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Capanema - PA 2023 LUIZA DE JESUS OLIVEIRA SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO BACHARELADO EM FARMÁCIA 9O SEMESTRE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM CAMPOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL II UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ Capanema - PA 2023 ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM CAMPOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL II Relatório referente ao Estágio supervisionado em Campos de Atuação Profissional II, apresentado como requisito final para a avaliação da disciplina de Estágio Supervisionado em Campos de Atuação Profissional II. Professora: Flavia Soares Lassie UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ LUIZA DE JESUS OLIVEIRA 3 Sumário 1 APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 4 2 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 6 3 ATIVIDADE DO ESTÁGIARIO ............................................................................ 7 4 TEORIA EM PRÁTICA - ESTUDOS DE CASOS ................................................ 8 5 CONCLUSÃO ................................................................................................... 16 5 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 17 6 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO ...................................................... 18 4 1 APRESENTAÇÃO O Estágio supervisionado em Campos de Atuação Profissional II foi realizado na A. D. COSTA AGRASSAR, no Município de Bragança – PA, localizado na Avenida Almir Gabriel, no 35. Ocorreu no período de 05/06/2023 a 28/06/2023, cumprindo a carga horária de 100 horas. No campo de estágio, o supervisor foi o farmacêutico Anderson Diego Costa Agrassar, que durante todo o período acompanhou e orientou as atividades exercidas. A farmácia comercial na qual realizei meu estágio apresenta uma equipe qualificada e uma base sólida de clientes fiéis, muitos dos quais são habituais e frequentam o estabelecimento há bastante tempo. A clientela é composta principalmente por moradores locais, incluindo uma significativa parcela de idosos, que visitam a farmácia regularmente. Além da venda de medicamentos, a farmácia oferece uma variedade de produtos e serviços relacionados à saúde e ao bem-estar. Localizada em um bairro residencial movimentado, a farmácia proporciona facilidade de acesso aos moradores da região. O ambiente é acolhedor e bem organizado, projetado para atender às necessidades dos clientes com eficiência e conforto. A equipe é composta por farmacêuticos, técnicos em farmácia e atendentes, que trabalham em conjunto para fornecer um serviço de qualidade aos clientes. A farmácia é dividida em diferentes áreas funcionais, cada uma desempenhando um papel específico no atendimento e na prestação de serviços aos clientes. São elas: 1. Balcão de Atendimento: Logo na entrada, há um balcão de atendimento onde os clientes são recebidos e podem obter informações sobre medicamentos, produtos de higiene pessoal e outros serviços farmacêuticos. Os atendentes estão disponíveis nessa área para auxiliar os clientes, fornecendo orientações básicas e direcionando-os para a seção adequada da farmácia. 2. Seção de Medicamentos: A maior parte do espaço é dedicada à venda de medicamentos. As prateleiras são organizadas de forma clara e acessível, facilitando a localização dos produtos pelos clientes. A farmácia oferece uma ampla variedade de medicamentos de venda livre, como analgésicos, antitérmicos, anti-histamínicos, vitaminas e outros produtos de 5 cuidados de saúde. 3. Área de Produtos de Higiene Pessoal: Além dos medicamentos, a farmácia possui uma seção dedicada exclusivamente a produtos de higiene pessoal. Nessa área, os clientes podem encontrar itens como produtos para cuidados com o corpo, cabelo, rosto, higiene bucal, protetores solares, entre outros. Essa diversidade de produtos contribui para atender às necessidades de cuidados pessoais dos clientes de forma abrangente. 