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Ep19_Hobbes&Rousseau

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Hobbes; Rousseau – O Leviatã; Do Contrato Social
Qual é o propósito do governo? Thomas Hobbes, Jean-Jacques Rousseau & O Contrato Social (What’s the Purpose of Government? TH, JJR & The Social Contract)
Nós precisamos de governo?
Imagine um tempo antes de reis, presidentes ou primeiros-ministros, antes da formação da sociedade e civilização. Isto é o que os filósofos chamam de “Estado de Natureza” (state of nature). Neste experimento de pensamento (thought experiment), as pessoas viviam livres, sem regras ou empréstimos formais (formal loans). Mas como exatamente este estado se parece?
Para o filósofo do século XVII Thomas Hobbes, o estado de natureza é uma guerra de ‘todos contra todos’. A natureza básica da humanidade é medo, insegurança, morte e tumulto (turmoil). E deste constante terror, as pessoas decidiram ceder alguns direitos básicos para uma entidade soberana, ou para o que ele chamou, o Leviatã (Leviathan). Se uma pessoa fosse, digamos, incomodado (fed up) com o roubo de seu produto, o Estado poderia passar leis para proteger seus bens ou ajuda-lo a receber alguma forma de compensação (reparation). Esta proteção é importante por vários motivos, mas o mais importante é que as leis, e seu cumprimento (enforcement), mantém a constante inquietação (anxiety) contida (at bay).
Para o filósofo suíço do século XVIII Jean-Jacques Rousseau, o Estado de Natureza é bastante diferente do que o imaginado por Hobbes. Rousseau vê condutas naturais, independentes, atraentes (sultry) e pacíficas. Rousseau via as pessoas muito melhores sem um governo. Com a criação da agricultura, propriedade privada e a divisão de trabalho, no entanto, surgiram desigualdades (inequalities). O acesso de recursos desiguais criou tensão, hostilidade (enmity) e inveja (envy). As pessoas começaram a perceber sua situação de materiais limitados e falta de ascensão social (upward mobility); elas se tornarão conscientes (became awared) de sua falta de liberdade. Isto levou Rousseau a afirmar que “O homem nasce livre, e por toda parte encontra-se acorrentado.” (Man is born free, and is everywhere in chains).
Enquanto ambos os filósofos descreviam o Estado de Natureza como um tipo de existência bestial e ausência de qualquer moral, eles discordavam em alguns fundamentos. Rousseau vê o modelo hobbesiano levando ao despotismo, em que as pessoas não têm outra escolha a não ser recorrer a um terceiro para assegurar-lhes suas necessidades básicas. Consequentemente, eles não escolhem livremente seus líderes. Rousseau argumenta que ao invés de escolher seus líderes através do medo, as pessoas devem escolher abrir mão de algum poder e direitos para que ao menos os cidadãos possam ser iguais. Rousseau ditava que as decisões têm o dever de serem feitas para o bem de todos, em vez de para poucos (decisions ought to be made for the sake of everyone instead of a few). Isto requererá que as pessoas seguissem um Estado de Direito (rule of Law), mas pudessem seguir por si próprios de qualquer maneira. Para Rousseau, o povo é melhor sem um governo, pois sociedade significa falta de liberdade e opressão. Se por medo ou por uma questão de igualdade, o consentimento para ser governado é chamado de Contrato Social.
Portanto, eu pergunto, quem está correto? As pessoas devem ser mantidas à linha, ou devem manter-se livres para fazer o que desejam?
Este texto pertence à Wisecrack –YouTube Channel e detém toda sua autoria. Esta versão é meramente uma tradução livre.

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