é correto afirmar que:
a) o preposto não preciso ser empregado da parte reclamada, independentemente de ser empresa de pequeno, médio ou grande porte.
b) o preposto somente precisa ser empregado no caso de empresas de médio e grande porte.
c) o preposto necessariamente precisa ser empregado.
d) o preposto, se não for empregado, necessita ter contrato de prestação de serviços com a empresa
c) o preposto necessariamente precisa ser empregado.
GABARITO
A
A
D
C
C
D
C
C
A
D
A
A
C
A
B
B
D
C
B
D
A
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Profº Paulo José de Assis Cunha
AULA 1 
(Ano: 2009 - Banca: CESPE - Órgão: OAB - Prova: Exame de Ordem). Em relação ao inquérito policial, assinale a opção incorreta. 
a) Caso as informações obtidas por outros meios sejam suficientes para sustentar a inicial acusatória, o inquérito policial torna-se dispensável.
b) O MP não poderá requerer a devolução do inquérito à 
A. O autoridade policial, senão para que sejam realizadas novas diligências, dado que imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
c) Nas hipóteses de ação penal pública, condicionada ou incondicionada, a autoridade policial deverá instaurar, de ofício, o inquérito, sem que seja necessária a provocação ou a representação.
d) A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito, uma vez que tal arquivamento é de competência da autoridade judicial.
FUNDAMENTO DA RESPOSTA:
A questão cobra a competência e as atribuições da autoridade policial no que se refere ao inquérito policial. Lembre-se o inquérito policial não é obrigatório, todavia ao ser iniciado apenas poderá ser arquivado por determinação do Magistrado competente. Desse modo nem o Delegado de Polícia ou Ministério Público poderão determinar o referido arquivamento. 
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
(Ano: 2017 - Banca: FGV - Órgão: OAB - Prova: Exame de Ordem Unificado – XXII) Fagner, irmão de Vitor, compareceu à Delegacia e narrou que foi vítima de agressões que lhe causaram lesão corporal de natureza leve. Afirmou Fagner, em sede policial, que Vitor desferiu um soco em seu rosto, deixando a agressão vestígios, mas esclareceu que não necessitou de atendimento médico. Apesar de demonstrar interesse inequívoco em ver seu irmão responsabilizado criminalmente pelo ato praticado, não assinou termo de representação formal, além de não realizar exame de corpo de delito. Vitor foi denunciado pela prática do crime do Art. 129, § 9º, do Código Penal. Durante a instrução, Fagner não foi localizado para ser ouvido, não havendo outras testemunhas presenciais. Vitor, em seu interrogatório, contudo, confirmou que desferiu um soco no rosto de seu irmão. Em relação aos documentos do processo, consta apenas a Folha de Antecedentes Criminais do acusado. Considerando apenas as informações narradas na hipótese, assinale a afirmativa correta. 
a) O processo deve ser extinto sem julgamento do mérito, pois a representação do ofendido necessariamente deve ser expressa e formal. 
b) Não existe prova da materialidade, pois, quando a infração penal deixa vestígios, o exame de corpo de delito é indispensável, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
c) Não existe prova da materialidade, pois o Código de Processo Penal apenas admite o exame de corpo de delito direto. 
d) Existe prova
da materialidade, pois o Código de Processo Penal admite a figura do exame de corpo de delito indireto e este ocorreu no caso concreto. 
FUNDAMENTO DA RESPOSTA:
O processo deve ser extinto sem julgamento do mérito, pois a representação do ofendido necessariamente deve ser expressa e formal. ERRADO. 
O crime em questão é de natureza pública condicionada a representação, desta forma o art. 39 do CPP, dispõe:
Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial.
 B. Não existe prova da materialidade, pois, quando a infração penal deixa vestígios, o exame de corpo de delito é indispensável, não podendo supri-lo a confissão do acusado. CORRETO!
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
 
C. Não existe prova da materialidade, pois o Código de Processo Penal apenas admite o exame de corpo de delito direto. ERRADO.
