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CURSO DE MEDICINA TUTORIA UNIDADE V SITUAÇÃO PROBLEMA 1: “O bolo queimou! ” MINEIROS/GO 2020 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MINEIROS CURSO DE MEDICINA TUTORIA UNIDADE V SITUAÇÃO PROBLEMA 1: “O bolo queimou! “ Maria Clara Trettel de Oliveira Mariana Oliveira Fernandes Matheus de melo Barros Matheus Fleury Alves (relator) Mydian Gabriela dos Santos Fernandes Natália Hugueney Hidalgo Nathalia Martins Carneiro Rafaella Ciconello Dal Molin Sara Leite Lira Santos Vinícius de Souza Fernandes Tamillis Martins Barbosa Willy Johnny Araújo Docente/Tutor: Dr. Severino Correia do Prado Neto MINEIROS/GO 2020 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 4 2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 5 2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 5 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 5 3. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 6 3.1. Compreender os tipos de agentes agressores (físicos, químicos, biológicos e psicossociais) ................................................................................. 6 3.2. Elucidar o processo de lesão e reparo/cicatrização tecidual ..................... 7 3.3. Identificar os níveis/graus de queimaduras (descrever) e principais ações terapêuticas em cada uma ................................................................................. 10 3.4. Caracterizar a fisiologia da cascata inflamatória, tendo em vistas as principais enzimas e seus produtos ................................................................. 11 Inflamação Aguda ............................................................................................ 11 3.5. Identificar os sinais cardinais da inflamação e como ocorrem ................ 15 3.6. Diferenciar os tipos de inflamação (Aguda e Crônica) .............................. 16 3.7. Apontar os mecanismos de ação dos anti-inflamatórios (AINEs e corticoides) ......................................................................................................... 17 3.8. Discutir os principais marcadores laboratoriais da resposta inflamatória ............................................................................................................................. 20 4. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 21 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 23 4 1. INTRODUÇÃO O organismo está sujeito a inúmeras agressões ao longo da vida, estas podem se diferir quanto ao agente causador, mas todas são capazes de lesar os tecidos celulares, em consequência a tal fato há reações orgânicas que visam não só reparar o local lesado a fim de possibilitar a retomada habitual das funções, embora em alguns casos não se é possível adequadamente, como ainda objetivam proteger a área de invasões de agentes externos, o que em consequência provoca o processo inflamatório (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). As queimaduras são abordadas em específico, estas podem decorrer de inúmeras causas (térmicas, químicas, biológicas), mas todas implicam em alguma lesão que pode ser classificada de acordo com a gravidade e dano ocasionado; divide- se do primeiro ao quarto grau, o último é o mais preocupante e há grande risco à vida, portanto é essencial o conhecimento para caracterizar as queimaduras e proceder de maneira adequada com as devidas ações terapêuticas (VALE, 2005). Salienta-se ainda que compreender como decorre uma inflamação é de suma importância para a prática médica, já foi mencionado que toda lesão implica processo inflamatório, inclui-se a tal fato as queimaduras, assim inúmeras enfermidades resultam em tal reação orgânica; o que confere importância ao entendimento adequado da cascata inflamatória, os medicamentos que a inibem (estereoidais ou não), os tipos de inflamação e os marcadores laboratoriais para identificação (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). 5 2. OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Compreender o processo inflamatório frente a uma agressão. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Compreender os tipos de agentes agressores (físicos, químicos, biológicos e psicossociais); Elucidar o processo de lesão e reparo/cicatrização tecidual; Identificar os níveis/graus de queimaduras (descrever) e principais ações terapêuticas em cada uma; Caracterizar a fisiologia da cascata inflamatória, tendo em vistas as principais enzimas e seus produtos; Identificar os sinais cardinais da inflamação e como ocorrem; Diferenciar os tipos de inflamação (Aguda e Crônica); Apontar os mecanismos de ação dos anti-inflamatórios (AINES e corticoides); Discutir os principais marcadores laboratoriais da resposta inflamatória. 