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A Rede Básica de Saúde e Educação em Saúde 2018 Profa Andressa Rodrigues de Souza Determinantes e condicionantes sociais no processo saúde-doença da população DEFINIR POLÍTICAS PÚBLICAS E SERVIÇOS, REQUER: 1. mudanças individuais de comportamento que estão diretamente vinculadas a estratégias globais de diminuição de riscos individuais e nos grupos de pares; 2. a mudança de crenças e normas sociais; 3. ações de informação e prevenção, destinadas à população em geral com vistas a participação comunitária; 4. diversificação e ampliação da oferta de serviços assistenciais 5. adoção de políticas de promoção a saúde que contemplem ações estruturais nas áreas de educação, saúde e de acesso a bens e serviços - em suma, que incluam na agenda a questão do desenvolvimento. EDUCAÇÃO ASSISTÊNCIA SOCIAL SEGURANÇA SAÚDE DIREITOS HUMANOS CULTURA TRABALHO DECRETO Nº 7.508/11 Região de Saúde - espaço geográfico contínuo constituído por agrupamentos de municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde. Para ser instituída, a Região de Saúde deve conter, no mínimo, ações e serviços de: I - atenção primária (atenção básica); II - urgência e emergência; III - atenção psicossocial (REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – RAPS); IV - atenção ambulatorial especializada e hospitalar; e V - vigilância em saúde. Rede de Atenção à Saúde - conjunto de ações e serviços de saúde articulados em níveis de complexidade crescente, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde. AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE R e d e C e g o n h a R e d e d e A t e n ç ã o P s i c o s s o c i a l S a ú d e M e n t a l R e d e d e A t e n ç ã o à s U r g ê n c i a s Informação Qualificação/Educação Regulação ATENÇÃO BÁSICA Promoção e Vigilância à Saúde R e d e d e A t e n ç ã o O n c o l ó g i c a e d o e n ç a s e c o n d i ç õ e s c r ô n i c a s ...que a Atenção Básica pudesse se transformar na imensa e generosa porta de entrada para o SUS, sendo uma ampla rede de serviços, próxima dos usuários, de acesso universal, resolutiva, produtora de cuidado integral, promovedora de cidadania e consciência sanitária. Objetivo da Rede Básica de Saúde... Quais os desafios da Atenção Básica ? 1. Estrutura física das Unidades Básicas de Saúde (UBS)? 2. Informatização das UBS com Prontuário Eletrônico ? 3. Conformação da Equipe (Provimento, Fixação e Formação dos profissionais)? 4. Integração das Unidades Básicas de Saúde com serviços da rede SUS? 5. Qualificar o cuidado e ampliar a resolutividade realizado na Atenção Básica? 6. Como melhorar o financiamento compatível com os custos ? 7. Diminuir os encaminhamentos pra especialidades e rede hospitalar? UBS Fluvial DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA Políticas - Estratégias - Programas A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE Em todo o mundo já é consenso que os Sistemas Nacionais de Saúde devem ser baseados na Atenção Básica. A Atenção Básica é, ao mesmo tempo, um nível de atenção e uma proposta estruturante para organização do sistema de saúde. A realização de uma consulta em um “ponto de entrada” com as características da Atenção Básica está associada à diminuição de uso de serviços especializados e também está relacionada à redução da utilização de salas de emergência. A AB deve garantir o acesso universal e em tempo oportuno ao usuário, deve ofertar o mais amplo possível escopo de ações visando a atenção integral e ser responsável por coordenar o cuidado dos usuários no caminhar pelos diversos serviços da rede. A Atenção Primária em Saúde/ Atenção Básica.... Apresentar as melhores respostas às necessidades e expectativas das pessoas em relação a um conjunto amplo de riscos e doenças Equipes de saúde de atenção básica facilitam o acesso e o uso apropriado de tecnologias e medicamentos Promoção de comportamentos e estilos de Vida saudáveis e mitigação dos danos sociais e ambientais sobre a saúde APS não é tão barata e requer investimentos consideráveis, mas gera maior valor para o dinheiro investido que todas as outras alternativas A OMS – Organização Mundial de Saúde trouxe importantes apontamentos nesse sentido no Relatório Mundial de 2008 como vemos a seguir: Política Nacional de Atenção Básica Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011 Atributos e Diretrizes da Atenção Básica Acessibilidade e acolhimento - porta de entrada preferencial e porta aberta - Territorialização e responsabilização sanitária Vinculo e adscrição de clientela Cuidado longitudinal Coordenação do cuidado Trabalho em equipe multiprofissional Atenção Básica Panorama Nacional o 72%* da população coberta pela