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Relatório de Estágio Campos de Atuação II - (FARMÁCIA)

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Capanema - PA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LUIZA DE JESUS OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
BACHARELADO EM FARMÁCIA 9O SEMESTRE 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM CAMPOS DE ATUAÇÃO 
PROFISSIONAL II 
 
 
 
UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ 
Capanema - PA 
2023 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM CAMPOS DE ATUAÇÃO 
PROFISSIONAL II 
 
Relatório referente ao Estágio supervisionado em Campos 
de Atuação Profissional II, apresentado como requisito 
final para a avaliação da disciplina de Estágio 
Supervisionado em Campos de Atuação Profissional II. 
 
 Professora: Flavia Soares Lassie 
 
 
 
UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ 
LUIZA DE JESUS OLIVEIRA 
 3 
Sumário 
1 APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 4 
2 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 6 
3 ATIVIDADE DO ESTÁGIARIO ............................................................................ 7 
4 TEORIA EM PRÁTICA - ESTUDOS DE CASOS ................................................ 8 
5 CONCLUSÃO ................................................................................................... 16 
5 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 17 
6 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO ...................................................... 18 
 
 4 
1 APRESENTAÇÃO 
 O Estágio supervisionado em Campos de Atuação Profissional II foi realizado na 
A. D. COSTA AGRASSAR, no Município de Bragança – PA, localizado na Avenida 
Almir Gabriel, no 35. Ocorreu no período de 05/06/2023 a 28/06/2023, cumprindo a 
carga horária de 100 horas. No campo de estágio, o supervisor foi o farmacêutico 
Anderson Diego Costa Agrassar, que durante todo o período acompanhou e orientou 
as atividades exercidas. 
 A farmácia comercial na qual realizei meu estágio apresenta uma equipe 
qualificada e uma base sólida de clientes fiéis, muitos dos quais são habituais e 
frequentam o estabelecimento há bastante tempo. A clientela é composta 
principalmente por moradores locais, incluindo uma significativa parcela de idosos, 
que visitam a farmácia regularmente. Além da venda de medicamentos, a farmácia 
oferece uma variedade de produtos e serviços relacionados à saúde e ao bem-estar. 
 Localizada em um bairro residencial movimentado, a farmácia proporciona 
facilidade de acesso aos moradores da região. O ambiente é acolhedor e bem 
organizado, projetado para atender às necessidades dos clientes com eficiência e 
conforto. A equipe é composta por farmacêuticos, técnicos em farmácia e 
atendentes, que trabalham em conjunto para fornecer um serviço de qualidade aos 
clientes. 
 A farmácia é dividida em diferentes áreas funcionais, cada uma desempenhando 
um papel específico no atendimento e na prestação de serviços aos clientes. São 
elas: 
1. Balcão de Atendimento: 
Logo na entrada, há um balcão de atendimento onde os clientes são recebidos e 
podem obter informações sobre medicamentos, produtos de higiene pessoal e 
outros serviços farmacêuticos. Os atendentes estão disponíveis nessa área para 
auxiliar os clientes, fornecendo orientações básicas e direcionando-os para a seção 
adequada da farmácia. 
2. Seção de Medicamentos: 
A maior parte do espaço é dedicada à venda de medicamentos. As prateleiras são 
organizadas de forma clara e acessível, facilitando a localização dos produtos pelos 
clientes. A farmácia oferece uma ampla variedade de medicamentos de venda livre, 
como analgésicos, antitérmicos, anti-histamínicos, vitaminas e outros produtos de 
 5 
cuidados de saúde. 
3. Área de Produtos de Higiene Pessoal: 
Além dos medicamentos, a farmácia possui uma seção dedicada exclusivamente a 
produtos de higiene pessoal. Nessa área, os clientes podem encontrar itens como 
produtos para cuidados com o corpo, cabelo, rosto, higiene bucal, protetores solares, 
entre outros. Essa diversidade de produtos contribui para atender às necessidades 
de cuidados pessoais dos clientes de forma abrangente. 
4. Sala de Atendimento Farmacêutico: 
A farmácia também dispõe de uma sala reservada para a realização de serviços 
farmacêuticos, como aferição de pressão arterial, aplicação de vacinas, 
acompanhamento farmacoterapêutico e orientações personalizadas sobre o uso 
correto de medicamentos. Essa sala proporciona privacidade aos clientes e permite 
um atendimento individualizado e focado nas necessidades de cada um. 
 A estrutura da farmácia comercial, na qual realizei meu estágio, é organizada de 
maneira a proporcionar um atendimento de qualidade aos clientes. Com uma ampla 
variedade de medicamentos de venda livre, além de produtos de higiene pessoal, a 
farmácia busca suprir as necessidades de cuidados de saúde e bem-estar da 
comunidade local. A presença de uma sala de atendimento farmacêutico reforça o 
compromisso da farmácia em oferecer serviços de saúde adicionais e um 
atendimento mais personalizado. Durante o estágio, pude vivenciar um ambiente 
dinâmico e aprender sobre os diferentes aspectos da prática farmacêutica em uma 
farmácia comercial. 
 
