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Caprinoc Ovinoc nutricao IV Caprino leiteiro

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Nutrição IV - Alimentos e Nutrição de Caprinos– Parte II
Nutrir um caprino significa fornecer todos os nutrientes, em quantidade e proporção adequadas às suas necessidades, através de uma ração sem fatores tóxicos e no menor custo possível. Considerar:
- hábitos alimentares
- exigências dos animais
- valor nutritivo da ração
- valor nutritivo e produtividade das forrageiras ao longo do ano
- peculiaridades de alguns alimentos
- viabilidade econômica da ração
Nutrientes
Energia
Necessidades variam em função da idade, tamanho corporal, fase de vida, crescimento do pêlo, nível de atividade física, relação com outros nutrientes e efeitos ambientais como: temperatura, umidade, intensidade da insolação e dos ventos, sexo e raça do indivíduo.
- Energia bruta (EB) = energia em cal de combustão
- Energia digestível (ED) = EB – a energia perdida nas fezes
- Energia metabolizável (EM) = ED – energia perdida na urina e metano
- Energia líquida (EL) = EM – energia despendida na forma de calor
Proteína
- Proteína bruta (PB)
- Proteína digestível (PD) = PB – proteína perdida nas fezes
- Proteína metabolizável (PM) = PD – proteína perdida na urina
- Proteína líquida (PL) = proteína efetivamente fixada
Minerais
Uma cabra produzindo 600Kg de leite/ano excreta no leite/ano o dobro do conteúdo mineral de seu corpo.
Necessidades são influenciadas por espécie, raça, nível de produção, idade, forma química de apresentação do elemento e as interações entre os elementos. As interações podem inibir a absorção ou a excreção de determinado elemento quando outro está em excesso ou em falta.
Caprinos criados extensivamente têm geralmente suas necessidades minerais satisfeitas pois as folhas de arbustos preferidas por eles são mais ricas em minerais que os capins que bovinos e ovinos consomem.
Minerais são macro (cloro, sódio, cálcio, magnésio, fósforo, potássio e enxofre) e micro (cobalto, cobre, molibdênio, flúor, iodo, ferro, manganês, selênio, zinco, cromo, níquel, vanádio, silício e arsênio).
- Ca => prevenir a febre do leite
- P => ativação enzimática, processo de oxidação e fosforilação. Proporção Ca:P de até 7:1 não causa problemas, excesso de P na dieta origina cálculo urinário.
- NaCl => mantêm pressão osmótica nas células,elevada excreção de Na no leite.
- Mg => caprinos são mais resistentes à tetania das pastagens
- K => necessário em grandes quantidades, regula pressão osmótica celular, deficiências são raras.
- S => composição de proteínas, proporção 1:10 com nitrogênio. Excesso de tanino inibe absorção de S.
- Co => componente da vitamina B12
- Fe => caprinos são mais sensíveis à deficiência de Fe que bovinos, aplicar 150mg IM nos cabritos.
- I => bócio, problemas reprodutivos.
- Cobre e Mo => competem pela absorção, pêlos ásperos, deformação óssea.
- Zn => caprinos não mantém reservas deste elemento, deficiência de Zn causa deficiência de vit A. Machos são mais sensíveis à carência de Zn.
- Mn => desenvolvimento do esqueleto
- Se => sinérgico com vit E, diminui incidência de mastite,
	Um caprino adulto ingere cerca de 15g de mistura mineral/dia.
Vitaminas
Maior parte das rações tem níveis suficientes de vitaminas, mas animais de alta produção ou em confinamento podem precisar de suplementação. 
- Vit A => tecidos de revestimento, resistência contra infecções, forragens verdes são ricas em vit A.
- Vit D => formação de ossos, deficiência é rara. 
- Vit E => previne problemas reprodutivos, efeito antioxidante, geralmente em quantidade suficiente na ração.
- Vit K => sintetizada por microorganismos no rúmen
- Vits Complexo B => sintetizadas por microorganismos no rúmen
- Vit C => sintetizada em tecidos do corpo
Água => 65 a 70% do peso vivo, reserva de água no rúmen permite maior resistência à privação de água que monogástricos. Cabras em lactação precisam de 3-5 litros por dia e de 6-10 litros qdo mantidas em temperaturas acima de 30°C. Restrição da água reduz ingestão de alimentos.