6 3. DESENVOLVIMENTO 3.1. Compreender os tipos de agentes agressores (físicos, químicos, biológicos e psicossociais) Há diversos mecanismos agressores que podem contribuir para que ocorra uma lesão celular. Dessa forma eles são divididos em agentes agressores celulares extrínsecos (físico, químico e mecânico) e intrínsecos (distúrbios imunológicos e nutricionais e hipóxia) (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). Os agressores físicos são os traumas mecânicos, radiações, variações extremas de temperatura, alterações na pressão atmosférica e choques elétricos que trazem grandes efeitos maléficos nas células. Já os agentes químicos são capazes de fazer uma lesão tecidual mesmo a partir de substâncias inócuas (glicose, sal, água), mas também de venenos, poluentes do ar, monóxido de carbono (CO), inseticidas, drogas lícitas ou ilícitas que são capazes de perturbarem o equilíbrio osmótico, a permeabilidade da membrana e a integridade da enzima/cofator podendo até mesmo culminar em morte celular. Os agentes biológicos também são agressores celulares que podem trazer grandes disfunções, como os vírus, fungos e parasitas (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). Os distúrbios genéticos já se diferem por serem agressores devido alguma deficiência de proteínas funcionais, defeitos nas enzimas seja por erros no metabolismo ou no DNA, acarretando muitas vezes mortes teciduais, além de que este distúrbio acaba dando maior suscetibilidade para os agressores químicos e físicos causarem mais lesões celulares. Há também os distúrbios nutricionais em que há deficiência calórica-proteica, avitaminose, desnutrição, anorexia, doenças metabólicas e obesidade que causam de várias lesões celulares que podem culminar para a morte celular. Os distúrbios por mecanismo imune como doenças autoimunes, inflamações crônicas e a hipersensibilidade também podem ser agressivos as células. E por fim, a hipóxia ou a privação do oxigênio se caracteriza por ser um agressor celular, pela perda de suprimento sanguíneo, a falha de transporte de oxigênio ou na ação de enzimas oxidativas (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). 7 3.2. Elucidar o processo de lesão e reparo/cicatrização tecidual Na questão do processo da lesão celular, decorre ao submeter as células a um estresse tamanho que já não são capazes de se adaptar, ou quando são expostas a agentes nocivos. Algumas das principais causas de lesão são hipóxia, isquemia, os agentes físicos/químicos, os agentes infecciosos e as reações imunológicas (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). Inicialmente a lesão se manifesta por meio de alterações funcionaise morfológicas reversíveis. Entretanto, dependendo da progressão do dano, pode passar a manifestar alterações irreversíveis denominada morte celular. Existem ainda dois tipos de morte celular, a apoptose e a necrose. Apoptose é a via de morte celular programada que é induzida por um programa intracelular extremamente regulado, no qual as células destinadas a morrer ativam enzimas que degradam seu DNA nuclear e as proteínas citoplasmáticas (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). Tal fenômeno pode ser desencadeado por diversos fatores como, ligação de moléculas a receptores de membrana, agentes quimioterápicos, radiação ionizante, danos ao DNA, choque térmico, falta de fatores de crescimento, baixa quantidade de nutrientes e níveis aumentados de espécies reativas do oxigênio. Portanto, a apoptose celular pode estar presente tanto em situações fisiológicas e quanto condições patológicas. Diferentemente, a necrose se caracteriza pelo tamanho celular aumentado, extravasamento de conteúdo celular ao meio externo, aumento da eosinofilia, alterações nucleares e membrana plasmática danificada (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). O reparo celular, é o processo de cura de lesões teciduais e pode ocorrer por regeneração ou cicatrização; a primeira ocorre quando há pouca lesão no estroma, é ocasionada pela proliferação de células e tecidos para substituir a parte lesada que já não desempenha mais o seu papel adequadamente. A regeneração depende do tipo celular afetado, assim, observa-se a existência das células lábeis, que apresentam uma grande capacidade regenerativa, são representadas pela pele, mucosas, ductos e tecidos hematopoiéticos. Observa-se também a existência das células estáveis que são células que apresentam capacidade de regeneração, entretanto, não a mesma facilidade que as células lábeis, exemplificadas pelas células do fígado, do rim e do pâncreas. E, por fim, existem as células permanentes que são células que não 8 possuem capacidade de regeneração, a exemplo do tecido nervoso (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). Na cicatrização, ocorre deposição de tecido conjuntivo, consiste em uma cascata coordenada de eventos celulares e moleculares, que interagem para que ocorra a repavimentação e a reconstituição do tecido. Esse processo envolve diversos grupos celulares e vários fenômenos bioquímicos e fisiológicos que interagem de forma harmoniosa a fim de garantir a restauração tissular. É de suma importância, entender os processos de cicatrização, que são divididos pelas seguintes fases que ocorrem quase simultaneamente; coagulação, inflamação, proliferação, contração da ferida e remodelação (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). Após o início da ferida se inicia o processo da coagulação, fase determinada pela presença da cascata de mesmo nome, da atividade plaquetária e uma grande liberação de produtos. Assim observa-se a liberação