 
 
 6 
2 INTRODUÇÃO 
 O estágio realizado na farmácia comercial A. D. COSTA AGRASSAR teve como 
objetivo preparar o acadêmico para ingressar no mercado de trabalho, 
proporcionando uma vivência profissional e a aplicação dos conhecimentos 
adquiridos ao longo do curso. Durante esse período, foram desenvolvidas atividades 
de dispensação de medicamentos e atendimento ao público, promovendo o 
exercício do conhecimento na área farmacêutica e o crescimento profissional. 
 Essa etapa do estágio é de suma importância na formação do profissional 
farmacêutico, pois permite a aplicação prática dos conceitos e habilidades 
adquiridos, proporcionando um ambiente real de trabalho. Além disso, é uma 
oportunidade de vivenciar as rotinas e responsabilidades da profissão, aprimorar as 
habilidades de comunicação, gerenciamento de medicamentos e atenção aos 
pacientes. 
 Durante o estágio na farmácia A. D. COSTA AGRASSAR, as atividades estavam 
voltadas principalmente para a dispensação de medicamentos, envolvendo a 
interpretação de prescrições médicas, verificação de interações medicamentosas e a 
orientação correta sobre o uso dos medicamentos aos pacientes. Além disso, o 
atendimento ao público desempenhava um papel fundamental, no qual eram 
esclarecidas dúvidas, indicados produtos de saúde, sugeridas medidas preventivas 
e promovido o uso racional de medicamentos. 
 Essa experiência proporcionou não apenas a aplicação dos conhecimentos 
técnicos e científicos, mas também o desenvolvimento de habilidades interpessoais, 
éticas e de trabalho em equipe. Foi possível compreender ainda mais a importância 
do papel do farmacêutico na promoção da saúde e no cuidado integral ao paciente. 
 Ao longo deste relatório, serão descritas as principais atividades realizadas 
durante o estágio, os desafios enfrentados, as lições aprendidas e as contribuições 
para o desenvolvimento profissional. Além disso, serão abordadas as normas e 
diretrizes seguidas durante o estágio, assim como as boas práticas farmacêuticas 
adotadas no contexto da farmácia comercial. 
 Em suma, este relatório visa ressaltar a relevância do estágio em farmácia 
comercial como uma etapa essencial na formação acadêmica, proporcionando
uma 
visão abrangente das atividades realizadas e sua importância na assistência 
farmacêutica à comunidade. 
 
