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MANIPULAÇÃO DE PRODUTOS VETERINÁRIOS: APLICABILIDADE, LEGISLAÇÃO E ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE Marielle Camargos Dias¹ Roberto Carlos Rocha de Moura² ¹Farmacêutica Industrial pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG e aluna de Especialização em Vigilância Sanitária IFAR/PUC-GO. ²Farmacêutico pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul – UFMS e Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília – UnB. Resumo Por meio de pesquisa de revisão bibliográfica feita com base em coletas de dados de fontes como a legislação brasileira, artigos científicos e monografias, foi possível alcançar os objetivos de obter um conhecimento acerca da manipulação de produtos de uso veterinário. Os focos principais foram: a aplicabilidade, as principais legislações envolvidas e o exercício da profissão farmacêutica e veterinária no setor. Poucas são as barreiras nessa área de farmácia veterinária, como a impossibilidade da preparação de produtos protegidos por patentes. O que sobressai são as inúmeras vantagens que o serviço pode oferecer: adequação do tratamento para diferentes espécies, personalização do produto, maior facilidade na administração ao paciente, segurança e economia. Os estabelecimentos manipuladores desses produtos são bem regulamentados e as normais mais importantes são:o Decreto 5053/2004 e a Instrução Normativa 11/2005. Assim, fica regulamentada a fiscalização dos produtos e estabelecimentos em questão e as Boas Práticas de Manipulação de Produtos Veterinários. Tanto o profissional farmacêutico quanto o médico veterinário possuem atribuições nos estabelecimentos de manipulação de produtos veterinários. A presença do farmacêutico é obrigatória e importante para avaliar a prescrição;manipular e/ou supervisionar a formulação de acordo com a prescrição para garantir aqualidade e prestar assistência e atenção farmacêutica. O médico veterinário é essencial, pois é o profissional capacitado para orientar o proprietário durante a terapia, acompanhando a eficácia do tratamento e orientando quanto à saúde e bem-estar animal. Palavras-chave:Manipulação de produtos veterinários. Farmácia veterinária.Legislação. Abstract Through research of literature review based on data collected from sources such as Brazilian law, scientific articles and monographs, it was possible to achieve the goals of obtaining a knowledge of handling products for veterinary use. The main sources were: applicability, the specific legislation and the exercise of the pharmaceutical profession and veterinary in this field. There are few barriers in this area of veterinary pharmacy. One of them is the impossibility of preparing products protected by patents. What stands out are the many advantages that the service can offer: adequacy of treatment for different species, product customization, ease in administration to the patients, safety and economy. Establishments handlers of these products are well regulated. The most important standards are: Decree 5053/2004 and Normative Instruction 11/2005. Thus, there is regulation of inspection of products and establishments and good handling practices of veterinary products. Both the pharmacist and the veterinarian have responsibilities in handling establishments of veterinary products. The presence of the pharmacist is mandatory and very important to evaluate the prescription, manipulate and / or oversee the formulation according to the prescription to ensure quality and provide assistance and pharmaceutical care. The presence of the veterinarian is essential as well because he is the trained professional to guide the owner during the therapy, monitoring treatment efficacy and advising about healthand animal welfare Keywords: Product Handling veterinarian. Veterinary pharmacy.Legislation. 1 INTRODUÇÃO Segundo Gasparin (2010), nas diferentes condições sociais, econômicas e culturais, o que se percebe é um crescimento na criação de animais domésticos, principalmente cães e gatos. Esse crescimento e a humanização desses animais têm exigido inovações na prestação de serviços e produtos veterinários, além de aumentar a demanda por estabelecimentos de fabricação, manipulação e comércio desses produtos. A manipulação de produtos veterinários é um setor que, no Brasil, vem se desenvolvendo diante deste cenário e possui uma inserção no mercado mais recente que as indústrias farmacêuticas veterinárias, que já estão no mercado há mais tempo. As vantagens oferecidas por esse serviço estão principalmente relacionadas com a possibilidade