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Sistemática vegetal Profª Ma. Ana Thais Araújo da Silva História da classificação dos organismos Aristóteles (384-322 a. C.) Organismos vivos: plantas e animais Teofrasto (371 -287 a. C.) – 500 espécies de vegetais classificados; Séculos XV e XVI – grandes navegações e conhecimento do Novo Mundo Centenas de novas espécies Vegetais e animais. História da classificação dos organismos Século XVIII – naturalistas Ciências naturais: botânica, zoologia e geologia Suiço Carl von Linné (1707-1778); Acreditava-se que as quantidades de espécies eram fixas desde a Criação. História da classificação dos organismos Teoria evolutiva introduziu o termo “taxonomia”. “Taxonomia” é a designação estabelecida pelo botânico suíço Augustin Pyrame de Candolle (1778-1841). Charles Darwin – organização em grupos baseados no seu aspecto estrutural. Sistemática vegetal Parte da Botânica que tem o objetivo de agrupar plantas dentro de um sistema. Finalidade de identificação, nomeclatura e classificação das plantas. Sistemas de classificação Sistemas artificiais: Baseiam-se em um único caráter ou poucos caracteres. Ex.: caráter flor. Sistemas naturais: Baseiam-se na afinidade natural de plantas, em diversos tipos de caracteres, relacionando-os. Sistemas filogenéticos: Baseiam-se na evolução, relacionando os diversos grupos com a filogênese (parentesco). Categorias taxonômicas Unidade fundamental: Espécie: Grupo de indivíduos que se assemelham, são capazes de cruzarem, originando descendentes férteis. Divisão: Subespécie ou forma; Raça ou variedades. Táxons Gênero: Conjunto de espécies que mais se assemelham. Família: Conjunto de gêneros que mais se assemelham. Terminação: ACEAE Ordem: Conjunto de famílias que mais se assemelham. Terminação: ALES Classe: Conjunto de ordens que mais se assemelham. Terminação: AE Divisão/Filo: Conjunto de classes que mais se assemelham. Terminação: PHYTA Classificação taxonômica Caracteres de semelhança Permitem reunir numa mesma categoria diversos elementos. Caracteres diferenciais Permite a separação dos taxa. Exemplo: Lippia sidoides – Alecrim-pimenta Lippia alba – Lipia Classificação taxonômica Caracteres de semelhança: Morfológicos, Fisiológicos, Químicos. Valor de predição: Se uma planta de uma determinado gênero contêm determinada substância com alguma ação farmacológica outra planta do mesmo gênero pode conter a mesma substância. Nome científico Binominal e Latin Nome popular ou vulgar: Borracha-chimarrona Nome genérico Nome específico Borago officinalis L. Nome do autor que descreveu a planta pela primeira vez Exemplo: Aroeira-do-Sertão Reino Plantae Divisão Anthophyta Classe Magnoliopsida Ordem Sapindales Família Anacardiaceae Gênero Myracrodruon Espécie M.urundeuva Sistema EICHLER 14 Coleta de plantas Finalidades Identificação; Coleções; Estudos morfológicos; Estudo químico e preparo de medicamentos. Identificação Identificação de espécies vegetais com propriedades toxicas ou medicinais; Comparação do material com exsicatas ou monografias; Coleta: Material mais completo possível, Presença de ramos florados, Informações: local da coleta, porte da planta, coloração das flores etc, Flores e frutos devem ser distendidas e prensadas entre papelão e papel absorvente. Coleções Herbários sistemáticos – coleções de plantas secas, identificadas e ordenadas, destinadas ao estudo e exposição, Museus – destinados a exposição, Coleções padrões – destinados a estudos farmacognósticos. Herborização Conjunto de operações que precedem a introdução de plantas no herbário sistemático Obtenção de exsicatas de plantas com interesse farmacêutico; Prensagem: Material é colocado entre folhas de papel absorvente Papel embrulho Papelão Tábuas de madeira. Secagem em estufa a 37°C. Rótulo: Nome popular, cor das flores e folhas, o porte, se é cultivada ou nativa, se nativa, o habitat. Nome, número do coletor e data e local da coleta. Herborização Exsicata Conservação Materiais delicados e pequenos, dos quais não se quer perder as características. Sementes, frutos e flores. Conservação Líquidos conservadores: Álcool: Desvantagem: descora o material, FAA (mesma desvantagem do álcool), Solução de sulfato de cobre e ácido sulfuroso: Solução de sulfato de cobre 5% - 2 horas, Água corrente – 1 hora, Ácido sulfuroso 5 a 6 % para conservar, Tampa com cera e breu. *processo excelente para conservação das cores verdes, amarelo e vermelho Museus e coleções padrões: Parte da planta ou o vegetal inteiro guardados em frascos devidamente rotulados. Estudos morfológicos Coletado de vários exemplares, Caule, Raiz, Folha, Flor, Fruto e semente. Fixadores: FAA , Karpechenko – impede a plasmólise do citoplasma. Caule Estudo da estrutura primária: Brotos apicais, Estudo do promeristema, meristemas apicais e estrutura primária propriamente dita. Estrutura secundária: Casca e lenho, Conservação com FAA, Corpos de prova. Amolecimento do caule Cortes histológicos. Fervura em panela de pressão, Fervura em água glicerinada 3:1, Imersão em glicerina por tempo prolongado, Glicerina quente adicionada de hidróxido de potássio, Imersão em etilenoglicol (1 hora). Raiz Estrutura primária: Região próximas aos pêlos absorventes. Estrutura secundária: Acima dos pêlos absorvente. Folha Estrutura de nervura central Estrutura do limbo Estrutura do pecíolo Estudo morfológico Flor: Fixadas com FAA ou Karpechenko, Separa-se as anteras se muito grandes, Podem ser flores inteiras ou separadas as sépalas e pétalas. Frutos e sementes: Podem ser seccionados, Fixados com FAA. Coleta para estudo químico Época, hora e local da coleta. Secagem: Ao sol, Sombra, Estufas. Estabilização: Estufas de 60 a 80 °C – 15 a 30 min. Microtécnica Microtécnica Estudo microscópico dos vegetais. Importante para os estudos das monografias de plantas. Coleta e preparo do material Preparado imediatamente, Dividido em pedaços pequenos, Raiz e caule: 0,5 a 1,0 cm Folha: 1,0 cm de largura e 0,5 cm altura, Flor, fruto e semente: conveniência. Fixação Finalidades: Manutenção do protoplasma sem distorções, Preservação e fixação dos detalhes mais finos, Endurecimento do material. FAA: fixação rápida (5 dias). Karpachenko: lento e suave (8 dias). Desidratação Para facilitar inclusão em parafina. Soluções crescentes de álcool, durante 24 horas cada: Álcool 30% Álcool 50% Álcool 70% Álcool 90% Álcool 97% 2 x álcool 100% Inclusão em parafina Banho de xilol – dissolvente de parafina. Inclusão em estufa de 56 a 58°C. Colocação das peças em blocos de parafina fundida. Montagem histológica Corte em micrótomo, Distenção dos cortes em água tépida (40°C) Montagem em lâminas (utiliza o fixador de Meyer). Desparafinização e hidratação, Coloração, Desidratação, Montagem com bálsamo do Canadá. OBRIGADA!