Buscar

Monopólio

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Monopólio
O monopólio pode ser definido como o extremo oposto da concorrência perfeita. A primeira condição para que se configure um caso típico de monopólio é a existência de apenas uma empresa, enquanto que uma das condições para a existência da concorrência perfeita é a de que deve haver um grande numero de empresas vendendo um bem homogêneo. 
Mas não basta esta condição. Pelo menos outras duas são, por definição, imprescindíveis: a inexistência de substitutos para o produto da empresa monopolista e a interposição de barreiras á entrada de concorrentes. Havendo substitutos para o produto, descaracteriza-se a situação de monopólio puro. E se as barreiras forem baixas e facilmente transponíveis, o poder de monopólio fica reduzido.
A empresa monopolista não possui concorrentes diretos e, em casos extremos e puros, até concorrentes indiretos não existem ou se encontrem tão longe de substituírem a oferta monopolizada que se consideram desprezíveis. Sem substitutos para seu produto, ela domina inteiramente o mercado.
Por que surgem os monopólios
Uma empresa é um monopólio se for a única vendedora de seu produto e este produto não tem substitutos próximos. A causa principal do monopólio esta nas barreiras á entrada: um monopólio permanece como único vendedor em um mercado porque outras empresas não conseguem entrar no mercado e concorrer com ele. As barreiras à entrada, por sua vez, têm três origens:
Um recurso-chave é propriedade de uma única empresa.
O governo concede a uma única empresa o direito de produzir com exclusividade algum bem.
Os custos de produção tornam um único produtor mais eficiente do que um grande número de produtores.
Recursos do monopólio 
A forma mais simples de aparecimento de um monopólio é a posse por parte da empresa de um recurso-chave. Embora a propriedade exclusiva de um recurso-chave potencial do monopólio, na pratica raramente surgem monopólios por esta razão. As economias atuais são grandes e os recursos têm muitos proprietários. De fato, como muitos bens são comercializados internacionalmente, o âmbito natural de seus mercados é, com freqüência, mundial. Há, portanto, poucos exemplos de empresas que possuam um recurso para o qual não haja substitutos próximos.
Estudo de caso: O monopólio de diamantes da DeBeers
Um exemplo clássico de monopólio de decorre da posse de um recurso-chave é o da DeBeers, a empresa de diamantes da África do Sul. A DeBeers controla cerca de 80% da produção mundial de diamantes. Embora a participação de mercado da empresa não seja de 100%, é suficientemente grande para exercer substancial controle sobre o preço de mercado dos diamantes.
A DeBeers paga altas somas para fazer publicidade. Um dos objetivos da DeBeers é diferenciar os diamantes das outras pedras preciosas na mente dos consumidores. Se os anúncios são bem-sucedidos, os consumidores verão os diamantes como sendo únicos, em lugar de considerá-los mais uma pedra preciosa e essa percepção dará à DeBeers um grande poder de mercado. 
Monopólios criados pelo governo
Em muitos casos os monopólios surgem porque o governo concede a uma pessoa ou a uma empresa o direito exclusivo de vender algum bem ou serviço. Às vezes o monopólio decorre apenas da influencia política do futuro monopolista.
A legislação de patente e de direito autoral é um exemplo de monopólio criado pelo governo para atender ao interesse publico. Quando um laboratório farmacêutico descobre um novo medicamento, pode solicitar ao governo uma patente. Se o governo considera o medicamento verdadeiramente original, aprova a patente, que da ao laboratório o direito exclusivo de fabricar e vender a droga durante 17 anos. Da mesma forma, quando um autor termina um livro, pode solicitar o registro de seus direitos autorais. Estes constituem a garantia de que ninguém poderá imprimir e vender o livro sem a permissão do autor. O direito autoral torna o escritor um monopolista na venda do seu livro.