de um produto personalizado para cada animal. A evolução da área veio acompanhada de normas que surgiram com o objetivo de regular melhor o setor e garantir a qualidade e segurança dos produtos e serviços. O empenho na regulação do setor vem, principalmente, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com interesse na proteção da saúde dos animais e seres humanos. A Lei 5991/1973 traz a definição de Farmácia. “Estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica” (BRASIL, 1973). Estabelecimento que manipula produto de uso veterinário: estabelecimento de manipulação e dispensação de fórmulas magistrais veterinárias e fórmulas oficinais para uso veterinário, com áreas independentes e exclusivas para a manipulação e armazenamento de insumos e preparações manipuladas, bem como para o armazenamento e dispensação de especialidade farmacêutica de uso veterinário, licenciado junto ao MAPA. (MAPA, 2005, p. 2). A atuação dos profissionais da saúde em Farmácias Veterinárias é definida legalmente. Os profissionais que possuem as principais atribuições neste estabelecimento são os Médicos Veterinários e Farmacêuticos. Cada um possui a sua importância e competência legal. Este trabalho possibilita depreender as vantagens e limitações do setor de produtos veterinários manipulados, permite o conhecimento e uma maior compreensão da legislação aplicada à manipulação de produtos veterinários e o esclarecimento do papel dos profissionais da saúde nessa área.Com este estudo será possível compreender melhor uma área que tem crescido no mercado e demonstrado sua importância e utilidade. O propósito do trabalho é buscara aplicabilidade das farmácias veterinárias; identificar as normas vigentes relacionadas às Farmácias Veterinárias, analisando e discutindo alguns itens relevantes; além de conhecer as atribuições dos profissionais de saúde na área de manipulação de produtos veterinários para descrever as possibilidades de atuação destes profissionais, com foco nos Farmacêuticos e Médicos Veterinários. 2 METODOLOGIA O estudo se trata de uma pesquisa de revisão de literatura realizado por meio de coleta de dados usando palavras-chave como: manipulação em veterinária e farmácia magistral veterinária. As principais fontes usadas na elaboração deste trabalho foram o site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) pelo Sistema de Consulta à Legislação (Sislegis) e o site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), usando o sistema de pesquisa Visa Legis. Base de dados como o Scielo, Bireme e Pubmed também foram fontes de informação selecionando artigos científicos, teses e monografias publicadas, preferencialmente, a partir de 2002. 3 DISCUSSÃO 3.1 Mercado e tendência Em relação ao númerode animais de estimação (também chamados animais de companhia) no Brasil, existem 35,7 milhões de cães,25 milhões de peixes e 19,8 milhões de gatos. O cachorro é o Animal de estimação com maior população no Brasil(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE PRODUTOS PARA ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO – ABINPET, 2012 apud RANKBRASIL, 2012). É muito comum pais que passam a morar sozinhos após a saída dos filhos de suas casas. Nessa situação os animais passam a ter um papel mais especial em suas vidas. Os animais chegam a ser tratados como um componente da família, merecendo um cuidado quase humano. A medicina veterinária é que proporciona as condições necessárias para oferecer o bem-estar desses animais (DINIZ, 2005). Nas diferentes condições sociais, econômicas e culturais, o que se percebe é um crescimento na criação de animais domésticos, principalmente cães e gatos. Esse crescimento e a humanização desses animais têm exigido inovações na prestação de serviços e produtos veterinários, além de aumentar a demanda por estabelecimentos de fabricação, manipulação e comércio desses produtos. 3.2 Vantagens e limitações da manipulação em veterinária. A farmacodinâmica está diretamente ligada às características anatômicas e fisiológicas dos animais. Essas características variam não só entre iguais espécies, apesar de minimizada, mas principalmente e com maior intensidade entre espécies diferentes e até mesmo raças. Isso nos leva a concluir que as doses e formas farmacêuticas a serem utilizadas variam de acordo com essas peculiaridades (BARBOSA, 2010). Os médicos veterinários prescrevem, em sua grande maioria, produtos industrializados, sendo muitos deles medicamentos de uso humano. “A falta de formas farmacêuticas veterinárias adequadas para cada espécie, principalmente nos animais de companhia obrigam a uma