4. Sala de Atendimento Farmacêutico: A farmácia também dispõe de uma sala reservada para a realização de serviços farmacêuticos, como aferição de pressão arterial, aplicação de vacinas, acompanhamento farmacoterapêutico e orientações personalizadas sobre o uso correto de medicamentos. Essa sala proporciona privacidade aos clientes e permite um atendimento individualizado e focado nas necessidades de cada um. A estrutura da farmácia comercial, na qual realizei meu estágio, é organizada de maneira a proporcionar um atendimento de qualidade aos clientes. Com uma ampla variedade de medicamentos de venda livre, além de produtos de higiene pessoal, a farmácia busca suprir as necessidades de cuidados de saúde e bem-estar da comunidade local. A presença de uma sala de atendimento farmacêutico reforça o compromisso da farmácia em oferecer serviços de saúde adicionais e um atendimento mais personalizado. Durante o estágio, pude vivenciar um ambiente dinâmico e aprender sobre os diferentes aspectos da prática farmacêutica em uma farmácia comercial. 6 2 INTRODUÇÃO O estágio realizado na farmácia comercial A. D. COSTA AGRASSAR teve como objetivo preparar o acadêmico para ingressar no mercado de trabalho, proporcionando uma vivência profissional e a aplicação dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso. Durante esse período, foram desenvolvidas atividades de dispensação de medicamentos e atendimento ao público, promovendo o exercício do conhecimento na área farmacêutica e o crescimento profissional. Essa etapa do estágio é de suma importância na formação do profissional farmacêutico, pois permite a aplicação prática dos conceitos e habilidades adquiridos, proporcionando um ambiente real de trabalho. Além disso, é uma oportunidade de vivenciar as rotinas e responsabilidades da profissão, aprimorar as habilidades de comunicação, gerenciamento de medicamentos e atenção aos pacientes. Durante o estágio na farmácia A. D. COSTA AGRASSAR, as atividades estavam voltadas principalmente para a dispensação de medicamentos, envolvendo a interpretação de prescrições médicas, verificação de interações medicamentosas e a orientação correta sobre o uso dos medicamentos aos pacientes. Além disso, o atendimento ao público desempenhava um papel fundamental, no qual eram esclarecidas dúvidas, indicados produtos de saúde, sugeridas medidas preventivas e promovido o uso racional de medicamentos. Essa experiência proporcionou não apenas a aplicação dos conhecimentos técnicos e científicos, mas também o desenvolvimento de habilidades interpessoais, éticas e de trabalho em equipe. Foi possível compreender ainda mais a importância do papel do farmacêutico na promoção da saúde e no cuidado integral ao paciente. Ao longo deste relatório, serão descritas as principais atividades realizadas durante o estágio, os desafios enfrentados, as lições aprendidas e as contribuições para o desenvolvimento profissional. Além disso, serão abordadas as normas e diretrizes seguidas durante o estágio, assim como as boas práticas farmacêuticas adotadas no contexto da farmácia comercial. Em suma, este relatório visa ressaltar a relevância do estágio em farmácia comercial como uma etapa essencial na formação acadêmica, proporcionando uma visão abrangente das atividades realizadas e sua importância na assistência farmacêutica à comunidade. 7 3 ATIVIDADE DO ESTÁGIARIO Durante todo o período do estágio, as atividades que realizei foram supervisionadas de perto pelo farmacêutico responsável, o Sr. Anderson Diego Costa Agrassar. Ele desempenhou um papel fundamental ao me fornecer as informações e orientações necessárias para a conclusão bem-sucedida do estágio. No início do estágio, o Sr. Anderson me apresentou a equipe de funcionários da Farmácia Comercial, garantindo que eu me sentisse acolhido e integrado ao ambiente de trabalho. Ele também me conduziu por uma visita detalhada às instalações da farmácia, mostrando-me todas as áreas e explicando a dinâmica operacional do estabelecimento. Durante essa introdução, pude observar como os produtos eram cuidadosamente armazenados e distribuídos, seguindo os procedimentos adequados. O Sr. Anderson enfatizou a importância de manter a organização e o controle rigoroso dos medicamentos, visando garantir a segurança e a eficácia no atendimento aos pacientes. Ao longo do estágio, o Sr. Anderson esteve presente para me auxiliar e esclarecer quaisquer dúvidas que surgissem. Ele se mostrou sempre disponível para fornecer