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Disciplina: Contabilidade de Custos	 Turma: BCC03
Professora: Lara Fabiana Dallabona
Acadêmica: Júlia Heck Deters	 Data: 20/08/2018
1 PRINCÍPIOS CONTÁBEIS APLICADOS A CUSTOS
REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
Os ativos são registrados contabilmente pelo seu valor original de entrada, ou seja, histórico.
Se houver problemas de inflação, pode-se ter um ativo registrado com um valor que não diz respeito aos valores efetivos, seja da reposição do estoque, do valor histórico inflacionado ou do valor de venda.
Por exemplo, se o custo histórico de um produto é de R$ 30.000,00 e ele fica estocado durante 6 meses, para só então ser vendido, por R$ 36.00,00 teremos a seguinte demonstração supondo que a inflação nesse quadrimestre seja de 10%.
Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC
Centro de Educação do Alto Vale do Itajaí – CEAVI
Departamento de Ciências Contábeis
Bacharelado em Ciências Contáveis
1
2
3
Venda .................................. 36.000,00
(-) CPV ................................. 30.000,00
Lucro bruto ............................. 6.000,00
na hipótese do valor puramente histórico.
Venda .................................. 36.000,00
(-) CPV corrigido 10% .......... 33.000,00
Lucro bruto ............................. 3.000,00
na hipótese de se tirar do lucro o efeito da inflação. 
COMPETÊNCIA
O Princípio da Competência refere-se ao momento do reconhecimento das receitas e despesas, que devem ser incluídas na apuração do resultado do período no momento em que elas ocorrerem, independentemente do pagamento ou recebimento. 
Após o reconhecimento da receita, deve-se deduzir todas as despesas incorridas sobre ela. São dois grandes grupos de despesas: despesas especificadamente incorridas para consecução daquelas receitas que estão sendo reconhecidas; e despesas incorridas para a obtenção de receitas genéricas, e não necessariamente daquelas que agora estão sendo contabilizadas.
Através deste princípio, os valores gastos são acumulados e registrados sob a forma de estoques, sendo considerados custos apenas na realização da receita.
Um exemplo de despesa do primeiro grupo é o custo da produção do bem vendido; e do segundo grupo, despesas com propaganda.
REALIZAÇÃO DA RECEITA
Reconhece-se contabilmente o resultado (lucro ou prejuízo) apenas quando da realização da receita. Com a receita reconhecida futuramente, os custos são acumulados na forma de estoque para futuramente serem considerados como despesas. Entretanto, existem exceções como, por exemplo, no caso de construção e projetos realizados sob encomenda, que demandam longo prazo.
Um exemplo desse princípio é quando um sofá é produzido, os custos relativos a produção são estocados para reconhecimento como despesas somente no momento em que há a transferência do bem elaborado para o adquirente.
PRUDÊNCIA
Esse princípio determina que deve ser adotado o menor valor para ativos e maior para passivos, quando apresentarem alternativas igualmente válidas para as quantificações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido. O seja, em caso de dúvida, deve-se verificar a alternativa que resulte em um menor Patrimônio Líquido, o que influencia o cálculo de custos.
Por exemplo, sendo duvidoso o recebimento de um direito ativado, deve ser baixado para o resultado (diretamente ou por meio da constituição de uma provisão), ou então, se um estoque, avaliado pelo custo de aquisição (mercadoria) ou de fabricação (produto), estiver ativado por um valor que exceda o seu valor de venda, deve ser reduzido ao montante deste último (custo ou mercado - dos dois o menor).
MATERIALIDADE
É necessário preocupar-se com o que é material, ou seja, analisando-se o custo-benefício, observando se o procedimento deve ou não ser realizado.
Um tratamento mais rigoroso não precisa ser adotado para itens cujo valor monetário é pequeno dentro dos gastos totais. Por exemplo, pequenos materiais de consumo industrial costumeiros são englobados e totalmente considerados como custo no período da sua aquisição, afim de simplificar o procedimento. Entretanto, no caso de materiais, um tratamento mais rigoroso deve ser utilizado.
Exemplificando: matéria-prima (31%); MOD (43%); depreciação (18%); manutenção (7%); e outros Custos (1%).
1.6 CONSISTÊNCIA
Se houverem várias maneiras divergentes para o registro contábil de um mesmo evento, sendo legais dentro dos princípios contábeis, deve-se optar pela mais consistente, devendo ser adotado o mesmo critério em todos os exercícios. Assim, para a apropriação de inúmeros custos de industrialização há a necessidade de adoção de critérios escolhidos entre várias alternativas diferentes.
Por exemplo, a empresa pode distribuir os custos de manutenção em função de horas-máquinas, valor do equipamento, média passada, etc. Todos são métodos aceitos, mas não podem ser utilizados indiscriminadamente em cada período. Após a adoção de um deles, deve haver consistência no seu uso, já que a mudança pode provocar alterações nos valores dos estoques e, consequentemente, nos resultados.
Entretanto, se houver necessidade de mudança de critério, deve ser feita a divulgação do seu efeito das demonstrações contábeis.
REFERÊNCIAS
BÄCHTOLD, Ciro; OLIVEIRA, Ester dos Santos. Princípios, Convenções e Teorias Contábeis Aplicados à Contabilidade de Custos. Apostila do Curso de Ciências Contábeis do Instituto Federal do Paraná. Curitiba, 2015. Disponível em: < https://docgo.net/embed/apostila-contabilidade-de-custos-ajustado-ciro>. Acesso em: 20 ago. 2018.
KROETZ, Cesar Eduardo S. Apostila de Contabilidade de Custos I. Apostila do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Ijuí, 2001. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/16234058/contabilidade_custos>. Acesso em: 19 ago. 2018.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2003.

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