maior utilização de medicamentos humanos”. (BARBOSA, 2010, p. 54). Essa realidade não atende da melhor forma as diferentes terapias que as variações genéticas exigem. Nesse sentido a manipulação de produtos veterinários se torna uma opção que busca sanar essa necessidade. De acordo com a ANFARMAG (2012) (ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMÁCIAS MAGISTRAIS), o produto manipulado possui diversas vantagens. Uma delas é a economia, pois como o produto é prescrito na quantidade e dosagem necessária ao tratamento, o consumidor paga apenas pelo que vai utilizar, não havendo desperdício. No caso de animais essa característica se torna ainda mais expressiva uma vez que existem tratamentos baseados em prescrição de medicamento de uso humano que normalmente está em uma dosagem e quantidade maiores do que o animal precisa. A questão da segurança também é citada no Manual do Consumidor da ANFARMAG (2012), pois as farmácias de manipulação seguem normas estabelecidas pelas autoridades e os processos são rigorosamente controlados. O farmacêutico analisa a prescrição, acompanha todo o processo de produção, orientando, supervisionando e orientando o dono sobre a utilização, efeitos e conservação adequada do produto. São muito comuns situações em que o paciente necessita da utilização de diversos medicamentos ao mesmo tempo, seja para o tratamento de uma doença ou até mesmo mais de uma. Nesses casos, a prescrição de uma única fórmula para manipulação que permita a associação de várias substâncias se torna uma alternativa que evita o esquecimento de algum medicamento e facilita a medicação dos animais ao diminuir as unidades a serem administradas, já que é uma tarefa que nem sempre é fácil e que na maioria das vezes exige certa habilidade do administrador. Outra situação em que as farmácias veterinárias se tornam uma opção vantajosa é quando o medicamento necessitado não existe no mercado ou não está disponível. Isso pode acontecer, por exemplo, quando uma Indústria farmacêutica deixa de produzir o produto ou a dosagem necessária. Nesse caso, a farmácia de manipulação poderá atender a prescrição evitando a interrupção do tratamento o que poderia ser grave para o paciente (ANFARMAG, 2012). Levando em consideração que as terapias variam muito entre os animais e que muitas delas utilizam medicamentos de uso humano, pode-se concluir que a principal vantagem da prescrição de uma fórmula magistral é a personalização do tratamento, possibilitando a preparação de um produto na dose e quantidade adequada para um paciente específico. Isso se torna de grande importância sabendo que uma das dificuldades no tratamento de animais é a limitação das alternativas medicamentosas levando os médicos veterinários a prescreverem medicamentos humanos que estão em doses e quantidades mais altas que as necessárias, precisando de fracionamento em vários níveis dificultando ou até impossibilitando a administração pelo dono. Essa personalização do produto, além de permitir uma identificação com rótulo contendo dados específicos e mais completos, facilita o entendimento da forma de tratamento a ser seguida evitando enganos como a utilização inadequada Adicionalmente, possibilita a adequação da formulação com o objetivo de eliminar reação alérgica substituindo o aditivo responsável pela reação em um determinado paciente por outro que não cause reações de hipersensibilidade. Diante de tantos benefícios da formulação magistral de produtos veterinários, o setor também se esbarra em algumas barreiras. Uma delas está relacionada a medicamentos novos no mercado. Os produtos que estão protegidos pela lei de patentes não estão disponíveis para manipulação, diminuindo o campo de atuação das farmácias, que não poderão atender os pacientes nessas situações. Outra limitação do ramo são as tecnologias avançadas. As indústrias são capazes de investir em inovação tecnológica que não estão ao alcance das farmácias. Apesar de algumas limitações as vantagens das prescrições de fórmulas magistrais se sobressaem no ramo veterinário. Elas oferecem alternativas atraentes e facilitadoras para o tratamento de animais. Tratar animais não é como tratar pessoas, principalmente adultas. Assim como emcrianças, medicar os animais não é fácil. Para um maior sucesso na terapêutica os medicamentos precisam ter sabor agradável e forma farmacêutica que facilite a administração, pois o argumento não é uma possibilidade de ferramenta a ser usada para convencer esses pacientes a aceitarem o tratamento. Nesse sentido, as farmácias veterinárias poderão modificar a forma farmacêutica manipulando, dentre outras, biscoito medicamentoso, pastilhas, pastas orais e xaropes. Para melhorar a palatabilidade e tornar o produto mais atraente a farmácia conta com ferramentas para adequar as características organolépticas como cor, odor e sabor de acordo com cada espécie. 