Alimentos
Volumosos=> alimentação pode representar até 80% dos custos, volumoso é alimento com mais de 18% de fibra, pasto é o mais barato, melhores pastos são os formados por gramíneas e leguminosas de porte médio a alto. Fazer um cronograma alimentar para baixar custos.
- Capim elefante
- outras gramíneas
- leguminosas perenes
- feno
- forrageiras de inverno
- silagem
- palhadas
- resíduos industriais
- outros (mandioca, cenoura, etc.)
Concentrados
- Energéticos com menos de 20% de PB
- Protéicos com mais de 20% de PB
- Milho
- farelo de trigo 
- sorgo
- farelo de arroz
- melaço
- sementes de soja ou farelo de soja
- caroço de algodão ou seu farelo
- farinha de peixe
- polpa de cervejaria
- uréia
	
	- Programação alimentar => verificar qual alimento é mais barato naquela época do ano e fornece os nutrientes necessários para aquela categoria animal. 
Hábitos alimentares dos caprinos:
- Gastam cerca de um terço do tempo de pastejo caminhando
- preferência por folhas largas
- bastante seletivos
- lábios móveis que permitem pastejo mais rente
- erguem-se facilmente nas patas traseiras
- reciclagem de nitrogênio mais eficiente
- mais resistentes à falta de água 
- cabras leiteiras podem consumir o dobro em relação ao PV que uma vaca leiteira consome
Anatomia do Sistema Digestivo
Considerações Gerais Sobre a Leucena (Spp).
A leucena é uma planta perene de porte arbustivo a arbóreo, a depender do tipo, originária da América Central e México. Apresenta folhas de 15 a 25cm de comprimento, flores brancas agrupadas em cabeça globular e vagens finas e achatadas com 15 a 25 sementes, estas ultimas de coloração marrom brilhante, possui um sistema radicular possante e profundo que lhe permite reciclar nutrientes do subsolo como também captar água nas camadas mais profundas, o que lhe confere grande resistência à seca. Possui também capacidade de fixar grandes quantidades de nitrogênio atmosférico, este em simbiose com bactérias do gênero RHIZOBIUM, as quais fixam até 400 Kg de N/ha/ano.
A leucena desenvolve-se bem em regiões de clima tropical ou subtropical, em altitude abaixo de 500m, precipitação entre 600 e 1700 mm e com temperatura entre 22 e 30ºC. Prefere solos bem drenados, férteis e corrigidos quanto à acidez e ao alumínio tóxico. Existem mais de 100 variedades de leucena que são classificadas em três tipos:
Havaí ou arbustivo com até cinco metros de altura, floração precoce, boa produção de sementes, pouca folhagem e elevada competitividade; Salvador ou Arbóreo, alto com até 20m de altura, tronco pouco engalhado e folhas, vagens e sementes maiores; e Peru ou tipo médio, mais engalhada e folhosa, de maior aptidão forrageira e de mais fácil alcance pelos animais em pastejo. As variedades Peru e Cunningham (Leucaena leucocephala) são as mais conhecidas e usadas na nutrição animal.
2.1.1-Composição Química e Digestibilidade.
O valor nutritivo da leucena para a pecuária refere-se principalmente ao nível de proteína bruta que ela possui, sendo de 35% nas folhas jovens e 14 a 17% nas folhas mais hastes e vagens. Esta espécie é um suplemento forrageiro de alta qualidade para as regiões semi-áridas, onde seu valor nutritivo é comparável ao da alfafa por possuir entre 27 a 34% de proteína de alto valor nutricional (25% de PB na fração folha e 17% na fração folha mais hastes de até meio centímetro de diâmetro).
Outra qualidade nutricional da leucena é a presença de quantidades importantes de tanino, este fator estaria relacionado ao fato de não se observar timpanismo em animais que a consomem, como se observa com os que pastejam alfafa.
Valor Alimentar.
As folhas da leucena são altamente palatáveis e tanto as mesmas, como seus ramos, flores, vagens e sementes prestam-se à alimentação animal, podendo ser consumida fresca, fenadaou ensilada, tanto jovens quanto maduras.
Formas de Utilização.