de substâncias vasoativas, proteínas adesivas, fatores de crescimento e proteases que irão ditar a manifestação das demais fases. O coágulo apresenta como função, não somente a cooptação das bordas das feridas, mas também cruzar as fibronectinas fazendo com que os fibroblastos e os queratinócitos possam ingressar na ferida (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). Na segunda fase, a inflamação, intimamente ligada à fase anterior, depende de inúmeros mediadores químicos, células inflamatórias, como os leucócitos polimorfonucleares (PMN), macrófagos e linfócitos. Os PMN chegam no momento da injúria tissular e ficam por período que varia de três a cinco dias, são eles os responsáveis pela fagocitose das bactérias. O macrófago é a célula inflamatória mais importante dessa fase, permanece do terceiro ao décimo dia, fagocita bactérias, desbrida corpos estranhos e direciona o desenvolvimento de tecido de granulação (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). Os linfócitos aparecem na ferida em aproximadamente uma semana, seu papel ainda não é bem definido, porém se sabe que com suas linfocinas, detém importante influência sobre os macrófagos. Além das células inflamatórias e dos mediadores químicos, a fase inflamatória conta com o importante papel da fibronectina, sintetizada por uma variedade de células como fibroblastos, queratinócitos e células endoteliais, ela adere, simultaneamente à fibrina, ao colágeno e a outros tipos de células, funcionando assim como uma cola para consolidar o coágulo de fibrina, as células e os componentes de matriz (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). 9 A Proliferação pode ser separada em três subfases, e é responsável pelo "fechamento" da lesão. A primeira das fases da proliferação é a reepitelização, ocorre a migração de queratinócitos não danificados das bordas da ferida e dos anexos epiteliais quando a ferida é de espessura parcial e apenas das margens nas de espessura total. Desse modo, ocorre o aumento das mitoses devido a liberação de fatores de crescimento (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). A segunda fase da proliferação inclui a fibroplasia e formação da matriz, que é extremamente importante na formação do tecido de granulação que depende do fibroblasto, célula crítica na formação da matriz, não só produz colágeno, mas também elastina, fibronectina, glicosaminoglicana e proteases, estas responsáveis pelo desbridamento e remodelamento fisiológico. A última fase proliferação é a angiogênese, essencial para o suprimento de oxigênio e nutrientes para a cicatrização. Inicialmente as células endoteliais migram para a área ferida, a seguir ocorre a proliferação das células endoteliais, acesso para as células responsáveis pelas próximas fases (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). A contração da ferida é o movimento das bordas das feridas, ocorre somente nas feridas de espessura total, não ocorrendo nas de espessura parcial. É responsável pela manutenção da coesão celular. E por fim, ocorre o processo de remodelação, na qual as fibras colágenas tentam minimizar os efeitos da reparação tecidual (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). Um dos principais tipos de regeneração do epitélio, é a cura de feridas cutâneas, pode-se ocorrer por primeira ou segunda intenção. Um dos exemplos mais simples de reparo de ferida por primeira intenção é o reparo de uma incisão cirúrgica limpa não infectada aproximada por suturas cirúrgicas (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). No caso da cura por segunda intenção, a reação inflamatória é mais intensa, com formação de abundante tecido de granulação, acumulação de matriz extracelular e formação de uma grande cicatriz, seguida por contração da ferida mediada pela ação dos miofibroblastos. Se difere da primeira intenção devido alguns fatores, como a formação de um coágulo rico em fibrina na superfície da ferida, a inflamação ser mais intensa, tem maior volume de tecido de granulação, envolve a contração da ferida (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). 10 3.3. Identificar os níveis/graus de queimaduras (descrever) e principais ações terapêuticas em cada uma Queimadura de primeiro grau: neste tipo de lesão, a camada mais superficial da pele, ou seja, a epiderme é atingida, há presença de eritema, muita dor e ocorre o processo de descamação em poucos dias. Como exemplo, pode-se citar a queimadura pela exposição solar de maneira excessiva ou em horários inapropriados. As principais ações terapêuticas são ambulatoriais e consistem em controlar a dor e cuidados locais da área queimada. A analgesia pode ser feita por via oral e o uso de corticosteroides em loção para reduzir as possíveis inflamações é recomendado (VALE, 2005). Segundo grau: neste tipo de lesão tanto a epiderme, quanto a derme são atingidas, há presença de dor, edema e bolhas. Pode ser dividida superficial e profunda, como exemplo pode-se citar os ferimentos com líquidos superaquecidos, que podem ser superficiais ou profundos, variam de acordo com a temperatura que foi submetida. A ação terapêutica consiste em analgesiaimediata, por via endovenosa e