Buscar

LIBERDADE PROVISÓRIA

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
*
LIBERDADE PROVISÓRIA
*
*
Art. 321
	“Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Código”.
	
*
*
1. Espécies
*
*
2. Finalidades da Fiança
Assegurar o comparecimento a atos do processo
Evitar a obstrução de seu andamento
Em caso de resistência injustificada à ordem judicial 
*
*
Art. 322
	“Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder a fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos.
	Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas”.
*
*
1. Arbitramento
Crimes com pena máxima cominada não superior a 4 anos
Autoridade policial
Crimes com pena máxima superior a 4 anos
Autoridade judiciária
Prazo de até 48 horas
*
*
Art. 322
	“Art. 322. Não será concedida fiança:
	I – nos crimes de racismo;
	II – nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos;
	III – nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
	
*
*
1. Inafiançabilidade
Crime de racismo
CF, art. 5º, XLII: “a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da Lei”
Lei 7.716/89 – racismo – sentido amplo – qualquer discriminação em razão de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional (art. 1º)
*
*
Crime de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos
CF, art. 5º, XLIII: “a lei considera crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem”
Lei n. 8.072/90, art. 2º (alterado pela Lei n. 11.464/07)
Crimes de Tortura – Lei n. 9.455/97
Tráfico de entorpecentes – Lei n. 11.343/06
Cabimento de liberdade provisória (HC n. 100949 – Plenário do STF)
*
*
Crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático
CF, art. 5º, XLIV: “constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático”.
Lei n. 7.170/83 (Lei de Segurança Nacional)
*
*
Art. 324
	“Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança:
	I – aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328 deste Código;
	II – em caso de prisão civil ou militar;
	III – (revogado)
	IV – quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva (art. 312)”.
*
*
1. Outras hipóteses de inafiançabilidade
Quebramento da fiança (341)
Prisão civil
Prisão militar
Caso de prisão preventiva
*
*
Art. 325
	“Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nos seguintes limites:
		I – de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de infração cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo, não for superior a 4 (quatro) anos;
	II – de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o máximo da pena privativa de liberdade cominada for superior a 4 (quadro) anos.
*
*
	§ 1º. Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá ser:
	I – dispensada, na forma do art. 350 deste Código;
	II – reduzida até o máxima de 2/3 (dois terços); ou
	III – aumentada em até 1.000 vezes.
		
