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Resumo A teoria gestaltista da aprendizagem 2

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1 A teoria gestaltista da aprendizagem
O autor Antônio Gomes Penna em seu livro “História da Psicologia Contemporânea”, define as teorias da aprendizagem em dois grandes grupos: as mecanicistas e as cognitivistas. As mecanicistas apresentam a aprendizagem como aquisição de respostas. As cognitivistas como aquisição de mapas cognitivos ou regras ou princípios, em função dos quais se produzem respostas. Como diz Penna (p. 194), nas cognitivistas a ênfase recai nas atividades perceptivas. Claro que há exceção de Piaget, que não participa dessa ênfase. De qualquer modo, ele se inclui entre os cognitivistas, de vez que não privilegia a produção de condutas. 
 A teoria cognitivista aparece como mapas cognitivos ou de regras ou princípios, em função dos quais se produzem respostas. Isso enfatiza em estudar cientificamente a aprendizagem como um produto resultante do ambiente, do convívio entre as pessoas ou de fatos externos a ela. 
Neste sentido, aprender será, pois, promover alterações em uma configuração, no que concernem aspectos decisivos até agora encobertos. Isso demonstra que todo o aprendizado revela-se com maior estabilidade, às vezes de forma mais dinâmico, flexível e de certa forma, mais inteligente também. 
Na visão de Penna, os gestaltistas consideram a aprendizagem como uma reorganização constante do mundo da experiência. Cita outros estudiosos como Kurt Lewin que trabalhou com Weitheimer, Koffa e Kohler que, em virtude dessa colaboração desenvolveu uma teoria de campo ao observar o indivíduo isoladamente, para mais tarde desenvolver uma das mais importantes teorias sobre o comportamento humano nos grupos.
Temos ainda, de acordo com Penna, que na teoria gestaltista o tópico mais importante se refere ao reforço, idéia de que o aprendizado só ocorre sob a condição de vantagem ou recompensa. “O reforço não atua por automatismo. Ocorre quando da experiência da compreensão, ou seja, quando da detecção de um princípio ou regra capaz de funcionar como fator de resolução do impasse atual”. (PENNA, p. 196).
Todavia, os gestaltistas nunca negaram aquisições em forma parcelada e de modo progressivo. Não rejeitam, segundo o autor, o sistema de seqüência de ensaios, pois acreditam nas circunstâncias de insights parciais. 
2 A teoria gestaltista da memória 
	
	De acordo com o texto de Antonio Gomes Penna, no livro “História da Psicologia Contemporânea”, a memória é concebida como algo inseparável ou indissociável do da aprendizagem. Pode-se dizer, que a memória aparece como espécie em um gênero mais extenso, incluindo a questão do habito, visto que tanto o hábito como a memória, se manifestam em formas de algo do passado. 
Na concepção de Penna, (p. 199), “resultam da ênfase concedida às interferências emocionais e motivacionais e, embora compatíveis com os princípios que caracterizam o movimento iniciado por Wertheimer, não se constituem em derivação pura ou rigorosa, especialmente, no tocante ao processamento da evocação”.
	Sem desconhecer as influências motivacionais ou emocionais, o autor nos diz que as contribuições que procedem do movimento clássico revelam-se expressivas de um processo de redução. Para tanto, pode-se ordená-las, em particular, as que produziram em torno do fenômeno de fixação e retenção das informações; as que produziram relativamente à evocação; e as que realizaram centradas na evolução do material retido. Ainda nos ressalta que quanto ao processo de fixação, aderem os gestaltitas à hipótese do traço.
	Penna nos apresenta também que, partindo-se de Lewin, seus experimentos demonstraram que não havia, na realidade, qualquer diferença de tempo entre uma reposta e outra, não havendo conflito entre processos associativos e voluntários. 
	A hipótese que se incorporavam através das pesquisas conduzidas na área da percepção. Verificado que a apreensão de um objeto será sempre função do contexto ou sistema de referência, a idéia foi de que, por igual, no domínio da memória, a evocação de certo material se deveria subordinar à organização do campo temporal. 
O texto de Penna (p. 202) nos apresenta os teóricos Kurt, Koffka, de um lado, W. Kohler e H. von Restorff, de outro, desenvolveram hipóteses mais adequadas e de acordo com os princípios da teoria gestaltista.

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