orientações sobre as práticas farmacêuticas adequadas, ressaltando a importância da atenção aos detalhes e do cumprimento das normas e regulamentos aplicáveis. As atividades diárias realizadas foram: Apresentação do espaço da farmácia; Contato direto com o público; Atendimento no balcão da farmácia; Dispensação de medicamentos; Processo de compra e armazenamento; Dispensação de materiais e medicamentos; Organização do estoque da farmácia; Controle de validade de medicamentos; Para além do meu envolvimento nestes setores, também participei noutras atividades, como: Palestra sobre a RDC 344/1998; Palestra sobre a RDC 44/2009 8 4 TEORIA EM PRÁTICA - ESTUDOS DE CASOS ESTUDO DE CASO 1 1) Escolha um tipo de medicamento produzido em larga escala (indústrias) ou manipulado (farmácia de manipulação) e descreva todo seu processo de fabricação até o produto final, detalhando cada etapa, desde o recebimento da matéria-prima até a dispensação do medicamento. Relembre a RDC nº 67/2007 e aponte as Boas Práticas de Manipulação em Farmácia (BPMF) ou a RDC nº 17/2010 sobre as Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos (BPF’s). RESPOSTA Vamos detalhar o processo de fabricação de um medicamento em comprimido. 1. Recebimento da matéria-prima: A indústria farmacêutica recebe os princípios ativos, excipientes e embalagens necessários para a produção do medicamento em comprimido. Esses materiais devem ser devidamente inspecionados e atender aos padrões de qualidade estabelecidos pelas BPF's. 2. Controle de qualidade das matérias-primas: As matérias-primas passam por análises de controle de qualidade para verificar sua identidade, pureza e teor de ativos, bem como a ausência de impurezas. Essas análises incluem testes físico- químicos e microbiológicos. 3. Preparação da formulação: Com as matérias-primas aprovadas, a formulação do comprimido é preparada. Nessa etapa, ocorre a pesagem e a mistura dos princípios ativos e excipientes, de acordo com as proporções definidas na formulação. 4. Granulação: A mistura é granulada para formar partículas de tamanho uniforme. Isso pode ser feito por via úmida, onde a mistura é umedecida e passa por um processo de granulação por aglomeração, ou por via seca, onde são utilizados solventes voláteis para aglomerar as partículas. 5. Secagem: As partículas granuladas passam por um processo de secagem para remover a umidade e obter a granulação final desejada. 6. Compressão: As partículas granuladas secas são comprimidas em comprimidos utilizando uma máquina de compressão. A compressão é realizada com a aplicação de pressão para compactar as partículas em forma de comprimido. 7. Revestimento: Alguns comprimidos podem passar por uma etapa de revestimento, onde são aplicadas camadas externas para melhorar a aparência, proteger o medicamento ou fornecer liberação controlada. O revestimento é realizado utilizando 9 técnicas de pulverização ou imersão. 8. Controle de qualidade durante o processo: Durante todo o processo de fabricação, são realizados testes de controle de qualidade para garantir a conformidade do medicamento. Isso inclui testes de peso médio, dureza, friabilidade, dissolução, teor de ativo, entre outros. 9. Acondicionamento e embalagem: Os comprimidos são acondicionados em blísteres, frascos ou outros tipos de embalagens adequadas. As embalagens devem fornecer proteção contra umidade, luz e contaminação, além de conter informações sobre o medicamento, como nome, dosagem, lote e data de validade. 10. Armazenamento e distribuição: Os comprimidos embalados são armazenados em condições adequadas de temperatura e umidade, conforme especificações das BPF's. Eles são então distribuídos para os pontos de venda, como farmácias e hospitais. 11. Dispensação: Na etapa de dispensação, os comprimidos são fornecidos aos pacientes ou profissionais de saúde. O rótulo da embalagem deve conter informações claras sobre o uso correto do medicamento, possíveis efeitos colaterais, precauções e instruções de armazenamento. Essas etapas descrevem um processo geral de fabricação de comprimidos em uma indústria farmacêutica, seguindo as diretrizes das Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos (BPF's). É importante ressaltar que cada medicamento pode ter particularidades específicas em seu processo de fabricação, de acordo com suas características e forma farmacêutica. 