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Professor: Leonardo Torres.
Direito Administrativo – Ato administrativo. 
 
 
Direito Administrativo – Ato administrativo. 
Professor: Leonardo Torres. 
  
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Professor: Leonardo Torres.
Direito Administrativo – Ato administrativo. 
 
 
 
 Advogado,  especialista  em  Direito  Público,  professor  de  Direito  Administrativo  e  Ética 
profissional na advocacia dos principais cursos preparatórios para o ingresso na área pública 
e Exame de ordem dos Estados do Paraná e Santa Catarina.  
  
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Direito Administrativo – Ato administrativo. 
 
SUMÁRIO 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS  04 
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES  14 
 
   
  
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Direito Administrativo – Ato administrativo. 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
Definição 
 
Ato jurídico, segundo o art. 185 do CC, “é todo ato lícito que possui por finalidade imediata 
adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos”. Ato administrativo é espécie 
de ato jurídico, é ato infralegal. 
 
Ato administrativo é toda manifestação lícita e unilateral de vontade da Administração ou 
de quem  lhe  faça as  vezes, que agindo nesta qualidade  tenha por  fim  imediato adquirir, 
transferir, modificar ou extinguir direitos e obrigações. 
 
 Os atos administrativos podem ser praticados pelo Estado ou por alguém que esteja em 
nome  dele.  Logo,  pode‐se  concluir  que  os  atos  administrativos  não  são  definidos  pela 
condição da pessoa que os realiza. Tais atos são regidos pelo Direito Público. 
 
PERFEIÇÃO, VALIDADE E EFICÁCIA 
 
ATO ADMINISTRATIVO PERFEITO 
 
É o ato concluído, acabado, que completou o ciclo necessário à sua formação. 
 
ATO ADMINISTRATIVO VÁLIDO 
 
É o ato praticado de acordo com as normas superiores que devem regê‐lo. 
 
ATO ADMINISTRATIVO EFICAZ 
 
É aquele ato que está apto a produzir os seus efeitos. As causas que podem determinar a 
ineficácia do ato administrativo são três:  
 
   A subordinação do ato a uma condição suspensiva, ou seja, o ato estará subordinado a 
um fato futuro e incerto. Enquanto o fato não acontecer, o ato será ineficaz; 
 
   A subordinação do ato a um termo inicial, ou seja, o ato estará subordinado a um fato 
futuro e certo. Enquanto o fato não acontecer, o ato será ineficaz; 
 
   A subordinação dos efeitos do ato à prática de outro ato jurídico. 
 
  
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REQUISITOS 
São as condições necessárias para a existência válida do ato. Nem todos os autores usam a 
denominação “requisitos”; podem ser chamados elementos, pressupostos, etc. 
Do ponto de vista da doutrina tradicional, os requisitos dos atos administrativos são cinco: 
 
  Competência: agente capaz;  
 
  Objeto lícito, certo, possível e mora;  
 
  Motivo:  este  requisito  integra  os  requisitos  dos  atos  administrativos  tendo  em  vista  a 
defesa de interesses coletivos; 
 
 Forma: somente a prevista em lei. 
 
  Finalidade: o ato administrativo somente visa a uma finalidade, que é a pública; se o ato 
praticado não tiver essa finalidade, ocorrerá abuso de poder;  
 
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO 
 
Atributos  são  prerrogativas  que  existem  por  conta  dos  interesses  que  a  Administração 
representa, são as qualidades que permitem diferenciar os atos administrativos dos outros 
atos jurídicos. 
 
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE 
 
 É a presunção de que os atos administrativos devem ser considerados válidos até que se 
demonstre o contrário, a bem da continuidade da prestação dos serviços públicos. Isso não 
quer dizer que não se possa contrariar os atos administrativos, o ônus da prova é que passa 
a ser de quem alega. 
 
IMPERATIVIDADE 
 
Poder  que  os  atos  administrativos  possuem  de  gerar  unilateralmente  obrigações  aos 
administrados, independente da concordância destes. É a prerrogativa que a Administração 
possui para impor, exigir determinado comportamento de terceiros. 
 
EXIGIBILIDADE OU COERCIBILIDADE 
 
É o poder que possuem os atos administrativos de serem exigidos quanto ao seu cumprimento 
sob  ameaça  de  sanção.  A  imperatividade  e  a  exigibilidade,  em  regra,  nascem  no mesmo 
momento.  Excepcionalmente  o  legislador  poderá  diferenciar  o  momento  temporal  do 
nascimento  da  imperatividade  e  o  da  exigibilidade.  No  entanto,  a  imperatividade  é 
  
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pressuposto lógico da exigibilidade, ou seja, não se poderá exigir obrigação que não tenha sido 
criada. 
 