atenção básica, considerando-se, além das equipes de Saúde da Família, equipes equivalentes formadas por clínicos gerais, ginecologistas- obstetras e pediatras. o 62%** da população coberta por Equipes de Saúde da Família. o Cerca de 40.049 equipes de Saúde da Família cuidam de mais de 120 milhões de cidadãos. o Cerca de 42.612 Unidades Básicas de Saúde (mais de 750 mil profissionais atuando na AB). *Cobertura com parâmetro de cálculo de 3000 habitantes por equipes de saúde da família e equipes equivalentes ( compostas por 60h ambulatoriais de clínicos, ginecologistas-obstetras e pediatras), utilizando no cálculo a população do IBGE de 2012. ** Parâmetro de Cobertura de 3.450 habitantes por equipe e como referência a população IBGE, 2012. Nº ESB: 854 Cobertura: 79,09 % Além do recurso de implantação, realiza a doação de cadeira odontológica, ou transfere o recurso proporcional, mediante solicitação dos gestores municipais. Programa Nacional de Saúde Bucal Programa Brasil Sorridente Financiamento equipes de Saúde Bucal Tipo de equipe Valor Implantação Valor Custeio Modalidade 1 R$ 7.000,00 R$ 2.230,00 Modalidade 2 R$ 7.000,00 R$ 2.980,00 Equipes Nº de Municípi os com eSB Teto Credenci ado Implantado saldo eSB - I 77 1.253 821 484 eSB - II 33 17 Total 854 501 353 PMAQ – Programa O principal objetivo do Programa é induzir a ampliação do acesso e a melhoria da qualidade da atenção básica e produzir maior transparência e efetividade das ações governamentais direcionadas à AB. 1. Estimular processo contínuo e progressivo de melhoramento dos padrões e indicadores de acesso e de qualidade que envolva a gestão, o processo de trabalho e os resultados alcançados pelas equipes de saúde da atenção básica. 2. Mudança na lógica de financiamento da Atenção Básica, atrelando o repasse de recursos a processos de qualificação da atenção básica, verificados mediante mecanismos de monitoramento e avaliação. 3. Estimular o fortalecimento do modelo de atenção previsto na Política Nacional de Atenção Básica,o desenvolvimento dos trabalhadores e a orientação dos serviços em função das necessidades e da satisfação dos usuários. 4. Institucionalizar uma cultura de avaliação da AB no SUS e de gestão com base na indução e acompanhamento de processos e resultados. Ciclo com avaliação a cada 2 anos Gestão Municipal e Equipe pactuam os compromissos Município faz a adesão e (re)contratualização das equipes com o Ministério da Saúde Ministério da Saúde homologa a adesão e (re)contratualização dos municípios e equipes Verificação in loco de padrões de acesso e qualidade (gestão, UBS e equipe) Certificação das Equipes Adesão e Contratualização Avaliação Externa e Certificação Recontratualização Recontratualização com incremento de padrões de qualidade Ofertas de Informação para a ação de gestores e equipes Eixo Estratégico Transversal de Desenvolvimento Desenvolvimento do conjunto de ações para a qualificação da Atenção Básica envolvendo: Autoavaliação Monitoramento de Indicadores de Saúde Apoio Institucional Educação Permanente Cooperação Horizontal FASE 1 FASE 2 FASE 3 Fases do PMAQ - 3º Ciclo - Portaria 1.645, de 2 de outubro de 2015. • Autoavaliação - ferramenta potente que auxilia no debate da identificação e priorização das dificuldades Sistema AMAQ on line • Apoio Institucional - estratégia de suporte às equipes de saúde da atenção básica pelos Municípios e à gestão municipal pelas Secretarias de Estado da Saúde e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS) • Educação Permanente - ação contínua de investimento no trabalhador para melhoria do serviço • Monitoramento de indicadores - Subsidiar a definição de prioridades e programação de ações para melhoria da qualidade da AB e-SUS AB/SISAB • Cooperação horizontal - permitir a troca de experiências e práticas promotoras de melhoria da qualidade da atenção básica Eixo Estratégico Transversal de Desenvolvimento Avaliação Externa e Ferramentas de gestão Acesso através do site: http://dabsistemas.saude.gov.br/sistemas/pmaqV2/sistema INDICADORES 3º CICLO • Os valores recebidos ao longo do ciclo pelos Municípios e o Distrito Federal deverão ser utilizados conforme as regras gerais da Portaria nº 204 GM/MS, de 29 de janeiro de 2007, e o planejamento e orçamento de cada ente. *( valores não reais, apenas para demonstrar o método de calculo) Considerando o exemplo os valores a serem repassados por equipe para cada categoria de desempenho seriam: Desempenho equipe AB Fator de desempenho (multiplicador) Valor base Recurso mensal por equipe Ótimo 08 R$2.666,67 R$ 21.333,33 Muito Bom 06 R$2.666,67 R$ 16.000,00 Bom 04 R$2.666,67 R$ 10.666,67 Regular 02 R$2.666,67 R$ 5.333,33 Ruim 01 R$2.666,67 R$ 2.667,67 Recursos Financeiros após CERTIFICAÇÃO Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf) O Nasf é uma equipe multiprofissional da Atenção Básica, que deve atuar de maneira integrada e de modo complementar às equipes de Saúde da Família (eSF), ampliando sua abrangência e resolubilidade, apoiando-as e compartilhando saberes Agenda compartilhada do Nasf Modalidades do Nasf Modalida de Carga horária Nº de equipes vinculadas Custeio mensal Custeio PMAQ Nasf 1 Mínimo de 200h semanais 5 a 9 eSF R$20.000,00 R$1.000,00 a R$5.000,00 Nasf 2 Mínimo de 120h semanais 3 a 4 eSF R$12.000,00 R$600,00 a R$3.000,00 Nasf 3 Mínimo de 80h semanais 1 a 2 eSF R$8.000,00 R$400,00 a R$2.000,00 Consultório na Rua Equipes da atenção básica de composição multiprofissional; Responsabilidade exclusiva de articular e prestar atenção integral à saúde das pessoas em situação de rua; Potencial para a integralidade no SUS (cuidado, serviços e políticas públicas). Como atuam? De forma itinerante, desenvolvendo ações na rua e nas instalações de UBS do território onde está atuando. Suas atividades articuladas e desenvolvidas em parceria com as demais equipes de atenção básica do território (UBS e NASF), dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), da Rede de Urgência e dos serviços e instituições componentes do Sistema Único de Assistência Social entre outras instituições públicas e da sociedade civil. Onde pode haver? Em municípios com população igual ou superior a 100 mil habitantes, com o mínimo de 80 pessoas em situação de rua. Municípios com população inferior a 100 mil habitantes poderão ser contemplados, desde que comprovada a existência de população em situação de rua nos parâmetros populacionais previstos. E-SUS ATENÇÃO BÁSICA O e-SUS AB faz parte do processo de informatização, do processo de trabalho e da qualificação da informação, que auxilia o registro individualizado dos atendimentos de cada cidadão e a integração gradual de todos os sistemas na Atenção Básica. PRONTUÁRIO ELETRÔNICO (PEC) • De acordo com Resolução nº 07/2016 de CIT, o PEC é um repositório de informação mantida de forma eletrônica, onde todas as informações de saúde, clínicas e administrativas, ao longo da vida de um indivíduo estão armazenadas, e suas características principais são: acesso rápido aos problemas de saúde e intervenções atuais; recuperação de informações clínicas; sistemas de apoio à decisão e outros recursos. PRONTUÁRIO ELETRÔNICO Organização do fluxo do usuário na UBS Registro Clínico eletrônico Qualidade da clínica das equipes (Baseado em Problemas / SOAP Ampliação do Acesso com Acolhimento e Classificação de Risco na UBS Acompanhamento das condições saúde Trabalho em Equipe Tela inicial do profissional médico, enfermeiro ou cirurgião-dentista Agenda no PEC Escuta inicial no PEC Relatórios disponível no PEC PROGRAMA DE REQUALIFICAÇÃO DE UBS Quais objetivos? - Criar incentivo financeiro para as UBS - Prover condições adequadas para o funcionamento das UBS - Melhoria do acesso à Atenção Básica - Melhoria da qualidade da atenção prestada - Contribuir para estruturação e o fortalecimento da atenção básica Quais os componentes fazem parte do Programa? - Reforma: para UBS próprias ou cedidas com metragem igual ou maior de 153,24 m2 - Ampliação: para UBS próprias ou cedidas com metragem menor ou maior de 153,24 m2 - Construção de UBS: para municípios com terreno próprio ou que tenha posse do mesmo - UBS Fluvial (Estados e Municípios da Amazônia Legal e Pantanal Sul Matogrossense) - Telesaúde Redes. PROTOCOLOS NA CONSULTA DE ENFERMAGEM • Consensos técnicos. • Diagnóstico e tratamento dos agravos prevalentes. • Caráter dinâmico -adaptados às realidades municipais -inovações tecnológicas do conhecimento (evidências) • Educação permanente. ESTUDO DE CASO: Em visita domiciliária a uma família de um bebê de seis meses, o ACS encontra na casa uma vizinha adolescente, Marina, de 16 anos, conversando com a mãe do bebê sobre suas dúvidas em relação à gravidez. Marina está grávida de três meses e está preocupada com as mudanças corporais que estão ocorrendo. Marina mudou-se para essa comunidade há um mês, morava anteriormente com os pais e cinco irmãos numa cidade próxima. Após a descoberta da gravidez, ela e Ricardo, seu namorado de 18 anos, decidiram casar. Depois do casamento, os dois resolveram mudar-se para esta localidade, porque Ricardo encontrou trabalho como ajudante de cozinha. Marina acabou abandonando a escola onde cursavao segundo ano do ensino médio. O ACS aproveita a oportunidade e preenche o cadastro de Marina, orientando-a a procurar a Unidade de Saúde para iniciar o pré-natal o mais rápido possível.
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