 7 
3 ATIVIDADE DO ESTÁGIARIO 
 Durante todo o período do estágio, as atividades que realizei foram 
supervisionadas de perto pelo farmacêutico responsável, o Sr. Anderson Diego 
Costa Agrassar. Ele desempenhou um papel fundamental ao me fornecer as 
informações e orientações necessárias para a conclusão bem-sucedida do estágio. 
No início do estágio, o Sr. Anderson me apresentou a equipe de funcionários da 
Farmácia Comercial, garantindo que eu me sentisse acolhido e integrado ao 
ambiente de trabalho. Ele também me conduziu por uma visita detalhada às 
instalações da farmácia, mostrando-me todas as áreas e explicando a dinâmica 
operacional do estabelecimento. 
 Durante essa introdução, pude observar como os produtos eram 
cuidadosamente armazenados e distribuídos, seguindo os procedimentos 
adequados. O Sr. Anderson enfatizou a importância de manter a organização e o 
controle rigoroso dos medicamentos, visando garantir a segurança e a eficácia no 
atendimento aos pacientes. 
 Ao longo do estágio, o Sr. Anderson esteve presente para me auxiliar e 
esclarecer quaisquer dúvidas que surgissem. Ele se mostrou sempre disponível para 
fornecer orientações sobre as práticas farmacêuticas adequadas, ressaltando a 
importância da atenção aos detalhes e do cumprimento das normas e regulamentos 
aplicáveis. 
 As atividades diárias realizadas foram: 
 Apresentação do espaço da farmácia; 
 Contato direto com o público; 
 Atendimento no balcão da farmácia; 
 Dispensação de medicamentos; 
 Processo de compra e armazenamento; 
 Dispensação de materiais e medicamentos; 
 Organização do estoque da farmácia; 
 Controle de validade de medicamentos; 
Para além do meu envolvimento nestes setores, também participei noutras 
atividades, como: 
 Palestra sobre a RDC 344/1998; 
 Palestra sobre a RDC 44/2009 
 8 
4 TEORIA EM PRÁTICA - ESTUDOS DE CASOS 
ESTUDO DE CASO 1 
1) Escolha um tipo de medicamento produzido em larga escala (indústrias) ou 
manipulado (farmácia de manipulação) e descreva todo seu processo de fabricação 
até o produto final, detalhando cada etapa, desde o recebimento da matéria-prima 
até a dispensação do medicamento. Relembre a RDC nº 67/2007 e aponte as Boas 
Práticas de Manipulação em Farmácia (BPMF) ou a RDC nº 17/2010 sobre as Boas 
Práticas de Fabricação de Medicamentos (BPF’s). 
RESPOSTA 
 Vamos detalhar o processo de fabricação de um medicamento em comprimido. 
1. Recebimento da matéria-prima: A indústria farmacêutica recebe os princípios 
ativos, excipientes e embalagens necessários para a produção do medicamento em 
comprimido. Esses materiais devem ser devidamente inspecionados e atender aos 
padrões de qualidade estabelecidos pelas BPF's. 
2. Controle de qualidade das matérias-primas: As matérias-primas passam por 
análises de controle de qualidade para verificar sua identidade, pureza e teor de 
ativos, bem como a ausência de impurezas. Essas análises incluem testes físico-
químicos e microbiológicos. 
3. Preparação da formulação: Com as matérias-primas aprovadas, a formulação do 
comprimido é preparada. Nessa etapa, ocorre a pesagem e a mistura dos princípios 
ativos e excipientes, de acordo com as proporções definidas na formulação. 
4. Granulação: A mistura é granulada para formar partículas de tamanho uniforme. 
Isso pode ser feito por via úmida, onde a mistura é umedecida e passa por um 
processo de granulação por aglomeração, ou por via seca, onde são utilizados 
solventes voláteis para aglomerar as partículas. 
5. Secagem: As partículas granuladas passam por um processo de secagem para 
remover a umidade e obter a granulação final desejada. 
6. Compressão: As partículas granuladas secas são comprimidas em comprimidos 
utilizando uma máquina de compressão. A compressão é realizada com a aplicação 
de pressão para compactar as partículas em forma de comprimido. 
7. Revestimento: Alguns comprimidos podem passar por uma etapa de revestimento, 
onde são aplicadas camadas externas para melhorar a aparência, proteger o 
medicamento ou fornecer liberação controlada. O revestimento é realizado utilizando 
 9 
técnicas de pulverização ou imersão. 
8. Controle de qualidade durante o processo: Durante todo o processo de 
fabricação, são realizados testes de controle de qualidade para garantir a 
conformidade do medicamento. Isso inclui testes de peso médio, dureza, friabilidade, 
dissolução, teor de ativo, entre outros. 
9. Acondicionamento e embalagem: Os comprimidos são acondicionados em 
blísteres, frascos ou outros tipos de embalagens adequadas. As embalagens devem 
fornecer proteção contra umidade, luz e contaminação, além de conter informações 
sobre o medicamento, como nome, dosagem, lote e data de validade. 
10. Armazenamento e distribuição: Os comprimidos embalados são armazenados 
em condições adequadas de temperatura e umidade, conforme especificações das 
BPF's. Eles são então distribuídos para os pontos de venda, como farmácias e 
hospitais. 
11. Dispensação: Na etapa de dispensação, os comprimidos são fornecidos aos 
pacientes ou profissionais de saúde. O rótulo da embalagem deve conter 
informações claras sobre o uso correto do medicamento, possíveis efeitos colaterais, 
precauções e instruções de armazenamento. 
 Essas etapas descrevem um processo geral de fabricação de comprimidos em 
uma indústria farmacêutica, seguindo as diretrizes das Boas Práticas de Fabricação 
de Medicamentos (BPF's). É importante ressaltar que cada medicamento pode ter 
particularidades específicas em seu processo de fabricação, de acordo com suas 
características e forma farmacêutica. 
 