2) Visto que os medicamentos passam pelo processo de produção, nas indústrias, ou manipulação, em farmácias magistrais, ao final eles são dispensados pelo farmacêutico. Essa etapa é tão importante quanto as que a antecedem, pois, o farmacêutico tem papel fundamental e cada processo que envolve o medicamento. Frente a isso, discuta: a) A importância do profissional farmacêutico na análise das prescrições descrevendo a diferença existente entre as notificações de receita (NR) existentes (NR A (amarela), NR B (azul), NR B2 (azul NR Especial de Retinoides Sistêmicos, NR Especial da Talidomida) e orientações para uso racional de medicamentos. RESPOSTA: O profissional farmacêutico desempenha um papel crucial na análise das 10 prescrições médicas. A análise correta das prescrições é fundamental para garantir a segurança e a eficácia do tratamento medicamentoso. Vamos discutir a importância do farmacêutico na análise das prescrições, bem como a diferença entre as notificações de receita existentes e as orientações para o uso racional de medicamentos. 1. Análise das prescrições: O farmacêutico é responsável por analisar detalhadamente as prescrições médicas para verificar sua validade, legibilidade e conformidade com as normas e regulamentos aplicáveis. Essa análise inclui a verificação de informações essenciais, como nome do paciente, nome do medicamento, posologia, via de administração, duração do tratamento e quaisquer instruções especiais. Notificações de Receita (NR): As notificações de receita são documentos oficiais que regulam a prescrição e a dispensação de determinados medicamentos controlados. No Brasil, existem diferentes tipos de NR, sendo as mais comuns: NR A (amarela): Utilizada para medicamentos psicotrópicos, como ansiolíticos e antidepressivos, que possuem potencial de abuso ou dependência. NR B (azul): Utilizada para medicamentos antimicrobianos, como antibióticos, que são de uso restrito e requerem maior controle. NR B2 (azul NR Especial de Retinoides Sistêmicos): Utilizada especificamente para medicamentos retinoides sistêmicos, como a isotretinoína, que são utilizados no tratamento da acne grave e requerem cuidados especiais devido aos seus efeitos teratogênicos. NR Especial da Talidomida: Utilizada para a prescrição do medicamento talidomida, que é usado no tratamento de algumas condições específicas, mas também requer cuidados especiais devido aos riscos teratogênicos. O farmacêutico deve verificar se a prescrição está corretamente preenchida e se o medicamento está adequado ao tipo de NR correspondente. Além disso, é importante verificar a validade da NR, pois elas possuem prazo de utilização determinado. 11 2. Orientações para uso racional de medicamentos: Além da análise das prescrições, o farmacêutico desempenha um papel importante na orientação e educação do paciente sobre o uso correto e seguro dos medicamentos. Isso inclui explicar a posologia, orientar sobre possíveis efeitos colaterais, interações medicamentosas, restrições alimentares, armazenamento adequado, entre outras informações relevantes para garantir a adesão e a eficácia do tratamento. O uso racional de medicamentos refere-se à utilização adequada, segura e efetiva dos medicamentos, levando em consideração fatores como a indicação correta, a dose adequada, a duração apropriada do tratamento e a escolha do medicamento com base na melhor evidência científica disponível. O farmacêutico desempenha um papel fundamental na promoção do uso racional de medicamentos, contribuindo para a melhoria da saúde e a prevenção de eventos adversos relacionados a medicamentos. b) Além da dispensação, poderá ser permitida às farmácias e drogarias a prestação de serviços farmacêuticos. Com base na RDC nº 44/2009 descreva esses serviços e as condições necessárias. RESPOSTA: A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 44/2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelece as diretrizes para a prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias. Essa resolução reconhece a importância do farmacêutico como um profissional de saúde qualificado para oferecer serviços além da dispensação de medicamentos. Vamos descrever alguns desses serviços e as condições necessárias para sua realização, conforme estabelecido pela RDC: 1. Atenção Farmacêutica: A atenção farmacêutica é um serviço que visa promover o uso racional de medicamentos, melhorando a adesão ao tratamento e prevenindo problemas relacionados aos medicamentos. Para oferecer esse serviço, a farmácia ou drogaria deve contar com um ambiente adequado para a confidencialidade das informações e a privacidade do paciente. 