3.3 Legislação Em fevereiro de 1969 entrou em vigor o Decreto-lei nº 467 que dispõe sobre a fiscalização de produtos de uso veterinário e de estabelecimentos que os fabriquem. Esta norma estabeleceu em todo o território nacional a obrigatoriedade da fiscalização da indústria, do comércio e do emprego de produtos de uso veterinário. Incluídos nessa norma, os estabelecimento que manipulam produtos de uso veterinário ficam obrigados ao registro no Ministério da Agricultura para efeito de licenciamento que o habilitará a funcionar e deverá ser renovada anualmente (BRASIL, 1969). Art. 2º - A fiscalização de que trata o presente Decreto-Lei será exercida em todos os estabelecimentos privados e oficiais, cooperativas, sindicatos rurais ou entidades congêneres que fabriquem, fracionem, comerciem ou armazenem produtos de uso veterinário, estendendo-se essa fiscalização à manipulação, ao acondicionamento e à fase deutilização dos mesmos. (BRASIL, 1969, p. 1465). Diante do artigo citado, concluía-se que deveriam ser licenciados e estavam submetidos à fiscalização do Ministério da Agricultura os estabelecimentos que produzissem qualquer tipo de produto veterinário(Departamento Jurídico do Conselho Regional do Estado de São Paulo – DJ/CRF SP, 2011). Todavia, o texto da norma acima foi tácita e parcialmente modificado com a entrada em vigor da Lei n.º 6.360, de 23 de setembro de 1976, tendo em vista que além de fixar em seus artigos 1º e 68º a competência da Vigilância Sanitária para controle sanitário a que ficam sujeitos os medicamentos, drogas, insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, excluiu de seu âmbito de atuação os produtos de exclusivo uso veterinário. (DJ/CRF SP, 2011, p. 2). “Art. 86. Excluem-se do regime desta Lei, visto se destinarem e se aplicarem a fins diversos dos nela estabelecidos, os produtos saneantes fitossanitários e zoossanitários, os de exclusivo uso veterinário e os destinados ao combate, na agricultura, a ratos e outros roedores.” (BRASIL, 1976, p.12647) Portanto, a lei 6360/76 em consonância com o Decreto-lei n.º 467/69, estabelece que a competência de fiscalizar e licenciar o funcionamento dos estabelecimentos que fabriquem os medicamentos de exclusivo uso veterinário é do Ministério da Agricultura. À Vigilância Sanitária compete fiscalizar os estabelecimentos previstos nas Leis 5991/73 e 6360/76, inclusive os de uso veterinário, mas só os que também sejam utilizados por humanos (DJ/CRF SP, 2011). O Decreto 5053 de 2004 regulamenta o Decreto-lei 467/69. Esse decreto aprova o Regulamento de Fiscalização de Produtos de Uso Veterinário e dos Estabelecimentos que os Fabriquem ou Comerciem, incluindo os de manipulação(BRASIL, 2004). Existem questionamentos que dizem que esse decreto, ao dispor sobre as competências do Ministério da Agricultura revoga o artigo 86º da Lei 6360/76 por não manter o termo “exclusivo” para os produtos de uso veterinário em seu artigo 2º. “Como ato administrativo, o decreto está sempre em situação inferior à da lei e, por isso mesmo, não a pode contrariar.” (MEIRELLES, 2004, p. 177). “Ora, o poder regulamentar não é o poder legislativo e, por conseguinte, não pode criar normatividade que inove a ordem jurídica. Seus limites naturais situam-se no âmbito da competência executiva e administrativa, onde se insere.” (SILVA, 2009, p.486). A Instrução Normativa nº 11, de8 de junho de 2005 aprova o Regulamento Técnico para Registro e Fiscalização especificamente de Estabelecimentos que Manipulam Produtos de uso Veterinário (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, 2005). Essas duas normas, o Decreto 5053/04 e a Instrução Normativa 11/2005 são as principais a serem observadas pelas Farmácias Veterinárias. 