Os efeitos das leis de patentes e de direitos autorais são fáceis de ver. Como estas leis concedem ao produtor o monopólio, este pode cobrar preços mais altos do que os que vigorariam na concorrência. Ao permitir a esses produtores monopolistas cobrar preços mais elevados e obter lucros maiores, essas leis também incentivam alguns comportamentos desejáveis. 
Portanto, as leis que regem patentes e direito autoral têm tanto benefícios quanto custos.
Monopólios naturais
Uma atividade se constitui em monopólio natural quando uma única empresa pode oferecer o bem ou serviço para o mercado inteiro a um custo menor do que fariam duas ou mais empresas. Um monopólio natural quando há economias de escala ao longo da faixa relevante de produção. Um exemplo de monopólio natural é a distribuição de água. Para proporcionar água aos residentes de uma cidade, uma empresa precisa construir uma rede de encanamento em toda a cidade. Se duas ou mais empresas quisessem competir no mercado, cada uma delas teria de pagar o custo fixo da construção da rede de encanamentos. Portanto, o custo total médio da água será menor-se uma única empresa atender ao mercado.
Quando uma empresa é um monopólio natural, tem menos preocupação com a entrada de novas empresas que possam erodir seu poder monopolista. Em geral, uma empresa tem dificuldade em manter uma posição de monopólio sem a posse de um recurso-chave ou sem proteção do governo. O lucro do monopólio atrai a entrada de novas empresas no mercado e estas tornam o mercado mais competitivo. Já a entrada em um mercado em que uma empresa detém o monopólio natural não é atraente. Os potenciais entrantes sabem que não poderão alcançar os mesmos custos baixos obtidos pela empresa monopolista porque cada empresa terá uma parcela menor no mercado. Em alguns casos, o tamanho do mercado é um dos fatores que determina o monopólio natural.
Como os monopólios decidem preços e produção 
A analise do comportamento monopolista é o ponto de partida para avaliar se os monopólios são desejáveis e quais as políticas que o governo pode adotar em relação aos mercados monopolistas.
Monopólio versus concorrência
A principal diferença entre uma empresa competitiva e um monopólio é a capacidade deste ultimo de influir no preço de sua produção. Uma empresa competitiva é pequena em relação ao mercado em que atua e, portanto, toma o preço de sua produção como dado pelas condições de mercado. Já o monopólio que é o único produtor em seu mercado, pode alterar o preço do bem ajustando a quantidade que oferece ao mercado.
Uma maneira de observar esta diferença entre a empresa competitiva e o monopólio é considerar a curva de demanda com que cada empresa se depara. Como a empresa competitiva pode produzir muito ou pouco a esse preço, ela enfrenta uma curva de demanda horizontal, a curva de demanda com que cada empresa se depara é perfeitamente elástica.
Já no caso do monopólio, como este é o único produtor em seu mercado, sua curva de demanda é a curva de demanda do mercado. Assim a curva de demanda do monopólio se inclina para baixo por todas as razoes costumeiras. Se o monopolista aumenta o preço de seu produto, os consumidores compram menos. Visto de outra maneira, se o monopolista reduz a quantidade vendida, o preço de seu produto aumenta.
A curva da demanda de mercado impõe um limite à capacidade do monopólio de lucrar com seu poder de mercado. O monopolista preferiria se possível, vender uma grande quantidade por um preço muito alto. A curva de demanda de mercado torna isso impossível. Em especial, a curva de demanda do mercado descreve as combinações de preço e quantidade que estão disponíveis para a empresa monopolista. Ajustando a quantidade produzida o monopolista pode escolher qualquer ponto da curva, mas não pode escolher um ponto fora da curva.
Figura 1
A receita do monopólio
Imagine uma cidade com um único fornecedor de água. A tabela 1 mostra como a receita do monopólio pode depender da quantidade de água fornecida.
Tabela 1
As duas primeiras colunas mostram o esquema de demanda domonopolista. Se o monopolista fornecer um litro de água, poderá vendê-lo por US$10. Se fornecer dois litros, terá de reduzir o preço para US$ 9 para poder fazê-lo. E se fornecer 3 litros, deve reduzir o preço para US$ 8, e assim por diante.