AUTO‐EXECUTORIEDADE 
  
É o poder que possuem os atos administrativos de serem executados materialmente pela 
própria administração independentemente de recurso ao Poder Judiciário. 
 
A auto‐executoriedade é um atributo de alguns atos administrativos, ou seja, não existe em 
todos os atos  
 
Poderá ocorrer em dois casos: 
 
 Quando a lei expressamente prever; 
 
 Quando estiver tacitamente prevista em lei (nesse caso deverá haver a soma dos requisitos 
de situação de urgência e inexistência de meio judicial idôneo capaz de, a tempo, evitar a 
lesão). 
TIPICIDADE 
 
É  o  atributo  pelo  qual  o  ato  administrativo  deve  corresponder  a  figuras  definidas 
previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados. Para cada finalidade 
que a Administração pretende alcançar existe um ato definido em lei. 
Trata‐se  de  decorrência  do  princípio  da  legalidade,  que  afasta  a  possibilidade  de  a 
Administração  praticar  atos  inominados;  estes  são  possíveis  para  os  particulares,  como 
decorrência do princípio da autonomia da vontade. 
 
Classificação dos atos administrativos 
 
QUANTO AOS SEUS DESTINATÁRIOS 
 
 Atos gerais ou regulamentadores: São os atos administrativos expedidos sem destinatários 
determinados, com finalidade normativa, alcançando todos os sujeitos que se encontrem na 
mesma situação de fato em relação aos seus preceitos.  
 
São os regulamentos, instruções normativas, circulares, ordens de serviços, etc.  
 
 Atos  individuais  ou  especiais:  São,  ao  contrário,  todos  aqueles  que  se  dirigem  a 
determinados destinatários (um ou mais sujeitos certos), criando‐lhes uma situação jurídica 
particular.  
 
Exemplo:  
Decretos de desapropriação; atos de nomeação; de exoneração, etc.  
  
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QUANTO AO SEU ALCANCE 
 
 Internos: São atos administrativos destinados a produzir efeitosno âmbito das repartições 
públicas,  destinados  ao  pessoal  interno,  como  portarias,  instruções  ministeriais,  etc., 
destinados aos seus servidores.  
 
Podem  ser  mesmo  assim,  gerais  ou  especiais,  normativos,  ordenatórios,  punitivos,  etc., 
conforme exigência do serviço.  
 
 Externos ou de efeitos externos: São  todos aqueles que alcançam os administrados, os 
contratantes e, em certos casos, até mesmo os próprios servidores, provendo sobre seus 
direitos, obrigações, negócios ou conduta perante a Administração. Tais atos só entram em 
vigor após sua publicação em órgão oficial (diário oficial) dado seu interesse público.  
 
 
QUANTO AO SEU OBJETO 
 
 De império ou atos de autoridade: São todos aqueles atos que a Administração pratica 
usando  de  sua  supremacia  sobre  o  administrado  ou  sobre  o  servidor,  impondo‐lhes 
atendimento obrigatório.  
 
É o que ocorre nas desapropriações, nas interdições de atividade e nas ordens estatutárias. 
Podem ser gerais ou individuais, internos ou externos, mas sempre unilaterais, expressando 
a vontade onipotente do Estado.  
 
 Atos de gestão: São os que a Administração pratica sem usar de sua supremacia sobre os 
destinatários,  tal  como ocorre nos atos puramente de administração dos bens e  serviços 
públicos  e  nos  atos  negociais  com  os  particulares,  como,  por  exemplo,  as  alienações, 
oneração ou aquisição de bens, etc., antecedidos por autorizações legislativas, licitações, etc.  
 
 Atos de expediente: São os que se destinam a dar andamento aos processos e papéis que 
tramitam pelas repartições públicas, preparando‐os para a decisão de mérito a ser proferida 
pela autoridade competente.  
 
São  atos  de  rotina  interna,  sem  caráter  vinculante  e  sem  forma  especial,  praticados 
geralmente por servidores subalternos.  
 
QUANTO AO SEU REGRAMENTO 
 
 Vinculados  ou  regrados:  São  aqueles  para  os  quais  a  lei  estabelece  os  requisitos  e 
condições de sua realização,  limitando a  liberdade do administrador que fica adstrita aos 
pressupostos  do  ato  legal  para  validade  da  atividade  administrativa.  Desviando‐se  dos 
  
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requisitos das normas legais ou regulamentares, fica comprometida a ação administrativa, 
viciando‐se a eficácia do ato praticado que, assim, toma‐se passível de anulação.  
 