2. Acompanhamento Farmacoterapêutico: O acompanhamento farmacoterapêutico consiste em monitorar o uso de medicamentos pelo paciente, identificar e solucionar problemas relacionados ao tratamento medicamentoso, fornecer orientações e ajustar a terapia quando necessário. É essencial que a farmácia ou drogaria disponha de um sistema de registro e acompanhamento dos pacientes, permitindo a 12 continuidade do cuidado farmacêutico. 3. Aplicação de injetáveis: A aplicação de injetáveis é um serviço que pode ser prestado em farmácias e drogarias, desde que haja estrutura adequada para a realização segura do procedimento. Isso inclui a existência de local adequado para a realização do procedimento, a observância das condições de assepsia e o treinamento adequado dos profissionais envolvidos. 4. Administração de medicamentos: Em alguns casos, a administração de medicamentos pode ser realizada em farmácias e drogarias, desde que haja prescrição médica e estrutura adequada para garantir a segurança e a eficácia do procedimento. O estabelecimento deve cumprir as normas estabelecidas pelas autoridades sanitárias locais e contar com profissionais devidamente capacitados para a administração dos medicamentos. 5. Monitoramento de parâmetros farmacoterapêuticos: Esse serviço envolve a realização de exames e testes para monitorar parâmetros relacionados ao uso de medicamentos, como aferição de pressão arterial, medição de glicemia capilar, teste de colesterol, entre outros. A farmácia ou drogaria deve possuir equipamentos adequados, seguir os protocolos estabelecidos e contar com profissionais capacitados para realizar esses testes. É importante destacar que a prestação desses serviços farmacêuticos deve ocorrer dentro dos limites de competência do profissional farmacêutico e em conformidade com as legislações e regulamentos vigentes. A RDC nº 44/2009 estabelece diretrizes gerais, mas é necessário verificar também as regulamentações específicas de cada estado ou município, uma vez que podem existir variações nas exigências e condições para a prestação desses serviços. ESTUDO DE CASO 2 Ana foi recém-contratada como farmacêutica responsável pelo setor de controle de qualidade da indústria de laticínios chamada Kimagi, mas a indústria passou por um período de dificuldades financeiras, deixando de investir em alguns setores. Visto que investimentos no controle de qualidade na indústria de alimentos são requisitos básicos para o crescimento desse segmento e para a segurança do consumidor, Ana começou a se preocupar com essa questão e fez análises visando o controle de qualidade da produção. Em uma das análises feita por Ana, foi identificado 13 contaminação microbiológica em um dos lotes fabricados e ao estudar o problema ela identificou que a indústria apresentava falhas nos protocolos de higienização dos equipamentos. Diante da presente situação, como podemos ajudar Ana elaborar um novo protocolo e evitar futuros problemas? Descreva as Boas Práticas de Fabricação (BPF) implementadas na indústria de alimentos. RESPOSTA: As Boas Práticas de Fabricação (BPF) são um conjunto de diretrizes e procedimentos estabelecidos para garantir a qualidade, a segurança e a conformidade dos alimentos produzidos. Elas são fundamentais para prevenir a contaminação e a deterioração dos alimentos, bem como para garantir a adequada higiene e controle dos processos de produção. Aqui estão alguns pontos-chave das BPF na indústria de alimentos: 1. Higiene Pessoal: Os funcionários devem seguir rigorosamente as práticas de higiene pessoal, como lavar as mãos regularmente, usar uniformes limpos e adequados, manter cabelos e unhas bem cuidados, além de evitar o uso de adornos e acessórios que possam representar riscos de contaminação. 