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Necrose caseosa e de liquefação

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UNIVERSIDADE PAULISTA
ESTÉTICA E COSMÉTICA
BIANCA DE FÁTIMA SERRA
GABRIELLE FERNANDES DA COSTA
PEDRO HENRIQUE MENGALI
RAFAELA NAZÁRIO FORTI
TAINÁ CRISTINA DE SOUZA MARTINS
Necrose caseosa e de liquefativa
SÃO JOSÉ DO RIO PARDO
2019
Introdução
A patologia é a ciência que estuda o significado da doença, de origem grega, Phathos significa doença e logos, o estudo. A patologia estuda as alterações estruturais, bioquímicas e funcionais das células, tecidos e órgãos, explicando os mecanismos pelos quais surgem os sinais e sintomas das doenças (KUMAR, ABBAS, FAUSTO, ASTER, 2010).
Quando sofremos uma lesão que não é reparada pelos mecanismos celulares, com o passar do tempo às células não se recuperam e acabam morrendo, podendo ser gerados por agentes lesivos internos e naturais internos, causando à morte celular, que é dividida em dois tipos, a necrose e a apoptose, que possuem diferentes papeis na fisiologia e na doença. (KUMAR, ABBAS, FAUSTO, ASTER, 2010).
A necrose é morte celular ou parte de um tecido que compõe o organismo, sendo associada à perda da integridade das membranas celulares, levando a liberação de enzimas derivadas dos lisossomos. As células lesadas são dissolvidas, causando a liberação de conteúdos celulares que geram o processo inflamatório tendo como objetivo eliminar células mortas e reparar tecidos. (KUMAR. V, ABBAS. K, ASTER.J.C. 2013).
Existem oito tipos de necrose, que são classificadas pela sua expressão morfológica que a célula e o tecido morto adquirem. Sendo elas a necrose de coagulação, liquefação, caseosa, gordurosa, gomosa, hemorrágica, fibrinóide e gangrenosa (MONTENEGRO, FRANCO, 2004).
Necrose liquefativa ou liquefação
A necrose liquefativa aparece em tecidos ricos em lipídeo e pobre em albuminas coagulativas. É caracterizado pela digestão das células mortas pelos fagócitos, que resulta na transformação do tecido em uma massa viscosa líquida, residual amorfa, geralmente composta por pus, na maioria das vezes o tecido morto se encontra liquefeito em uma consistência mole. (MONTENEGRO, FRANCO,2004). 
É observada em infecções por agentes biológicos ou por isquemias bacterianas focais e infecções fúngicas, onde os micróbios estimulam o acúmulo de células inflamatórias na região. (KUMAR, ABBAS, FAUSTO, ASTER, 2010).
A necrose de liquefação é resultado da ação de enzimas hidrolíticas poderosa, com dissolução rápida da enzimática e total absorção do tecido morto. (MONTENEGRO, FRANCO, 2004).
Esse tipo de necrose é característico da destruição pela isquemia do tecido cerebral que sendo rico em lipídeos, água e enzimas lisossomais é pobre em proteínas, sua capacidade de coagulação é diminuída, facilitando seu amolecimento e liquefação. (MONTENEGRO, FRANCO, 2004).
A necrose de liquefação do sistema nervoso central leva a formação de cavidades pseudocistos (cisto sem membrana limitante) preenchidas por restos de material liquefeito que persiste por toda a vida do indivíduo. Outra ocasião onde esse tipo de necrose pode ser encontrado é nas lesões produzidas por determinados micro-organismos, denominados bactérias piogênicas (gera pus). Aqui as enzimas das bactérias, das células mortas e dos leucócitos que afluem ao local da agressão contribuem para a digestão proteolítica liquefativa do tecido lesado (necrose liquefativa por heterólise). 		
Nestes casos, é observado que o produto final da heterolise é um líquido viscoso amarelado denominado pus, sendo o resultado da agressão celular por agente que irá provocar uma reação inflamatória supurativa, isto é, com muitos leucócitos. Quando o processo supurativo é localizado, ficando restrito a um ponto do órgão, é denominado abscesso. Caso contrário, se o processo é difuso, não tendo limites definidos, nos deparamos a um flegmão (inflamação piogênica com infiltração e propagação para tecidos); se o mesmo processo preenche uma cavidade pre-formada, com a cavidade torácica, a vesícula biliar, etc. denominaremos empiema. (MONTENEGRO, FRANCO, 2004).
Necrose caseosa
Necrose caseosa ou de caseificação é uma forma de necrose que recebe este nome devido a sua estrutura necrosada assemelhar -se grosseiramente a uma massa grumosa do queijo branco-amarelada, originando-se do latim caseum (queijo) cercada por uma borda inflamatória. (MONTENEGRO, M; FRANCO, M. 2004).
Esse tipo de necrose é frequentemente encontrada em focos de infecção tuberculosa, tularemia, histoplasmose em neoplasias malignas e em alguns tipos de infarto. Macroscopicamente apresenta-se a massa amorfa, esbranquiçada e sem brilho de consistência pastosa, passível de sofrer fragmentação e seca. (figura 1)
 Microscopicamente, há total ou quase total desaparecimento dos núcleos, há perda da arquitetura e detalhe celular. 
A área necrose caseosa é frequentemente encerrada dentro de uma borda inflamatória nítida; essa aparência é característica de um foco de inflamação conhecido como granuloma (KUMAR; ABBAS; ASTER; p-10. 2013)
Figura 1: comparativo da necrose caseosa com o queijo.
Fonte: http://carlosunlar.blogspot.com/2015/03/patologia-e-comida.html
Sendo ela uma combinação de duas necroses, coagulação e liquefação, que é basicamente o resultado da agressão celular pelo Mycobacterium tuberculosis, ou bacilo de Koach, em homenagem ao seu descobridor, o bacteriologista alemão Robert Koch, em 1882. Embora não seja exclusivo desta.
A tendência da Necrose caseosa é se calcificar ou ser eliminada para o exterior por vias naturais (como nos brônquios, no caso do pulmão). E a cavidade que se resulta chama-se caverna (MONTENEGRO, M; FRANCO, M. 2004).
Referências
PAULO, ALBUQUERQUE, FAUSTO, ASTER. Patologia: bases patológicas das doenças. Editora Elsevier 8ed. Rio de Janeiro. 2010.
KUMAR. V, ABBAS. K, ASTER.J.C. Patologia básica. Editora Elsevier 9 edições. Rio De Janeiro. 2013.
 
SANTOS, J, A. Patologia Geral dos Animais Domésticos (Mamíferos e Aves) –1° edição. Acesso em 07 de março de 19. Disponível em: http://www.fo.usp.br/lido/patoartegeral/patoartenec.htm
"Tuberculose" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2019. Consultado em 27/02/2019 às 12:14. Disponível na Internet em https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/tuberculose.php.
MONTENEGRO, M, R; FRANCO, M. Patologia processos gerais. Editora Atheneu, 4 Ed. São Paulo. 2004.
KUMAR, ABBAS, FAUSTO, ASTER. Patologia: bases patológicas das doenças. Editora Elsevier 8ed. Rio de Janeiro. 2010.
RUBIN, E. Patologia-Bases clinicopatologicas da medicina. 4º, São Paulo: Guanabara Kooga, 2005.

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