Exemplo: cobrar impostos, conceder isenção ou anistia, entre outros.  
 
 Discricionários: São aqueles atos que a Administração pode praticar escolhendo livremente 
o seu conteúdo, o seu destinatário, a sua conveniência, a sua oportunidade e o modo da sua 
realização.  
 
A rigor, a discricionariedade não se manifesta no ato em si, mas no poder que Administração 
tem  de  praticá‐lo  quando  e  nas  condições  que  repute  mais  convenientes  ao  interesse 
público.  
 
Não se confunde com ato arbitrário. Discrição é liberdade de ação dentro dos limites legais; 
arbítrio  é  ação  que  excede  à  lei  e  por  isto,  contrária  a  ela. O  ato  discricionário,  quando 
permitido pelo direito, é legal e válido; o ato arbitrário, porém, é sempre ilegítimo e inválido.  
 
Manifesta‐se em função do poder da Administração em praticá‐lo nas condições que julgar 
conveniente: abrir um concurso público escolhendo o número de vagas, pavimentar uma 
estrada, etc.  
 
QUANTO À NATUREZA 
 
 Simples:  O  que  resulta  da manifestação  de  vontade  de  um único  órgão,  unipessoal  ou 
colegiado.  
 
 Complexos: São os atos que se formam pela conjugação de vontades de mais de um órgão 
administrativo. Em outras palavras  são aqueles que,  realizados por um órgão,  requerem, 
para a sua validade ‐ e não para a formação da vontade ‐ a aprovação de outro órgão; os que 
dependem de pareceres de órgãos consultivos, preceituados em lei; os que se compõem de 
atos  elementares,  como  seja  uma  concorrência  pública,  cuja  decisão  pelo Ministério  ou 
Secretaria de Estado requer uma série de atos elementares precedentes e autônomos, aos 
quais essa decisão está de certa forma vinculada.  
 
 Compostos: Que resulta da vontade única de um órgão, mas depende da verificação por 
parte de outro, para se tornar exeqüível.  
 
Exemplo: autorização que depende de visto de uma autoridade superior.  
 
QUANTO AO FIM 
 
 Declaratórios  de  direito:  São  os  atos  que  declaram  a  legalidade  de  uma  situação  já 
existente e de conseqüência irremovíveis diante do Direito.  
 
  
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 Constitutivos de direito: São os atos que dão estabilidade jurídica a um fato até então de 
resultados aleatórios. 
 
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
 Atos normativos: São aqueles que contêm um comando geral do Poder Executivo visando 
à  correta  aplicação  da  lei.  São  atos  infralegais  que  encontram  fundamento  no  poder 
normativo (art. 84, IV da CF).  
 
Exemplo:  
 
Decretos; Regulamentos; Portarias e etc. 
 
 Atos ordinatórios: São aqueles que visam a disciplinar o funcionamento da Administração 
e a conduta de seus agentes no desempenho de suas atribuições. Encontra fundamento no 
Poder Hierárquico.  
 
Exemplo:  
Ordens, Circulares, Avisos, Portarias, Ordens de serviço e Ofícios. 
 
 Atos negociais:  São aqueles que  contêm uma declaração de  vontade da Administração 
visando  concretizar  negócios  jurídicos,  conferindo  certa  faculdade  ao  particular  nas 
condições impostas por ela. É diferente dos negócios jurídicos, pois é ato unilateral. 
 
 Atos  enunciativos:  São  aqueles  que  contêm  a  certificação  de  um  fato  ou  emissão  de 
opinião da Administração sobre determinado assunto sem se vincular ao seu enunciado.  
 
Exemplo:  
 
Certidões, Atestados, Pareceres e o apostilamento de direitos  (atos declaratórios de uma 
situação anterior criada por lei). 
 
 Atos punitivos: São aqueles que contêm uma sanção imposta pela Administração àqueles 
que infringirem disposições legais. Encontra fundamento no Poder Disciplinar.  
 
Exemplo:  
 
Interdição de estabelecimento comercial em vista de irregularidade; Aplicação de multas e 
etc. 
 
FORMAS DE EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
São formas de extinção dos atos administrativos:  
 
 Anulação,  
  
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 Revogação,  
 
 Cassação, 
 
 Caducidade 
 
 Contraposição. 
 