2) Visto que os medicamentos passam pelo processo de produção, nas indústrias, 
ou manipulação, em farmácias magistrais, ao final eles são dispensados pelo 
farmacêutico. Essa etapa é tão importante quanto as que a antecedem, pois, o 
farmacêutico tem papel fundamental e cada processo que envolve o medicamento. 
Frente a isso, discuta: 
a) A importância do profissional farmacêutico na análise das prescrições 
descrevendo a diferença existente entre as notificações de receita (NR) existentes 
(NR A (amarela), NR B (azul), NR B2 (azul NR Especial de Retinoides Sistêmicos, 
NR Especial da Talidomida) e orientações para uso racional de medicamentos. 
RESPOSTA: 
 O profissional farmacêutico desempenha um papel crucial na análise das 
 10 
prescrições médicas. A análise correta das prescrições é fundamental para garantir 
a segurança e a eficácia do tratamento medicamentoso. Vamos discutir a 
importância do farmacêutico na análise das prescrições, bem como a diferença entre 
as notificações de receita existentes e as orientações para o uso racional de 
medicamentos. 
1. Análise das prescrições: O farmacêutico é responsável por analisar 
detalhadamente as prescrições médicas para verificar sua validade, legibilidade e 
conformidade com as normas e regulamentos aplicáveis. Essa análise inclui a 
verificação de informações essenciais, como nome do paciente, nome do 
medicamento, posologia, via de administração, duração do tratamento e quaisquer 
instruções especiais. 
 Notificações de Receita (NR): As notificações de receita são 
documentos oficiais que regulam a prescrição e a dispensação de 
determinados medicamentos controlados. No Brasil, existem diferentes tipos 
de NR, sendo as mais comuns: 
 NR A (amarela): Utilizada para medicamentos psicotrópicos, como 
ansiolíticos e antidepressivos, que possuem potencial de abuso ou 
dependência. 
 NR B (azul): Utilizada para medicamentos antimicrobianos, como 
antibióticos, que são de uso restrito e requerem maior controle. 
 NR B2 (azul NR Especial de Retinoides Sistêmicos): Utilizada 
especificamente para medicamentos retinoides sistêmicos, como a 
isotretinoína, que são utilizados
no tratamento da acne grave e requerem 
cuidados especiais devido aos seus efeitos teratogênicos. 
 NR Especial da Talidomida: Utilizada para a prescrição do 
medicamento talidomida, que é usado no tratamento de algumas condições 
específicas, mas também requer cuidados especiais devido aos riscos 
teratogênicos. 
O farmacêutico deve verificar se a prescrição está corretamente preenchida e se o 
medicamento está adequado ao tipo de NR correspondente. Além disso, é 
importante verificar a validade da NR, pois elas possuem prazo de utilização 
determinado. 
 
 11 
2. Orientações para uso racional de medicamentos: Além da análise das 
prescrições, o farmacêutico desempenha um papel importante na orientação e 
educação do paciente sobre o uso correto e seguro dos medicamentos. Isso inclui 
explicar a posologia, orientar sobre possíveis efeitos colaterais, interações 
medicamentosas, restrições alimentares, armazenamento adequado, entre outras 
informações relevantes para garantir a adesão e a eficácia do tratamento. 
 O uso racional de medicamentos refere-se à utilização adequada, segura e 
efetiva dos medicamentos, levando em consideração fatores como a indicação 
correta, a dose adequada, a duração apropriada do tratamento e a escolha do 
medicamento com base na melhor evidência científica disponível. O farmacêutico 
desempenha um papel fundamental na promoção do uso racional de medicamentos, 
contribuindo para a melhoria da saúde e a prevenção de eventos adversos 
relacionados a medicamentos. 
 
b) Além da dispensação, poderá ser permitida às farmácias e drogarias a prestação 
de serviços farmacêuticos. Com base na RDC nº 44/2009 descreva esses serviços e 
as condições necessárias. 
RESPOSTA: 
 A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 44/2009 da Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelece as diretrizes para a prestação de serviços 
farmacêuticos em farmácias e drogarias. Essa resolução reconhece a importância do 
farmacêutico como um profissional de saúde qualificado para oferecer serviços além 
da dispensação de medicamentos. Vamos descrever alguns desses serviços e as 
condições necessárias para sua realização, conforme estabelecido pela RDC: 
1. Atenção Farmacêutica: A atenção farmacêutica é um serviço que visa promover o 
uso racional de medicamentos, melhorando a adesão ao tratamento e prevenindo 
problemas relacionados aos medicamentos. Para oferecer esse serviço, a farmácia 
ou drogaria deve contar com um ambiente adequado para a confidencialidade das 
informações e a privacidade do paciente. 
2. Acompanhamento Farmacoterapêutico: O acompanhamento farmacoterapêutico 
consiste em monitorar o uso de medicamentos pelo paciente, identificar e solucionar 
problemas relacionados ao tratamento medicamentoso, fornecer orientações e 
ajustar a terapia quando necessário. É essencial que a farmácia ou drogaria 
disponha de um sistema de registro e acompanhamento dos pacientes, permitindo a 
 12 
continuidade do cuidado farmacêutico. 
3. Aplicação de injetáveis: A aplicação de injetáveis é um serviço que pode ser 
prestado em farmácias e drogarias, desde que haja estrutura adequada para a 
realização segura do procedimento. Isso inclui a existência de local adequado para a 
realização do procedimento, a observância das condições de assepsia e o 
treinamento adequado dos profissionais envolvidos. 
4. Administração de medicamentos: Em alguns casos, a administração de 
medicamentos pode ser realizada em farmácias e drogarias, desde que haja 
prescrição médica e estrutura adequada para garantir a segurança e a eficácia do 
procedimento. O estabelecimento deve cumprir as normas estabelecidas pelas 
autoridades sanitárias locais e contar com profissionais devidamente capacitados 
para a administração dos medicamentos. 
5. Monitoramento de parâmetros farmacoterapêuticos: Esse serviço envolve a 
realização de exames e testes para monitorar parâmetros relacionados ao uso de 
medicamentos, como aferição de pressão arterial, medição de glicemia capilar, teste 
de colesterol, entre outros. A farmácia ou drogaria deve possuir equipamentos 
adequados, seguir os protocolos estabelecidos e contar com profissionais 
capacitados para realizar esses testes. 
 É importante destacar que a prestação desses serviços farmacêuticos deve 
ocorrer dentro dos limites de competência do profissional farmacêutico e em 
conformidade com as legislações e regulamentos vigentes. A RDC nº 44/2009 
estabelece diretrizes gerais, mas é necessário verificar também as regulamentações 
específicas de cada estado ou município, uma vez que podem existir variações nas 
exigências e condições para a prestação desses serviços. 
 