3.3.1 Decreto 5053/04: Regulamento de Fiscalização de Produtos de Uso Veterinário e dos Estabelecimentos que os Fabriquem ou Comerciem. Essa seção trata principalmente do decreto segundo Brasil (2004) e tem foco nos estabelecimentos de manipulação de produtos veterinários. As ações de inspeção e fiscalização de que trata este regulamento são atribuições do MAPA. 3.3.1.1 Os estabelecimentos Todos os estabelecimentos, ou seja, unidades da empresa que manipulam produtos veterinários devem estar registradas no MAPA para licenciamento. A licença deve ser renovada anualmente e requerida até 60 dias antes do seu vencimento(BRASIL, 2004). O registro deve ser solicitado através de requerimento por escrito contendo as informações solicitadas acompanhadas dos documentos: cópia autenticada do contrato social e do cartão de inscrição no CNPJ, relação dos produtos a serem manipulados; declaração do responsável técnico assumindo a responsabilidade pelo estabelecimento; cópia de sua carteira profissional; memorial descritivo de instalações e equipamentos, assinado pelo responsável técnico; planta baixa; detalhe da rede de esgoto e descrição do sistema de controle preventivo para evitar contaminação do meio ambiente e risco para a saúde (BRASIL, 2004). 3.3.1.2 Instalações Os estabelecimentos de que trata o Artigo 11 do Decreto 5053/04 devem possuir instalações e equipamentos adequados que atendam às normas de Boas Práticas de Fabricação (BPF) estabelecidas pelo MAPA, aos regulamentos específicos de produção, ao controle de qualidade e biossegurança por ele definidos, e também às normas de higiene e segurança do trabalho, estabelecidas pelos órgãos oficiais competentes (BRASIL, 2004). A Instrução Normativa 11/2005 aprova o regulamento de Boas Práticas de Manipulação de Produtos Veterinários – BPMPV que são requisitos a serem observados. As Boas Práticas de Manipulação de Produtos Veterinários Estéreis também estão estabelecidas nesse regulamento (MAPA, 2005). 3.3.1.3 Responsabilidade Técnica Um dos requisitos para se conseguir a concessão do registro do estabelecimento manipulador do produto farmacêutico é possuir responsável técnico (RT) com comprovação atestada pelo MAPA e legalmente registrado no órgão de fiscalização do exercício profissional respectivo. No caso dos manipuladores de fórmulas magistrais a responsabilidade técnica pode ser assumida por médico veterinário ou farmacêutico. Em situações de afastamento temporário do RT, o estabelecimento deverá comunicar previamente ao MAPA O suprimento com um substituto, que responderá durante o período de afastamento do titular. A observância do Decreto 5053/04 e de normas complementares é obrigatório ao Responsável Técnico ou substituto (BRASIL, 2004). 3.3.1.4 Análise de Fiscalização Art. 49. O serviço oficial efetuará a colheita de amostras de matérias-primas ou produtos acabados, em qualquer dos estabelecimentos mencionados no art. 1, para fins de análise de fiscalização que será realizada pela rede de laboratórios do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (BRASIL, 2004, p. 16). Caso o interessado não concordar com o resultado, poderá requer contraprova. É facultado ao Responsável Técnico da empresa o acompanhamento dos testes (BRASIL, 2004). 3.3.1.5 Comercialização O Decreto estabelece requisitos quanto à obrigatoriedade de prescrição do médico veterinário para comercialização do produto. O critério de classificação das substâncias e de produtos sujeitos aos requisitos é estabelecido pelo MAPA (BRASIL, 2004). 3.3.1.6 Processo Administrativo e Fiscalização “Art. 69. A infringência às disposições deste Regulamento e dos atos complementares será apurada em processo administrativo, iniciado com a lavratura do auto de infração.” (BRASIL, 2004, p. 19). Todo produto e estabelecimento de manipulação estão sujeitos à ação fiscalizadora. É assegurado ao agente de fiscalização: livre acesso aos locais onde se processam a manipulação, o fracionamento, o envase, a rotulagem, o controle de qualidade, a armazenagem e a comercialização; colher amostras; apreender produto ou material com propaganda indevida; verificar o atendimento das condições de saúde e higiene pessoal dos manipuladores; interditar estabelecimentos; ter acesso a todos os documentos e informações necessários e lavrar documentos de fiscalização como Auto de Infração e Auto de Apreensão. O agente poderá requerer auxílio policial para garantir a fiscalização (BRASIL, 2004). 3.3.1.7 Infrações e Penalidades Sem prejuízo da penalidade penal cabível, a infração a este regulamento acarretará as seguintes penalidades: advertência, multa, apreensão doproduto, inutilização do produto, suspensão da venda ou fabricação do produto, interdição do estabelecimento e cancelamento do registro e licenciamento do estabelecimento (BRASIL, 2004). 3.3.2 Instrução Normativa 11/2005 MAPA (2005) aprova o Regulamento Técnico para registro e fiscalização específica de estabelecimentos que manipulam produtos de uso veterinário e o Regulamento de Boas Práticas de Manipulação de Produtos Veterinários (BPMPV). Primeiramente o regulamento determina condições específicas mínimas que devem ser cumpridas por estabelecimentos que fazem manipulação, conservação e dispensação de preparações magistrais e oficinais para uso em animais de companhia, esporte, peixes e aves ornamentais. Posteriormente determina as BPMPV, inclusive manipulação de produtos estéreis a serem seguidas (MAPA, 2005). 