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Direto: feito por perito oficial ou duas pessoas com conhecimento na área. art. 159 CPP
Indireto: Tanto prova testemunhal como documentos comprobatórios (Jurisprudência Majoritária)
D. Existe prova da materialidade, pois o Código de Processo Penal admite a figura do exame de corpo de delito indireto e este ocorreu no caso concreto. ERRADO.
Não houve prova de materialidade, pois no caso o crime deixou vestígios, ao passo que a única fonte de prova a ser acolhida deveria ser o exame de corpo de delito ou ainda a colhida de documentos que comprovassem o crime.
Ano: 2017 - Banca: FGV - Órgão: OAB - Prova: Exame de Ordem Unificado – XXII. Em 23 de novembro de 2015 (segunda feira), sendo o dia seguinte dia útil em todo o país, Técio, advogado de defesa de réu em ação penal de natureza condenatória, é intimado da sentença condenatória de seu cliente. No curso do prazo recursal, porém, entrou em vigor nova lei de natureza puramente processual, que alterava o Código de Processo Penal e passava a prever que o prazo para apresentação de recurso de apelação seria de 03 dias e não mais de 05 dias. No dia 30 de novembro de 2015, dia útil, Técio apresenta recurso de apelação acompanhado das respectivas razões. Considerando a hipótese narrada, o recurso do advogado é 
a) intempestivo, aplicando-se o princípio do tempus regit actum (o tempo rege o ato), e o novo prazo recursal deve ser observado. 
b) tempestivo, aplicando-se o princípio do tempus regit actum (o tempo rege o ato), e o antigo prazo recursal deve ser observado.
c) intempestivo, aplicando-se o princípio do tempus regit actum (o tempo rege o ato), e o antigo prazo recursal deve ser observado. 
d) tempestivo, aplicando-se o princípio constitucional da irretroatividade da lei mais gravosa, e o antigo prazo recursal deve ser observado.
FUNDAMENTO DA RESPOSTA:
Art. 2º,do CPP. A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. Pelo princípio do tempus regit actum, a lei processual penal tem aplicação imediata aos processos em curso, mas só se aplica aos ATOS PROCESSUAIS FUTUROS, ou seja, não se aplica àqueles que já foram realizados, nos termos do art. 2º do CPP. No caso do recurso, como o prazo recursal já havia se iniciado antes da entrada em vigor da lei nova, esse prazo será regido pela lei antiga (que vigorava quando o prazo começou a fluir). Assim, a lei processual nova só se aplica aos prazos recursais FUTUROS, não àqueles que já se iniciaram antes de sua vigência. Assim, considerando o prazo antigo (05 dias), o recurso é tempestivo, pois o prazo findou em 28.11.2015, que foi sábado, sendo prorrogado até dia 30.11.2015, dia útil seguinte.
 (Ano: 2016 - Banca: FGV - Órgão: OAB - Prova: Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira Fase (Reaplicação Salvador/BA). O Ministério Público ofereceu denúncia em face de Matheus, não plenamente identificado, a partir de inquérito policial que apurava a prática de crime de estupro. O endereço constante do inquérito foi diligenciado para citação do réu, mas foi informado que este estava em local incerto e não sabido. Diante disso, foi publicado edital para sua citação.Considerando apenas as informações narradas, assinale a afirmativa correta. 
a) É válido o edital que identifica o réu por suas características, ainda que desconhecida sua qualificação completa. 
b) O réu que, citado por edital, não comparecer nem constituir advogado poderá ter seu processo e o curso do prazo prescricional suspensos por tempo indefinido.
c) Ainda que Matheus esteja preso na mesma unidade da Federação em que foi oferecida a denúncia, a citação por edital será válida. 
d) Não existe citação por hora certa no âmbito do Processo Penal brasileiro.
FUNDAMENTO DA RESPOSTA:
Art. 365. O edital de citação indicará:
II - o nome do réu, ou, se não for conhecido, os seus sinais característicos, bem como sua residência e profissão, se constarem do processo; (A)
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.
Súmula 415 do STJ: O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada. (B)
Exemplificando, supondo a prática de um crime de furto simples (CP, art. 155, caput), cuja pena máxima é de 4 (quatro) anos, a prescrição poderia ficar suspensa por até 8 (oito) anos, que é o prazo da prescrição da pretensão punitiva abstrata previsto no art. 109, IV, do CP. Decorrido o prazo de 8 (oito) anos, a despeito de o processo permanecer suspenso pelo menos enquanto o acusado não fosse encontrado, a prescrição voltaria a fluir novamente.
Em que pese o entendimento sumulado do STJ, o Supremo Tribunal Federal tem precedentes antigos no sentido de que a suspensão da prescrição deve perdurar por prazo indeterminado. Na visão do Supremo, a indeterminação do prazo da suspensão não constitui hipótese de imprescritibilidade, não impede a retomada do curso da prescrição, apenas a condiciona a um evento futuro e incerto, situação substancialmente diversa da imprescritibilidade. Ademais, a Constituição Federal se limita, no art. 5º, XLII e XLIV, a excluir os crimes que enumera da incidência material das regras da prescrição, sem proibir, em tese, que a legislação ordinária criasse outras hipóteses. Também não se afigura possível sujeitar o período de suspensão de que trata o art. 366 do CPP ao tempo da prescrição em abstrato, pois, do contrário, o que se teria seria uma causa de interrupção, e não de suspensão da prescrição.
Art. 360. Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado. (C)
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. (D)
Parágrafo único. Completada a citação com hora certa, se o acusado não comparecer, ser-lhe-á nomeado defensor dativo.
(Ano: 2017 - Banca: FGV - Órgão: OAB - Prova: Exame de Ordem Unificado – XXII). Daniel foi autor de um crime de homicídio doloso consumado em desfavor de William. Após a denúncia e ao fim da primeira fase do procedimento bifásico dos crimes dolosos contra a vida, Daniel foi pronunciado. Inconformado, o advogado do acusado interpôs o recurso cabível, mas o juiz de primeira instância, ao realizar o primeiro juízo de admissibilidade, negou seguimento ao recurso. Novamente inconformado com a decisão, o defensor de Daniel impetrou nova medida. Considerando
a situação narrada, assinale a opção que indica o recurso interposto da decisão de pronúncia e a medida para combater a decisão que denegou o recurso anterior, respetivamente. 
a) Apelação e Recurso em Sentido Estrito.
b) Recurso em Sentido Estrito e novo Recurso em Sentido Estrito. 
c) Recurso em Sentido Estrito e Carta Testemunhável. 
d) Apelação e Carta Testemunhável. 
FUNDAMENTO DA RESPOSTA:
A questão cobra as espécies de recursos a serem utilizadas no Procedimento do Júri. Lembre-se NO JÚRI (regra das consoantes e vogais)
RESE - pronúncia e desclassificação 
APELAÇÃO – absolvição sumária e impronúncia
O Recurso em Sentido Estrito (o famoso RESE), disciplinado nos art. 581 a 592 do CPP, segue um rol taxativo de cabimento (no entanto, ainda há outras decisões contra as quais cabe RESE e não estão previstas no art. 581).
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:
IV – que pronunciar o réu; (...). 
A Carta Testemunhável é um recurso destinado a provocar o conhecimento ou processamento de recurso pelo tribunal, cujo trâmite foi indevidamente obstado pelo juiz. A carrta testemunhável é o recurso cabível contra a decisão que não recebe recurso em sentido estrito ou agravo na execução, ou cria obstáculo á sua expedição ou seguimento ao tribunal “ad quem”. A carta testemunhável é um recurso para fazer receber ou fazer andar outro recurso, embora seja antigo quase não é utilizada na prática. Dirige-se contra a decisão que denega recurso interposto (art.639, I), ou que impede o seguimento daquele admitido (art. 639, II).
Art. 639. Dar-se-á carta testemunhável:
I - da decisão que denegar o recurso;
II - da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento para o juízo ad quem.