 
ESTUDO DE CASO 2 
 Ana foi recém-contratada como farmacêutica responsável pelo setor de controle 
de qualidade da indústria de laticínios chamada Kimagi, mas a indústria passou por 
um período de dificuldades financeiras, deixando de investir em alguns setores. Visto 
que investimentos no controle de qualidade na indústria de alimentos são requisitos 
básicos para o crescimento desse segmento e para a segurança do consumidor, 
Ana começou a se preocupar com essa questão e fez análises visando o controle de 
qualidade da produção. Em uma das análises feita por Ana, foi identificado 
 13 
contaminação microbiológica em um dos lotes fabricados e ao estudar o problema 
ela identificou que a indústria apresentava falhas nos protocolos de higienização dos 
equipamentos. Diante da presente situação, como podemos ajudar Ana elaborar um 
novo protocolo e evitar futuros problemas? Descreva as Boas Práticas de 
Fabricação (BPF) implementadas na indústria de alimentos. 
RESPOSTA: 
 As Boas Práticas de Fabricação (BPF) são um conjunto de diretrizes e 
procedimentos estabelecidos para garantir a qualidade, a segurança e a 
conformidade dos alimentos produzidos. Elas são fundamentais para prevenir a 
contaminação e a deterioração dos alimentos, bem como para garantir a adequada 
higiene e controle dos processos de produção. Aqui estão alguns pontos-chave das 
BPF na indústria de alimentos: 
1. Higiene Pessoal: Os funcionários devem seguir rigorosamente as práticas de 
higiene pessoal, como lavar as mãos regularmente, usar uniformes limpos e 
adequados, manter cabelos e unhas bem cuidados, além de evitar o uso de adornos 
e acessórios que possam representar riscos de contaminação. 
2. Higienização de Instalações e Equipamentos: É essencial que a indústria de 
alimentos tenha procedimentos e protocolos claros para a higienização de 
instalações, equipamentos e utensílios utilizados na produção. Isso inclui a limpeza 
regular, desinfecção e validação dos procedimentos de higienização, garantindo que 
não haja acúmulo de sujeira ou resíduos que possam comprometer a segurança dos 
alimentos. 
3. Controle de Pragas: A indústria deve adotar medidas eficazes para prevenir, 
controlar e eliminar pragas, como insetos, roedores e pássaros, que possam 
representar riscos de contaminação dos alimentos. Isso envolve a implementação de 
barreiras físicas, uso de produtos químicos adequados, monitoramento regular e 
registros precisos das atividades de controle de pragas. 
4. Controle de Matérias-Primas e Ingredientes: A indústria deve estabelecer critérios 
claros para seleção, recebimento e armazenamento de matérias-primas e 
ingredientes utilizados na produção de alimentos. Isso inclui a verificação da 
procedência, qualidade e conformidade dos fornecedores, além do controle de 
estoque e rastreabilidade dos materiais utilizados. 
5. Controle de Processos: Os processos de produção devem ser monitorados e 
controlados para garantir a segurança e a qualidade dos alimentos. Isso envolve o 
 14 
estabelecimento de parâmetros críticos, o monitoramento regular das operações, a 
manutenção adequada dos equipamentos e a realização de registros precisos das 
atividades realizadas.
6. Armazenamento e Transporte: Os alimentos devem ser armazenados e 
transportados em condições adequadas para preservar sua qualidade e segurança. 
Isso inclui a utilização de sistemas de refrigeração adequados, controle de 
temperatura, segregação de produtos, prevenção de contaminação cruzada e 
garantia da integridade das embalagens. 
7. Treinamento e Capacitação: Todos os funcionários devem receber treinamento 
adequado sobre as BPF, as boas práticas de higiene e os procedimentos 
específicos da indústria. Isso inclui a conscientização sobre os riscos de 
contaminação, a correta execução dos procedimentos e a importância do 
cumprimento das normas de segurança alimentar. 
 No caso específico de Ana e da indústria de laticínios Kimagi, é necessário 
elaborar um novo protocolo de higienização dos equipamentos, levando em 
consideração as falhas identificadas. Alguns passos que podem ser seguidos 
incluem: 
1. Avaliar os equipamentos existentes e identificar os pontos críticos de higienização. 
2. Pesquisar e adotar boas práticas de higienização específicas para equipamentos 
da indústria de laticínios, levando em consideração as orientações de órgãos 
regulatórios e normas sanitárias. 
3. Elaborar um protocolo detalhado de higienização, incluindo procedimentos de 
desmontagem, limpeza, desinfecção, enxágue e secagem dos equipamentos. Esse 
protocolo deve considerar os produtos químicos adequados, as concentrações 
recomendadas, os tempos de contato, as temperaturas, os métodos de aplicação e 
as boas práticas de segurança no manuseio desses produtos. 
4. Treinar os funcionários responsáveis pela higienização dos equipamentos, 
garantindo que eles estejam capacitados para executar corretamente o protocolo de 
higienização e que entendam a importância do seu papel na segurança dos 
alimentos. 
5. Estabelecer um sistema de verificação e monitoramento regular da eficácia da 
higienização dos equipamentos, por meio de testes microbiológicos e/ou testes de 
detecção de resíduos químicos. 
6. Manter registros detalhados das atividades de higienização dos equipamentos, 
 15 
incluindo datas, horários, responsáveis, produtos utilizados e resultados dos testes 
de verificação. 
 É importante ressaltar que a implementação de boas práticas de fabricação, 
incluindo a higienização adequada dos equipamentos, é um processo contínuo que 
requer dedicação e comprometimento de toda a equipe. Além disso, é necessário 
estar atualizado com as regulamentações vigentes e buscar orientações de 
especialistas na área, se necessário, para garantir que todas as medidas adotadas 
estejam em conformidade com as normas de segurança alimentar. 
 16 
5 CONCLUSÃO 
 Durante o período em que estive realizando meu estágio em uma farmácia 
comercial, tive a oportunidade de vivenciar e aprofundar meus conhecimentos sobre 
as atividades de dispensação de medicamentos e atendimento ao público. Essa 
experiência proporcionou um ambiente estimulante e desafiador, no qual pude 
aplicar os conceitos teóricos que adquiri ao longo da minha formação acadêmica. 
 Ao desempenhar as atividades de dispensação, compreendi a importância 
fundamental de seguir as diretrizes das boas práticas farmacêuticas, assegurando a 
qualidade, segurança e eficácia dos medicamentos fornecidos aos pacientes. A 
interpretação correta das prescrições médicas, a verificação de possíveis interações 
medicamentosas e a orientação adequada sobre o uso correto e os potenciais 
efeitos colaterais dos medicamentos foram aspectos cruciais para proporcionar um 
atendimento de excelência. 
 Além disso, o contato direto com o público permitiu-me desenvolver habilidades 
de comunicação e empatia, as quais são essenciais para estabelecer uma relação 
de confiança e oferecer um atendimento personalizado. A capacidade de lidar com 
diferentes perfis de pacientes, entendendo suas necessidades individuais e 
fornecendo orientações claras e acessíveis, contribuiu para uma experiência positiva 
e segura no uso dos medicamentos. 
 Ao longo do estágio, também percebi a importância de agir com ética 
profissional, respeitando a privacidade e confidencialidade dos pacientes, assim 
como seguindo as normas e regulamentações pertinentes à prática farmacêutica. A 
responsabilidade de garantir o uso apropriado dos medicamentos, a correta 
armazenagem dos produtos e a identificação precisa foram aspectos cruciais para 
garantir a segurança dos pacientes assistidos. 
 Por fim, essa experiência de estágio em uma farmácia comercial foi 
extremamente enriquecedora, contribuindo para o meu crescimento profissional e 
para a consolidação dos conhecimentos adquiridos durante o curso. A oportunidade 
de vivenciar o cotidiano de uma farmácia, enfrentando situações reais e 
desafiadoras, fortaleceu minha dedicação à prática farmacêutica e reforçou a 
importância do papel do farmacêutico na promoção da saúde e no cuidado integral 
dos pacientes. 
 
