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DIREITO E LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA_Aula 2.pptx

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DIREITO E LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
Faculdade Projeção – Curso de Ciências Contábeis 4º/2015
Prof. Soraia Plachi
PARA LEMBRAR!
Agenda:
Faltam: 12 encontros + 3 encontros = 15 encontros 
1º encontro extra: 24/Abril (sexta) 
Trabalho A1 – Data a definir. Pontuação: 2,00 
Prova A1 – Data: 06 de maio de 2015 Pontuação: 7,00
Prova A2 – Data: 24 de junho de 2015. Pontuação 10,0
Composição final da nota: 1,00 de participação
REVISÃO AULA 15/04/2015
O que é tributo?
Cite um elemento que compõe o tributo.
O que é fato gerador?
Qual é a diferença entre contribuinte e responsável?
O que é a base de cálculo?
O que é a alíquota?
Quais são as espécies tributárias?
Cite uma característica dos impostos?
Que fatos ensejam a cobrança de uma taxa?
TEMA 4 
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS E VEDAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
Direito e Legislação Tributária 
Ciências Contábeis
# O que é competência tributária?
É o poder atribuído pela Constituição Federal aos entes políticos para criação de um determinado tributo e sobre ele legislar. 
Art. 145/CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
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# A CF cria tributos?
# No art. 145, a Constituição Federal indicou os entes políticos e também indicou quais tributos poderão ser criados, já não é suficiente?
SÓ ISSO não é suficiente para a criação de um tributo. É necessário obedecer a elementos fundamentais para a criação do tributo, como: quem tem que pagar, quem vai receber, qual fato ensejará esse tributo, como se definirá o montante devido, o período de apuração, as deduções, etc. 
Ex. art. 156, III, CF (ISQN)
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Ciências Contábeis
# Uma vez atribuída a competência tributária pela Constituição Federal, o ente político é obrigado a exercê-la? 
Não é obrigado a instituir. É uma faculdade do ente e não uma obrigatoriedade. Ex. art. 153, VII, CF – IGF
# E se aquele ente político para o qual a Constituição Federal estabeleceu como competente para instituir determinado tributo não o fizer, poderá outro ente fazê-lo? 
Não é possível. Vedação expressa do art. 8º do CTN. 
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# Será que um ente político poderá delegar a outro ente político a sua competência de instituir um tributo? Por exemplo o ICMS? 
Essa possibilidade também é vedada, conforme estabelece expressamente o art. 7º, caput do CTN.
Art. 7º/CTN A competência tributária é indelegável (...)
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REPARTIÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
1) Competência Tributária Privativa
São as constitucionalmente estabelecidas para determinado ente. 
a) Competência Privativa da União
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
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b) Competência Privativa dos Estados e do DF:
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; 
III - propriedade de veículos automotores. 
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c) Competência Privativa para os Municípios e DF:
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. 
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BIS IN IDEM  PERMITIDO!
Ocorre quando o mesmo ente tributante edita diversas leis instituindo várias exigências tributárias sobre um mesmo fato gerador. 
Ex. IRPJ e CSLL sobre o lucro de empresas 
BITRIBUTAÇÃO  PROIBIDO!
Ocorre quando entes tributantes diversos exigem do mesmo sujeito passivo tributos decorrentes do mesmo fato gerador.
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TEMA NOVO!
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
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Seção II
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
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# É possível a diminuição ou supressão das garantias previstas no art. 150, CF?
# É possível por meio de Emenda à Constituição?
Ex. A EC 3/1993 que tratou da criação do Imposto Provisório Sobre a Movimentação Financeira (extinta CPMF) excluiu o princípio da anterioridade. STF: inconstitucional por tender a suprimir garantia individual do contribuinte. 
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RESUMINDO...
EC’s que AMPLIAM garantias individuais = VÁLIDAS
EC’s que DIMINUEM/ENFRAQUECEM garantias individuais = INCONSTITUCIONAIS
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1 – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Art. 5º, II/CF - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Art. 150, I/CF - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
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Conceito: A CF veda que os entes políticos exijam ou aumentem tributos sem lei que o estabeleça. 
“Paralelismo das Formas” 
# Lei Complementar instituiu o IGF. Pode LO majorar?
Lembrar pirâmide de Kelsen
# E para extinguir o tributo?
# Aumentar tributo é elevar a alíquota?
Não. Pode ser também ampliar a base de cálculo. 
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# Há outras matérias tributárias sujeitas ao Princípio da Legalidade?
Ex. Concessão de benefícios fiscais, multa tributária, etc. 
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.
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EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Dica: o que não estiver elencado no art. 97, CTN não está abrangido pelo Princípio da Legalidade. Ex:
Atualização do Valor Monetário da Base de Cálculo do Tributo
Fixação do Prazo para Recolhimento
OBS: atos do Poder Executivo (ex. Resoluções da CAMEX e Decreto)
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2 – PRINCÍPIO DA ISONOMIA
Art. 5º/CF Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza (...)