3.3.2.1 Alguns requisitos exigidos A norma estabelece algumas restrições. Algumas delas são vedar: a manipulação de produtos de natureza biológica; o fracionamento de especialidades farmacêuticas, a manipulação de produtos para as espécies bovina, bubalina, suína, caprina, ovina, aves, peixes e outras espécies destinadas à alimentação humana; a exposição ao público de preparações com o objetivo de propaganda; a manipulação de medicamentos de uso veterinário em áreas industriais ou onde se produza ou manipule medicamentos com finalidade distinta do uso veterinário (MAPA, 2005). Como citado, é vedado a manipulação de produtos para espécies destinadas à alimentação humana o que restringe um pouco o mercado. Porém o seguimento de animais de companhia,comparado ao mercado dos animais de criação, tem maior rendimento e não tende a ser cíclico. Além disso, o número de animais de criação a ser tratado está em menor número e o cuidado com os de companhia é especial por serem tratados como parte da família requerendo cuidados veterinários de excelência. Com relação à necessidade de instalações segregadas para fabricação de medicamentos para uso veterinário e para uso humano, existe um posicionamento emitido pela ANVISA e pelo MAPA em que decidem de comum acordo que: É tecnicamente aceitável, do ponto de visto de risco sanitário, a produção de produtos de uso veterinário nas mesmas instalações licenciadas para fabricação de medicamentos de uso humano, nos casos em que os produtos veterinários contenham insumos aprovados para uso humano. (ANVISA; MAPA, 2012, p.1) Essa Nota Técnica Conjunta permite a manipulação de produtos veterinários e humanos nas mesmas instalações, desde que na formulação deles contenha apenas insumos que são aprovados para os dois usos. Caso contrário, deverá ser manipulado em instalações segregadas específicas para cada uso. Essa determinação se torna importante ao evitar que insumos não aprovados para um, contamine de forma cruzada o produto destinado para o outro. Ao mesmo tempo dá uma maior liberdade para aqueles que desejam fabricar produtos para uso veterinário e humano nas mesmas instalações desde que sigam os requisitos definidos. As farmácias de manipulação veterinária devem fazer as preparações no mesmo estabelecimento em que a prescrição for captada, sendo vedado captar receitas de outros estabelecimentos, outras empresas e até mesmo filiais. Ao contrário da manipulação de fórmulas, as atividades de Controle de Qualidade podem ser centralizadas em um dos estabelecimentos da empresa desde que não haja prejuízo dos controles em processo (BRASIL, 2005). Todo o processo produtivo de preparação dos produtos manipulados devem possuir procedimentos escritos que definam a especificidade das operações e os registros devem ser mantidos assim como os documentos normativos que deverão ficar à disposição da autoridade competente. A equipe de fiscais federais agropecuários é quem fiscaliza os estabelecimentos de manipulação veterinária e pode ser composta por médico veterinário ou farmacêutico (BRASIL, 2005). 3.3.2.2 Boas Práticas de Manipulação de Produtos Veterinários Esse é um dos principais itens dessa Instrução Normativa e tem como objetivo: “estabelecer os requisitos de Boas Práticas de Manipulação de Produtos Veterinários (BPMPV), a serem observados na avaliação farmacêutica da prescrição, na manipulação, conservação e dispensação de preparações magistrais e oficinais”. (BRASIL, 2005. P. 7). São diretrizes que se seguidas corretamente garantem a manutenção da qualidade, eficácia e segurança determinada para o produto e a conformidade com a legislação. O objetivo é a segurança animal e não é uma norma superficial, ela é detalhada e possui rigor nas exigências. Posteriormente o regulamento também define as Boas Práticas de Manipulação de Produtos Veterinários Estéreis (BPMPVE) a serem observadas pelos estabelecimentos licenciados pela Superintendência Federal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA) a manipular esse tipo de medicamento.A SFA é uma representação do MAPA em cada uma das 27 unidades federativas do Brasil. 