*
*
1. Fixação
Situação econômica do indiciado ou acusado
Preso pobre
Dispensar (art. 350)
Decisão do juiz
Obrigações 
Comparecer a todos os atos do processo
Não se mudar de residência sem prévia permissão da autoridade 
Não se ausentar da comarca por mais de oito dias sem comunicar ao juiz onde possa ser encontrado
Redução (até 2/3)
Aumento (até 1000 vezes)
*
*
Art. 334
	“Art. 334. A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar em julgado a sentença condenatória”.
*
*
1. Prestar Fiança
Depósito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, títulos da dívida pública, federal, estadual ou municipal, ou em hipoteca inscrita em primeiro lugar (art. 330), ou ainda outros bens passíveis de valoração que possam ser convertidos em pecúnia após a condenação criminal.
Medida cautelar, caução, garantia
Marco temporal limite
Transito em julgado
*
*
2. Obrigações processuais (arts. 327 e 328)
Comparecimento perante a autoridade todas as vezes que for intimado para atos do inquérito e da instrução criminal e para o julgamento;
Não se mudar de residência sem prévia permissão da autoridade processante;
Não se ausentar de sua residência por mais de 8 (oito) dias, sem comunicar a autoridade processante o lugar onde será encontrado;
OBS.: Se o réu praticar nova infração penal dolosa, julgar-se-á quebrada a fiança.
*
*
Quebramento da fiança- art. 341
	“Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado:
	I – regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo justo;
	II – deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do processo;
	III – descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança;
	IV – resistir injustificadamente a ordem judicial;
	V – praticar nova infração penal dolosa.
*
*
Art. 343
	“Art. 343. O quebramento injustificado da fiança importará na perda de metade do seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposição de outras medidas cautelares ou, se for o caso, a decretação da prisão preventiva”.
*
*
1. Quebramento da fiança
Determinado pela autoridade judiciária
Consequências
Perda de metade do valor caucionado;
Imposição de outras medidas cautelares ou, se for o caso, decretação da prisão preventiva;
Impossibilidade, naquele mesmo processo, de nova prestação de fiança
A decisão pela quebra da fiança comporta Recurso em Sentido Estrito (Art. 581, VII, CPP)
*
*
Perda da fiança - arts. 344 e 345
	“Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, se, condenado, o acusado não se apresentar para o início do cumprimento da pena definitivamente imposta”
	“Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu valor, deduzidas as custas e mais encargos a que o acusado estiver obrigado, será recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei”
*
*
1. Perda da fiança
Determinado pela autoridade judiciária
Consequências
Perda da totalidade do valor caucionado (após deduções – pagamento das custas, da indenização do dano, da prestação pecuniária ou da multa – o que restar será destinado aos cofres federais)
Decisão que decreta a perda da fiança comporta recurso em sentido estrito (art. 581, VII, CPP) 
Se ocorrer em sede de execução comporta agravo em execução (art. 197, LEP)
*
*
Cassação da fiança
Quando for concedida por equívoco (art. 338, CPP)
Quando ocorrer uma inovação na tipificação do delito, reconhecendo-se a existência de infração inafiançável (art. 339, CPP)
Se houver aditamento da denúncia, acarretando a inviabilidade de concessão de fiança
Consequências
Fiança julgada inidônea ou sem efeito
Devolução do quantum da caução
Juiz deve verificar a necessidade da decretação de uma ou mais medidas cautelares diversas da prisão ou a imposição de prisão preventiva
*
*
Reforço da fiança (art. 340, CPP)
Exigido quando:
a autoridade tomar, por engano, fiança insuficiente
houver depreciação material ou perecimento dos bens hipotecados ou caucionados, ou depreciação dos metais ou pedras preciosas
 for inovada a classificação do delito
Caso não haja
o reforço:
Fiança será considerada sem efeito e réu poderá ser recolhido à prisão
Dispensa do reforço
Em face de situação de pobreza
*
*
Fiança sem efeito (inidoneidade da fiança)
Quando não houver reforço da fiança (art. 340, parágrafo único, CPP)
Quando transitar em julgado a sentença que houver absolvido o acusado ou declarada extinta a ação penal
Quando houver a cassação da fiança
Consequência
Restituição do valor, atualizado, a quem a prestou, sem desconto, salvo disposto no parágrafo único do art. 336, CPP. 
*
*
Conversão da liberdade provisória com fiança em liberdade provisória sem fiança
Se o indiciado já estiver em liberdade mediante fiança, nada impede que solicite ao juiz sua conversão em liberdade provisória sem fiança, nos termos do art. 310, parágrafo único, do CPP
Consequências da conversão
Quantum da fiança restituído a quem a prestou
*
*
Destinação da fiança
Réu condenado que se apresenta para cumprir pena
Devolução do valor dado em garantia, atualizado, abatendo-se o valor das custas, da indenização do dano, da prestação pecuniária e da multa (restituição parcial)
Réu absolvido
Valor restituído, sem desconto, devidamente atualizado
Declarada extinção da punibilidade
Valor restituído, sem desconto, devidamente atualizado
Obs. Se a extinção da punibilidade se der em razão da prescrição da pretensão executória, dar-se-á a restituição parcial (art. 337, c/c art. 336, parágrafo único, CPP).
Quebramento ou perdimento
Metade ou total do valor, respectivamente, destinado ao Fundo Penitenciário Nacional (FUNPEN), instituído pela Lei Complementar n. 79/1994.
*
*
Execução da fiança
Bens dados em garantia devem ser convertidos em dinheiro
Hipoteca
Execução promovida no juízo cível pelo órgão do Ministério Público
Pedras, objetos ou metais preciosos
Juiz determinará a venda por leiloeiro ou corretor

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando