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Resumo da Política Externa de Juscelino Kubitscheck

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Política Externa de Juscelino Kubitscheck (Resumo)
O período de 1956 a 1961 no Brasil é marcado como os “Anos Dourados” com a gestão desenvolvimentista de JK especialmente com o Plano de Metas e a construção de Brasília, que marcavam o quadro interno e dava força ao futuro progresso do país. Um dos objetivos mais articulados pelo presidente na época era a redução da desigualdade social e embora os resultados socioeconômicos fossem promissores a situação em plano internacional era completamente instável, onde a bipolarização do poder demarcava o cenário internacional. 
O quadro interno era complicado, mas promissor e o externo mais complicado devido ao conflito da guerra fria, principalmente na perspectiva continental EUA – Cuba – Brasil, onde as relações interamericanas ganhavam confrontos ideológicos calorosos. As barganhas brasileiras só tomariam eixos com o alinhamento de acordos multilaterais com os países sul americanos e o maior desafio da diplomacia brasileira foi justamente a dependência política com Cuba e a revolução armada de Fidel Castro. 
Esses precedentes somados à conjuntura doméstica no Brasil deu partida a Operação Pan Americana (OPA), garantindo autonomia na diplomacia brasileira no contexto de Guerra Fria mesmo com a contraposição dos EUA aos países latino americanos no âmbito econômico, que deveriam ser, pelo desejo estadunidense, de serem países provedores matéria prima. As interações latino americanas se montavam e adquiriam uma nova configuração diplomática, redefinindo as transformações econômicas não só do Brasil, mas boa parte da América do Sul. 
As pressões externas americanas não se apresentaram somente como diferenças do posicionamento econômico brasileiro com os Estados Unidos, mas também como cobrança de um posicionamento diplomático acerca da relações com a Argentina, que buscava manter relações com URSS e sensibilizando os diálogos devido à conjuntura internacional que ali se estabelecia entre EUA x URSS. Toda essa pressão vai contra o diálogo na troca de cartas entre os presidentes Richard Nixon e Juscelino Kubitschek para o lançamento da OPA, esse processo burocrático entre os atores de decisão mantinha o foco de realinhamento das relações BR – EUA e, por sua vez, garantia a autonomia da diplomacia brasileira. 
Embora a pressão doméstica vinda do Itamaraty que criticava fortemente o embasamento político que partia como premissa para o estabelecimento da OPA, o Ministério das Relações Exteriores se mostrava cooperar para a troca de cartas de JK, com ênfase em um tomador de decisão em destaque: o poeta modernista Augusto Frederico Schmidt, assessor político informal do presidente e responsável por preludiar o diálogo pelas cartas entre Kubitschek e Nixon. 
É possível aferir abalos específicos durante a gerência de Juscelino Kubitschek na visão da política doméstica que despertou o plano de metas desenvolvido e, essencialmente, na busca da independência diplomática no cenário de Guerra Fria, que houve resultados positivos no que se diz à política externa. Embora o cenário interno encontrava-se instável, especialmente no setor econômico por conta dos gastos investidos no “50 anos em 5”, generalizando o alto índice de inflação na economia brasileira.

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