Art. 640. A carta testemunhável será requerida ao escrivão, ou ao secretário do tribunal, conforme o caso, nas quarenta e oito horas seguintes ao despacho que denegar o recurso, indicando o requerente as peças do processo que deverão ser trasladadas.
 
(2016 - Banca: FGVÓrgão: OAB - Prova: Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira Fase (Reaplicação Salvador/BA): Em razão de uma determinada conduta de um juiz de direito de 1ª instância, que atuava em uma Vara Criminal da Comarca de Curitiba, o advogado Frederico ingressou com um habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do Paraná, figurando como autoridade coatora o magistrado. A ordem de habeas corpus foi denegada pelo Tribunal. Dessa decisão, desconsiderando a hipótese de habeas corpus, caberá ao advogado interpor a seguinte medida: 
a) recurso em sentido estrito, que permite o exercício do juízo de retratação. 
b) recurso ordinário constitucional perante o STJ. 
c) recurso ordinário constitucional perante o STF. 
d) recurso especial perante o STJ.
FUNDAMENTO DA RESPOSTA:
Decisão que (((conceda ou denegue))) HC, proferida por Juiz de 1ª instância >>> Recurso em sentido estrito (RESE) para o Tribunal de Justiça; 
 Decisão que (((denegue))) HC, proferida pelos TJ´s, TRF´s (segunda instância da justiça comum e federal) >>> Recurso ordinário constitucional para o STJ;
 Decisão que (((denegue))) HC, proferida pelos Tribunais Superiores >>> Recurso ordinario constitucional para o STF.
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: (A)
X - que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
II - julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão; (C)
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
II - julgar, em recurso ordinário:
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória; (B)
Esses recursos ordinários serão cabíveis não apenas quando denegatória a decisão, como também nas hipóteses em que o pedido de habeas corpus não for conhecido ou julgado prejudicado. Como o próprio nome já sugere, trata-se de impugnação semelhante a uma apelação, permitindo amplo reexame das questões apreciadas pelo Tribunal a quo. Portanto, tanto a matéria de direito como eventuais questões de fato podem ser objeto da irresignação, respeitadas, evidentemente, as limitações inerentes ao procedimento sumaríssimo do habeas corpus.
O prazo para a interposição desses recursos ordinários é de 5 (cinco) dias, nos termos do art. 30, caput, da Lei nº 8.038/90, que versa sobre o recurso ordinário para o STJ, e do art. 310 do Regimento Interno do STF, que cuida do referido recurso para o Supremo. Ademais, o recorrente deve apresentar, desde logo, as razões do pedido de reforma da decisão.
Além do recurso ordinário constitucional, também são admissíveis os recursos especial e extraordinário, a serem julgados pelo STJ e pelo Supremo, respectivamente, desde que preenchidos, evidentemente, seus pressupostos de admissibilidade recursal. Nesse caso, ao contrário do recurso ordinário, cabível apenas no caso de denegação, o RE e o REsp poderão ser interpostos contra decisões denegatórias e/ou concessivas da ordem de habeas corpus.
DIREITO PENAL
Profº Paulo José de Assis Cunha
 (Ano: 2015 - Banca: FGV - Órgão: OAB - Prova: Exame de Ordem Unificado - XVI - Primeira Fase): Carlos e seu filho de dez anos caminhavam por uma rua com pouco movimento e bastante escura, já de madrugada, quando são surpreendidos com a vinda de um cão pitbull na direção deles. Quando o animal iniciou o ataque contra a criança, Carlos, que estava armado e tinha autorização para assim se encontrar, efetuou um disparo na direção do cão, que não foi atingido, ricocheteando a bala em uma pedra e acabando por atingir o dono do animal, Leandro, que chegava correndo em sua busca, pois notou que ele fugira clandestinamente da casa. A vítima atingida veio a falecer, ficando constatado que Carlos não teria outro modo de agir para evitar o ataque do cão contra o seu filho, não sendo sua conduta tachada de descuidada. Diante desse quadro, assinale a opção que apresenta situação jurídica de Carlos.
a) Carlos atuou em legítima defesa de seu filho, devendo responder, porém, pela morte de Leandro.
b) Carlos atuou em estado de necessidade defensivo, devendo responder, porém, pela morte de Leandro.
c) Carlos atuou em estado de necessidade e não deve responder pela morte de Leandro.
d) Carlos atuou em estado de necessidade putativo, razão pela qual não deve responder pela morte de Leandro.
