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Estudo dirigido gastro

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ED Digestório 
Descreva as etapas envolvidas no processo de mastigação e deglutição: 
Como se compõe a saliva?
Cite algumas funções da saliva
Como é feita a regulação da secreção salivar?
Quais são as glândulas que produzem a saliva?
RESPOSTAS
1.	O processo de mastigação se inicia com a introdução do alimento na cavidade oral, onde ocorre a movimentação da mandíbula para que o alimento seja cortado e triturado pelos dentes, e a língua, vai localizando o alimento entre as superfícies oclusais dos dentes; essa é a fase de incisão. Na fase de trituração, os alimentos se transformam em pedaços menores, sendo esta fase a mais longa do processo de mastigação. Na fase de pulverização ocorre a moagem das partículas menores, transformando-as em partículas ainda menores. A presença do bolo alimentar na boca inibe os músculos da mastigação, assim a mandíbula cai e o reflexo de estiramento da própria mandíbula provoca a contração muscular e o fechamento automático da mandíbula. Esse fechamento comprime o bolo alimentar contra as paredes da boca, inibindo os músculos da mastigação repetindo todo o processo. 
A deglutição é iniciada voluntariamente na boca e continua involuntariamente. A primeira fase, que é voluntária, é a fase oral, na qual a língua força o alimento para trás, em direção ao palato duro e a faringe, ativando sensores somatossensoriais da faringe, de forma que ativa o reflexo involuntário de deglutição integrado no bulbo. Daí, entra-se na fase involuntária da deglutição, na qual eleva-se o palato mole, protegendo a ida para a nasofaringe e a epiglote recobre a abertura da laringe para que o alimento não vá para a traquéia. Nesta fase, também chamada de fase faríngea, a respiração é inibida. O esfíncter esofágico superior relaxa e o alimento chega ao esôfago, de modo que se inicia a onda peristáltica na faringe, propelindo o alimento para baixo.
 
2.	Quanto à composição química da saliva, além de conter ar. Que lhe dá o aspecto espumoso, a saliva é constituída de água (em sua maior parte), ptialina, nitrogênio, enxofre, potássio, sódio, cloro, magnésio, cálcio, ácido cítrico e ácido úrico. Além disso, possui enzimas (lisozima, amilase, peroxidase), proteínas estruturais (mucinas, gustina) e imunoglobulinas.
Quanto aos tipos de saliva, a saliva pode ser: mucosa (rica em glicoproteínas, atua principalmente na gustação e deglutição e é secretada por glândulas de secreção mucosa, como as palatinas, glossopalatinas), serosa (rica em albuminóides, atua principalmente na mastigação e é secretada pela glândulas parótidas e glândulas de Ebner) e mista (ela pode ter mais albumina do que mucina ou ter mais mucina do que albumina, é importante na mastigação, gustação e deglutição e é secretada pela glândula submandibular, sublinguais maiores, entre outras).
3.	A principal função da saliva é a umidificação e a lubrificação da mucosa orofaríngea (impedindo o seu ressecamento)  e dos alimentos, o que facilita a mastigação e a transformação do bolo alimentar a ser deglutido. Atua na digestão inicial do amido e dos lipídios, ajuda a remover as bactérias patogênicas, bem como as partículas alimentares que lhes dão sustentação metabólica. Além disso, tem uma capacidade tampão que é a capacidade que a saliva tem de neutralização da acidez bucal. Os ácidos bucais, que são formados a partir do processo de fermentação dos restos alimentares (carboidratos) pelas bactérias cariogênicas do meio bucal, são os responsáveis pela desmineralização do esmalte dentário, dando início à cárie dentária, e a saliva, por sua vez, com o seu teor alcalino, atua quimicamente neutralizando esses ácidos bucais, exercendo, portanto, uma função de proteção dos dentes contra a cárie dentária.
4.	A regulação da secreção salivar é feita exclusivamente pelo sistema nervoso autônomo (SNA). As glândulas submandibulares e sublinguais são controladas por impulsos nervosos das porções superiores dos núcleos salivares e as parótidas pela parte inferior dos mesmos núcleos. Os estímulos gustativos e táteis da língua, estimulam os núcleos salivatórios que se localizam na junção da medula oblonga com a ponte. A maioria dos estímulos gustativos, sobretudo o sabor ácido, provoca a secreção copiosa de saliva, freqüentemente até 5ml por minuto. Certos estímulos táteis, como a presença de objetos lisos na boca, também causam salivação importante, enquanto que objetos ásperos provocam menos salivação e, ocasionalmente, até mesmo a inibem. Os impulsos que chegam aos núcleos salivares podem ser de estímulo ou inibição da salivação. Um exemplo é o indivíduo que sente um odor ou vê um alimento que gosta muito, nesse caso há um estimulo para liberação de secreção salivar. A inibição pode acontecer se o indivíduo detesta certo alimento. A área do apetite do cérebro, que regula parcialmente estes efeitos, localiza-se muito perto dos centros parassimpáticos do hipotálamo anterior e funciona, em grande parte, em resposta aos sinais das áreas de sabor e odor do córtex cerebral ou das amígdalas.
	A estimulação dos nervos, tanto simpáticos quanto parassimpáticos, que vão para as glândulas salivares, ativa a secreção salivar, porém os efeitos dos nervos parassimpáticos são mais rigorosos e mais prolongados. A interrupção dos nervos simpáticos não afeta a função das glândulas salivares. Se a inervação parassimpática for interrompida, a salivação será profundamente afetada e as glândulas salivares se atrofiarão. Pela estimulação (direta ou reflexo) do sistema nervoso simpático, há uma vasoconstrição acentuada, ocorrendo uma saliva pouco volumosa, causando a sensação de boca seca. Ao contrário, a estimulação parassimpática provoca a vasodilatação glandular, ocasionando a produção de secreção salivar abundante e bastante diluída.
A estimulação parassimpática faz aumentar a síntese e a secreção da alfa amilase salivar e de mucinas, intensifica as atividades de transporte do epitélio canicular, fazendo aumentar o fluxo sangüíneo para as glândulas e estimula o metabolismo e o crescimento das glândulas. A estimulação, tanto simpática como parassimpática, causa contração das células mioepiteliais que circunda os ácinos. Essa contração ajuda a lançar o conteúdo acinar nos canais e, dessa forma, aumentar o fluxo salivar.
5.	As glândulas salivares são glândulas exócrinas, localizadas no vestíbulo (bucais e labiais) e na cavidade bucal (do assoalho , da língua e palatinas) , constituídas por ácinos seromucosos e mucosos. As principais glândulas responsáveis pela secreção da saliva são as glândulas: parótida, submandibular e sublingual. As glândulas parótidas são constituídas por células serosas, secretam ptialina e a secreção é, principalmente, aquosa. As glândulas submandibulares (ou submaxilares) são constituídas de células mistas, ou seja, células serosa (secretam saliva aquosa) e células mucosas (secretam mucina). As glândulas sublinguais possuem células mucosas, secretam mucina e a secreção é viscosa, além de secretarem a lipase lingual e secretam 5% do total de saliva.

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