posteriormente o controle da dor pode ser feito por via oral a cada quatro ou seis horas, controlada a dor pode-se proceder a excisão das bolhas grandes, deixando intactas as pequenas. Além disso, se necessário deve haver o debridamento dos tecidos desvitalizados, no qual se realiza a limpeza da ferida. Após isso, é necessário cobrir com atadura de gaze e enfaixar o local atingido, para evitar possíveis exposições ao ambiente e assim inflamações mais severas. Deve-se verificar também a proteção antitetânica do indivíduo, visto que é necessário para a prevenção de outros males, além disso o paciente pode ser submetido às trocas de curativos semanais que variam de acordo com a ferida e o diagnóstico médico (VALE, 2005). Lesão de terceiro grau: um nível grave, visto que todos os tecidos são atingidos. Além da epiderme, derme, os tecidos celulares subcutâneos e ósseos também podem ser afetados e é caracterizada por ser indolor, como exemplos têm as queimaduras de origem química, elétrica ou térmica. As ações terapêuticas consistem em medicação via endovenosa e mais alguns atendimentos ambulatoriais são necessários, tais como: Controle da função respiratória, no qual deve-se instituir oxigênio terapia por cateter nasal, a intubação em caos de insuficiência respiratória aguda é 11 recomendável em casos de inalação de fumaça, queimaduras faciais e queimaduras circulares do pescoço; Controle hemodinâmico, visto que nos casos de queimaduras graves, há perdas plasmáticas e a demora na reposição expõe a vítima a risco de choque hipovolêmico. Por isso, deve ser feita a hidratação parenteral com reposição hidroeletrolítica; Controle da dor, no qual devem ser empregados agonistas morfínicos via endovenosa e se necessário mantida por via oral; Acondicionamento para transporte, visto que se necessário transporte para unidade de queimados, ou seja, locais mais especializados, algumas recomendações são necessárias. Deve ser feita a proteção da ferida e proteção térmica do paciente com cobertores para evitar hipotermia (VALE, 2005). Lesão de quarto grau: acontece quando há processo de carbonização ou quando camadas mais profundas do corpo são atingidas, tais como; os ossos, as cavidades corpóreas, os músculos e as articulações (VALE, 2005). 3.4. Caracterizar a fisiologia da cascata inflamatória, tendo em vistas as principais enzimas e seus produtos Inflamação Aguda Segundo Cruvinel et. al (2010), a inflamação aguda nada mais é do que a resposta imediata, que o corpo desenvolve, após o reconhecimento/chegada de um agente nocivo. De maneira geral, essa resposta sempre ocorre seguindo os mesmos processos, sendo: 1º. Alterações do calibre e fluxo; 2º. Aumento de permeabilidade; 3º. Migração de leucócitos. Desta forma, sabe-se que as alterações vasculares têm como principal objetivo aumentar o fluxo sanguíneo para facilitar a chegada de proteínas plasmáticas e elementos sanguíneos no local da agressão. O aumento da permeabilidade é o fator responsável pelo extravasamento do líquido (que provoca o edema) rico em proteínas 12 e células de defesa. A migração de leucócitos corresponde a essa movimentação de células de defesa para atuarem nessas regiões agredidas (CRUVINEL et el., 2010). 1. Alterações no calibre e fluxo vascular. Inicialmente, tem-se uma vasoconstrição transitória que é seguida de uma vasodilatação. Esse segundo evento ocorre em decorrência da liberação de histamina pelos mastócitos, quando são excitados pelo agente agressor (KUMAR et al., 2008). 2. Permeabilidade vascular aumentada O aumento da permeabilidade vascular ocorre devido a ação da histamina, bradicinina, citocina e de outras proteínas. O principal resultado do aumento de permeabilidade é o edema, pois com uma maior permeabilidade, tem-se mais extravasamento de líquido intersticial, rico em proteínas e elementos figurados do sangue (KUMAR et al., 2008). O extravasamento dessas substâncias do sangue, faz com que a concentração de células vermelhas (remanescentes) dentro do vaso aumente, resultando aumento da viscosidade da viscosidade sanguínea. O sangue mais viscoso provoca a lentificação da circulação (estase) e, depois, marginação leucocitária. Isso se dá porque as hemácias têm fluxo central e os leucócitos, um fluxo mais marginal. Com a estase, os leucócitos tendem ainda mais realizar marginação (CRUVINEL et al., 2010). Em condições normais, a pressão hidrostática arterial é próxima da pressão coloidosmótica venular, porém em um quadro inflamatório agudo a pressão venular cai, o que resulta no extravasamento do líquido, que resulta no edema. Há a ainda a possibilidade de ocorrer lesão endotelial por descontinuidade na parede vascular, devido a esse extravasamento (CRUVINEL et al., 2010). Segundo Kumar et al (2008), os principais mecanismos de formação das fendas são: I. Por contração das células endoteliais, através da ação de histamina e leucotrienos. O principal local de formação dessas fendas são as vênulas. II. Através da reorganização do citoesqueleto, que leva ao afastamento das endoteliais, formando a fenda propriamente dita (alteração estrutural). Essa reorganização ocorre principalmente por ação das citocinas ou por hipóxia. 