 (Ano: 2005 - Banca: OAB-SP - Prova: Exame de Ordem). Se o agente atua por erro plenamente justificável pelas circunstâncias e supõe que se encontra em situação de perigo, haverá
a) estado de necessidade putativo.
b) estado de necessidade real.
c) legítima defesa putativa.
d) legítima defesa real.
FUNDAMENTO DA RESPOSTA:
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
LEGÍTIMA DEFESA
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
ESTADO DE NECESSIDADE: Configura-se o estado de necessidade quando o agente pratica fato típico a fim de proteger bem jurídico próprio ou alheio, que esteja em perigo atual ou iminente, desde que a este não tenha dado causa. É considerado uma causa excludente de antijuridicidade, no entanto, é facultado ao juiz, nos casos de sacrifício de bem de maior valor do que
o protegido, aplicar a pena referente ao ilícito cometido, reduzindo-a de um a dois terços. Note-se que não podem alegar estado de necessidade as pessoas encarregadas de funções que as coloquem em perigo, como o soldado e o bombeiro, por exemplo ou ainda aqueles que foram responsáveis pela situação de perigo. Só para acrescentar: se o dono de um animal der o comando para o animal atacar uma pessoa, é caso de legítima defesa e não estado de necessidade.
LEGITIMA DEFESA: É o fato praticado para evitar uma agressão injusta, que esteja acontecendo ou prestes a ocorrer (atual ou iminente), visando proteger direito próprio ou de terceiro, desde que o meio de defesa seja empregado moderadamente. É uma causa excludente de antijuridicidade, ou seja, não haverá crime quando o sujeito agir em legítima defesa. Importante ressaltar que o agente será punido caso venha a se exceder no emprego dos atos defensivos, seja esse excesso doloso ou culposo. Não se confunde com estado de necessidade, pois, enquanto neste o agente atua para afastar perigo causado por força da natureza, na legítima defesa ele atua com o intuito de afastar agressão decorrente de ação humana. 
ERRO DE TIPO:
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
DESCRIMINANTES PUTATIVAS 
Art.20 - § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.
Ano: 2008 - Banca: CESPE - Órgão: OAB-SP - Prova: Exame de Ordem. Ainda de acordo com o que dispõe o CP, assinale a opção correta.
a) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais e civis da sentença condenatória.
b) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu o resultado, sendo irrelevante o local onde deveria produzir-se o resultado.
c) A lei excepcional ou temporária, embora tenha decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante a sua vigência.
d) Considera-se praticado o crime no momento da produção do resultado.
FUNDAMENTO DA RESPOSTA:
CP - Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência.
Lei excepcional --> situação de emergência
Lei temporária --> vigência preestabelecida (dia de início e de término)
 
Correções:
a) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos PENAIS da sentença condenatória. (CP - Art. 2º)
 b) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o RESULTADO. (CP - Art. 6º)
 d) Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. (CP - Art. 4º) "Tempus regit actum": momento no qual se pratica o crime
Ano: 2017 - Banca: FGV - Órgão: OAB - Prova: Exame de Ordem Unificado – XXII. Acreditando estar grávida, Pâmela, 18 anos, desesperada porque ainda morava com os pais e eles sequer a deixavam namorar, utilizando um instrumento próprio, procura eliminar o feto sozinha no banheiro de sua casa, vindo a sofrer, em razão de tal comportamento, lesão corporal de natureza grave. Encaminhada ao hospital para atendimento médico, fica constatado que, na verdade, ela não se achava e nunca esteve grávida. O Hospital, todavia, é obrigado a noticiar o fato à autoridade policial, tendo em vista que a jovem de 18 anos chegou ao local em situação suspeita, lesionada. Diante disso, foi instaurado procedimento administrativo investigatório próprio e, com o recebimento dos autos, o Ministério Público ofereceu denúncia em face de Pâmela pela prática do crime de “aborto provocado pela gestante”, qualificado pelo resultado de lesão corporal grave, nos termos dos Art. 124 c/c o Art. 127, ambos do Código Penal. Diante da situação narrada, assinale a opção que apresenta a alegação do advogado de Pâmela. 