2. Higienização de Instalações e Equipamentos: É essencial que a indústria de alimentos tenha procedimentos e protocolos claros para a higienização de instalações, equipamentos e utensílios utilizados na produção. Isso inclui a limpeza regular, desinfecção e validação dos procedimentos de higienização, garantindo que não haja acúmulo de sujeira ou resíduos que possam comprometer a segurança dos alimentos. 3. Controle de Pragas: A indústria deve adotar medidas eficazes para prevenir, controlar e eliminar pragas, como insetos, roedores e pássaros, que possam representar riscos de contaminação dos alimentos. Isso envolve a implementação de barreiras físicas, uso de produtos químicos adequados, monitoramento regular e registros precisos das atividades de controle de pragas. 4. Controle de Matérias-Primas e Ingredientes: A indústria deve estabelecer critérios claros para seleção, recebimento e armazenamento de matérias-primas e ingredientes utilizados na produção de alimentos. Isso inclui a verificação da procedência, qualidade e conformidade dos fornecedores, além do controle de estoque e rastreabilidade dos materiais utilizados. 5. Controle de Processos: Os processos de produção devem ser monitorados e controlados para garantir a segurança e a qualidade dos alimentos. Isso envolve o 14 estabelecimento de parâmetros críticos, o monitoramento regular das operações, a manutenção adequada dos equipamentos e a realização de registros precisos das atividades realizadas. 6. Armazenamento e Transporte: Os alimentos devem ser armazenados e transportados em condições adequadas para preservar sua qualidade e segurança. Isso inclui a utilização de sistemas de refrigeração adequados, controle de temperatura, segregação de produtos, prevenção de contaminação cruzada e garantia da integridade das embalagens. 7. Treinamento e Capacitação: Todos os funcionários devem receber treinamento adequado sobre as BPF, as boas práticas de higiene e os procedimentos específicos da indústria. Isso inclui a conscientização sobre os riscos de contaminação, a correta execução dos procedimentos e a importância do cumprimento das normas de segurança alimentar. No caso específico de Ana e da indústria de laticínios Kimagi, é necessário elaborar um novo protocolo de higienização dos equipamentos, levando em consideração as falhas identificadas. Alguns passos que podem ser seguidos incluem: 1. Avaliar os equipamentos existentes e identificar os pontos críticos de higienização. 2. Pesquisar e adotar boas práticas de higienização específicas para equipamentos da indústria de laticínios, levando em consideração as orientações de órgãos regulatórios e normas sanitárias. 3. Elaborar um protocolo detalhado de higienização, incluindo procedimentos de desmontagem, limpeza, desinfecção, enxágue e secagem dos equipamentos. Esse protocolo deve considerar os produtos químicos adequados, as concentrações recomendadas, os tempos de contato, as temperaturas, os métodos de aplicação e as boas práticas de segurança no manuseio desses produtos. 4. Treinar os funcionários responsáveis pela higienização dos equipamentos, garantindo que eles estejam capacitados para executar corretamente o protocolo de higienização e que entendam a importância do seu papel na segurança dos alimentos. 5. Estabelecer um sistema de verificação e monitoramento regular da eficácia da higienização dos equipamentos, por meio de testes microbiológicos e/ou testes de detecção de resíduos químicos. 6. Manter registros detalhados das atividades de higienização dos equipamentos, 15 incluindo datas, horários, responsáveis, produtos utilizados e resultados dos testes de verificação. É importante ressaltar que a implementação de boas práticas de fabricação, incluindo a higienização adequada dos equipamentos, é um processo contínuo que requer dedicação e comprometimento de toda a equipe. Além disso, é necessário estar atualizado com as regulamentações vigentes e buscar orientações de especialistas na área, se necessário, para garantir que todas as medidas adotadas estejam em conformidade com as normas de segurança alimentar. 