Art. 150, II/CF - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
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Conceito: 
“A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida que se desigualam” (Rui Barbosa)
“É a obrigatoriedade do agente arrecadador de tratar igualmente os contribuintes que se encontrem em situação econômica equivalente, assegurando a tributação de acordo com a capacidade do sujeito passivo de contribuir, realizando dessa forma a tributação com justiça social” (Láudio Fabretti) 
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Ex: impostos pessoais; impostos sobre o patrimônio e a renda. IR/2015 (tabela até março/15):
Base de Cálculo (R$)
Alíquota (%)
Parcela a deduzir do IR (em R$)
Até 1.787,77
-
-
De 1.787,78 até 2.679,29
7,5
134,08
De 2.679,30 até 3.572,43
15
335,03
De 3.572,44 até 4.463,81
22,5
602,96
Acima de 4.463,81
27,5
826,15
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# Qual é a relação com o Princípio da Capacidade Contributiva?
Art. 145, § 1º/CF - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
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3 – PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
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Objetivos do Legislador:
Impedir a tributação de fatos que, no momento de sua ocorrência, não estavam sujeitos à incidência tributária;
Garantir que a tributação verificada é definitiva, não podendo ser objeto de majoração por legislador posterior. 
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4 – PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
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Ideia Fundamental: proteger o contribuinte contra a imediata aplicação das normas que aumentem a carga tributária. Assim, para que a majoração do tributo passe a valer para o próximo exercício financeiro, a lei deverá ser publicada até 31 de dezembro.
# Isso funciona?
Ex. IR – alíquotas a partir de Março/2015 
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EXCEÇÕES À ANTERIORIDADE
II, IE, IPI e IOF (extrafiscalidade)
Impostos Extraordinários de Guerra (urgência)
Empréstimos Compulsórios (guerra e calamidade) (urgência)
Contribuições pra o Financiamento da Seguridade Social (sujeitas à noventena)
ICMS Monofásico sobre Combustíveis (redução – medida parcial)
CIDE-Combustível (redução – medida parcial)
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5 – PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL (QUALIFICADA OU NOVENTENA)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
III - cobrar tributos:
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea ‘b’
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Princípio que nasceu com a EC 42/2003 em homenagem ao princípio da não surpresa.
REGRA: anterioridade anual + noventena são cumulativamente exigíveis. 
(Cuidado com as exceções! Ex. Contribuições Sociais: somente ao Princípio da Noventena) 
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EXCEÇÕES À NOVENTENA
II, IE e IOF (extrafiscalidade)
Impostos Extraordinários de Guerra (urgência)
Empréstimos Compulsórios (guerra e calamidade) (urgência)
Imposto de Renda 
Base de Cálculo do IPTU
Base de Cálculo do IPVA
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6 – PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
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# O que é confisco?
Conceito indeterminado, sujeito a alto grau de subjetividade. Cabe ao intérprete a análise no caso concreto. 
“Não sei a que altura um tributo ou multa se torna confiscatório” (Aliomar Baleeiro e Sepúlveda Pertence). 
# Mas há parâmetros de análise?
1 – Análise dos tributos em conjunto
2 – Análise da carga tributária
3 – Proporcionalidade e razoabilidade 
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Ex (STF).:
Multa de 2x o valor do tributo por atraso no pagamento;
Multa de 5x por sonegação
# Plano Collor – Confisco?
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7 – PRINCÍPIO DA IMUNIDADE (LIBERDADE) DE TRÁFEGO
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
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OBJETIVOS DO LEGISLADOR:
Evitar que os entes políticos criassem tributos arrecadatórios incidentes sobre a passagem de pessoas e bens em seus territórios;
Evitar restrições ao direito de passagem (art. 5º, XV, CF)
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO:
Possibilidade de Cobrança de ICMS interestadual
Pedágio (polêmica: tarifa ou preço público)
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8 – PRINCÍPIO DA IMUNIDADE RECÍPROCA
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
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Conceito: A imunidade recíproca é aquela que protege as pessoas jurídicas de direito público umas das outras, no que concerne à incidência dos impostos. 
Ex: a União não pode cobrar impostos dos Estados e Municípios. Nem os Estados nem os Municípios podem cobrar impostos da União nem uns dos outros. 
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# Para que serve?
Proteger o patrimônio, a renda e os serviços dos entes políticos, sendo extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que concerne ao patrimônio, renda ou serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes (art.150, §2º). 
# A imunidade tributária recíproca se aplica à renda e serviços relacionados com a exploração de atividade econômica?
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PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS DIRIGIDOS À UNIÃO
9 – PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA DA TRIBUTAÇÃO
Art. 151. É vedado à União:
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
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REGRA:
ente político não pode estipular diferentes alíquotas do mesmo imposto em distintos Estados da federação. Ex. alíquota de IR no Acre e no Rio Grande do Sul. 
EXCEÇÃO: concessão de incentivos com finalidade extrafiscal para diminuir as diferenças de desenvolvimento socioeconômico entre as regiões do país. Ex. Zona Franca de Manaus

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