Direito Constitucional - FADI - Aplicabilidade

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EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS.
A aplicabilidade fica atrelada a três condições: vigência, legitimidade e eficácia.
Para José Afonso da Silva, quanto a eficácia jurídica, esta é a classificação a ser seguida:
 
	I – normas de eficácia plena e aplicabilidade direta, imediata e integral;
	II – normas de eficácia contida e aplicabilidade direta e imediata, mas possivelmente não integral;
	III – normas de eficácia limitada
A)    declaratória de princípios institutivos ou organizativos
B)    declaratórias de princípio programático. 
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Normas de eficácia plena.
Característica básica das normas constitucionais de eficácia plena é a de serem completas, contendo todos os elementos e requisitos necessários para sua incidência direta e imediata, independentemente de qualquer integração. 
 - são de eficácia plena as normas constitucionais que a) contenham vedações ou proibições; b) confiram isenções, imunidades e prerrogativas; c) não designem órgãos ou autoridades especiais a que incumbam especificamente sua execução; d) não indiquem processos especiais de sua execução; e) não exijam a elaboração de novas normas legislativas que lhes completem o alcance e o sentido, ou lhes fixem o conteúdo, porque já se apresentam suficientemente explícitas na definição dos interesses nelas regulados”.
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	No conceito do autor, assim, são de eficácia plena “... aquelas que, desde a entrada em vigor da constituição, produzem, ou têm possibilidade de produzir, todos os efeitos essenciais, relativamente aos interesses, comportamentos e situações, que o legislador constituinte, direta e normativamente, quis regular”.
 
	
	Quanto às condições gerais de aplicabilidade, as normas de eficácia plena incidem diretamente e são de aplicabilidade imediata, incidindo pelo só fato de existirem, pressupondo, unicamente, como não poderia deixar de ser, o Estado e seus órgãos (notadamente o aparato jurisdicional). 
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Normas de eficácia limitada.
	Normas constitucionais de eficácia limitada são “...aquelas que dependem de outras providências para que possam surtir os efeitos essenciais colimados pelo legislador constituinte” 
Podem ser de duas espécies, as definidoras de princípio institutivo ou definidoras de princípio programático.
As de princípio institutivo, são : “... aquelas através das quais o legislador constituinte traça esquemas gerais de estruturação e atribuições de órgãos, entidades ou institutos, para que o legislador ordinário os estruture em definitivo, mediante lei”.
São exemplos os arts. 18 § 2º, 33, 90 § 2º. 
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As normas de princípios institutivos podem ser impositivas (arts. 20, § 2º, 32 § 4º, 88, 90, § 2º), ou facultativas (arts. 22 parágrafo único, 125 § 3º, 25 § 3º). 
Normas programáticas são “ ... aquelas normas constitucionais através das quais o constituinte, em vez de regular, direta e imediatamente, determinados interesses, limitou-se a traçar-lhes os princípios para serem cumpridos pelos órgãos (legislativos, executivos, jurisdicionais e administrativos), como programas das respectivas atividades, visando a realização dos fins sociais do Estado”. 
Características: 
	I – tem por objeto disciplinar interesses econômico-sociais;
	II – criam programas a serem realizados pelo Estado, através de leis ou outras medidas;
	III – são normas com eficácia reduzida, mas não ineficazes. 
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	Exemplos - arts. 7 XX e XXVII, 216, § 3º - Legalidade); -        arts. 21, IX, 211,, § 1º Poderes Públicos; (art. 170 – ordem social e econômica). 
 
 Entrada em vigor – junto ao todo da Constituição.
 Eficácia: Em resumo, embora de eficácia limitada, estas normas operam os efeitos que possam, valendo de forma imediata, ao menos, no que tange à legislação anterior e à futura.
 
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Normas de eficácia contida.
“Normas de eficácia contida são aquelas em que o legislador constituinte regulou suficientemente os interesses relativos a determinada matéria, mas deixou margem à atuação restritiva por parte da competência discricionária do Poder Público, nos termos que a lei estabelecer ou nos termos de conceitos gerais nelas enunciados”. 
Aproximam-se das plenas quanto a aplicabilidade, que igualmente é direta e imediata, delas se distanciando pela possibilidade de contenção futura. 
	Mantém singularidade em relação as de eficácia limitada pela possibilidade de regulamentação legislativa, delas distinguindo, no entanto, não somente no que tange a aplicabilidade, mas, principalmente, pela natureza da intervenção do legislador, que aqui é limitativa, e lá ampliativa. 
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Características das normas constitucionais de eficácia contida:
 
	I – expressamente invocam a atividade futura do legislador, no sentido da restrição de sua eficácia;
	II – guardam eficácia plena enquanto não produzida a legislação ordinária restritiva;
	III – são de aplicabilidade direta e imediata;
	IV – algumas são limitadas por conceitos ético juridicizados tais como bons costumes, ordem pública, etc.
	V – algumas podem ser limitadas de outras normas constitucionais.
Exemplos - contida por legislação infraconstitucional (art. 5º, VIII e XIII) ; por outras normas constitucionais (art. 14, § 4º, em relação ao caput) ; ou por conceitos como ordem pública, bons costumes, necessidade ou utilidade pública, interesse social, perigo público iminente, segurança pública, segurança nacional, integridade nacional (arts. 5º, XXIV e XXV, 91 e seu § 1º, III, e 34, I). 
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Condições gerais de aplicabilidade, são normas de aplicabilidade imediata e direta, sujeitas a contenção.