A terceira coluna da tabela apresenta a receita total do monopólio. Esta é igual a quantidade vendida vezes o preço. A quarta coluna mostra o cálculo da receita média, a receita por unidade vendida. Obtemos a receita média dividindo a receita total pela quantidade da primeira coluna. A receita média é sempre igual ao preço do produto. Isto é verdade tanto para o monopólio quanto para a empresa competitiva.
A ultima coluna da tabela é o calculo da receita marginal, a receita obtida pela empresa na venda de uma unidade adicional. Calculamos a receita marginal tomando variação da receita total gerada pelo aumento de uma unidade na quantidade vendida.
A tabela mostra um resultado que será importante para entender o comportamento monopolista: se a receita marginal do monopolista é sempre menor do que o preço do bem. Para o monopólio, a receita marginal é sempre menor do que o preço porque o monopólio se depara com um acurva de demanda decrescente. Para aumentar a quantidade vendida, a empresa monopolista tem que diminuir o preço do bem.
A receita marginal é muito diferente para os monopolistas em relação ao que ocorre com as empresas competitivas. Quando o monopólio aumenta a quantidade vendida, afeta de duas formas a receita total (PxQ):
Efeito quantidade: mais produtos são vendidos, portanto Q é maior.
Efeito preço: o preço cai, de modo que P é menor.
Figura 2
Como as empresas competitivas podem vender tudo o que desejam ao preço de mercado, não há efeito preço. Quando aumentam a produção em uma unidade, recebem o preço de mercado por essa unidade, e não recebem nada a menos pelas unidades que já vendiam. Isto é, dado que a empresa competitiva é tomadora de preços, sua receita marginal é igual ao preço do produto. Já no caso do monopólio, quando a empresa aumenta a produção de uma unidade, tem que reduzir o preço cobrado de cada uma das unidades vendidas, e essa redução do preço reduz a receita das unidades que já vinha vendendo. Como resultado, a receita marginal do monopólio é menor do que o preço.
A figura 2 mostra as curvas de demanda e de receita marginal de uma empresa monopolista. As duas curvas sempre começam a partir do mesmo ponto, no eixo vertical, porque a receita marginal da primeira unidade vendida é igual ao preço do bem. Portanto, a curva de receita marginal do monopólio esta abaixo de sua curva de demanda.
Maximização do lucro
A empresa é o agente econômico que transforma fatores produtivos e bens intermédios em bens, ou seja, é o agente econômico que leva a cabo a produção. O objetivo último da empresa é a maximização do lucro, a diferença entre as receitas provenientes da venda dos seus produtos e os custos derivados da remuneração dos fatores produtivos e bens intermédios utilizados na produção.
Para maximizar o lucro, a empresa deve ter em conta tanto as receitas como os custos. O volume de produção que maximiza o lucro é, graficamente, aquele que maximiza a distância entre as curvas da receita total e do custo total. O declive destas curvas é igual, para essa quantidade óptima.
Figura 3
A maximização do lucro implica que a empresa escolha um volume de produção tal que o custo marginal e o rendimento marginal sejam iguais (condição de 1ª ordem).
Políticas públicas para os monopólios
Vimos que os monopólios, ao contrario dos mercados competitivos, falham na alocação eficiente de recursos. Os monopólios produzem menos do que a quantidade de produto socialmente desejável e, em conseqüência, cobram preços superiores ao custo marginal. Os formuladores de políticas publicas governamentais podem responder ao problema do monopólio de quatro formas:
Tentando tornar as atividades monopolistas mais competitivas;
Regulamentando o comportamento dos monopólios;
Transformando alguns monopólios privados em empresas publicas;
Não fazendo nada.
Conclusão
Vimos que os monopolistas, ao produzir menos do que e socialmente eficiente e cobrar preços superiores ao custo marginal, provocam um peso morto. Estas ineficiências podem ser amenizadas com a aplicação de políticas publicas.

Continue navegando