ANULAÇÃO 
 
a) Definição: 
 
Todo ato administrativo para ser válido deve conter os seus cinco elementos ou requisitos 
de validade (competência, finalidade, forma, motivo e objeto) isentos de vícios (defeitos). 
Caso um desses elementos apresente‐se em desacordo com a lei, o ato será nulo.  
 
O pressuposto da anulação é que o ato possua um vício de  legalidade em algum de seus 
requisitos de formação. Com isso, podemos defini‐la como sendo o desfazimento de um ato 
por  motivo  de  ilegalidade.  A  anulação  decorre  do  controle  de  legalidade  dos  atos 
administrativos. 
 
b) Quem pode ANULAR ato administrativo? 
 
A  anulação  de  um  ato  que  contenha  vício  de  legalidade  pode  ocorrer  tanto  pelo  Poder 
Judiciário (controle externo) quanto pela própria Administração Pública (controle interno). 
 
Comoexemplo, podemos citar:  
 
Ato administrativo expedido pelo Poder Legislativo poderá ser anulado tanto pelo próprio 
Poder Legislativo (Administração Pública) quanto pelo Poder Judiciário. 
    
A  invalidação por via  judicial dependerá,  sempre, de provocação do  interessado.  Já a via 
administrativa  poderá  resultar  do  Poder  de  Autotutela  do  Estado,  que  deve  extingui‐lo, 
muito embora proveniente da manifestação de vontade de um de seus agentes, contenha 
vício de legalidade. 
 
c) Efeitos da Anulação: 
 
Uma vez que o ato administrativo ofende a lei, é lógico afirmarmos que a invalidação opera 
efeitos ex‐tunc, retroagindo à origem do ato, ou seja, fulmina o que já ocorreu, no sentido 
de que se negam hoje os efeitos de ontem. 
 
REVOGAÇÃO 
 
  
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a) Definição: 
 
Ocorre no momento em que um ato válido,  legítimo e perfeito  torna‐se  inconveniente e 
inoportuno ao interesse público. O ato não possuía qualquer vício de formação, porém, não 
atende mais aos pressupostos de conveniência e oportunidade. 
 
É importante ressaltarmos que o conceito de revogação guarda estreita relação com o de 
ato discricionário, visto  ser o Poder Discricionário da Administração o  fundamento de  tal 
instituto.  
 
Além  disso,  os  atos  vinculados  são  classificados,  pelos  grandes  autores,  como  atos 
irrevogáveis,  visto  que  neles  a  lei  não  deixou  opção  ao  administrador,  no  que  tange  à 
valoração da conveniência e da oportunidade.  
 
Sendo  assim,  concluímos  que  a  revogação  decorre  do  controle  de  mérito  dos  atos 
administrativos.  
 
b) Quem pode REVOGAR ato administrativo? 
 
Por depender de uma avaliação quanto ao momento em que o ato tornou‐se inoportuno e 
inconveniente, a revogação caberá à autoridade administrativa no exercício de suas funções. 
Seria inadmissível imaginar que o Poder Judiciário pudesse revogar ato administrativo, pois 
tal  competência depende da experiência/ vivência do administrador público que decidirá 
quanto à oportunidade e conveniência da prática do ato.  
 
Porém, é importante reforçarmos que, atipicamente, o Poder Judiciário também emite atos 
administrativos (quando exerce a função administrativa).  
 
Nesse caso, caberá ao Poder Judiciário revogar os seus próprios atos administrativos.  
 
Como exemplo, podemos citar:  
 
Ato  administrativo  expedido  pelo  Poder  Legislativo  poderá  ser  revogado,  apenas,  pelo 
próprio Poder Legislativo. 
 
c) Efeitos da Revogação: 
 
A revogação opera efeitos ex‐nunc (proativos), ou seja, a partir de sua vigência. O ato de 
revogação não retroagirá os seus efeitos, pois o ato revogado era perfeitamente válido, até 
o momento em que se tornou inoportuno e inconveniente à Administração Pública. 
 
d) Atos Irrevogáveis 
 
O Poder Discricionário dado à Administração Pública de revogar seus atos administrativos, 
por questões lógicas não é ilimitado. Alguns atos são insuscetíveis de revogação, ou seja, são 
atos ditos irrevogáveis. 
Assim temos: 
  
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Professor: Leonardo Torres.
Direito Administrativo – Ato administrativo. 
 
