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DIREITO DO TRABALHO I - AULA 24

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Prof. Anselmo Domingos da Paz Junior
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DIREITO DO TRABALHO I 
Aula 24 – segundo semestre - 2014 
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Suspensão e Interrupção do Contrato de trabalho 
O tema possui relevância quando estudamos os efeitos da paralisação da prestação de serviços ao empregador. 
Tecnicamente o contrato de trabalho é preservado entre as partes, o que será objeto de estudo são os efeitos da paralisação da prestação de serviços.
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Definições 
Suspensão – Consiste na paralisação dos efeitos do contrato de trabalho cuja conseqüência será a ausência de pagamento de salários e contagem do tempo de serviço do emprego pelo empregador. 
Ex. Auxilio doença após o 15º dia de afastamento. 
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continuação
 Interrupção – Consiste na paralisação parcial dos efeitos do contrato de trabalho, onde o empregado deixa de prestar serviços mas há o pagamento de salários e contagem do tempo para todos os efeitos legais. 
Ex. FÉRIAS.
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Base legal 
Artigos 471 a 476-A da CLT. 
A legislação não faz distinção entre os termos “suspensão” e “interrupção”, no entanto, apresenta algumas hipóteses legais. 
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Casos de Suspensão e de Interrupção
1º - Greve – Lei 7783/89 – direito dos trabalhadores previsto em lei para paralisar a prestação de serviços como forma de estimular a solução de conflitos coletivos – Se for considerada ilegal ou abusiva a greve será SUSPENSÃO e se houver acordo ou julgada legal a greve será INTERRUPÇÃO.
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Continuação 
2º) Auxilio-doença – art.18, inciso I alínea “e” da Lei 8213/91 – até o 15º dia de afastamento será INTERRUPÇÃO e após o 15º dia de afastamento será SUSPENSÃO. 
3º) Acidente do trabalho - art.18, I , alínea “h” da Lei 8213/91 + Art. 5º, § 2º da Lei 636776 – idem ao que ocorre com o auxílio- doença. 
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Continuação 
4º) Serviço Militar – SISTEMA DISTINTO – não há pagamento dos salários e recolhimento de INSS, no período em que o trabalhador estiver servindo às forças armadas mas haverá pagamento do FGTS. Interrompe-se o periodo aquisitivo de férias e não há pagamento de 13º salário.
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continuação
5º) Férias – INTERRUPÇÃO DO CONTRATO – há recolhimento de FGTS e INSS, há pagamento dos valores salariais (no caso a título de férias) mas não haverá prestação de serviços. 
6º) Licença Gestante – SUSPENSÃO do contrato após o afastamento médico.
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continuação
7º) Aborto – Se for espontâneo será INTERRUPÇÃO por duas semanas. Se for provocado será SUSPENSÃO sem prejuízo das consequências criminais. 
8º) Licença Paternidade – será INTERRUPÇÃO do contrato de trabalho 
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continuação 
9º) Locaute (lock out) – consiste na paralisação das atividades da empresa por determinação do empregador – é proibido no Brasil na forma prevista no artigo 17 da Lei 7783/89 – será interrupção e os empregados tem direito aos salários e contagem do tempo de serviço para todos os fins legais. 
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continuação 
10º) Causas econômicas – Convenção 168 da OIT – para atender necessidades emergenciais da empresa, pode existir negociação coletiva com a SUSPENSÃO dos efeitos do contrato – os empregados, neste caso, recebem uma auxilio via FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR (FAT)
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QUESTÃO DO CONTRATO A PRAZO 
Os contratos a prazo determinado são aqueles previstos no artigo 443 §§ 1º e 2º da CLT. 
Neste caso, o artigo 472 § 2º determina que existindo suspensão ou interrupção no contrato a prazo determinado ficará a critério das partes a contagem do tempo para a conclusão do prazo do contrato. 
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 continuação
 
Ex. Faltam 30 dias para o final do contrato de experiência e o trabalhador fica doente com afastamento maior que 15 dias....a empresa poderá dispensá-lo ao final do prazo de 30 dias ou aguardar o seu reestabelecimento. 
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Continuação
A tendência da jurisprudência é determinar que nos contratos a prazo certo seja respeitado o retorno do trabalhador, interrompendo a contagem do prazo, mas tal posicionamento não é pacífico. 
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Transferência de Empregado
Considera-se transferência a alteração do local da prestação de serviços do empregado com mudança de seu domicílio para lugar distinto daquele para o qual foi contratado originariamente. 
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Base legal 
Art. 469 da CLT + Sumulas 29 e 43 do TST
A legislação busca proteger a fixação do empregado no local onde possui seu domicilio e presta serviços originariamente.
A transferência objeto de proteção legal é aquela que implicar em alteração do domicilio do empregado.
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Transferência lícitas
Existem dois tipos de transferências.
Transferência com anuência do empregado.
Transferência sem anuência do empregado.
As transferências a pedido do empregado serão analisadas pela empresa e estão incluídas no primeiro tipo.
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Transferências SEM a anuência do empregado.
1º) quando houver NECESSIDADE DOS SERVIÇOS – neste caso será quitado o adicional de transferência no valor de 25% dos salários enquanto permanecer tal situação (art. 469, § 3º).
2º) Na extinção do estabelecimento –neste caso não será pago o adicional.
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A questão dos empregados que exercem cargo de confiança.
Art. 469 § 1º - os empregados que exercem cargo de confiança poderão ser transferidos desde que seja provado a necessidade de seus serviços. 
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continuação
A jurisprudência oscila quanto ao pagamento do adicional de 25% aos exercentes de cargo de confiança.
Normalmente se a transferência do empregado em cargo de confiança for definitiva não há o adicional. 
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Transferência de empregados por obrigação contratual. 
O artigo 469 § 1º exclui a anuência para a transferência aos empregados cuja atividade realizada implique de forma implícita ou explícita a necessidade de transferências ou que tenham ajustado cláusula contratual neste sentido – Neste caso o empregador pode determinar a transferência. 
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Empregados Intransferíveis 
Aqueles detentores de estabilidade provisória:
Exemplos: Cipeiros, Dirigentes Sindicais, Gestantes,
Menores em Idade do Serviço Militar, Acidentados.
Será possível a transferência apenas na extinção do estabelecimento e com a concordância do estável, do contrário o empregador deverá indenizar o período de estabilidade. 
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Sustação da Transferência
A súmula 43 do TST PREVÊ QUE NA AUSÊNCIA DE PROVA DA NECESSIDADE DOS SERVIÇOS SERÁ CONSIDERADA ABUSIVA A TRANSFERÊNCIA. 
Quando houver abusos pelo empregador o empregado pode propor MEDIDA CAUTELAR no Judiciário para SUSTAR a transferência. 
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continuação
Base legal do pedido – artigo 659, IX da CLT. 
Neste caso ele entra com ação cautelar com pedido de liminar para que seja mantido no local originário da prestação de serviços. 
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Transferência para outro País. 
A TRANSFERÊNCIA DE EMPREGADO PARA O EXTERIOR SEGUE AS REGRAS CONTIDAS NA Lei 7064/82 
A contratação do empregado por empresa estrangeira para prestar serviços fora do País deve passar pela autorização do Ministério do Trabalho. 
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Efeitos econômicos da Transferência. 
Há o pagamento do adicional de 25% sobre o salário enquanto houver a transitoriedade da transferência. 
As despesas da transferência do empregado por necessidade do serviço são pagas pela empresa (art. 470 da CLT). 
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