16 5 CONCLUSÃO Durante o período em que estive realizando meu estágio em uma farmácia comercial, tive a oportunidade de vivenciar e aprofundar meus conhecimentos sobre as atividades de dispensação de medicamentos e atendimento ao público. Essa experiência proporcionou um ambiente estimulante e desafiador, no qual pude aplicar os conceitos teóricos que adquiri ao longo da minha formação acadêmica. Ao desempenhar as atividades de dispensação, compreendi a importância fundamental de seguir as diretrizes das boas práticas farmacêuticas, assegurando a qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos fornecidos aos pacientes. A interpretação correta das prescrições médicas, a verificação de possíveis interações medicamentosas e a orientação adequada sobre o uso correto e os potenciais efeitos colaterais dos medicamentos foram aspectos cruciais para proporcionar um atendimento de excelência. Além disso, o contato direto com o público permitiu-me desenvolver habilidades de comunicação e empatia, as quais são essenciais para estabelecer uma relação de confiança e oferecer um atendimento personalizado. A capacidade de lidar com diferentes perfis de pacientes, entendendo suas necessidades individuais e fornecendo orientações claras e acessíveis, contribuiu para uma experiência positiva e segura no uso dos medicamentos. Ao longo do estágio, também percebi a importância de agir com ética profissional, respeitando a privacidade e confidencialidade dos pacientes, assim como seguindo as normas e regulamentações pertinentes à prática farmacêutica. A responsabilidade de garantir o uso apropriado dos medicamentos, a correta armazenagem dos produtos e a identificação precisa foram aspectos cruciais para garantir a segurança dos pacientes assistidos. Por fim, essa experiência de estágio em uma farmácia comercial foi extremamente enriquecedora, contribuindo para o meu crescimento profissional e para a consolidação dos conhecimentos adquiridos durante o curso. A oportunidade de vivenciar o cotidiano de uma farmácia, enfrentando situações reais e desafiadoras, fortaleceu minha dedicação à prática farmacêutica e reforçou a importância do papel do farmacêutico na promoção da saúde e no cuidado integral dos pacientes. 17 5 REFERÊNCIAS Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução - RDC nº 67, de 8 de outubro de 2007. Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias. [Online]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2007/rdc0067_08_10_2007.html. Acesso em: 16 jun. 2023. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 44, de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 19 ago. 2009. Seção 1, p. 56-59. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 67, de 8 de outubro de 2007. Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 out. 2007. Seção 1, p. 27-31. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 17, de 16 de abril de 2010. Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de Medicamentos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 19 abr. 2010. Seção 1, p. 44-50. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 out. 2002. Seção 1, p. 33-50. Conselho Regional de Farmácia. Farmacêutico, A Dispensação De Medicamentos É Sua Responsabilidade. [Online]. Disponível em: http://www.crfsp.org.br/comites/479- comite-de-direitos-e-prerrogativas/7663-farmaceutico-a-dispensacao-de- medicamentos-e-sua-responsabilidade.html. Acesso em: 16 jun. 2023. Infarmed. Classificação quanto à dispensa de medicamentos. [Online]. Disponível em:http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MEDICAMENTOS_USO_H UMANO/PRESCRICAO_DISPENSA_E_UTILIZACAO/CLASSIFICACAO_QUANTO_ A_DISPENSA. Acesso em: 16 jun. 2023. Ministério da Saúde. Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998. [Online]. Disponível em:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/1998/prt0344_12_05_1998_rep.ht ml. Acesso em: 16 jun. 2023. http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MEDICAMENTOS_USO_HUMANO/PRESCRICAO_DISPENSA_E_UTILIZACAO/CLASSIFICACAO_QUANTO_A_DISPENSA http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MEDICAMENTOS_USO_HUMANO/PRESCRICAO_DISPENSA_E_UTILIZACAO/CLASSIFICACAO_QUANTO_A_DISPENSA http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/MEDICAMENTOS_USO_HUMANO/PRESCRICAO_DISPENSA_E_UTILIZACAO/CLASSIFICACAO_QUANTO_A_DISPENSA 18 6 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO
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