 
 Os atos consumados, que já exauriram seus efeitos; 
 
 Os atos vinculados, pois nesse o administrador não tem escolha na prática do ato; 
 
 Os  atos  que  geram  direitos  adquiridos  os  atos  que  integram  um  procedimento 
administrativo;  
 
 Os atos administrativos declaratórios ou enunciativos (certidões, pareceres, atestados)  
CASSAÇÃO 
 
Na  verdade  a  cassação  e  a  anulação  de  um  ato  administrativo  possuem  efeitos  bem 
semelhantes.  A  diferença  básica  é  que  na  anulação  o  defeito  no  ato  ocorreu  em  sua 
formação, ou seja, na origem do ato, em um de seus requisitos de validade; já na cassação, 
o vício ocorre na execução do ato.  
 
Trata‐se  da  extinção  do  ato  porque  o  destinatário  descumpriu  condições  que  deveriam 
permanecer atendidas a fim de poder continuar desfrutando da situação jurídica.  
 
Como  exemplo,  temos  a  cassação  de  uma  licença,  concedida  pelo  Poder  Público,  sob 
Determinadas  condições,  devido  ao  descumprimento  de  tais  condições  pelo  particular 
beneficiário de tal ato. É  importante observarmos que a cassação possui caráter punitivo 
(decorre do descumprimento de um ato). 
 
CADUCIDADE 
    
A caducidade origina‐se com uma legislação superveniente que acarreta a perda de efeitos 
jurídicos da antiga norma que respaldava a prática daquele ato. 
 
A retirada funda‐se no advento de nova legislação que impede a permanência da situação 
anteriormente consentida.  
 
Ocorre,  por  exemplo,  quando  há  retirada  de  permissão  de  uso  de  um  bem  público, 
decorrente de uma nova  lei editada que proíbe  tal uso privativo por particulares. Assim, 
podemos afirmar que tal permissão caducou. 
 
CONTRAPOSIÇÃO 
 
Também chamada por alguns autores de derrubada. Quando um ato deixa de ser válido em 
virtude da emissão de outro ato que gerou efeitos opostos ao seu, dizemos que ocorreu a 
contraposição. São atos que possuem efeitos contrapostos e por isso não podem existir ao 
mesmo tempo.   
 
  
Professor Leonardo Torres.                                                   www.aprovaconcursos.com.br                                                           Página 13 de 14 
 
 
Professor: Leonardo Torres.
Direito Administrativo – Ato administrativo. 
 
CUMPRIMENTO (EXAURIMENTO) DE SEUS EFEITOS 
 
Ocorre quando o ato administrativo alcança os efeitos almejados.  
 
Como exemplo, podemos citar o ato que libera o servidor para gozar férias, isto é, partir do 
momento que  referido servidor goza suas  férias, o ato é extinto, visto que cumpriu  seus 
efeitos. 
 
RENÚNCIA 
 
Ocorre quando o beneficiário do ato renuncia os seus efeitos.  
  
CONVALIDAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
    
Ocorre  a  convalidação  de  um  ato  administrativo,  quando  a  Administração  Pública  torna 
válido um ato administrativo que possua um vício sanável e seu efeito é retrospectivo (ex 
tunc). 
 
   
  
Professor Leonardo Torres.                                                   www.aprovaconcursos.com.br                                                           Página 14 de 14 
 
 
Professor: Leonardo Torres.
Direito Administrativo – Ato administrativo. 
 
COMPLEMENTARES 
 
01. (TJ‐AM. Prova: Analista Judiciário – Administração) O atributo do ato administrativo, 
considerado uma garantia para o particular porque  impede a Administração de agir de 
forma discricionária, é denominado 
 
a) Presunção de legitimidade e veracidade. 
b) Auto executoriedade. 
c) Discricionariedade. 
d) Imperatividade. 
e) Tipicidade. 
 
 
E – De acordo com a doutrina, tal atributo estabelece que a Administração Pública tem sua 
conduta atrelada à lei. 
 
 
02. (TJ‐AM. Prova: Analista Judiciário – Administração) Assinale a alternativa que relaciona 
os elementos ou requisitos do ato administrativo. 
 
a) Legalidade, finalidade, forma, motivo e objeto ou conteúdo. 
b) Competência, impessoalidade, forma, motivo e objeto ou conteúdo. 
c) Finalidade, competência, moralidade, motivo e eficiência. 
d) Competência, finalidade, forma, motivo, objeto ou conteúdo. 
e) Forma, competência, finalidade, motivo e eficiência. 
 
 
C – Art. 2ᵒ da Lei 4717/65.  
 
 “Eu acredito, eu luto até o fim: não há como perder, não há como não vencer.” 
“Oleg Taktarov”

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