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A Glândula Tireóide / Hipotireoidismo

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A Glândula Tireóide
A Glândula Tireóide é um órgão em forma de borboleta, localizado na parte inferior do pescoço, anteriormente à traquéia. Consiste em dois lobos laterais conectados por um istmo. A glândula tem cerca de 5 cm de comprimento por 3 cm de largura e pesa aproximadamente 30 g. O fluxo sanguíneo para a tireóide é muito rico (cerca de 5 ml/min/g de tecido tireóideo), ou seja, aproximadamente 5 vezes o fluxo sanguíneo para o fígado. A glândula produz três hormônios: Tiroxina (T4), Triiodotironina (T3) e Calcitonina. 
O T4 e o T3, designados coletivamente como hormônio tireóideo, são aminoácidos que contêm moléculas de iodo ligadas à estrutura do aminoácido. São sintetizados e armazenados ligados às proteínas nas células da glândula tireóide até que haja necessidade de liberação na corrente sanguínea. Esses hormônios aceleram os processos metabólicos ao aumentarem o nível de enzimas específicas que contribuem para o consumo de oxigênio e ao alterarem a responsividade dos tecidos a outros hormônios, influenciam a replicação das células, são importantes no desenvolvimento do cérebro e necessários ao crescimento normal. Através de seus efeitos disseminados sobre o metabolismo celular, influenciam todos os principais sistemas de órgãos.
A calcitonina ou tireocalcitonina é secretado em resposta a níveis plasmáticos elevados de cálcio e produz uma redução do nível plasmático de cálcio ao aumentar a sua deposição no osso.
A secreção inadequada de hormônio tireóideo durante o desenvolvimento fetal e neonatal resulta em comprometimento do crescimento físico e mental (cretinismo), devido à depressão geral da atividade metabólica. Nos adultos, o hipotireoidismo manifesta-se na forma de letargia, raciocínio lento e alentecimento generalizado das funções corporais. 
A secreção excessiva dos hormônios tireóideos (hipertireoidismo) manifesta-se por aumento acentuado da taxa metabólica.
Hipotireoidismo
O hipotireoidismo resulta de níveis subótimos de hormônio tireóideo. A deficiência da tireóide pode afetar todas as funções orgânicas e pode variar desde formas subclínicas leves até o mixedema (acúmulo de mucopolissacarídeo no tecido subcutâneo e em outros tecidos intersticiais), uma forma avançada. A causa mais comum de hipotireoidismo em adultos é a tireoidite autoimune (doença de Hashimoto), em que o sistema imune ataca a glândula tireóide. Outras causas são: atrofia da glândula tireóide com o envelhecimento; também ocorre comumente em pacientes com hipertireoidismo prévio que foram tratados com iodo radioativo ou medicamentos antitireóideos ou tireoidectomia; doenças infiltrativas da tireóide (amiloidose, esclerodermia, linfoma); deficiência e excesso de iodo. Ocorre com mais frequência em mulheres e idosos.
Manifestações Clínicas
Fadiga extrema
Queda de cabelo
Unhas quebradiças
Pele seca/espessamento de pele
Dormência e formigamento dos dedos das mãos
Rouquidão
Distúrbios menstruais (menorragia/amenorréia)
Perda da libido
Hipotireoidismo Grave
Temperatura corporal e frequência do pulso subnormais
Ganho de peso, mesmo sem aumento no consumo de alimentos, embora possa estar caquético.
Face sem expressão, semelhante a máscara
Processos mentais embotados
Fala lenta
Aumento da língua, mãos e pés
Pode ocorrer surdez
Constipação intestinal
Hipotireoidismo Avançado
Alterações da personalidade, cognitivas e demência
Ventilação inadequada e apneia do sono
Derrame pleural, derrame pericárdico e fraqueza dos músculos respiratórios
Está associado a níveis séricos elevados de colesterol, aterosclerose, doença arterial coronária e função ventricular esquerda deficiente
Coma mixedomatoso
Condição rara e potencialmente fatal, em que o paciente encontra-se em estado descompensado do hipotireoidismo grave, e apresenta hipotermia e inconsciência. Pode inicialmente exibir sinais de depressão, diminuição do estado cognitivo, letargia e sonolência.
Tratamento Clínico
O principal objetivo no tratamento do hipotireoidismo consiste em restaurar um estado metabólico normal através da reposição do hormônio ausente.
Terapia Farmacológica
A levotiroxina sintética (Synthroid ou Levothroid) constitui a preparação preferida para tratar o hipotireoidismo e suprimir o bócio atóxico. A dose necessária baseia-se na concentração sérica de TSH do paciente. Se a terapia de reposição for adequada, os sintomas do mixedema desaparecem, e recomeça a atividade metabólica normal.
Prevenção da Disfunção Cardíaca
É quase certo que todo paciente que tenha tido hipotireoidismo durante um longo período de tempo apresente níveis séricos elevados de colesterol, aterosclerose, doença arterial coronária. Podem ocorrer angina ou arritmias quando a reposição da tireóide é iniciada, visto que os hormônios tireóideos aumentam os efeitos cardiovasculares das catecolaminas, nesta situação a administração desses hormônios deve ser interrompida de imediato. Posteriormente, quando pode ser retomado com segurança, o hormônio tireóideo deve ser prescrito com cautela, em dose mais baixa e sob rigorosa observação do médico e da enfermeira.
Prevenção de Interações Medicamentosas
Devem ser tomadas precauções durante o curso da terapia, uma vez que os hormônios tireóideos podem interagir com outros medicamentos. Podem aumentar os níveis de glicemia, aumentar os efeitos farmacológicos dos glicosídeos digitálicos, agentes coagulantes e indometacina (Indocin). A fenitoína (Dilantin) e os antidepressivos tricíclicos podem aumentar is efeitos do hormônio tireóideo.
Mesmo em pequenas doses, os agentes hipnóticos e sedativos podem induzir sonolência profunda, durando mais que o previsto e levando à narcose (estupor). É provável que causem depressão respiratória, que facilmente pode ser fatal, devido à reserva respiratória diminuída e hipoventilação alveolar.
Plano de Cuidado de Enfermagem para o Paciente com Hipotireoidismo
Diagnóstico de Enfermagem: Risco de oscilação da temperatura corporal
Meta: Manter a temperatura corporal normal
Prescrições de Enfermagem: 
Fornecer uma camada adicional de roupa ou cobertor, para minimizar a perda de calor;
Evitar e desencorajar o uso de fonte de calor externa (p.ex. almofadas térmicas), reduzindo o risco de vasodilatação periférica e colapso vascular;
Monitorar a temperatura corporal do paciente;
Proteger contra a exposição ao frio e correntes de ar.
Diagnóstico de Enfermagem: Constipação intestinal relacionada com a função GI deprimida
Meta: Retorno da função intestinal normal
Prescrições de Enfermagem:
Incentivar o consumo aumentado de líquidos, dentro da restrição hídrica;
Fornecer alimentos ricos em fibras;
Orientar o paciente sobre os alimentos com elevado conteúdo de água;
Monitorar a função intestinal;
Incentivar o aumento da mobilidade dentro da tolerância do paciente ao exercício
Incentivar o paciente a usar laxativos e enemas de modo parcimonioso.
Referência
Smeltzer SC, Bare BG, Hinkle JL, Cheever KH. Brunner & Suddarth. Tratado de Enfermagem Médico – Cirúrgica. 12ª edição. Vol 2. Rio de Janeiro, Brasil: Editora Guanabara Koogan; 2012. Pg. 1258-1267

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