 17 
5 REFERÊNCIAS 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Resolução - RDC nº 67, de 8 de 
outubro de 2007. Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações 
Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias. [Online]. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2007/rdc0067_08_10_2007.html. 
Acesso em: 16 jun. 2023. 
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada 
(RDC) nº 44, de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas 
para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de 
produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias. Diário 
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 19 ago. 2009. Seção 1, p. 
56-59. 
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada 
(RDC) nº 67, de 8 de outubro de 2007. Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação 
de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias. Diário Oficial 
[da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 10 out. 2007. Seção 1, p. 27-31. 
 
Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada 
(RDC) nº 17, de 16 de abril de 2010. Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação 
de Medicamentos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 19 
abr. 2010. Seção 1, p. 44-50. 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução 
RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de 
Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos Estabelecimentos 
Produtores/Industrializadores de Alimentos e a Lista de Verificação das Boas 
Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produtores/Industrializadores de 
Alimentos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 out. 
2002. Seção 1, p. 33-50. 
Conselho Regional de Farmácia. Farmacêutico, A Dispensação De Medicamentos É 
Sua Responsabilidade. [Online]. Disponível em: http://www.crfsp.org.br/comites/479-
comite-de-direitos-e-prerrogativas/7663-farmaceutico-a-dispensacao-de-
medicamentos-e-sua-responsabilidade.html. Acesso em: 16 jun. 2023. 
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