3.4 Atribuições dos profissionais de saúde emfarmácia veterinária: farmacêutico e médico veterinário No Brasil existem dois decretos federais que regulamentam o exercício da profissão farmacêutica: o Decreto 20377 de 08 de setembro de 1931 e o Decreto 85.878 de 07 de abril de 1981. O de 1931 foi revogado pela Lei 5.991/1973. O Decreto 85.878/1981 ainda vigente delimita o campo de atuação profissional do farmacêutico definindo as atribuições que são privativas do farmacêutico e as que são estendidas a outros profissionais devidamente formados, capacitados e habilitados legalmente para desempenhá-la. Art 1º São atribuições privativas dos profissionais farmacêuticos: I - desempenho de funções de dispensação ou manipulação de fórmulas magistrais e farmacopéicas, quando a serviço do público em geral ou mesmo de natureza privada; II - assessoramento e responsabilidade técnica em: a) estabelecimentos industriais farmacêuticos em que se fabriquem produtos que tenham indicações e/ou ações terapêuticas, anestésicos ou auxiliares de diagnóstico, ou capazes de criar dependência física ou psíquica; b) órgãos, laboratórios, setores ou estabelecimentos farmacêuticos em que se executem controle e/ou inspeção de qualidade, análise prévia, análise de controle e análise fiscal de produtos que tenham destinação terapêutica, anestésica ou auxiliar de diagnósticos ou capazes de determinar dependência física ou psíquica; c) órgãos, laboratórios, setores ou estabelecimentos farmacêuticos em que se pratiquem extração, purificação, controle de qualidade, inspeção de qualidade, análise prévia, análise de controle e análise fiscal de insumos farmacêuticos de origem vegetal, animal e mineral; d) depósitos de produtos farmacêuticos de qualquer natureza; III - a fiscalização profissional sanitária e técnica de empresas, estabelecimentos, setores, fórmulas, produtos, processos e métodos farmacêuticos ou de natureza farmacêutica; IV - a elaboração de laudos técnicos e a realização de perícias técnico-legais relacionados com atividades, produtos, fórmulas, processos e métodos farmacêuticos ou de natureza farmacêutica; V - o magistério superior das matérias privativas constantes do currículo próprio do curso de formação farmacêutica, obedecida a legislação do ensino; VI - desempenho de outros serviços e funções, não especificados no presente Decreto, que se situem no domínio de capacitação técnico-científica profissional. (BRASIL, 1981, p. 6631). Uma atividade do Decreto citado acima que se destacano assunto do estudo é a de desempenhar dispensação ou manipulação de fórmulas magistrais e oficinais. Pode-se concluir que é indispensável a presença do farmacêutico em um estabelecimento de manipulação de fórmulas em veterinária. Tendo como base as atribuições do farmacêutico determinadas pela RDC de 08 de outubro de 2007 que dispõe sobre os requisitos mínimos na manipulação de produtos de uso humano, podem-se destacar algumas funções importantes que um farmacêutico pode desempenhar em uma farmácia veterinária: organizar e operacionalizar as áreas e atividades técnicas da farmácia; conhecer, interpretar, cumprir e fazer cumprir a legislação pertinente; especificar, selecionar, inspecionar, adquirir, armazenar as matérias-primas e materiais de embalagem necessários ao processo de manipulação; avaliar a prescrição quanto à concentração e compatibilidade físico-química dos componentes, dose e via de administração, forma farmacêutica e o grau de risco; assegurar todas as condições necessárias ao cumprimento das normas técnicas de manipulação, conservação, transporte, dispensação e avaliação final do produto manipulado; manipular a formulação de acordo com a prescrição e/ou supervisionar os procedimentos para que seja garantida a qualidade exigida; determinar o prazo de validade para cada preparação; participar de estudos destinados ao desenvolvimento de novas preparações e prestar assistência e atenção farmacêutica necessárias objetivando o uso correto dos produtos. É inquestionável a importância da presença de um farmacêutico em farmácia veterinária, mesmo que ele não seja o responsável técnico, ele é imprescindível. Apesar de não ter uma obrigatoriedade da presença de um médico veterinário nesse tipo de estabelecimento, ele é um componente altamente influenciador no sucesso do negócio. O veterinário pode fazer a diferença na escolha desse mercado pelos clientes (OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2007). O mercado veterinário farmacêutico está em crescimento e enfrentará desafios em concorrência que implica em estabelecimento de estratégias com foco especial no profissional veterinário(OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2007). A presença do médico veterinário não só beneficia o desenvolvimento do negócio, mas também possui um importante papel social, pois esse profissional está capacitado para nortear o proprietário durante o tratamento, acompanhando a eficácia do mesmo e dar um parecer orientando sobre a necessidade de exames e consultas. 