13 III. Por lesão direta da célula endotelial, como nos casos das queimaduras da célula endotelial promovendo formação de fendas. IV. Através de lesão mediada por leucócitos que, através de seus grânulos lesivos, “danificam” as células do endotélio. Pode ocorrer em vênulas, capilares glomerulares e pulmonares. Esse mecanismo é um dos últimos que ocorrem, pois além da atividade leucocitária, depende da quimiotaxia. V. O último mecanismo é por transcitose aumentada, que corresponde à formação, de canais, constituídos principalmente de vacúolos citoplamáticos, que levam à saída dos líquidos e proteínas. Os principais mediadores desse tipo são os fatores de crescimento do endotélio vascular (VEGF) 3. Eventos celulares (migração de leucócitos) Em seu livro, Abbas, Lichtman e Pillai (2012) deixam claro que os eventos celulares correspondem à migração propriamente dita das células de defesa e são decorrentes de alterações do lúmen, diapedese e quimiotaxia. Durante a movimentação das células de defesa, os primeiros a chegarem no local necessário são os neutrófilos. Para que seja possível a migração, os seguintes eventos ocorrem dentro do lúmen: marginação, rolamento (adesão frouxa), adesão (aderência firme) e, por último, a liberação de colagenases. Os processos citados acima são resultado do encaixe complementar entre as moléculas de adesão presentes no leucócito e no endotélio. As moléculas de adesão são classificadas em quatro famílias, sendo: selectinas (com E, P e L todas localizadas no endotélio), imunoglobulinas, Integrinas e glicoproteínas, cujos mecanismos estão citados abaixo (ABBAS; LICHTMAN & PILLAI, 2012). Selectinas: Inicialmente, elas se ligam às moléculas de açúcar e posteriormente a imunoglobulinas. O aumento de aderência que ocorre através desses ligamentos de selectina é extremamente importante paro o rolamento. Integrinas: Através de um estímulo endotelial, tem-se a liberação de moléculas que aumentam a concentração de integrinas, que vem principalmente dos leucócitos. O principal papel das integrinas é aumentar a adesão entre endotélio e leucócito, que corresponde ao fenômeno da 14 adesão. Elas ligam-se aos ICAMs e VCAMs, que são elementos das imunoglobulinas. Glicoproteínas: A mais comum é a PeCAM-1 (ou também conhecida de antígeno CD31) que pode ser encontrada na superfície das plaquetas, monócitos, granulócitos, células B e na junção intracelular endotelial e nos leucócitos, promovendo uma maior aderência entre elementos figurados e endotélio, que no caso dos leucócitos,permite a transmigração. Como essas moléculas de adesão atuam? Primeiramente, as P-selectinas promovem uma redistribuição das moléculas de adesão, o que acaba produzindo um estímulo inflamatório que resulta na produção de citocinas. O aumento da concentração de citocinas estimula o corpo a produzir mais moléculas de adesão, que serão utilizadas nos mecanismos citados anteriormente (CRUVINEL et al., 2010). Quimiotaxia Em “Patologia básica”, Kumar et al. (2008) Descreve a quimiotaxia como a movimentação orientada ao longo de um gradiente químico, podendo esse ser: Endógenas: constituídas, principalmente, por moléculas do sistema complemento (C3a, C5a), metabólitos do ácido araquidônico (eicosanoides) e citocinas (produzidas por macrófagos e leucócitos). Exógenas: Produtos bacterianos. Sistema complemento Juntamente aos anticorpos, é o principal regulador humoral do processo inflamatório, sendo composto por um conjunto de proteínas (solúveis no plasma ou expressas na membrana celular). Pode ser ativado através de três vias (clássica, alternativa e via das lectinas ligadoras de manose), constituídas de diversos mecanismos. A ativação dessas vias contribui para a integração dos mecanismos efetores da imunidade inata e adaptativa (YTURRY-YAMAMOTO & PORTINHO, 2001). 15 I. Via clássica É regulada pelo inibidor de C1 (C1-INH) e pode ocorrer sob dois mecanismos, um dependente de anticorpos e outro independente. Mecanismo dependente de anticorpos: ocorre quando a proteína C1 interage com complexos antígeno-IgM ou agregados (substratos) antígeno-IgG. Mecanismo independente de anticorpos: ocorre quando poliânions (como heparina, protamina, DNA ou RNA), bactérias Gram-negativas ou proteína C reativa reagem diretamente com C1. II. Via das lectinas Essa via é independente de anticorpos e ocorre quando a lectina ligante de manose (MBL), que é uma proteína sérica, se encontra e reage (liga) com grupos de manose, frutose ou N-acetilglicosamina na parede celular bacteriana, na parede de leveduras ou nos vírus. III. Via alternativa Esta é regulada pela properdina, fator H e fator acelerador de degradação (CD55) e ocorre, principalmente, quando algum componente da superfície celular de qualquer microrganismo corre quando componentes da superfície celular de microrganismos ou até Imunoglobulinas destroem, estruturalmente, pequenas quantidades do componente C3. 