A leucena pode ser usada na alimentação animal de diversas formas: em pastejo direto, sob a forma de banco de proteína ou consorciada com gramínea; ou fornecida no cocho fresca, sob a forma de feno ou de silagem. Exige entretanto, um manejo cuidadoso, pois, por ser altamente palatável e conseqüentemente bem aceita pelos ruminantes, e seu consumo em excesso pode levar a um super pastejo (pastejo direto) o que pode prejudicar o rebrote da planta. Em se tratando de caprinos, o controle deve ser rigoroso, pois, após consumir as folhas e ramos finos, esses animais roem a casca da leucena o que pode levar a morte da planta. Quando usada com a finalidade de pastejo direto recomenda-se mantê-la a 1,5m de altura, o que é conseguido através de podas sistêmicas dos “ponteiros” (pontos de crescimento), tornando-a perfeitamente acessível a todas as categorias animais. 
Forragem Hidropônica para Caprinos (em espanhol)
En países como Costa Rica, especialmente en la Meseta Central donde el precio de la tierra está alcanzando niveles muy altos la idea de una “Fabrica de pastos” utilizando el uso de la hidroponía, es una genialidad para muchos pequeños y medianos productores pecuarios, ya que con un pequeño invernadero donde se pongan a germinar y crecer en bandejas cientos de semillas de maíz, avena, cebada, trigo o alfalfa obtendremos en un tiempo record de 12 a 15 días todo el forraje verde que se necesita para alimentar el ganado caprino, bovino, ovino o los porcinos.
	El procedimiento de trabajo es:
	Fecha 
	Actividad 
	Esperado 
	Observaciones 
	Día  1
Remojo 
	Limpiar el grano separando basura y granos quebrados. Lavar la semilla con agua e ir cambiándola hasta que quede el agua transparente. Luego desinfectar agregando cloro al agua por 20 minutos y luego volver a poner el grano en agua limpia por 24 horas 
	Que sólo queden para germinar semillas con vigor. 
	A veces el comerciante mezcla semilla nueva y vieja y esto provoca fallas en la germinación.   
	Días 2 - 3
Reposo 
	A las 24 horas de estar en remojo, se saca toda el agua y se deja en el balde tapado en reposo, por 48 horas 
	Que la semilla esté saturada de agua y que emerjan las raíces 
	Si el balde donde está el grano en reposo tiene acumulación de agua, esa parte no germinará. 
	Día 4
Siembra 
	A las 48 horas de reposo "sembrar" en bandejas de 40 x 60 cm, usando 1,7 kg de semilla. 
	Germinación de un 96% de los granos. 
	 Las raíces tendrán una longitud de uno a tres centímetros. 
	Día 5
Desarrollo de la raiz 
	Vigilar su desarrollo.
Regar 4 a 5 veces al día 
	Desarrollo de las raíces. 
	Se riega con manguera hasta que escurre el agua. . 
	Día 6
Las primeras hojas 
	Regar 4 a 5 veces al día 
	Desarrollo de raíces. 
	Empiezan a salir las primeras hojas; se retiene más agua. 
	Día 7
Los granos tienen hojas 
	Regar 3 a 4 veces al día 
	Las hojas cubren  las raíces. 
	Se retiene más agua y se ocupan menos riegos. 
	Día 8
Crecimiento 
	Regar 3 a 4 veces al día 
	No dejar que las plantitas se deshidraten  
	Ya se nota el tapete verde. 
	Día  9
Desarrollo 
	Regar 3 a 4 veces al día 
	En esta etapa ya se puede dar. 
	   
	Días 10 - 15
Crecimiento 
	Regar 3 a 4 veces al día 
	El germinado esta adecuado para darlo a los animales. Pesar para saber cuanto rendimiento se obtuvo 
	Después del día 12 el germinado empieza a mostrar signos de desnutrición. Se debe medir la altura que alcanza y el peso obtenido
ESTUDO DIRIGIDO
Que fatores devem ser considerados ao planejar a alimentação de um rebanho de cabras?
Que fatores influem nas necessidades diárias de energia de um caprino?
Cite os principais macro e microminerais que devem fazer parte da nutrição dos caprinos.
Como prevenir a ocorrência de cálculo urinário em caprinos machos? (complementar resposta com outras fontes de texto).
Qual a importância dos seguintes nutrientes na alimentação de caprinos?
Ferro
Iodo
Zinco
Ca
Vitamina A
Vitamina E
Como se faz a programação alimentar de um rebanho caprino? Dê um exemplo prático de calendário de alimentação tomando por base o regime de chuvas de nossa região. 
Caracterize os hábitos alimentares dos caprinos.
Quais as qualidades da leucena como forrageira para caprinos?
Quais as formas de utilização da leucena na alimentação de caprinos? Quais as formas mais indicadas e por quê?

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