0 medico veterinário é o profissional mais adequado para desenvolver programas de saúde e bem-estar animal, de acordo com o perfil do proprietário e a individualidade do paciente (PEREIRA, 2003). 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O mercado veterinário farmacêutico se encontra em ascensão e o ramo da manipulação de produtos veterinários tem se popularizado com mais evidência nos últimos anos. Por meio da discussão apresentada neste trabalho de revisão bibliográfica foi possível entender a aplicabilidade da área, assim como algumas limitações. As principais vantagens encontradas foram:a personalização dos produtos, levando em consideração as doses e quantidade específicas ao tratamento; adequação da formulação de medicamentos de acordo com as espécie e características peculiares de cada animal; a facilitação da administração dos medicamentos ao paciente por meio de modificação da forma farmacêutica e associação de princípios ativos; economia para o proprietário; segurança garantida pelas normas pertinentes e preparação de produtos indisponíveis no mercado. Por outro lado, algumas limitações como produtos protegidos por patentes e dificuldade em acompanhar a implantação de inovações tecnológicas utilizadas por indústrias foram constatadas como barreiras. As grandes diferenças anatômicas e fisiológicas entre seres humanos e animais de estimação e até entre espécies dos animais de companhia explicam a necessidade e as vantagens da utilização dos serviços de manipulação de produtos. Os estabelecimentos de manipulação de produtos veterinários são adequadamente normatizados.O Decreto-lei467/69 estabelece a obrigatoriedade da fiscalização desses estabelecimentos. Assim, ficam obrigados ao registro no MAPA para efeitos de licenciamento para funcionar. O Decreto 5053/2004 regulamenta esse Decreto-lei, ou seja, a fiscalização de produtos de uso veterinário e dos estabelecimentos que os fabriquem ou comerciem. Por meio do estudo dessa norma, pode-se concluir que ela dispõe sobre os estabelecimentos, a licença anual que deve ser requerida; sobre as instalações e equipamentos adequados que devem possuir e estabelece a necessidade de se possuir Responsável Técnico como um dos requisitos para concessão do registro, podendo ser farmacêutico ou médico veterinário. Esse decreto também descreve os procedimentos da análise fiscal e os requisitos para comercialização quanto à obrigatoriedade de prescrição do profissional veterinário. O decreto finaliza dispondo sobre processo administrativo, fiscalização, infrações e penalidades. Além do Decreto 5053/04, outro regulamento importante para a área estudada nesse trabalho é a Instrução Normatiza 11/2005. Ela aprova o Regulamento Técnico para registro e fiscalização específica de estabelecimentos que manipulam produtos de uso veterinário e o regulamento de Boas Práticas de Manipulação de Produtos Veterinários.Foi demonstrado que essa instrução normativa veda a manipulação de produtos para espécies destinadas à alimentação humana e a manipulação de medicamentos de uso veterinário em áreas que se manipulem medicamentos com finalidade que não seja a de uso veterinário.As BPMPV definidas nessa norma são as diretrizes que podem garantir a manutenção da qualidade, eficácia e segurança do produto a ser dispensado. Os principais profissionais da saúde envolvidos no estabelecimento estudado são o farmacêutico e o médico veterinário. Foi comprovada a obrigatoriedade da presença do profissional farmacêutico e sua importânciano cumprimento da legislação vigente pelo estabelecimento; na preparação de produtos de acordo com a prescrição, seguindo as normas técnicas de manipulação; na garantia da manutenção da qualidade das matérias-primas e do produto manipulado e na prestação de assistência e atenção farmacêutica. O Médico Veterinário, por sua vez, não deve estar presente obrigatoriamente no estabelecimento, porém se mostra essencial não só no desenvolvimento do negócio, mas também no sucesso do atendimento e orientação do proprietário cumprindo com um papel social de assistência durante a terapia do paciente. REFERÊNCIAS AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA; MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO - MAPA (Brasil). Nota Técnica conjunta; Necessidade de instalações segregadas para fabricação de medicamentos para uso veterinário e para uso humano. Brasília, DF, 23 abr. 2012. 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