3.5. Identificar os sinais cardinais da inflamação e como ocorrem Os sinais cardinais são manifestações externas da inflamação, assim, se destacam o rubor, calor, dor, tumor e perda de função, dessa forma, observa-se que eles ocorrem devido a alterações vasculares e recrutamento e ativação dos leucócitos (STAFOCKER, 2020). Rubor: vermelho por causa da dilatação dos vasos Dor: causada pelo aumento da pressão exercido pelo acúmulo de fluído intersticial Calor: aumento do fluxo sanguíneo (hiperemia arterial) e em consequência, aumento da temperatura local 16 Tumor: acúmulo extra vascular de fluído Perda de função: decorre do edema e da dor que dificultam as atividades locais 3.6. Diferenciar os tipos de inflamação (Aguda e Crônica) Inflamação aguda É a resposta rápida inicial (em minutos) e de curta duração (horas ou poucos dias), à infecções e danos teciduais. As principais características são a exsudação de fluido e proteínas plasmáticas (edema) e a emigração dos leucócitos polimorfo nucleares (neutrófilos). Detém possui três processos importantes, sendo eles a dilatação dos pequenos vasos, o aumento da permeabilidade da microvasculatura e a emigração de leucócitos (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). O aumento da permeabilidade vai acontecer por que a contração do endotélio vai aumentar os espaços interendoteliais e consequentemente o extravasamento. Esse processo ocorre por mediadores como histamina e bradicinina, é uma resposta chamada de transitória imediata porque acontece logo após a exposição ao mediador. A emigração de leucócitos é de principalmente de neutrófilos, o caracteriza particularmente essa inflamação, apesar também haver macrófagos (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). Por fim, é valido pontuar também os cinco sintomas cardinais da inflamação aguda. Sendo eles: rubor, calor, dor, comprometimento da função e tumor (edema) (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). Inflamação crônica Resposta de longa duração (semanas ou meses) à lesão tecidual, e sucede da inflamação aguda, tem a presença, principalmente, de macrófagos e linfócitos; ocorre também o aumento dos vasos sanguíneos e uma particularidade é a deposição do tecido conjuntivo. E pode decorrer das seguintes causas: infecções persistentes, doenças de hipersensibilidade, autoimunidade ou exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). Em relação as características morfológicas, diferentemente da inflamação aguda (alterações vasculares, edema, infiltração neutrofílica), a crônica tem prevalência de macrófagos M1 (pro-inflamatório) e M2 (anti-inflamatório), linfócitos T, B e natural killer, plasmócitos, mastócitos, células dendríticas, eosinófilos, destruição 17 tecidual (induzida pelo agente agressor ou pelas células inflamatórias) e reparo tecidual (regeneração ou cicatrização dos tecidos lesados); quanto a classificação da inflamação crônica, pode ser granulomatosa ou não granulomatosa (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). A inflamação não granulomatosa é caracterizada por seus infiltrados serem compostos de linfócitos, mastócitos, eosinofilos, plasmócitos, monócitos, distribuídos nos arredores vasculares e/ou no interstício podendo se associar ou não a folículos linfoides. Já a inflamação granulomatosa é caracterizada por macrófagos ativos, juntamente com linfócitos T, podendo as vezes estar associada a necrose central, e forma granulomas como tentativa de barrar um agente agressor forte de difícil eliminação. Nesse processo, tem-se a intensa ativação de linfócitos T - consequentemente ativação dos macrófagos, que pode causar lesão aos tecidos normais (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). É valido pontuar também que os granulomas podem sofrer necrose secundaria dos tipos caseosa (bactérias/fungos) e gomosa (bactéria/parasita), além de ser classificada em mais dois grupos, imunogênicos (muitos macrófagos modificados, dependentes de linfócito T) e não imunogênicos (células gigantes multinucleadas com acumulo de macrófagos, poucas células epiteliais e linfócitos associados) (KUMAR; ABBAS & FAUSTO, 2016). 3.7. Apontar os mecanismos de ação dos anti-inflamatórios (AINEs e corticoides) AINEs Anti-inflamatórios não esteroidais, são fármacos que proporcionam alívio sintomático de febre, dor e edema em artropatia crônica, como ocorre na osteoartrite, na artrite reumatoide e em afecções inflamatórias como fraturas, entorses, traumas esportivos e outras lesões de partes moles. Eles são também úteis no tratamento de dores pós-operatórias, odontológicas, menstruais e para o alívio de cefaleias e enxaqueca. Vários AINESs estão à disposição para venda livre e são amplamente usados para tratar dores e desconfortos menores e outras doenças. Também há diversas formulações disponíveis, incluindo comprimidos, injeções e géis. Sendo assim, sua ação farmacológica primária está relacionada com sua habilidade 18 compartilhada de inibir a enzima COX de ácidos graxos, impede desse modo a produção de prostaglandinas e tromboxanos (RANG et al., 2012). A maioria dos AINEs tradicionais inibem tanto a COX-1 como a COX-2, embora a sua potência relativa para cada isoforma seja diferente. Acredita-se que a ação anti- inflamatória e provavelmente a maioria das ações analgésicas e antipiréticas dos AINEs esteja relacionada à inibição de COX-2, enquanto seus efeitos indesejáveis particularmenteos que afetam o trato gastrointestinal resultem sobretudo de sua inibição de COX-1(RANG et al., 2012). Em 1971, foi demonstrado que a ação de inibir a biossíntese de prostaglandinas através da ação direta na enzima COX, e estabeleceu-se a hipótese de que esta única ação explica as suas ações terapêuticas e a maioria dos efeitos colaterais. Esses fármacos têm três processos terapêuticos principais, fundamentados na supressão da síntese de prostanoides em células inflamatórias principalmente por inibição da isoforma COX-2 (RANG et al., 2012). Efeito anti-inflamatório: a diminuição da prostaglandina E2 e da prostaciclina reduz a vasodilatação e, indiretamente, o edema. O acúmulo de células inflamatórias não sofre redução direta. Efeito analgésico: diminuição da geração de prostaglandinas significa menos sensibilização de terminações nervosas nociceptivas aos mediadores inflamatórios, como a bradicinina e a 5-hidroxitriptamina. O alívio da cefaleia provavelmente decorre da diminuição da vasodilatação mediada pelas prostaglandinas. Efeito antipirético: no sistema nervoso central a interleucina-1 libera prostaglandinas, que elevam o ponto de ajuste hipotalâmico para o controle da temperatura, causando febre. A ação terapêutica é impedir esse mecanismo. Os AINEs importantes são aspirina, ibuprofeno, naproxeno, indometacina, piroxicam e paracet. A maioria inibe apenas a reação de dupla oxigenação inicial, os mesmos são geralmente inibidores “competitivos reversíveis” rápidos de COX-1, mas existem diferenças na cinética. A inibição de COX-2 é mais dependente do tempo e costuma ser irreversível. Para bloquear as enzimas, os AINEs penetram no canal hidrofóbico, formando pontes de hidrogênio com um resíduo de arginina na posição 120, impedindo, desse modo, que os substratos (ácidos graxos) entrem no domínio catalítico. Além da inibição da COX, outras ações podem contribuir para os efeitos 19 anti-inflamatórios de alguns AINEs. Os radicais reativos de oxigênio produzidos por neutrófilos e macrófagos estão implicados na lesão tecidual em algumas afecções, e alguns desses fármacos têm efeito removedor de radicais de oxigênio, bem como atividade inibitória da COX, e assim podem diminuir a lesão tecidual (RANG et al., 2012). Anti-inflamatórios esteroidais Os glicocorticoides exógenos são os fármacos anti-inflamatórios por excelência, e, quando administrados terapeuticamente, inibem as manifestações do sistema imune, tanto inato como adaptativo. Revertem praticamente todos os tipos de reações inflamatórias causadas por patógenos invasores, por estímulos químicos ou físicos, ou por respostas imunes desencadeadas inadequadamente, como ocorre na hipersensibilidade ou na doença autoimune. Quando usados profilaticamente para inibir a rejeição de enxertos, os glicocorticoides são mais eficazes ao inibir o início e a propagação da resposta imune do que ao inibir as manifestações de uma resposta já estabelecida, na qual a proliferação clonal já ocorreu (RANG et al., 2012). De acordo com Rang et al (2012), as ações anti-inflamatórias e imunossupressoras conhecidas incluem: Inibição da transcrição dos genes da ciclo-oxigenase-2, citocinas e interleucinas, moléculas de adesão celular e a forma induzida da sintase de óxido nítrico; Bloqueio da indução do gene da osteocalcina, mediada por vitamina D3, nos osteoblastos, e modificação da transcrição dos genes da colagenase; Síntese e liberação aumentadas de fatores anti-inflamatórios como a anexina- 1, que tem efeitos anti-inflamatórios potentes nas células e na liberação de mediadores, além de possíveis efeitos na mediação de retroalimentação (feedback) negativa ao nível do hipotálamo e adeno-hipófise. Inibição da ação da PLA2, que libera AA a partir das membranas celulares, reduzindo, assim, a síntese de ácido araquidônico, o precursor das prostaglandinas e leucotrienos. Os glicocorticoides diminuem a expressão da cicloxigenase-2, a forma induzível dessa enzima, nas células inflamatórias, com consequente 20 diminuição da quantidade de enzima disponível para a produção de prostaglandinas. Existem muitos fármacos glicocorticoides em uso terapêutico, embora o cortisol (hidrocortisona), um hormônio endógeno, seja comumente utilizado, seus derivados sintéticos são ainda mais usuais (RANG et al., 2012). 3.8. Discutir os principais marcadores laboratoriais da resposta inflamatória Proteína C reativa A Proteína C Reativa (PCR) é um dos marcadores mais utilizados, ela é produzida pelo fígado e quando há quadro inflamatório agudo decorre aumento desta proteína. Esse exame é de grande importância pois já no início da inflamação ela já identifica, tem um seu pico entre 36 e 50 horas no começo da inflação, além de poder monitorar o curso da doença, ou seja, a melhora ou a piora (ROSA NETO & CARVALHO, 2009). Velocidade de Hemossedimentação Esse exame consiste na velocidade do empilhamento das hemácias em 1 hora dentro de um tubo de ensaio vertical, nos processos inflamatórios agudos, onde pode ter o aumento de substancias como o fibrinogênio, o processo fica mais acelerado. É um marcador com pouco especificidade para os diagnósticos das doenças, porém muito utilizado por ter um baixo custo e ser muito acessível nos laboratórios (ROSA NETO & CARVALHO, 2009). Fibrinogênio O fibrinogênio é um fator de coagulação (fator I da cascata), que é produzido pelo fígado, é de fase aguda e é usado para identificar a intensidade dos processos inflamatório, pois ele se eleva conforme a inflamação. Seu valor normal está entre 200 e 400 mg (ROSA NETO & CARVALHO, 2009). 21 4. CONCLUSÃO Os seres vivos estão fadados a serem submetidos a ação de agentes agressores em algum momento, sejam físicos, químicos, biológicos ou até mesmo psicossociais (estes adquiriram maior preocupação a partir do século passado); portanto o organismo apresenta mecanismos que permitam adaptação até certo nível, contudo quando o estímulo é excessivo implica em lesão e uma reação orgânica resolutiva é o processo de reparo tecidual. Diante disso, é evidente a necessidade da compreensão de tais eventos para proceder de maneira adequada conforme requerido pela prática médica, a exemplo, há enfermidades que além de lesarem os tecidos celulares também interferem na reparação, assim o conhecimento dos processos permite adequação terapêutica. Além disso, entendeu-se que as queimaduras são um acontecimento lesivo com grande frequência, as causas envolvem questões térmicas (as mais comuns), químicas e elétricas; esse tipo de lesão pode ser classificado em primeiro grau, no qual danifica a epiderme; segundo grau, que lesa a epiderme e derme; terceiro grau que atinge tanto a derme, a epiderme quanto tecidos subcutâneos e ósseos; por fim há o quarto grau no qual ocorre carbonização profunda. Discutiu-se também as principais ações terapêuticas visto que as queimaduras podem provocar inúmeros processos no organismo, como dor, febre, inflamação, descamação, reparo tecidual, descamação, lesão óssea, comprometimento respiratório e perda de função. Salienta-se ainda que o tema central foi a inflamação, um processo imunológico que ocorre a fim de proteger o organismo, como ainda preparar o local para reparação tecidual. A inflamação implica alterações do calibre e fluxo nos vasos sanguíneos próximos da lesão, aumento de permeabilidade e migração de leucócitos, deste modo há o direcionamento de grandes números de células imunológicas para a área lesada, a resposta rápida é denominada como aguda, já a persiste e delongada, de crônica, as diferenças básicas entre elas é o tempo que permanecem e o tipo principal de leucócito presente, na primeira são os neutrófilos, na outra os macrófagos. Outro fato importante que decorre das alterações já citadas são as manifestaçõesexternas da inflamação, os sinais cardinais, estes são dor, rubor, edema, calor e perda de função. Por fim, buscou-se compreender os medicamentos que interferem na cascata inflamatória, há dois tipos, anti-inflamatórios esteroidais e os não, o entendimento da sua ação, bem como efeitos colaterais são necessários para a escolha terapêutica 22 adequada, a fim de maximizar os resultados positivos e também se visou com este mesmo intuito, identificar os principais marcadores laboratoriais que auxiliam no diagnóstico de inflamação, os quais são proteína C reativa, velocidade de hemossedimentação e fibrinogênio. 23 REFERÊNCIAS ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILLAI, S. Imunologia celular e molecular. 7ā ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. CRUVINEL, W. M. et al. Sistema imunitário: Parte I. Fundamentos da imunidade inata com ênfase nos mecanismos moleculares e celulares da resposta inflamatória. Revista Brasileira Reumatologia. v. 50, n.4, p.434-447. São Paulo, 2010. ITURRY-YAMAMOTO, G.R.; PORTINHO, C.P. Sistema complemento: ativação, regulação e deficiências congênitas e adquiridas. Revista da Associacão Médica. Do Brasil. v.47, n.1, p.41-51. São Paulo, 2001. KUMAR, V.; ABBAS, A.; FAUSTO, N. Robbins & Cotran – Patologia – Bases Patológicas das Doenças. 9a edição. Rio de Janeiro, Elsevier, 2016. KUMAR, V. et al. Patologia básica. 8ā ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. RANG, H.P. et al. Rang & Dale. Farmacologia. 7ª edição. Rio de Janeiro, Elsevier, 2012. ROSA NETO, N.; CARVALHO, J. O uso de provas de atividade inflamatória em reumatologia. 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbr/v49n4/08.pdf. Acesso em 28 de set de 2020. STAFOCKER, Maria da Glória Sousa. Imunologia e Biologia molecular aplicadas à Saúde Pública: aula 2: bases da resposta imune. 2. ed. São Paulo: Instituto de Medicina Tropical de SP /faculdade de Medicina da USP, 2020. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5079270/mod_resource/content/7/Aula%202 %20-%20Bases%20da%20resposta%20imune.pdf. Acesso em: 01 de out. 2020. VALE, E. C. S. Primeiro atendimento em queimaduras: a abordagem do dermatologista. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/abd/v80n1/v80n01a03.pdf Acessado em: 25 set. 2020. https://www.scielo.br/pdf/rbr/v49n4/08.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5079270/mod_resource/content/7/Aula%202%20-%20Bases%20da%20resposta%20imune.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5079270/mod_resource/content/7/Aula%202%20-%20Bases%20da%20resposta%20imune.pdf https://www.scielo.br/pdf/abd/v80n1/v80n01a03.pdf
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