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Doença de Alzheimer CURSO DE FISIOTERAPIA Profª Mest. Jacqueline Pereira da Silva Definição A Doença de Alzheimer é uma afecção neurodegenerativa progressiva de aparecimento insidioso, apresenta-se heterogênea em seus aspectos etiológicos, clínicos e neuropatológicos, o que acarreta em perda da memória e um declínio funcional progressivo com consequente perda da autonomia e dependência total de outras pessoas (FREITAS ET AL., 2006). Definição A doença de Alzheimer é um distúrbio degenerativo do sistema nervoso central que resulta, gradualmente, numa perda de memória, em alterações de comportamento e personalidade, juntamente com um declínio cognitivo (KAUFFMAN, 2001). Histórico Neuropatologista alemão Alois Alzheimer em 1907 Psiquiatria alemão E. Kraepelin, 1912 Demência pré-senil X DA A DA refere-se à demência que não tem uma causa antecedente como o derrame, trauma cerebral ou álcool. Epidemiologia DA - 50 a 70% dos casos de demência. Prevalência da DA é estimada em aproximadamente 0,5% a 1% da população geral dos países industrializados. Quinze milhões de pessoas da população mundial são portadores da DA, Quatro milhões nos EUA, Um milhão e meio no Brasil. Início a partir dos 40 anos de idade, sendo que a partir dos 60 sua incidência se intensifica de forma exponencial. Por ser uma doença crônica de evolução lenta (podendo durar até 20 anos) e somando-se o fato de que, nas fases avançadas, o paciente torna-se completamente dependente, incapaz por si só de alimentar-se, banhar-se ou vestir-se. IDADE (idade-dependente) SEXO Escolaridade Alumínio Genética – Cromossomo 21 – proteína beta-amiloide Síndrome de Down (triplica a proteína amiloide) Fatores que predispõe a DA PATOGÊNESE Encolhimento cerebral e perda localizada de neurônios. Placas amiloides extracelulares, consistindo de depósitos extracelulares amorfos da proteína β-amilóide (conhecida como AP) Emaranhados neurofibrilares intraneuronais, compreendendo filamentos de uma forma fosforilada de uma proteína associada com microtúbulos (Tau). O processamento alterado da proteína amilóide a partir de seu precursor (APP). O gene para a APP reside no cromossomo 21, que é duplicado na síndrome de Down, na qual a demência precoce semelhante à DA ocorre em associação com a expressão excessiva da APP. PATOGÊNESE A proteína (tau) se acumula dentro dos neurônios e a beta- amilóide se acumula nos espaços existentes entre os neurôneos. A proteína beta-amilóide se deposita em placas que causam destruição de neurônios por criar processo inflamatório crônico nas regiões afetadas, interferir com a regulação de cálcio, essencial para a condução dos estímulos nervosos, e aumentar a produção de radicais livres, tóxicos para as células nervosas. Perda de neurônios colinérgicos PATOGÊNESE Placas neurolipticas - São alterações extracelulares com acumulação da proteína –beta amilóide. Têm o aspecto esférico, medem cerca de 0,2 mm de diâmetro e no centro há denso acúmulo de proteína-beta amilóide, circundada por um anel formado de partículas de neurônios anormais. Placas senis (agregação da proteína beta-amiloide) Redução do peso do encéfalo de 15 a 35% Falta de memória para acontecimentos recentes; Repetição da mesma pergunta várias vezes; Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos; Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas; Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos; Dificuldade para encontrar palavras que exprimam idéias ou sentimentos pessoais; Irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento. Sintomas Primeira fase Perda de memória a curto prazo (dificuldade em lembrar fatos aprendidos recentemente); Perde a capacidade de dar atenção a algo, perde a flexibilidade no pensamento e o pensamento abstrato; Pode começar a perder a sua memória semântica. Nessa fase pode ainda ser notada apatia, como um sintoma bastante comum. Segunda fase Dificuldades na linguagem, com as funções principais, percepção (agnosia), ou na execução de movimentos (apraxia), mais marcantes do que a perda de memória. As memórias mais antigas, a memória semântica e a memória implícita (memória de como fazer as coisas) não são tão afetadas como a memória a curto prazo. Diminuição do vocabulário e a maior dificuldade na fala. Nessa fase, o paciente ainda consegue comunicar ideias básicas. Desleixado ao efetuar certas tarefas motoras simples (escrever, vestir-se, etc.), devido a dificuldades de coordenação. Terceira fase A dificuldade na fala torna-se evidente devido à impossibilidade de se lembrar de vocabulário. Progressivamente, o paciente vai perdendo a capacidade de ler e de escrever e deixa de conseguir fazer as mais simples tarefas diárias. Opaciente pode deixar de reconhecer os seus parentes e conhecidos. A memória de longo prazo vai-se perdendo e alterações de comportamento vão-se agravando. As manifestações mais comuns são a apatia, irritabilidade e instabilidade emocional, chegando ao choro, ataques inesperados de agressividade ou resistência à caridade. Aproximadamente 30% dos pacientes desenvolvem ilusões e outros sintomas relacionados. Incontinência urinária pode aparecer. Quarta fase (terminal) O paciente está completamente dependente das pessoas que tomam conta dele. A linguagem está agora reduzida a simples frases ou até a palavras isoladas, acabando, eventualmente, em perda da fala. A agressividade ainda pode estar presente, e a apatia extrema e o cansaço são resultados bastante comuns. Não desempenha as tarefas mais simples sem ajuda. A sua massa muscular e a sua mobilidade degeneram-se a tal ponto que o paciente tem de ficar deitado numa cama. Perdem a capacidade de comer sozinhos. Por fim, vem a morte, que normalmente não é causada pelo Alzheimer, mas por outro fator externo (pneumonia, por exemplo).
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