a) A atipicidade de sua conduta. 
b) O afastamento da qualificadora, tendo em vista que esta somente pode ser aplicada aos crimes de aborto provocado por terceiro, com ou sem consentimento da gestante, mas não para o delito de autoaborto de Pâmela. 
c) A desclassificação para o crime de lesão corporal grave, afastando a condenação pelo aborto. 
d) O reconhecimento da tentativa do crime de aborto qualificado pelo resultado.
FUNDAMENTO DA RESPOSTA:
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
A conduta, aqui, é atípica, em razão da ABSOLUTA IMPROPRIEDADE DO OBJETO, nos termos do art. 17 do CP, pois temos a figura do crime impossível. Isso se dá porque, nessas circunstâncias, Pâmela JAMAIS conseguiria alcançar o resultado pretendido (aborto), pois nunca esteve grávida, e o primeiro pressuposto para o praticar autoaborto é estar grávida.
Pâmela não irá responder, ainda, pela lesão corporal, eis que a lesão foi provocada pela própria vítima, e o direito penal não pune a autolesão.
GABARITO:
Direito Processual Penal:
1º - C
2º - B
3º - B
4º - A
5º - C
6
 º - B
Direito Penal:
1º - C
2º - A
3º - C
4º - A
DIREITO ADMINISTRATIVO
Profª Ana Cristina Costa Barreto
Fernando, servidor público de uma autarquia federal há nove anos, foi acusado de participar de um esquema para favorecer determinada empresa em uma dispensa de licitação, razão pela qual foi instaurado processo administrativo disciplinar, que resultou na aplicação da penalidade de demissão. Sobre a situação apresentada, considerando que Fernando é ocupante de cargo efetivo, por investidura após prévia aprovação em concurso, assinale a afirmativa correta.  
Fernando não pode ser demitido do serviço público federal, uma vez que é servidor público estável.         
Fernando somente pode ser demitido mediante sentença judicial transitada em julgado, uma vez que a vitaliciedade é garantida aos servidores públicos.
É possível a aplicação de penalidade de demissão a Fernando, servidor estável, mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.
A aplicação de penalidade de demissão ao servidor público que pratica ato de improbidade independe de processo administrativo ou de sentença judicial.  
Antônio, vítima em acidente automobilístico, foi atendido em hospital da rede pública do Município de Mar Azul e, por imperícia do médico que o assistiu, teve amputado um terço de sua perna direita. Nessa situação hipotética, respondem pelo dano causado a Antônio
o Município de Mar Azul e o médico, solidária e objetivamente.
o Município de Mar Azul, objetivamente, e o médico, regressivamente, em caso de dolo ou culpa.
o Município de Mar Azul, objetivamente, e o médico, subsidiariamente.
o Município de Mar Azul, objetivamente, e o médico, solidária e subjetivamente.
Caio, policial militar do Estado X, abalroou, com sua viatura, um veículo particular estacionado em local permitido, durante uma perseguição. Júlio, proprietário do veículo atingido, ingressou com demanda indenizatória em face do Estado. A sentença de procedência reconheceu a responsabilidade civil objetiva do Estado, independentemente de se perquirir a culpa do agente. Nesse caso,  
não pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do policial militar, eis que atuava, no momento do acidente, na condição de agente público.  
pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do policial militar, devendo o ente público demonstrar a existência de dolo do agente.  
não pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando